segunda-feira, 24 de outubro de 2011

TAXONOMIA

Para que haja uma uniformidade quanto a denominação das diferentes formas de seres vivos, embora nos EUA, por exemplo, os nomes comuns ou populares (em inglês) têm sido usados com essa mesma função. Entretanto, os nomes comuns podem variar localmente, de acordo com a cultura e o idioma dos seus habitantes, podendo levar a confusões sobre que organismo está sendo referido.
            Os nomes científicos são universais e geralmente em latim, grego ou outro idioma, desde que latinizado. Isso porque o latim e o grego eram os idiomas usados pela literatura e pela ciência quando o naturalista sueco Carolus Linnaeus criou (no século XVIII) o sistema de classificação e nomeação dos animais e plantas usado (com algumas modificações) até hoje.
            Portanto, os nomes científicos são regulamentados por regras internacionais que determinam como os seres vivos devem ser nomeados, tendo em conta suas relações de parentesco. 

É um sistema de regras e recomendações que visa promover a estabilidade e a universalidade dos nomes científicos dos animais e assegurar que cada nome seja único e distinto. Maiores informações podem ser acessadas na página da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN).
 
É qualquer unidade de classificação, como uma espécie, um gênero, uma família, etc. 

Sistemática é o estudo científico dos organismos em sua diversidade, de sua evolução no tempo e no espaço, enquanto taxonomia é a parte da sistemática que se ocupa das regras e dos princípios a serem usados para nomear, delimitar e classificar os organismos. 

É o espécime (indivíduo) na qual um autor baseia a descrição de um determinado táxon.
Os tipos são espécimes conservados em coleções científicas pertencentes a museus de história natural. Os tipos podem ser classificados em holótipo, parátipo, alótipo, síntipo, lectótipo, paralectótipo e neótipo. 

Holótipo – Espécime único considerado como o tipo de uma espécie. 

Parátipo – Qualquer espécime de uma série-tipo (conjunto de espécimes no qual um autor baseia a descrição de uma espécie), além do holótipo. 

Alótipo – Espécime do sexo oposto ao holótipo.

Síntipo – Qualquer espécime de uma série-tipo da qual não foi designado um holótipo.

Lectótipo – Espécime dentre os síntipos designado a posteriori como espécime-tipo de uma espécie.

Paralectótipo - Qualquer espécime dentre os síntipos, além do lectótipo.

Neótipo – Espécime único designado como espécime-tipo de uma espécie cujos tipos (holótipo, lectótipo, parátipos ou síntipos) tenham sido perdidos. 

É a existência de nomes iguais designando diferentes táxons. Qualquer nome que for homônimo júnior (último nome publicado dentre dois homônimos) de um nome disponível deve ser rejeitado e substituído. Por exemplo, Burckhardt (1987) descreveu um novo gênero de insetos homópteros como Neopelma, entretanto, esse nome estava ocupado por Neopelma Sclater, 1860 (passeriforme). Conseqüentemente, um novo nome genérico teve que ser designado para o inseto. 

É todo nome científico latino (ou latinizado) dado a um determinado táxon e publicado com autoria e data. Um táxon pode ter vários nomes disponíveis, mas somente um deles é o nome válido, sendo geralmente o mais antigo. 
 
Táxon sobre o qual não há consenso no meio científico sobre sua posição taxonômica. 

Local onde foi coletado o espécime-tipo de uma espécie. 

É a lei que considera válido o nome disponível mais antigo aplicado a um táxon. 

É a existência de diferentes nomes (sinônimos) aplicados ao mesmo táxon. Pela Lei da Prioridade, somente o nome mais antigo é válido. Por exemplo, o tico-tico-rei Coryphospingus cucullatus (Statius Muller 1776) apresenta como sinônimos (não válidos) os nomes Passer cristatus Boddaert 1783, Emberiza ruficapilla Sparrman 1787, Fringilla araguira Vieillot 1806, entre outros. 

Segundo o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN 1999), os nomes dos autores são apresentados entre parênteses quando uma nova combinação, partindo de uma nova opinião taxonômica, é proposta. Como exemplo podemos citar Lepidothrix vilasboasi (Sick, 1969). Originalmente essa espécie de tangará foi descrita por Helmut Sick no ano de 1959 como Pipra vilasboasi, portanto, uma combinação diferente da atualmente adotada. Sendo assim, o nome do autor e o ano da descrição devem ser apresentados entre parênteses. 

É a história das relações evolutivas e de parentesco entre os táxons de um grupo.

19 - Por que os nomes das aves mudam?

Como a ciência está em constante evolução, uma grande quantidade de novos conhecimentos é gerada diariamente. Esses conhecimentos são geralmente divulgados através de publicações científicas. No campo da ornitologia a situação não é diferente. Novos conhecimentos sobre a evolução e as relações de parentesco entre as aves surgem a todo momento com o avanço das pesquisas. Conseqüentemente, como os nomes científicos refletem a classificação sistemática das aves (e de todos os organismos), mudanças nessa classificação, provocadas por novos conhecimentos da história evolutiva desses animais, deverão ser acompanhadas de alterações nos nomes científicos.

Fonte: http://www.cbro.org.br

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