sexta-feira, 30 de julho de 2010

Supercontinente que existiu 1 bilhão de anos atrás ganha novas formas

Terra em trânsito
Supercontinente que existiu 1 bilhão de anos atrás ganha novas formas

Soerguimento dos Andes explica a diversidade de papagaios na América do Sul

No topo da montanha
Soerguimento dos Andes explica a diversidade de papagaios na América do Sul

Viagem ao centro da Terra (Brasil)

Viagem ao centro da Terra
Há 245 milhões de anos meteorito abriu cratera de 40 quilômetros de diâmetro na atual divisa entre Mato Grosso e Goiás

Primatas do Brasil e a Seleção Natural

De galho em galho
Seleção natural favoreceu diversificação por tamanho e gerou variedade de macacos na América Latina

Geologia - o cobre e as ametistas

De carona no vapor
Interação de água com rochas facilitou o acúmulo de cobre e a formação de ametistas

© eduardo cesar
Ametista e cobre nativo (no detalhe): talvez em jazidas

Nas profundezas do aquífero Guarani, o reservatório subterrâneo que abastece as cidades do sudeste e sul do Brasil, a temperatura da água não deve passar de 60 graus Celsius (oC). Mas essa água já esteve bem mais quente, a ponto de alterar a composição das rochas que recobrem o aquífero e, à medida que subia para a superfície, formar esferas de cobre e depósitos de ametista.

Uma equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) concluiu que a água do aquífero Guarani deve ter chegado a 130oC há cerca de 135 milhões de anos, quando dinossauros carnívoros corriam atrás de dinossauros herbívoros nas provavelmente descampadas planícies do sul e sudeste do Brasil. As análises de rochas indicaram que a água deve ter fervido e permanecido na forma de vapor ao longo de 1 milhão ou 2 milhões de anos, enquanto uma porção de magma líquido saía da pluma Tristão da Cunha, que esquentou toda a região sul e sudeste da América do Sul, e se acomodava em meio à camada de basaltos já cristalizados.

O vapor de água deve ter atravessado os basaltos, liberado átomos de cobre dos minerais e os conduzido até cavidades esféricas e fraturas em que o cobre se acumulou. Do mesmo modo, o vapor de água, ao liberar, transportar e acumular minerais enquanto se afastava do centro da Terra, pode ter favorecido a formação de depósitos de ametista, variedade de quartzo de cor violeta por causa de impurezas como manganês ou ferro, no sul do país.

Com essa hipótese, conceitos mais antigos sobre a formação desses minerais vão por água abaixo. “Os depósitos de cobre e de ametista dessa região, a Província Vulcânica Paraná, devem ter- -se formado no máximo a 150oC, como resultado da interação da água e vapor com os basaltos e não a 1.200oC, em consequência do esfriamento da lava basáltica, como se pensava”, afirma o geólogo Léo Afraneo Hartmann, professor da UFRGS e coordenador da equipe que há cinco anos examina as variações na composição das rochas que recobrem o aquífero. Essa camada conhecida geologicamente como Grupo Serra Geral chega à superfície no sul de Minas Gerais, depois se espalha em profundidades que atingem 1.800 metros nos estados de São Paulo e Paraná e sobe para 800 metros abaixo da superfície, no Rio Grande do Sul. “Todos os testes estão confirmando essa nova hipótese.”

Durante dois anos, ao longo do doutorado orientado por Hartmann, Víter Magalhães Pinto coletou amostras de cobre de até três metros de profundidade em 85 locais do distrito de Vista Alegre, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Seu propósito era entender por que o cobre, ali, em vez de jazidas como em outras regiões do Brasil, forma esferas de baixo grau de impurezas cujas dimensões variam de meio punho adulto fechado a até 200 quilogramas, pesando de 500 gramas a 200 quilogramas. Os lavradores as encontram ao revolverem a terra e, mesmo que não formem um volume suficiente para serem exploradas comercialmente, podem ser derretidas e moldadas com relativa facilidade na forma de panelas. Os nativos da região sul utilizavam esse cobre para fazer pontas de lanças e flechas.

Na UFRGS e na Austrália, onde fez parte do doutorado, Víter analisou a sucessão de minerais acumulados nessas cavidades e frestas. “O cobre foi a última fase de deposição de minerais nas cavidades das rochas”, concluiu Víter, contratado em janeiro como professor da Universidade Federal de Roraima. Portanto, ele pensou, o cobre deveria ser mais recente que os outros minerais e teria sido retirado dos minerais piroxênio e magnetita, que compõem os basaltos, pelo vapor de água.

Detalhados em um artigo em fase de publicação na revista International Geology Review, esses achados convergiram com a pesquisa de doutorado de Lauren Duarte, também orientada por Hartmann. Lauren examinou as ametistas do município gaúcho de Ametista do Sul e de Artigas, no Uruguai, dentro de geodos alongados com até quatro metros de altura. Ela e Hartmann concluíram que essas pedras preciosas deviam ter se formado como resultado da ação do vapor de água sobre a camada de basalto, como descrito em um artigo publicado em 2009 na revista Journal of Volcanology and Geothermal Research.

“Dois físicos teóricos, os professores Marcos Vanconcelos e Joacir Medeiros, aqui da UFRGS, nos ajudaram muito com as modelagens matemáticas da temperatura e da pressão da água que explicavam o que víamos em campo”, relatou Lauren, contratada no ano passado como professora da UFRGS. Desde 2008 ela integra a equipe de um laboratório que desenvolve tecnologias que levem ao melhor aproveitamento econômico de resíduos minerais e de gemas como ágata e ametista.

Água de ouro - “Na Serra Geral ainda hoje a água quente, embora não tão quente como antes, continua atravessando as rochas que recobrem o aquífero”, diz Hartmann. As águas chegam mornas na estância termal de Iraí, norte do Rio Grande do Sul, e em algumas cidades paulistas traz sílica dissolvida. Durante duas décadas, Hartmann, com sua equipe, examinou como a água, combinada com enxofre e cloro a temperaturas superiores a 150oC, facilitou a formação de depósitos de ouro na Amazônia, no Uruguai e nos Andes.

Apoiado por financiamentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), Hartmann continua indo a campo com sua equipe. Ele planeja em agosto ir para Quaraí, oeste do Rio do Grande do Sul, com pesquisadores, estudantes de pós-graduação e membros da Sociedade Brasileira de Geologia e do Serviço Geológico do Brasil. A seu ver, pode haver tanta ametista no pampa quanto na serra gaúcha, em Ametista do Sul.

“O distrito gemológico Los Catalanes, no Uruguai, do outro lado da fronteira, tem megajazidas de ametista e do lado de cá ainda não encontraram jazidas, mas deve ter”, diz ele, com base em dois artigos em fase de publicação – um na Geological Magazine e outro no International Geology Review. Hartmann acredita também que o cobre pode ter formado jazidas e não apenas depósitos pequenos e esparsos, ao longo da Serra Geral. “Na China já encontraram e estão explorando jazidas de cobre de origem semelhante”, diz. “Os indícios que vimos até agora no sul do Brasil são sinais de que pode haver jazida, mas só procurando sistematicamente para saber.”

> Artigo científico

DUARTE, L.C. et al. Epigenetic formation of amethyst-bearing geodes from Los Catalanes gemological district, Artigas, Uruguay, southern Paraná Magmatic Province. Journal of Volcanology and Geothermal Research. v. 184, p. 427-36, 2009.


A última peça do Gondwana

A última peça do Gondwana

Antigo oceano que isolava a Amazônia dos demais blocos da América do Sul secou há 520 milhões de anos

Os bons companheiros

Os bons companheiros
Densidade populacional influencia longevidade de cupins

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O pescoço da evolução

O pescoço da evolução

28/7/2010

Agência FAPESP – Aquele pequeno pedaço do corpo entre a cabeça e os ombros foi mais importante para a evolução humana do que se pensava. Segundo um novo estudo, o pescoço deu ao homem tamanha liberdade de movimentos que teve papel fundamental na evolução.

A conclusão deriva da análise genética do homem e de peixes e foi publicada nesta terça-feira na revista on-line Nature Communications, em artigo com acesso livre.

Cientistas achavam que as nadadeiras peitorais em peixes e os membros superiores (braços e mãos) em humanos fossem inervados (recebessem nervos) a partir dos mesmos neurônios. Afinal, nadadeiras e braços parecem estar no mesmo local no corpo.

Não exatamente. De acordo com a pesquisa, durante a transição ocorrida entre peixes e animais que passaram a caminhar sobre a terra – que deu origem aos mamíferos –, a fonte dos neurônios que controlam diretamente os membros superiores se deslocou do cérebro para a medula espinhal, à medida que o tronco se distanciou da cabeça e entrou em cena o pescoço.

Os braços no homem, assim como as asas de aves e morcegos, separaram-se da cabeça e ficaram posicionados no tronco, abaixo do pescoço, indica o estudo feito por Andrew Bass, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, e colegas.

“O pescoço possibilitou o avanço em movimentos e na destreza em ambientes terrestres e aéreos. Essa inovação em biomecânica ocorreu simultaneamente a mudanças no modo em que o sistema nervoso controla os membros”, disse Bass.

De acordo com o pesquisador, o surgimento desse nível de plasticidade evolutiva provavelmente é responsável pela grande variedade de funções dos membros superiores, do voo em aves e do nadar em baleias e golfinhos às habilidades humanas.

O artigo Ancestry of motor innervation to pectoral fin and forelimb (doi:10.1038/ncomms1045), de Andrew Bass e outros, pode ser lido na Nature Communications em www.nature.com/ncomms/journal/v1/n4/full/ncomms1045.html.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Rato de 6 quilos é descoberto

27/7/2010

Agência FAPESP – O peso está mais para o de um cão pequeno ou de um gato com sobrepeso. Seis quilos é realmente inusitado para um rato. Segundo os pesquisadores responsáveis pela descoberta, trata-se do maior rato de que se tem notícia.

Ken Aplin, do Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, na Austrália, e Kris Helgen, do Smithsonian Institution, nos Estados Unidos, escavaram ossos de 13 roedores, 11 dos quais até então desconhecidos para a ciência, em um sítio arqueológico no Timor-Leste.

“O leste da Indonésia é um hot spot da evolução de roedores e exige maior atenção de esforços de conservação. Roedores respondem por cerca de 40% da diversidade de mamíferos no mundo e são elementos-chave dos ecossistemas, importantes para processos como manutenção dos solos e dispersão de sementes. Manter a biodiversidade entre ratos é tão importante como proteger aves ou baleias”, disse Aplin.

Análises feitas pelos pesquisadores indicaram que o rato de 6 quilos – do gênero Coryphomys – viveu até cerca de 1,5 mil anos atrás, no mesmo período que a maioria dos outros roedores descobertos.


Rato de 6 quilos é descoberto

Ossos de roedor encontrados no Timor-Leste pertenceram ao maior rato de que se tem notícia, que viveu há menos de 2 mil anos (divulgação)


Apenas uma das espécies dos ossos encontrados na escavação sobrevive até os dias de hoje. Os maiores ratos vivos na atualidade chegam a 2 quilos e vivem em florestas nas Filipinas e na Nova Guiné.

“A ilha do Timor é habitada há mais de 40 mil anos e as pessoas caçaram e se alimentaram de roedores durante esse período, mas as extinções não ocorreram até recentemente”, disse Aplin. O estudo foi publicado na edição de julho do Bulletin of the American Museum of Natural History.

“Achamos que as pessoas viveram sustentavelmente no Timor até cerca de 1 mil a 2 mil anos atrás. Isso indica que extinções não são inevitáveis quando pessoas chegam a uma ilha qualquer. A abertura de grandes áreas de floresta para a agricultura provavelmente causou as extinções e isso apenas foi possível após a invenção de ferramentas de metal”, disse.

Em cada uma das ilhas do leste da Indonésia, segundo o estudo, evoluiu um conjunto único de ratos. Aplin também encontrou seis novas espécies de ratos em uma caverna na ilha de Flores.

A ilha do Timor (que reúne Timor-Leste e Timor-Oeste) tem poucos mamíferos nativos, com morcegos e roedores fazendo a maioria das espécies. Boa parte do país atualmente é árida, em contraste com as florestas tropicais do passado.

Mas os cientistas acham que, ainda assim, há espaço para novas descobertas. “Embora menos de 15% da cobertura de floresta original do Timor permaneça, partes da ilha ainda contam com florestas densas. Quem sabe o que pode haver ali?”, disse Aplin.

O artigo Quaternary Murid Rodents of Timor Part I: New Material of Coryphomys buehleri Schaub, 1937, and Description of a Second Species of the Genus (doi: 10.1206/692.1), de Ken Aplin e Kris Helgen, pode ser lido em www.bioone.org/doi/full/10.1206/692.1.


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Em busca de diamantes

Em busca de diamantes

15/7/2010

Agência FAPESP – A distribuição de diamantes no subsolo terrestre é controlada por plumas mantélicas, fenômeno geológico que consiste na ascensão de um grande volume de magma de regiões profundas. Essa distribuição tem sido feita dessa forma há pelo menos meio bilhão de anos.

A afirmação é de um estudo publicado na edição desta quinta-feira (15/7) da revista Nature. As plumas, originadas da fronteira entre o núcleo e o manto terrestre, são responsáveis pela distribuição dos kimberlitos, rochas vulcânicas raras das quais são retiradas os diamantes.

Em busca de diamantes

Distribuição de rochas contendo diamantes é controlada por plumas do manto terrestre, afirma estudo, que mapeia regiões com maior ocorrência do fenômeno (Nature)

Diamantes são formados em condições de alta pressão a mais de 150 mil metros de profundidade no manto, a camada da estrutura terrestre que fica entre o núcleo e a crosta.

Os estudo, feito por um grupo internacional, conseguiu mapear milhares de kimberlitos, mas os esforços se concentraram em áreas mais antigas da crosta continental, uma faixa de pouco mais de 300 quilômetros de espessura e 2,5 bilhões de idade. O motivo é que estão ali os diamantes de extração mais economicamente viável.

Trond Torsvik, da Universidade de Oslo, e colegas reconstruíram posições das placas tectônicas nos últimos 540 milhões de anos de modo a localizar áreas da crosta continental relativas ao manto profundo nos períodos em que os kimberlitos ascenderam.

De acordo com os pesquisadores, esses kimberlitos, muitos dos quais trouxeram diamantes de mais de 150 quilômetros de profundidade, estiveram associados com extremidades de disparidades em grande escala no manto mais profundo.

Essas extremidades seriam zonas nas quais as plumas mantélicas se formaram. O estudo poderá ajudar na localização de áreas com maior probabilidade de se encontrar diamantes.

“Estabelecer a história da estrutura do manto profundo mostrou, inesperadamente, que dois grandes volumes posicionados logo acima da divisa entre o manto e o núcleo têm se mantido estáveis em suas posições atuais no último meio bilhão de anos”, disse Kevin Burke, professor de geologia na Universidade de Houston, nos Estados Unidos, um dos autores principais do estudo.

“O motivo para que esse resultado não tenha sido esperado é que nós, que estudamos o interior da Terra, assumimos que, embora o manto profundo seja sólido, o material que o compõe deveria estar em movimento todo o tempo, por causa de o manto profundo ser tão quente e se encontrar sob elevada pressão, promovida pelas rochas acima dele”, disse.

O artigo Diamonds sampled by plumes from the core–mantle boundary (doi:10.1038/nature09216), de Trond Torsvik e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.


terça-feira, 20 de julho de 2010

Pesquisadores divulgam imagem de primata dado com extinto há 60 anos

A expansão das plantações de chá no Sri Lanka, na Ásia, é apontada como responsável pela quase extinção do animal.

Pesquisadores de Londres divulgaram fotos de um primata que se acreditava extinto há 60 anos. O lóris delgado vermelho foi flagrado na região montanhosa do Sri Lanka, na Ásia.

Ele tem 20 centímetros de comprimento e olhos com uma excelente visão noturna. A expansão das plantações de chá no país é apontada como responsável pela quase extinção desse primata.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/07/pesquisadores-divulgam-imagem-de-primata-dado-com-extinto-ha-60-anos.html



domingo, 18 de julho de 2010

Pegada de Diatryma: o resgate da rocha do "Grande Pássaro"

Posted: 17 Jul 2010 08:13 PM PDT
A pega na rocha
© NWGeology

Uma pegada fóssil de 50 millhões de anos de idade da ave gigante Diatryma, foi encontrada na Formação Chuckanut no condado de Whatcom, no estado de Washington - Estados Unidos. A rocha data do período Eoceno e apresenta uma única pegada com 3 dedos que mede 25 x 27,5 centímetros e parece ser a única pegada autêntica de um Diatryma, uma ave gigante, que não voava. Para ver mais sobre esse incrível achado confira o resto da matéria.

Quer aber mais???
Leia o resto do texto no Blog do Ikessauro:
http://ikessauro.blogspot.com/

Diatryma - pegadas fósseis da ave gigante

Giant bird Diatryma footprint found in Whatcom County

By Dave Tucker

June 30, 2010

FOSSIL FOOT PRINT OF GIANT EOCENE BIRD, DIATRYMA, FOUND IN CHUCKANUT FORMATION

The slab bearing the Diatryma track measures 28 x 26 cm. Click to enlarge any image.

A 50-million-year-old fossilized footprint of Diatryma, a giant flightless bird, has been found in the Eocene Chuckanut Formation in Whatcom County, northwest Washington State.

The single three-toed footprint measures 25 x 27.5 cm (10 by 11 in) and appears to be the world’s only authenticated Diatryma track. Diatryma (Greek, ‘through a hole’, a reference to perforations in some of the foot bones) was a 2+ meter tall (6.5 feet), perhaps 175 kg (385 pound) flightless bird (Feduccia, 1999). The giant bird’s foot track is impressed 2 cm into a thin veneer of mudstone laminated over sandstone on a 1.5 m x 1 m x 20 cm (5 x 3 foot x 8”) slab. The bird walked across mud deposted on top of sand, probably on the bank of a stream in the subtropical floodplain environment of the Chuckanut Formation. Western Washington University’s geology department has removed the rock slab with the footprints via helicopter for display later in 2010. Subscribe to this website to obtain a post about the opening of the exhibit at WWU later this year.


Skeleton and foot bones at Museum of Natural History, New York.

The trace fossil was identified as a Diatryma track by Western Washington University paleontologist George Mustoe. George is well known for his published studies on Chuckanut Formation fossils, including tracks of smaller birds and mammals (see references below). There are other bird tracks on the same slab. Most of these are from unknown small wading birds, and measure only 2-3 cm across. There is a partial track of a heron-sized bird on one edge of the slab.

The Diatryma trace fossil was discovered in spring of 2009, as Mustoe and Keith Kemplin looked at plant fossils in the rubble of the January, 2009 Racehorse Creek landslide. The track was in plain view nearly a year, and was a well-known visitor attraction for those willing to make the climb through the slide debris. Recognizing the value of this track to science and as a public attraction, a volunteer committee materialized to keep watch over the track and to arrange for its protection and eventual removal for display. In spring of 2010, an incipient fracture began to separate the thin mudstone veneer holding the Diatryma track from the sandstone underlayment of the slab.

Chisel marks left after two tracks were illegally removed from the gray area to right of Diatryma track. Compare with first photo on this post.

Shortly after, someone chipped away and removed two of the smaller bird tracks on the margin of the slab. Given the friable nature of the rock, those tracks were probably destroyed in the process. To protect the slab from further damage or even from outright theft by commercial or amateur fossil hunters, the committee moved the ‘Big Bird’ slab on a purpose-built wooden sled a few meters away and covered it with about 1 ton of sandstone slabs.

Vegetarian, or carnivore?

The first thing that jumps out when you see a Diatryma reconstruction is the monstrous beak. At first glance, and probably the next several, you’ll think “Carnivore! Glad they are extinct!” But wait. Whether or not Diatryma was herbivorous or carnivorous is a matter of some controversy in the world of avian paleontologists. Papers have been published examining the evidence for carnivory. Some artist’s renderings (and here’s another) show fierce Diatrymas preying on the early horse Hyracotherium (once known as Eohippus); tracks of this or a similar small mammal, perhaps early tapirs, are found in the Chuckanut Formation. Whitmer and Rose (1991) wrote a highly readable and nicely illustrated study of Diatryma jaw mechanics, and concluded that this gigantic bird was a meat eater, specializing in bone-crushing, though they could say whether via predation or scavenging. But, that study did not demonstrate carnivory, only that the gigantic bird possessed a very strong mandible and beak. Other studies (e.g. Andors, 1991, 1992) are equally convincing for folivory or leaf eating. Andors asserts that a heavy beak would be very useful for cutting tough vegetation, and flightlessness is generally associated with vegetable diet rather than carnivory. That is because leaves take time and considerable energy to digest in the bird’s stomach, energy that would otherwise be used for flight. Andors also states the morphology of the pelvis and femur to indicate a pedestrian (walking or striding), rather than a cursory (running) gait.

Artist depiction of a Diatryma family scene. Note the giant beak; wings are vestigial.

The Chuckanut foot track sheds further light on the subject. What? How does a footprint do that? Most reconstructions of the feet of Diatryma show long, grasping talons, similar to modern raptors. Such toes are almost universally present in carnivorous birds, and are used to snag and hold prey. Skeletal foot remains, however, do not indicate the amount of flesh covering the bones of the foot. The newly found track clearly shows only very short, small, pointy claws at the front of the toes, not long talons. This condition is more commonly associated with plant-eating birds.

This skeleton is in Helsinki, but came from Wyoming  [reproduction?]

This skeleton is in Helsinki, but came from Wyoming

The combination of huge size, flightlessness, and the talon-free toes probably swings the balance in favor of a plant-eating Diatryma, certainly to the dismay of many hoping for a more fearsome beast . We’ll see how well interpretations based on the foot track pass muster when the paper (Mustoe, Tucker and Kemplin) is eventually peer reviewed.

The original anatomical description of a largely complete fossilized Diatryma, with numerous photos of skeletal parts, is found in Mathew and Granger (1917).

The Rescue

The fossil bird track was flown out with the help of Columbia Helicopters (of Portland Oregon) on Monday July 12. The giant Boeing/Kawasaki Vertol 107-II. Despite the thin drizzle and light breeze, the heavy wooden sled constructed to support the ~1300 pound (585 kg) slab was flown with little drama to the waiting WWU flatbed. After a safe landing, interviews and photos were taken for the Bellingham Herald story (to be published Tuesday, July 13) written by Dean Kahn. There were lots of happy and relieved volunteers once the slab was firmly secured to the truck.

The rock slab and its wooden skid rests safely on the truck in the rain.

Diatryma? Or Gastornis?

Very similar fossil remains of the same age in Europe have been placed in the genus Gastornis. Reevaluation of the taxonomy may yet show that Diatryma may be congenetic with this other huge bird (Buffetaut, 1997). If that is the case, then the genus Gastornis will take precedence, as it was used first in taxonomic descriptions. In the meantime, ‘Diatryma’ is usually used for the North American birds. In the early Eocene, North American and Europe were still connected by a polar land bridge through Greenland and Scandinavia, so the birds could have spread one way or the other; most specialists will agree that radiation was probably east to west.

There is enormous popular interest on the internet for Diatryma / Gastornis. Search images on the internet for ‘Diatryma’ to see for yourself. Diatryama/Gastornis is a character in an online game, ‘Carnivores: Ice Age’(even though they lived in the Eocene, not Pleistocene, but what’s a few million years, anyway?), and in something called ‘Final Fantasy XI’. There are Facebook pages for these birds, too (of course). And then there is this Diatryma toy, this Diatryma postage stamp from Tanzania, this one from Palau, and this one from Oman. Oh, and these cleverly disguised bank robbers. And last, these French rockers from 1973, who named there band ‘Diatryma’.

References:

  • Andors, A. V., 1991, Paleobiology and relationships of the giant groundbird Diatryma (Aves: Gastornithiformes): Acta XX congressus internationalis ornithologi
  • Andors, A.V., 1992, Reappraisal of the Eocene groundbird Diatryma (Aves: Anserimophae): In K. E. Campbell, Jr. (ed.), Papers in avian paleontology honoring Pierce Brodkorb, Science Series No.36: p 109-125. Los Angeles: Natural History Museum of Los Angeles County.
  • Buffetaut, E., 1997, New remains of the giant bird Gastornis from the Upper Paleocene of the eastern Paris Basin and the relationships between Gastornis and Diatryma: Neues Jahrbuen fur Geologie und Palaontologie, v. 1997, n. 3 p 179-90. (in English)
  • Feduccia, Alan, 1999, The origin and evolution of birds (2nd Edition): New Haven : Yale University Press, 1999. 466 pages. The section on Diatryma is partially available online at Google Books. A copy is available at the Western Washington University library.
  • Mathew, W.D., and Granger, W., 1917, The skeleton of Diatryma, a gigantic bird from the Lower Eocene of Wyoming: Bulletin of the American Museum of Natural History, v. 37, p. 307-336.
  • Mustoe, G., Dilhoff, R., and Dillhoff, T., 2007, Geology and paleontology of the early Tertiary Chuckanut Formation: in Stelling and Tucker, eds., , Floods, Faults, and Fire: Geological Field Trips in Washington State and Southwest British Columbia (Cordilleran GSA Field Guide). A full bibliography of other Chuckanut paleontology papers by Mustoe and various colleagues is in the references at the back of the above listed paper.
  • Witmer, L.M., and Rose, K.D., 1997, Biomechanics of the jaw apparatus of the gigantic Eocene bird Diatryma: implications for diet and mode of life: Paleobiology, v. 17, n. 2, p. 95-120.
Fonte: http://nwgeology.wordpress.com/the-fieldtrips/the-chuckanut-formation/giant-bird-diatryma-footprint-found-in-whatcom%C2%A0county/