sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Unicórnio asiático reaparece após 10 anos, mas depois morre
A rara espécie saola foi descoberta em 1992 e corre risco de ser extinta
por John Platt
Cortesia da Unidade de Conservação de Bolikhamxay
Saola em cativeiro, antes da sua morte
Um dos mais raros mamíferos do mundo, o saola (Pseudoryx nghetinhensis), estava efetivamente invisível desde 1999 – a última vez que essa criatura especial foi observada por cientistas. Mas um deles finalmente reapareceu. Pena que morreu logo depois.

O saola macho foi capturado no mês passado fora de uma remota aldeia da província Bolikhamxay, no Laos. Pesquisadores de animais selvagens, acompanhados por colegas da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), foram para a aldeia, mas infelizmente o animal já estava enfraquecido por causa do tempo que passou preso e morreu logo após a equipe chegar, segundo a IUCN.

Removeram seu corpo para a cidade vizinha de Pakxan, onde foi preservado para um estudo futuro.

"O estudo da carcaça desse animal pode render boas descobertas e amenizar o infeliz incidente. Nossa falta de conhecimento da biologia dos saolas é uma limitação para os esforços da preservação dessa espécie", disse Pierre Comizzoli, membro da IUCN e pesquisador desses animais.

O saola foi descoberto pela primeira vez por cientistas em 1992. Muito parecido com um antílope, ele é, porém, estreitamente relacionado com bovinos. Tem dois chifres, mas alguns biólogos acreditam que essa espécie serviu de inspiração na vida real para as lendas do mítico unicórnio.

Não existe nenhum saola em cativeiro. Estimativas populacionais sugerem que na melhor das hipóteses o numero de indivíduos varia de cem a mil animais em estado selvagem.

Os especialistas em saola dizem ser bem provável a "última chance" de salvar um dos mamíferos mais raros do mundo.
Fonte: www.sciam.com.br
    

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