sábado, 8 de setembro de 2012

9 incríveis animais anões

O nanismo não existe só na espécie humana. Muitas das criaturas maiores que percorrem a Terra possuem ou possuíam versões “menores”. A evolução se move em direções estranhas às vezes, e, como resultado de viver em isolamento e sem predadores, um animal pode começar a perder a necessidade de sua vasta extensão, e cada geração cresce um pouco menor. Versões anãs de enormes animais são fofas e fascinantes. Conheça algumas:
1 – Elefante anão

Alguns fósseis das ilhas do Mar Mediterrâneo são de elefantes minúsculos. Conhecidos como elefantes anões, eles representam várias espécies distintas, que ficaram menores após terem se isolado. Isto é conhecido como nanismo insular, um efeito em que um animal de grande porte que migra para uma ilha perde a necessidade de um tamanho grande, e, em cada geração, a prole menor se sai mais bem sucedida. Com o tempo, toda a espécie diminui. Elefantes anões são descendentes de elefantes grandes que caminharam para as ilhas antes da água os deixar presos lá. Da mesma forma, esqueletos de mamutes e mastodontes anões foram encontrados em muitas outras ilhas. A menor de todas as espécies de elefantes anões foi o Elephas falconer, que pesava 200 kg e tinha apenas 90 centímetros de altura. Infelizmente, a maioria dos elefantes anões foi extinta cerca de 11.000 anos atrás.
2 – Leopardo Zanzibar

Em uma ilha de Zanzibar, ao largo da costa da Tanzânia, vive um número de animais selvagens interessante. O leopardo Zanzibar está entre estes, e tem apenas a metade do tamanho de outros leopardos, pouco mais de 1 metro de comprimento. Suas manchas são menores e mais uniformemente distribuídas do que os de outros leopardos também. Pensa-se que os leopardos africanos caminharam para Zanzibar através dos mares congelados durante a última idade do gelo, e que o leopardo Zanzibar é descendente destes imigrantes. Infelizmente, sua população é extremamente baixa, e os únicos espécimes conhecidos são empalhados. Ele nunca foi estudado na natureza, e não foi oficialmente avistado desde 1980. A cultura local descreve-os como sendo “cúmplices do mal” de bruxas, então, consequentemente, foi ativamente caçado mesmo depois que foi listado como criticamente em perigo. Ninguém sabe se o leopardo Zanzibar ainda existe.
3 – Antílope real
O antílope real é o menor de todos os antílopes. Tem apenas 25 centímetros de altura e pesa 3 kg. Seu tamanho pequeno não veio do isolamento, mas sim de sua dieta. Antílopes são herbívoros, e cada espécie tende a comer determinados tipos de folhagem. Uma única árvore pode alimentar um número de antílopes, já que cada um tem uma altura diferente. Os ancestrais dos antílopes reais comiam folhas inferiores, e, devido à concorrência de outros pequenos antílopes comendo folhas do mesmo nível, eles gradualmente evoluíram para se tornarem “minúsculos”. Antílopes reais vivem em florestas tropicais da África Ocidental, e comem as folhas da vegetação rasteira. São cautelosos, tímidos, e só se aventuram para buscar comida à noite. Surpreendentemente, quando com medo, eles podem saltar até 2,5 metros, o equivalente a um humano saltando 18 metros simplesmente se impulsionando do chão.
4 – Tigre de Bali

Maior de todos os gatos, os tigres crescem mais de 3 metros e pesam mais de 300 kg. Eles são o terceiro maior carnívoro terrestre e predadores vorazes. Existem várias subespécies de tigre, incluindo o tigre de Bengala, o tigre siberiano e o tigre de Java. A menor subespécie já descrita é o tigre de Bali. Estes viviam na ilha de Bali, na Indonésia. Os tigres são bons nadadores, e evidência genética sugere que os de Bali evoluíram a partir dos tigres de Java que nadaram para Bali. Eles tinham 2 metros de comprimento e pesavam menos de 100 kg, tornando-os menos encorpados que outros tigres. Sua pele tinha uma cor laranja escura e, por vezes, apresentavam manchas tênues entre as listras. Embora reverenciados, eles eram vistos como “do mal” pela cultura local e foram ativamente caçados até sua extinção, em 1937.
5 – Ema de King Insland

A ema é uma ave que não voa australiana, semelhante ao avestruz africano. Elas têm tipicamente 2 metros de altura, pesam 50 kg, são boas nadadoras, podem correr a 50 km/h e têm pernas das mais fortes do reino animal, facilmente capazes de chutar cercas de metal. Em King Island, ao largo da costa do estado da Tasmânia, as emas experimentaram nanismo insular. Embora descendentes de emas de tamanho normal, as de King Island ficaram menores. Com 1,4 metro de altura e 23 kg, a ave se extinguiu completamente já nos anos 1800. A causa de sua extinção ainda é desconhecida, mas especula-se que foi devido à caça.
6 – Búfalos anões

Em Sulawesi, uma das muitas ilhas da Indonésia, vivem dois búfalos anões, o anoa da planície e o anoa da montanha. Búfalos selvagens têm geralmente 3 metros de comprimento, 2 metros de altura e pesam mais de 1.000 kg. Em contraste, o anoa da montanha tem apenas 70 centímetros de altura, 1 metro de comprimento e pesa 200 kg. O da planície é apenas um pouco maior, com 90 centímetros de altura. Estes búfalos minúsculos são comparáveis em tamanho a um cão de grande porte. Ao contrário de outras vacas, eles vivem sozinhos ou em pares, comendo gramíneas. São caçados por suas peles, valorizadas pela riqueza e qualidade. Como resultado, o búfalo anão está ameaçado de extinção, com cada uma das espécies com menos de 5.000 membros restantes.
7 – Lagarto anão

Em três das Ilhas Virgens Britânicas, vive o menor réptil do mundo: o lagarto anão das Ilhas Virgens, medindo apenas 18 milímetros de comprimento e pesando no máximo 0,15 gramas. Eles vivem em encostas rochosas, e tendem a se esconder debaixo de pedras em sombras úmidas. No entanto, devido ao seu pequeno tamanho, eles são incrivelmente difíceis de encontrar, e não existem estimativas do tamanho da sua população. As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos, e eles se reproduzem durante a época mais úmida do ano. Devido ao seu pequeno tamanho, eles perdem água quase duas vezes mais rápido que seus parentes maiores, e talvez por isso se escondam na sombra em lugares frios e úmidos.
8 – Hipopótamo anão do Chipre

Hipopótamos são o segundo animal mais mortal para os seres humanos (em termos de mortes causadas por animais por ano), superados apenas pelos mosquitos (que transmitem doenças potencialmente mortais). Sua pele dura à prova de bala desidrata facilmente, então eles ficam na água durante o dia e saem à noite para pastar. Hipopótamos normalmente pesam 1.500 kg, têm 1,5 metro de altura, e 3 a 5 metros de comprimento. Estes animais enormes tinham um primo muito menor: o hipopótamo anão do Chipre. Esses hipopótamos anões tinham apenas 75 centímetros de altura e 120 centímetros de comprimento, pesando cerca de 200 kg. Eles viveram na ilha de Chipre até 11.000 anos atrás. O menor hipopótamo que sobrevive hoje é, na verdade, apenas um pouco maior e vive na África, conhecido como hipopótamo pigmeu. Eles estão em perigo devido a caçadores e guerras locais. Estima-se que existam apenas 3.000 na natureza.
9 – Homo floresiensis

Em 2003, ossos estranhos foram encontrados em uma caverna na ilha de Flores, na Indonésia. Estes ossos pareciam pertencer a seres humanos diminutos, que foram posteriormente apelidados de “hobbits” em homenagem a obra-prima de Tolkien. Eles tinham apenas 1 metro de altura e uma capacidade cerebral menor do que a dos chimpanzés modernos. No entanto, a caverna em que eles foram encontrados contém restos de ferramentas de pedra e fogo, e análises dos crânios têm mostrado que, apesar de seus cérebros serem pequenos, as regiões responsáveis pelo intelecto eram do mesmo tamanho que os dos humanos modernos, colocando-os ao nosso lado, intelectualmente. Os hobbits se assemelham mais ao Homo erectus do que ao Homo sapiens (nós), levando muitos cientistas a postular que eles evoluíram a partir do H. erectus e ficaram menores por causa do isolamento na ilha das Flores. Eles são um dos hominídeos mais recentes descobertos, provavelmente dizimados em uma grande erupção vulcânica 12.000 anos atrás. Tal como acontece com a maioria dos hominídeos, tem havido uma grande controvérsia sobre o seu estudo e classificação. Mais buscas podem elucidar melhor o que essa espécie foi.

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