segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quando os microrganismos salvam vidas

Bactérias, fungos e protozoários são vistos em geral como vilões. Muitos desses pequenos seres, porém, realizam serviços importantes para os humanos e vêm sendo usados na produção de medicamentos. Artigo da CH 286 mostra como os microrganismos podem nos beneficiar.
Por: Adriana A. Lopes, Denise O. Guimarães e Mônica T. Pupo
Publicado em 24/10/2011 | Atualizado em 24/10/2011
Quando os microrganismos salvam vidas
Fungos crescendo em cultura. Embora possam ainda hoje causar infecções que comprometem a vida dos humanos, esses seres diminutos são úteis em processos industriais e no combate a doenças. (foto: David Midgley, University of Sydney/ CC BY-SA 2.5) 
 
Microrganismos, como o nome diz, são organismos minúsculos, representados por fungos, bactérias, vírus, algas e protozoários. Geralmente, associamos esses seres microscópicos às doenças que eles podem causar em humanos, animais e lavouras. No cardápio de males provocados por esses agentes, está também a deterioração dos alimentos.
No caso de humanos, bactérias, fungos e vírus podem ainda hoje causar infecções que comprometem a vida dos pacientes – especialmente, aqueles com o sistema imunológico debilitado por outra doença, como a Aids.

Os microrganismos estão em toda parte: solo, água, pedras, no interior e na superfície de seres vivos (humanos, plantas, animais, insetos etc.), entre outros locais. A maioria deles não se locomove e não tem mecanismos de defesas físicas frente a adversidades.
No meio ambiente, convivem com grande número de seres vivos, sendo que a principal forma de interação com o ambiente envolve a produção de substâncias químicas – conhecidas como produtos naturais –, bem como enzimas, que agem principalmente como mecanismo de defesa contra outros microrganismos.
Essas moléculas – que, em geral, têm estrutura complexa – podem ser excretadas pelo microrganismo para inibir o crescimento de outros organismos e, assim, garantir a preservação da própria espécie.

Do laboratório à indústria

Ao longo do tempo, o homem conseguiu cultivar microrganismos em laboratório, bem como isolar e identificar quimicamente os produtos naturais microbianos, aplicando-os na medicina como medicamentos.
Os processos fermentativos envolvidos no desenvolvimento microbiano também passaram a ser explorados para o benefício humano em diversas áreas (ver ‘E se Dionísio soubesse química?’ na CH 279).

Os microrganismos são amplamente usados em indústrias para a produção de produtos químicos, como butanol, etanol e ácido cítrico, e suplementos alimentares (aminoácidos) e enzimas. São também usados na produção de pães, cerveja, vinho, vinagre, queijos e iogurtes.
São importantes agentes de biorremediação, ou seja, usados para remover ou reduzir a poluição ambiental. São utilizados em processos de biocatálise, convertendo substâncias químicas em outras, com maior rapidez e menor custo que processos totalmente químicos.
A fermentação de microrganismos é também aplicada pela indústria farmacêutica para obtenção de medicamentos que não são facilmente produzidos por síntese química. Nessa última aplicação, a química microbiana tem contribuído significativamente para a saúde da humanidade.

Combate às doenças

As descobertas de cientistas como o químico e microbiologista francês Louis Pasteur (1822-1895), o cirurgião inglês Joseph Lister (1827-1912) e o médico alemão Robert Koch (1843-1910) permitiram identificar microrganismos como agentes causadores de infecções, as quais geralmente causavam a morte dos pacientes devido à ausência de tratamento efetivo.
'Penicillium notatum'
A descoberta da penicilina por Alexander Fleming, em 1928, tornou-se o marco do uso medicinal de produtos naturais microbianos e revolucionou a medicina e o tratamento das infecções bacterianas. A substância é produzida pelo fungo 'Penicillium notatum' (na imagem). (foto: Crulina/ CC BY-SA 3.0)
Os cientistas alemães Paul Erlich (1854-1915) e Gerhard Domagk (1895-1964) foram pioneiros em mostrar que corantes artificiais matavam microrganismos e controlavam infecções.
Lister e o médico francês Ernest Duchesne (1874-1912), independentemente, relataram o uso de fungos Penicillium em bandagens para tratar pacientes infectados no final do século 19. Porém, textos da medicina chinesa, com mais de 3 mil anos, relatam o uso de soja ‘embolorada’ (com bolor, ou seja, com fungo) para tratar infecções de pele.
Mas foi a descoberta da penicilina, produzida pelo fungo Penicillium notatum, pelo médico escocês Alexander Fleming (1881-1955), em Londres (1928), que se tornou marco do uso medicinal de produtos naturais microbianos e revolucionou a medicina e o tratamento das infecções bacterianas.

Adriana A. Lopes
Denise O. Guimarães
Mônica T. Pupo
Departamento de Ciências Farmacêuticas/Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
Universidade de São Paulo

Transição gradual

Análise de restos de comida em panelas de cerâmica de 6 mil anos sugere que a mudança de uma alimentação baseada na caça, na pesca e na coleta, para uma sociedade calcada na agricultura se deu de maneira lenta. 
 
Por: Sofia Moutinho
Publicado em 25/10/2011 | Atualizado em 26/10/2011
Transição gradual
A análise química dos vestígios de comida encontrados nas cerâmicas revelou uma dieta baseada na pesca e na coleta, o que mostra que a agricultura não se espalhou pelo mundo de forma abrupta, substituindo os hábitos anteriores. (foto: Anders Fisch) 
 
A transição do homem caçador para o homem agricultor pode não ter sido tão abrupta e rápida quanto acreditavam os arqueólogos. É o que mostra a análise de resquícios de comida em panelas e potes de cerâmica encontrados no mar báltico, no norte da Europa, datados de 6 mil anos, quando a agricultura já tinha começado a ser praticada.
A análise química de 133 potes recuperados em 15 sítios arqueológicos da região, entre Dinamarca e Alemanha, revelou que metade dos potes encontrados era usada para cozinhar frutos do mar e peixes de água doce e salgada, mesmo quando já existiam as plantações e a criação de animais.
O resultado do estudo, conduzido por pesquisadores de universidades dinamarquesas e inglesas e publicado esta semana na PNAS, vai contra as teorias mais aceitas sobre o surgimento e a expansão da agricultura. Segundo a ideia dominante, depois que o homem aprendeu a plantar e a domesticar animais, há cerca de 10 mil anos, teria rapidamente abandonado suas práticas alimentares anteriores, baseadas na caça, na pesca e na coleta.
“A caça e a coleta transcendem a chegada da agricultura”, afirma o principal autor do estudo, o arqueólogo Oliver Craig da Universidade de York, na Inglaterra. “Com certeza a agricultura foi uma grande transformação, mas não foi uma ‘revolução’ que se deu de forma simultânea [em grande parte do mundo] durante o Neolítico e substituiu os elementos da vida selvagem, como alguns arqueólogos gostam de dizer.”
Craig ressalta que tanto a cerâmica encontrada em zonas que na época eram costeiras quanto a de áreas mais interioranas eram usadas para cozinhar alimentos obtidos pela caça e pesca, o que reforça a sua teoria. Cerca de 28% dos potes encontrados em regiões mais afastadas do litoral apresentou resíduos de animais aquáticos.
A identificação do tipo de comida preparada pelos homens da época foi possível pela análise da estrutura molecular da gordura dos alimentos que ficou impregnada na cerâmica. Mesmo que os potes tenham sido recuperados debaixo da água, foi possível determinar a origem do alimento, pois a gordura pode ficar preservada na argila por séculos.
No entanto, os pesquisadores não sabem dizer quem eram os donos dos utensílios encontrados. Tanto podiam ser agricultores do interior que migraram para as regiões mais próximas à costa e começaram a explorar os recursos marinhos, quanto ser moradores do litoral adeptos da pesca, mas que, pelo contato com produtores, começaram a domesticar plantas e animais.
Escavação submersa
Alguns dos potes de cerâmica foram coletados debaixo d’água, no mar. Mesmo assim foi possível analisar os componentes da gordura dos alimentos consumidos há 6 mil anos. (foto: Anders Fischer)


Muitas dúvidas e uma pesquisa no Brasil

Apesar da nova visão sobre a disseminação da agricultura, existem ainda muitas dúvidas sobre como se deu esse processo em outras regiões do planeta e também muitas teorias para explicá-las.
Alguns estudiosos acreditam que a agricultura nasceu na Europa central e na Ásia em populações que não tinham a habilidade da caça e da pesca e se espalhou pelo mundo. Outros se baseiam em estudos etnográficos com populações indígenas atuais para dizer que os agricultores e os pescadores coexistiam como tribos de estilo de vida diferentes, com economia e ideologias bem distintas.
Um estudo semelhante ao de Craig, que talvez ajude a esclarecer esse processo, está em curso aqui no Brasil. Desde o início do ano, a Universidade de São Paulo (USP) e o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com a Universidade de York e outras instituições de pesquisa europeias, estudam as estratégias econômicas e o intercâmbio cultural entre grupos de caçadores e coletores que ocuparam a costa brasileira entre 8 mil e 10 mil anos atrás.

Esses povos foram responsáveis pela formação de sítios arqueológicos conhecidos hoje como sambaquis, montes de conchas e cerâmica encontrados em grande parte do litoral brasileiro. Agora, os pesquisadores pretendem aplicar a mesma técnica de análise química usada pela equipe de Craig para examinar as cerâmicas dos sambaquis e identificar o tipo de alimentação e organização social desses grupos.
“Com esse projeto, poderemos compreender melhor como esses humanos mantiveram uma economia relativamente estável e fortemente costeira [de pesca e coleta]”, conta um dos pesquisadores envolvidos no estudo, André Colonese, arqueólogo da Universidade de York.
“É uma questão extremamente importante, pois os restos arqueológicos dessa sociedade fornecem indícios de vida sedentária e de alta densidade demográfica, sugerindo que sociedades complexas podiam, sim, se desenvolver mesmo sem a agricultura.”


Sofia Moutinho

Ciência Hoje On-line
CICLOS DE VIDA DAS PLANTAS

Em relação aos tipos de ciclos reprodutores, as plantas podem ser:

a) Haplonte ou Haplobionte: os indivíduos são haplóides, ou seja, possuem apenas um lote de cromossomos. São representados pela letra n. Algumas células desses indivíduos diferenciam-se em gametas ( haplóides ) que, quando liberados da planta, podem unir-se dois a dois através da fecundação, originando uma célula ovo ou zigoto, com 2n cromossomos ( diplóide ). Esse zigoto sofre meiose, originando 4 célula. haplóides (n). Estas sofrem várias divisões minóticas, formando um novo indivíduo haplóide, que reinicia o ciclo. Nas plantas com esse tipo de ciclo de vida a meiose é zigótica ou inicial. Esse ciclo ocorre em algumas algas.

b) Diplonte ou Diplobionte: os indivíduos do ciclo são diplóide. Produzem gametas haplóides por meiose, ocorre a fecundação que dá origem a zigoto diplóide, que, por mitoses sucessivas, dará origem a outro indivíduo diplóide, que reiniciará o ciclo. A meiose, nesse caso, é gamética ou final. Esse ciclo também ocorre em algas.

c) Haplonte-Diplonte ou haplodiplobionte: em um mesmo ciclo de vida há alternáncia de uma fase de indivíduos diplóides com uma fase de indivíduos haplóides. Fala-se em alternância de geração ou metagênese.  Nos indivíduos diplóides, em estruturas especializadas, algumas células sofrem meiose dando origem a células haplóides que se diferenciam em esporos. Estes são liberados da planta e, ao se fixarem em local adequado, darão origem a indivíduos haplóides, através de várias divisões mitóticas.

Algumas células desses indivíduos haplóides diferenciam-se em gametas, células haplóides. Estes podem sofrer fecundação, originando um zigoto diplóide que, mitoses sucessivas, dará origem a indivíduo diplóide, reiniciando o ciclo. Nesse caso, a meiose é espórica ou intermediária.

Nesse ciclo de vida, há alternância de uma fase com indivíduos diplóides, que formam esporos haplóides através de meiose, com uma fase de indivíduos haplóides que produzem gametas por diferenciação celular. Os indivíduos diplóides, por produzirem esporos, são denominados esporófitos haplóides, por produzirem gametas, são denominados gametófitos.

Esse ciclo de vida ocorre em algas em todas as briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiosperma. Nas algas que possuem alternância de geração, fases gametofítaca e esporofítica podem ser igualmente bem desenvolvidas e independentes uma da outra, sendo que alguns casos não há diferenças morfológicas e haplóides, a não ser em suas estruturas reprodutoras. Nas briófitas, a fase gametofítica é a mais desenvolvida e a esporofítica desenvolve-se sobre a planta haplóide, dependendo dela para sua nutrição. Nas pteridófitas a fase mais desenvolvida é a esporofítica, que é independente da fase gametofítica, bastante reduzida.

Nas gimnospermas e especialmente nas angiospermas, a fase gametofítica atinge o máximo de redução, não se verificando mais alternância típica de geração, pois não se formam mais indivíduos haplóides bem caracterizados.

domingo, 30 de outubro de 2011

O que você sabe sobre as formigas?


Exclusively: Learning Abilities Of Insects

Ants

Once upon a time a myth was born that insects, unlike animals, are just a machines that not capable of learning and survive only based on their instincts. That myth has become the widespread opinion. Of course, this opinion is indeed erroneous, like many other widespread opinions. Let us try to find out which part is a myth and which part is true.




Ants

At the beginning of the 20th century Russian zoopsychologist Vladimir Wagner suggested an idea according to which the animal world is divided into two large parts: vertebrates and invertebrates, emphasizing that vertebrates have better developed reflexes and individual ability to learn, and invertebrates have better instincts.




Ants

There is no doubt that insects have many instincts and these instincts lie at the core of their behavior. Apparently, innate behavioral elements must be “adapted” to a certain animal and its surroundings and according to that statement, almost all animal instincts are learned. Simple example: bees are born with the ability to understand the “dance language”. Each individual learns this instinctive ability during its whole life but only around 20% master it while the rest of the bees die illiterate. In fact, most of the individuals react to food odor, without any “smart tricks” therefore “dancing language” does not carry any information whatsoever for them. Still, the bees “dance” while trying to pass on to their relatives the knowledge about the “hot spots” where there is plenty of food and some individuals learn how to interpret this information. In every generation there are those who try to learn and those who fuss around the dancing scout-bee with no idea what they should be doing. As a result, certain individuals (intelligent minority) forage according to the exactly specified direction, and other individuals (senseless majority) simply forage God knows where.




Ants

In a sense, an instinct is like knowledge by Plato's concept, which we only “recall” (we only remember what we learn). Instincts are an innate reaction and animals are just practicing their performances. Vertebrates practice it through children's games while insects are simply repeating actions instinctively and changing its characteristics – adapting. Of course, practicing is built on instincts. When an octopus (or a monkey, a bird or an ant) learns how to use tools, it is relying on a strong instinctive basis of behavior.




Ants

By the way, ants do use tools quite effectively. For example, they use dry clumps of soil as a sponge and soak it, let's say, in paddles of timber sap and that enables them to carry much more fluid each time. Certain species sew leaves together using their own larva like a stitcher. They really learn the same way we humans perceive. The way we perceive a learning process is by combining an instinct with some innovation. Just like the process of learning to ride the bicycle: it is simply a habit of keeping the balance, as we do naturally, but in slightly new circumstances.




Ants

For example, in the Formica species, ants are divided into teams. Everything is as it should be – 10-12 workers lead by a team leader. These teams do exactly what they should do: building and repairing. As it turns out, these teams are not similar. Team leader is the most dynamic and experienced – he immediately senses the place that needs repairing, how to approach the location and puts everyone else into action. A few workers, (3-5) experienced individuals, are easily activated and quickly fit into the rhythm and are totally dedicated to their work (the first thing that comes to mind is athletic guys in overalls, but actually all ant workers are “girls”, or sterile females). Several individuals in the team aren't really useful and there will also be 2-3 youngsters. They barely have come of age and suddenly they are working. It seems like only yesterday they were babies. These youngsters will not be productive for a long time. They are just a bunch standing there or playing, running around, carrying around unnecessary things or dragging each other for no reason. The team leader chases them away from complicated tasks because they might do more harm than good. During these games and rare attempts to work with adult ants, youngsters slowly learn. Later on some of them may become very experienced workers or even great team leaders while others become do not excel at anything. In general, each ant has its own career. Although its purpose is determined by heredity, the ant still chooses its path within the anthill. Partially it is determined through the “connections” a particular ant has. If it is lucky enough to be in a team with a great team leader, it will have high-quality learning and soon this very ant is a team leader himself. In less lucky cases, the teams splits during the most important period of the young ant's life, other things go wrong and then you have an unsuccessful, passive forager. If it is told to “carry” something, it will do it unquestionably and not in a very good manner. It is simply unable to think what is best for the nest on his own.




Ants

By the way, the term, “ants' career” is not an artistic exaggeration. Actually, it is what distinguishes ants from termites which are often called “social cockroaches”. We will simplify the picture. Termites exist based on an incomplete metamorphosis or hemimetabolism: they grow up through consecutive molting stages. As for ants, they have complete metamorphosis or holometabolism: the larva stage, pupa, adult ant, that’s all. Based on incomplete metamorphosis (7-8 stages) the social regulation system is unlimited but there are some dead-end options. For example, when you have only one morphological step (you are destined to be a soldier, no questions asked), and in certain cases there are several options to choose from. You can become a worker for different purposes, or maybe even transform into female. At all times this process is controlled by the food supply and related issues. Thus, the main game in termite nest is based on the balance between various morphotypes. There are around 30 morphologically different family members that are needed for various purposes and their relative number is indeed their social strategy. This is a game of physiology and morphology. Ants are individuals that are more homogeneous (have more uniformity) morphologically. There aren't so many different types of family members and consequently the behavioral limits are wider and more flexible. Therefore, ants actually have the possibility to choose the career within its family group: it can leave the construction job because it does not like it, or become a forager, or maybe even become a team leader if it is lucky enough. Alternatively, it can become a nanny. It is true these transitions are limited, nevertheless they are possible. “Social elevators” do exist in anthills and some ants use it quite successfully. It all depends on how active each ant is, its connection within small groups (2-3 individuals in the social group that are “old friends”), as well as on what it learned and how good it is at applying what it learned. You can call it various “mind games”. As for termites, they have mainly “chemical reaction games” – what type of substance should I secrete right now to get more individuals to follow a certain path so that suddenly there are more soldiers within the area.




Ants

Ants learn not only by doing things the hard way. It seems like we have enough proof that ants also learn by the method of “watching and imitating” although there is no such thing as teachers amongst ants the way we interpret it. That is, youngsters in these teams learn not only from what they do by themselves, but also by watching others. For example, when hunting for springtails, youngsters observe hunting methods of experienced hunters and learn from it. This fact is not yet fully proven. By the way, ants are highly dangerous hunters. Ants catch a fly by snatching it quickly. We all know how slippery the fly is. An ant spots a fly, creeps up on it and bam! It snatches the fly by its wing. That is the end of the road for the fly because our hunter will drag it to the anthill no matter what. This is true only if an ant is experienced, of course. Hunters leave the anthill every morning and those hunters go separate ways using already familiar trails to forage for caterpillars, flies larvae, bugs and anything else they can chew. What happens next to the prey is very intriguing: ants have conjoint stomach for the entire anthill. It looks as follows: ant tears the prey to pieces with its jaws, swallows it, then digests it for a little while and regurgitates it to the next ant in line, and the process repeats itself. Thus, an anthill is held together by nothing else than conjoint food digestion and continuous food exchanges.




Ants

However, ants must acquire not only hunting techniques but also must study their prey as well. Here is an example: if there are normally not any springtails within the anthill’s surroundings, the ants simply may not recognize it as food if they happen to encounter one. They touch it with their antennae as if it were a fellow ant. Just like when you see a rabbit for the first time. So what, it jumps up and down – this is even interesting. Even adult, two-month old ants (a respected age within ants' world) behaved as innocent children. But even these respected and experienced ants could not tell the difference between the springtails and landscape decorations. It is safe to say that out of two hundred encounters with the springtails only 7 resulted in successful hunting. Otherwise it looked like this: foraging workers encounters the potential prey, strokes it with its antennae, and walks on by. This is not surprising really since most of the ants do not have the necessary experience.




Ants

Does each individual learn separately? An interesting hypothesis by the name “ants' culture” was put forth. The main idea of this hypothesis says that social education does exist – not primary and accidental learning of each ant separately, but certain traditions within the family that are passed on to the younger generation without exceptions. Truthfully, this hypothesis still is not supported for a very simple reason. Amongst “green” ants that were mentioned earlier, there are a few individuals (just a handful) who attack the springtail instantly. Whether their hunting instincts are developed on such high level, or they are highly aggressive by nature, is unknown. But this is a fact: almost all ants peacefully pat springtails and all of a sudden one individual attacks and eats it. Nevertheless, these few aggressive individuals make it hard to claim that ants' culture does exist.




Ants

Maybe it is all about the level of reaction. Yes, the entire complex of aggressive behavior lays at the basis of the ant's instincts. For most ants, the activation of this complex demands additional conditions – this is what we call learning. In other words, we can say with confidence that not all ants have ready-made hunting instincts. Among most of the ants it is semi-conscious and must be learned, including by observing the behavior of much more experienced friends – just as with human beings!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Biologia Humana

Histologia - como e pele pode ser tratada quimicamente


Tudo sobre Peeling

PEELING QUÍMICO
Os problemas que afetam a pele , como a acne , a ação hormonal , o passar dos anos ,o vento a luz , a genética acabam por provocar alterações inestéticas na pele.
Rugas, sulcos, flacidez, aspereza, manchas, cicatrizes podem surgir alterando a aparência da pele da face e do corpo. Os peelings são um tipo de procedimento capaz de corrigir as alteracões do envelhecimento da pele.
Em princípio, o peeling retira uma camada da pele , que depois é regenerada e recebe um aspecto novo através de células que permanecem em determinados pontos da pele e com capacidade de reprodução.
O princípio geral, é que se uma lesão for profunda na pele, o peeling deve atingir esta profundidade para ser eficiente na eliminação da lesão. Se a lesão estiver na superfície, o peeling não precisa ser tão profundo. Quanto mais profundo o peeling, mais cuidadosa deve ser sua realização, e mais cuidados são necessários nos pós peelings. Assim é que não é o tipo de peeling, mas a profundidade que é aplicado é que determina os resultados e os riscos do tratamento.
Perguntas e Respostas
A pele é o maior órgão do nosso corpo. São milhões de células que nos protegem do meio ambiente e regulam nossa temperatura corporal. Com o decorrer do tempo, manchas escuras, finas linhas e outros sinais de dano solar e envelhecimento começam a aparecer.
O que é Peeling Químico?
É o uso de uma solução aplicada na pele, para renovar células mortas e promover a produção de novas. Compacta a pele, reduz o número de rugas e rejuvenesce.
Todos os dias, milhares de células da pele morrem, descamam e são subtituídas por novas. Com o envelhecimento, esse processo torna-se mais lento, dificultando para a pele renovar manchas escuras ou corrigir o dano causado pelo sol. A função de um Peeling Químico é criar uma descamação controlada de várias camadas de células danificadas.
O que um Peeling Químico pode fazer por minha pele?
Quando um agente esfoliativo é aplicado na pele, as camadas superiores renascem e, após alguns dias, descamam. Isto expõe uma camada nova, com uma textura mais lisa e coloração mais uniforme. Somado a isso, a esfoliação estimula o crescimento de novas células, esticando a pele, diminuindo as rugas.
Portanto, pode efetivamente melhorar a textura da pele, eliminar sardas e manchas irregulares, dano solar ( incluindo lesões pré-cancerosas, rugas finas) e diminuir cicatrizes de acne.
Quantos Peelings posso necessitar?
Existem vários tipos de agentes esfoliativos, e em variados concentrações, que podem ser usados. Apesar de um Peeling normalmente ser suficiente para melhorar a aparência de sua pele, alguns problemas são mais profundos que outros. Você pode necessitar de concentrações mais potentes, ou mais de um Peeling para atingir os melhores resultados.
Onde é realizado? É um processo doloroso?
O procedimento é realizado em consultório sem necessidade de internação. Assim que a medicação é aplicada, durante 5 a 7 minutos acontece sensação de ardência e queimação, que desaparece sem necessidade de sedação ou anestesia.
Por quanto tempo devo afastar-me de meu trabalho e de atividades esportivas?
A maioria das pessoas necessita de 5/7 dias para recuperação do Peeling de média profundidade. Durante esse tempo, não há dor, mas a pele mostra aparência de severa queimadura solar. Por esse motivo, a maioria dos pacientes permanecem em casa. Como a pele fica sensível à luz por várias semanas, é muito importante afastar-se de exposição solar forte, usar filtro solar e adotar outras medidas de proteção.
Qual o tipo de pele que melhor responde ao Peeling?
As diferentes formas de Peeling podem beneficiar quase todos os tipos de pele, mas o seguinte guia pode ajudar:
Tipo I
Sem rugas, tipicamente com menos de 35 anos, necessita pouca maquiagem.
Tipo II
Rugas apenas aparecem quando há movimentação na face (por exemplo, ao sorrir), tipicamente entre 25/35 anos, cor amarelada e com sinais de dano solar precoce.
Tipo III
Rugas mesmo com a face em repouso, especialmente ao redor dos olhos, boca e testa, idade entre 30/65 anos, descoloração, e aparecimento de pequenos vasos sangüíneos.
Tipo IV
Severo envelhecimento, com muitas e profundas rugas.
Os pacientes com peles tipo II e III são os que mais se beneficiam dos Peelings médio e superficial.
Os resultados são permanentes?
Sim e não, dependendo de suas futuras atividades. Um programa de proteção solar, não fumar, hidratação adequada e às vezes, o uso de ácido retinóico prolongam bastante os benefícios de um Peeling Químico.
Tipos de peelings
Os tipos de peelings vão variar conforme tipo de pele, oleosidade, resultados esperados, grau de envelhecimento, fototipo dentre outros.
Peeling Superficial de Ácido Glicólico
O Ácido Glicólico também permite , realizar Peelings Superficiais, médios e profundos. Depende entretanto não só da concentração, mas do tempo de exposição ao agente de peeling. concentração de 30 a 50% % realiza um Peeling Superficial, na concentração de 50 a 70 % um médio e acima de 70% , mas aplicado por um maior tempo realiza Peeling Profundo. Uma forma de utilizar o Peeling de Ácido Glicólico Superficial e realizar peelings seriados, com intervalos quinzenais, que permite bons resultados.
Peeling Superficial de TCA - Blue Peel
O TCA, ácido tricloroacético permite realizar Peelings Superficiais, médios e profundos. Na concentração de 10 % realiza um Peeling Superficial, na concentração de 10 a 30% um médio e na de 35 a 50 % realiza Peeling Profundo. Um variação do Peeling de TCA é o Blue Peel.
O peeling é um método utilizado para tratamento das alterações da pele. A intenção é acelerar o processo de renovação celular à partir das camadas mais profundas da pele ao mesmo tempo em que elimina as camadas mais superficiais , envelhecidas. A pele é dinâmica, viva, é um órgão em constante renovação. Todos os dias células novas são produzidas e outras são eliminadas. Mas com o passar dos anos diminue a velocidade de renovação das células. O processo de envelhecimento e a luz solar fazem então aparecer as temíveis rugas, manchas, flacidez e aspereza.
Uma das dificuldades do Peeling, e que pode levar à complicações, é determinar exatamente a quantidade aplicada e a consequente profundidade atingida com a substância química, qualquer êrro neste cálculo pode trazer maus resultados.
Uma nova técnica de Peeling foi descrita, trata-se do Blue Peel. É um Peeling que usa o ácido tricloroacético, e neste aspecto é igual aos outros, a diferença e que este ácido é misturado com uma substância azul, que fica bem visível e permite então saber com maior facilidade a profundidade da ação do medicamento evitando as complicações. O azul do Blue Peel, portanto, é apenas uma sinalização de segurança, que deixa o método mais fácil para o médico e mais seguro para o paciente, o que permite obter melhores resultados. O peeling de Blue Peel é aplicado após um preparo da pele com condicionamento facial . É indicado para pele envelhecida, aspereza, rugas finas e pigmentação (manchas) além de acne. O processo é realizado em consultório, sem necessidade de anestesia e dura em tôrno de meia hora.
A tinta já é retirada no final do processo. Segue-se um processo de descamação que dura de 7 à 10 dias quando os resultados já podem ser observados. O método pode ser usado também em outras partes do corpo, como mãos e braços.
É claro que os métodos convencionais de peeling, com ácido tricloroacético ou com ácido glicólico também produzem bons resultados, mas o Blue Peel vem tendo grande aceitação nos EUA e Europa pela facilidade de manuseio e segurança.
PEELING DE FENOL TAMPONADO OU MODIFICADO (ATENUADO)
O Peeling de fenol modificado é uma verdadeira revolução na estética médica. Este poderoso peeling, não é novo, mas as modificações realizadas , o transformaram em uma técnica absolutamente atual.
O peeling de fenol vem sendo usado em peelings desde 1960, a nova fórmula modificada pelo pesquisador e médico Dr. Kacowics "domou" o fenol, deixando mais seguro para o médico que aplica e para os pacientes que o recebem. Na verdade não foi desenvolvido apenas um Peeling, mas uma série de peelings, cada um com uma indicação diferente.
Assim temos disponíveis, desde peelings muito superficiais, superficiais, médios e profundos, e peelings corporais. São chamados Alkapeel, Neomaster, Neoplus, BodyPeel , Multipeel .
PEELING MANDÉLICO
Utiliza o ácido mandélico durante a esfoliação. Esse ácido é retirado das amêndoas amargas e é indicado para peles mais oleosas e acnéicas Embora também seja um peeling superficial, o ácido Mandélico causa leve ardência e um pouco de descamação. É indicado evitar o sol apenas nos primeiros três dias. Depois, a exposição está liberada, desde que sejam tomados os cuidados habituais, ou seja, proteção e moderação.
Peeling
O peeling químico consiste na aplicação tópica de determinadas substâncias químicas capazes de provocar reações que vão desde de uma leve descamação até necrose da derme, com remoção da pele em diferentes graus. Isso significa que haverá descamação e troca da pele, atuando no tratamento de manchas, acne e envelhecimento cutâneo.
Quando bem indicado o peeling pode promover resultados excepcionais, principalmente no fotoenvelhecimento. O peeling é realizado, preferencialmente, no inverno, para que o excesso de sol não atrapalhe a recuperação da pele.
Os peelings, pela capacidade de trocar a pele, são utilizados para o tratamento de algumas alterações, como: manchas de sol, do melasma e acne. Ele também é capaz de melhorar as cicatrizes e o envelhecimento da pele, pois renova as células, melhorando a flacidez e rugas.
Os peelings químicos também podem ser feitos no corpo, como: pescoço, colo, braço e mãos, respeitando as restrições e características de cada local. A pele do corpo tem maior dificuldade na cicatrização e podem ocorrer mais complicações.
Os peelings são classificados, conforme a sua capacidade de penetração superficial, médio e profundo. Esse critério, porém, não é absoluto, pois o mesmo agente e concentração poderão ser superficiais para uma pele grossa, sem preparo, e médio para uma pele mais fina, muito preparada.
Peeling superficial
Age na epiderme, que é a camada mais superficial da pele e não apresenta grandes problemas após sua aplicação.
Pode ser realizado com as seguintes substâncias:
  • Ácido retinóico
  • Ácido glicólico
  • Ácido tricloroacético
  • Ácido salicílico
  • Pasta de resorcina
Peeling médio
Provoca destruição dos tecidos, removendo parcial ou totalmente a epiderme, atingindo o nível da derme papilar. Apresenta poucos riscos e complicações.
Pode ser realizado com os seguintes ativos:
Ácido glicólico - 40 a 70% (2 a 20 minutos)
Ácido tricloroacético - 35% + Solução de Jessner
Ácido tricloroacético - 35% + Ácido glicólico
Ácido pirúvico - 60 a 90%
Fenol - 88%
Peeling profundo
Destrói totalmente a epiderme e sua profundidade atinge até o nível da derme reticular. Apresenta riscos maiores de complicações, como hipocromias (manchas claras), hipercromias (manchas escuras), cicatrizes.
Pode ser realizado com:
  • Ácido tricloroacético 50%
  • Fenol (fórmula de Baker)
A indicação é a questão mais importante na realização do peeling químico e cabe ao médico, com sua experiência, analisar o tipo de pele, o tipo de lesão e o procedimento a ser utilizado. A pele do rosto, devido à presença maior de folículos sebáceos, se regenera facilmente, pois esses folículos agem como unidades de reserva importante essencial para a cicatrização.
O paciente, por sua vez, deve entender o processo, conhecer seus passos, limitações, duração da recuperação e ter uma expectativa real do resultado esperado.
Os pacientes de pele clara (louros, morenos-claro) são os que tem menor risco de hiperpigmentação ou hipopigmentação, mas as de pele morena também podem ser submetidas a esses procedimentos, porém o preparo da pele deve ser mais longo e os cuidados posteriores maiores.
Preparo da pele
É um período que pode ser de alguns dias a semanas antes do peeling, reservado à preparação da pele, incluindo hidratação, fotoproteção, eliminação de manchas preexistentes e diminuição suave da espessura da camada córnea, que é conseguida com a aplicação de cremes à base de ácido retinóico e hidroquinona. O ácido retinóico melhora a capacidade de cicatrização, pois aumenta a proliferação de queratinócitos, provoca angiogênese e neocolagênese (proliferação de vasos e colágeno, respectivamente). A hidroquinona dimimui a capacidade responsiva dos melanócitos, sendo essencial para evitar a hiperpigmentação pós-inflamatória (manchas escuras).
Todo paciente, mesmo sem história prévia de infecção pelo vírus do herpes, deve ser medicado com antivirais antes da realização de peelings médios ou profundos, que deve ser continuado por dez dias após o procedimento. Isso é necessário devido à grande agressão a qual a pele é exposta, facilitando a proliferação viral.
Os peelings superficiais, em geral, são realizados com intervalos que variam de uma semana a 15 dias, numa série de 5 a 6 peelings. Eles são aplicados no rosto limpo e desengordurado, e o tempo de permanência depende do tipo de peeling aplicado. Sua indicação é para rugas muito suaves, manchas superficiais da pele, acne leve e fotoenvelhecimento leve.
A seguir, uma descrição dos peelings superficiais mais utilizados:
Ácido retinóico (3 a 5%)
Retinóide, derivado da vitamina A, causa proliferação epidérmica e neocolagênese. Tem aspecto amarelado, sua aplicação deve ser homogênea em todo o rosto e permanecer por 6 a 12 horas, quando deve ser lavado.
Ácido glicólico
Alfa hidroxiácido, utilizado na concentração de 40 a 70% com efeito epidermolítico. É tempo variado, devendo permanecer na face em média por 5 minutos. Após esse tempo deve ser neutralizado com água ou substâncias como bicarbonato de sódio, e em seguida lavado.

Ácido tricloroacético
Peeling superficial, utilizado 10 a 30%; médio 30 a 40%; profundo 50%. É o agente mais utilizado para peelings e pode ser usado em associações com outros agentes. Após sua aplicação, ocorre um "frost" (branqueamento) na face, devido à coagulação intensa das proteínas e, quanto mais intenso, maior penetração. Não precisa ser neutralizado, mas devem ser feitas compressas calmantes durante o procedimento, a fim de aliviar o ardor que causa. Após o peeling, forma-se uma crosta aderente que se solta em média após uma semana.
Ácido salicílico (20 a 30%)
Agente queratolítico, com aspecto claro transparente e homogêneo. Provoca um ardor intenso nos primeiros 2-3 minutos da aplicação, que corresponde à precipitação dos sais; após a precipitação a dor diminui e não há mais penetração. O produto não é neutralizado, devendo ser lavado. Pode ser realizado semanalmente, e é especialmente indicado para peles oleosas e acnéicas. Não deve ser realizado em pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico.
Solução de Jessner
Solução alcoólica que mistura um alfahidroxiácido (ácido lático) resorcinol (derivado do fenol) e ácido salicílico. Apresenta coloração clara, com cheiro característico. Sua aplicação provoca discreto avermelhamento e ardor, e com várias passadas o eritema torna-se intenso, podendo chegar a um "frost" verdadeiro. Proporciona leve descamação nos dias subseqüentes ao peeling. Também devem ser evitados pelos alérgicos ao ácido acetilsalicílico.
Pasta de resorcina
Manipulada, cujo principal ativo é a resorcina (derivada do fenol). Tem consistência pastosa com presença de grânulos e coloração de areia. O produto é aplicado com espátula, de forma homogênea em todo o rosto, devendo permanecer de 5 a 20 minutos. Pode ocorrer um leve ardor e sensação de formigamento, quando então a pasta deve ser retirada e o rosto lavado. Posteriormente, a face poderá apresentar um discreto eritema e descamação fina.
Os peelings médios, em geral, são aplicados uma única vez, mas podem ser repetidos mensal, bi ou trimensalmente. Logo após sua aplicação, ocorre um branqueamento da pele, seguido por um eritema, que de 24 a 48 horas é substituído por escurecimento rosado da pele, de duração variável (média de uma semana). A indicação desse peeling é para a pele fotoenvelhecida, melhorando rugas e sulcos suaves a moderados, para cicatrizes superficiais, queratoses actínicas e alguns casos de hiperpigmentação. O peeling médio mais utilizado é o de ácido tricloroacético 35% em associação com Solução de Jessner.
O peeling profundo mais utilizado é o de fenol. O paciente deve ser submetido a uma sedação leve e, após limpeza e desengorduramento da pele, inicia-se a aplicação da solução, que é realizada por áreas: região frontal (testa), em seguida região infraorbitária (ao redor dos olhos), região malar (bochechas) e, por último, a região perioral e mentoniana (queixo), com intervalo de 20 minutos entre as aplicações. Logo após a aplicação, em decorrência da coagulação das proteínas, a pele torna-se branca (frost), e é acompanhada por ardor (que varia de leve a intenso). A seguir, coloca-se uma máscara de esparadrapo que permanece por 48 horas. A aplicação é dolorosa, devendo o paciente receber analgésicos e antiinflamatórios durante as primeiras 12 horas após o peeling. A maior indicação desse processo é para o envelhecimento severo da pele e para cicatrizes de acne.
Complicações
A realização do peeling químico está sujeita a complicações, que tendem a aumentar conforme aumenta sua penetração e profundidade. As principais complicações são: eritema, hiper ou hipopigmentação, cicatriz, infecção, prurido e dor. O eritema sempre ocorre no pós-operatório dos peelings devido a fatores como vasodilatação e afinamento da pele, sendo, nesses casos, transitórios.
A hiperpigmentação é decorrente do processo inflamatório causado pela agressão química e ocorre mais freqüentemente em pacientes com pele morena. Essa complicação deve ser tratada com clareadores (em geral hidroquinona) e filtro solar.
A cicatriz hipertrófica é mais freqüente nos peelings profundos, podendo também ocorrer em locais finos como pálpebra e área de transição da mandíbula. Deve ser tratada com infiltração de corticóides e uso de placas de silicone.
A hipopigmentação também é associada a peelings profundos, causada pela destruição de melanócitos, sendo o tratamento muito difícil nessas situações.
A infecção está associada com a umidade das crostas e pode ser evitada com o uso de pomadas com antibióticos. A infecção por herpes simples ocorre em pacientes predispostos, devido ao afinamento, inflamação e fragilidade da pele. Todos os pacientes submetidos a peelings médio e profundos devem ser previamente tratados com um antiviral para evitar essa complicação.
O peeling deve ser indicado e realizado pelo médico. Somente o especialista é capaz de escolher o melhor produto químico na concentração adequada e também dominar os efeitos colaterais que possam estar envolvidos. Mesmo no caso dos peelings superficiais é importante avaliar a capacidade de resposta e a cicatrização da pele, além das relações custo - benefício do procedimento em questão.