segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Ao menos 70% das espécies da Terra são desconhecidas

25/02/2013
Por Karina Toledo

Agência FAPESP – Embora o conhecimento sobre a biodiversidade do planeta ainda esteja muito fragmentado, estima-se que já tenham sido descritos aproximadamente 1,75 milhão de espécies diferentes de seres vivos – incluindo microrganismos, plantas e animais. O número pode impressionar os mais desavisados, mas representa, nas hipóteses mais otimistas, apenas 30% das formas de vida existentes na Terra.

Estima-se que existam outros 12 milhões de espécies ainda por serem descobertas”, disse Thomas Lewinsohn, professor do Departamento de Biologia Animal da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), durante a apresentação que deu início ao Ciclo de Conferências 2013 organizado pelo programa BIOTA-FAPESP com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento do ensino de ciência.
 
Dando início ao Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA-FAPESP Educação, Thomas Lewinsohn (Unicamp) falou sobre o tempo e o custo estimado para descrever todas as espécies do planeta (foto:Léo Ramos)

Mas como avaliar o tamanho do desconhecimento sobre a biodiversidade? “Para isso, fazemos extrapolações, tomando como base os grupos de organismos mais bem estudados para avaliar os menos estudados. Regiões ou países em que a biota é bem conhecida para avaliar onde é menos conhecida. Por regra de três chegamos a essas estimativas”, explicou.

Técnicas mais recentes, segundo Lewinsohn, usam fórmulas estatísticas sofisticadas e se baseiam nas taxas de descobertas e de descrição de novas espécies. Os valores são ajustados de acordo com a força de trabalho existente, ou seja, o número de taxonomistas em atividade.
“No entanto, o mais importante a dizer é: não há consenso. As estimativas podem chegar a mais de 100 milhões de espécies desconhecidas. Não sabemos nem a ordem de grandeza e isso é espantoso”, disse.
Lewinsohn avalia que, para descrever todas as espécies que se estima haver no Brasil, seriam necessários cerca de 2 mil anos. “Para descrever todas as espécies do mundo o número seria parecido. Mas não temos esse tempo”, disse.

Algumas técnicas recentes de taxonomia molecular, como código de barras de DNA, podem ajudar a acelerar o trabalho, pois permitem identificar organismos por meio da análise de seu material genético. Por esse método, cadeias diferentes de DNA diferenciam as espécies, enquanto na taxonomia clássica a classificação é baseada na morfologia dos seres vivos, o que é bem mais trabalhoso.
“Dá para fazer? Sim, mas qual é o custo?”, questionou Lewinsohn. Um artigo publicado recentemente na revista Science apontou que seriam necessários de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão por ano, durante 50 anos, para descrever a maioria das espécies do planeta.

Novamente, o número pode assustar os desavisados, mas, de acordo com Lewinsohn, o montante corresponde ao que se gasta no mundo com armamento em apenas cinco dias. “Somente em 2011 foram gastos US$ 1,7 trilhão com a compra de armas. É preciso colocar as coisas em perspectiva”, defendeu.

Definindo prioridades

Muitas dessas espécies desconhecidas, porém, podem desaparecer do planeta antes mesmo que o homem tenha tempo e dinheiro suficiente para estudá-las. Segundo dados apresentados por Jean Paul Metzger, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), mais de 50% da superfície terrestre já foi transformada pelo homem.
Essa alteração na paisagem tem muitas consequências e Metzger abordou duas delas na segunda apresentação do dia: a perda de habitat e a fragmentação.

“São conceitos diferentes, que muitas vezes se confundem. Fragmentação é a subdivisão de um habitat e pode não ocorrer quando o processo de degradação ocorre nas bordas da mata. Já a construção de uma estrada, por exemplo, cria fragmentos isolados dentro do habitat”, explicou.
Para Metzger, a fragmentação é a principal ameaça à biodiversidade, pois altera o equilíbrio entre os processos naturais de extinção de espécies e de colonização. Quanto menor e mais isolado é o fragmento, maior é a taxa de extinção e menor é a de colonização.
“Cada espécie tem uma quantidade mínima de habitat que precisa para sobreviver e se reproduzir. Não conhecemos bem esses limiares de extinção”, alertou.

Metzger acredita que esse limiar pode variar de acordo com a configuração da paisagem, ou seja, quanto mais fragmentado estiver o habitat, maior o risco de extinção de espécies. Como exemplo, ele citou as áreas remanescentes de Mata Atlântica do Estado de São Paulo, onde 95% dos fragmentos têm menos de 100 hectares.
“Estima-se que ao perder 90% do habitat, deveríamos perder 50% das espécies endêmicas. Na Mata Atlântica, há cerca de 16% de floresta remanescente. O esperado seria uma extinção em massa, mas nosso registro tem poucos casos. Ou nossa teoria está errada, ou não estamos detectando as extinções, pois as espécies nem sequer eram conhecidas”, afirmou Metzger.

Há, no entanto, um fator complicador: o período de latência entre a mudança na estrutura paisagem e mudança na estrutura da comunidade. Enquanto as espécies com ciclo curto de vida podem desaparecer rapidamente, aquelas com ciclo de vida longo podem responder à perda de habitat em escala centenária.
“Cria-se um débito de extinção e, mesmo que a alteração na paisagem seja interrompida, algumas espécies ficam fadadas a desaparecer com o tempo”, disse Metzger.
Mas a boa notícia é que as paisagens também se regeneram naturalmente e além do débito de extinção existe o crédito de recuperação. O período de latência representa, portanto, uma oportunidade de conservação.
“Hoje, temos evidências de que não adianta restaurar em qualquer lugar. É preciso definir áreas prioritárias para restauração que otimizem a conectividade e facilitem o fluxo biológico entre os fragmentos”, defendeu Metzger.

Colhendo frutos

Ao longo dos 13 anos de existência do BIOTA-FAPESP, a definição de áreas prioritárias de conservação e de recuperação no Estado de São Paulo foi uma das principais preocupações dos pesquisadores.
Os resultados desses estudos foram usados pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente para embasar políticas públicas, como lembrou o coordenador do programa e professor do Instituto de Biologia da Unicamp, Carlos Alfredo Joly, na terceira e última apresentação do dia.
“Atualmente, pelo menos 20 instrumentos legais, entre leis, decretos e resoluções, citam nominalmente os resultados do BIOTA-FAPESP”, disse Joly.

Entre 1999 e 2009, disse o coordenador, houve um investimento anual de R$ 8 milhões no programa. Isso ajudou a financiar 94 projetos de pesquisa e resultou em mais de 700 artigos publicados em 181 periódicos, entre eles Nature e Science.

A equipe do programa também publicou 16 livros e dois atlas, descreveu mais de 2 mil novas espécies, produziu e armazenou informações sobre 12 mil espécies, disponibilizou e conectou digitalmente 35 coleções biológicas paulistas.

“Desde que foi renovado o apoio da FAPESP ao programa, em 2009, a questão da educação se tornou prioridade em nosso plano estratégico. O objetivo deste ciclo de conferências é justamente ampliar a comunicação com públicos além do meio científico, especialmente professores e estudantes”, disse Joly.

A segunda etapa do ciclo de palestras está marcada para 21 de março e terá como tema o “Bioma Pampa”. No dia 18 de abril, será a vez do “Bioma Pantanal”. Em 16 de maio, o tema será “Bioma Cerrado”. Em 20 de junho, será abordado o “Bioma Caatinga”.

Em 22 de agosto, será o “Bioma Mata Atlântica”. Em 19 de setembro, é a vez do “Bioma Amazônia”. Em 24 de outubro, o tema será “Ambientes Marinhos e Costeiros”. Finalizando o ciclo, em 21 de novembro, o tema será “Biodiversidade em Ambientes Antrópicos – Urbanos e Rurais”.
Programação do ciclo: www.fapesp.br/7487

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Documentários BBC: Africa - Eye To Eye With The Unknown (Olho por Olho com o Desconhecido)

BBC: Africa - Eye To Eye With The Unknown


 


Trailer




Mike Gunton, produtor executivo de Vida, traz sua série de natureza, próximo sucesso em DVD e Blu-ray com  África! Esta é uma viagem através de cinco regiões diferentes de um continente incrível, levando-o facilmente do terreno selvagem de paisagens extraordinárias para encontros íntimos com suas criaturas fascinantes. Da beleza e da serenidade das montanhas do Atlas subida para o Cabo da Boa Esperança, das selvas do Congo para a fúria do Oceano Atlântico, você vai experimentar florestas inexploradas, nunca antes filmadas, serras e até mesmo deserto coberto de neve. Enquanto a tensão dinâmica entre deserto e a vida selvagem se desenrola, o drama, a beleza e o poder desta majestosa terra é revelado. Os shoebills, lagartos de aparência pré-histórica lutam pela ascendência, corajosos caçando para se alimentar nas costas dos leões, girafas e se envolvem em batalhas ferozes. Cada episódio promete detalhes íntimos, olho-no-olho, encontros com a vida selvagem extraordinária, de se aventurar em lugares genuinamente inexploradas, capturando formas nunca antes vistas de comportamento, até mesmo da vida selvagem mais familiar.
Narração de Sir David Attehborrough
 Dados:

Codec: avi e mkv
Duração:~50min
Audio:Inglês
Legenda: Portugues-PT
Cretidos by: croaton

(Existe varios links, escolha uma opção)


Epi.01- Kalahari
No canto antiga da África do sudoeste, dois desertos extraordinários sentar-se lado a lado. A água é escassa, mas estes desertos são de algum modo cheio de vida, porque as criaturas que vivem aqui ter virado as regras de sobrevivência em sua cabeça. Este filme celebra a engenhosidade da natureza, não importa o quão duro ele fica. Nas terras matagal Kalahari, meerkats inteligentes estão enganado por um pássaro astuto, solitários e beligerante rinocerontes negros se reúnem para festa e insetos gigantes caule enormes bandos de pássaros. Chuva quase nunca cai no Namibe, em vez disso, deve se contentar com névoa, vapor de fuga. As criaturas neste deserto, o mais antigo do mundo, ter ido para os extremos - aranhas roda escapar e uma girafa deserto luta para defender seus escassos recursos na maior batalha girafa já filmado.


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Savannah

Quote
Leste da África é uma terra que está em constante mudança. Para sobreviver aqui, as criaturas devem ser capazes de lidar com voltas e reviravoltas imprevisíveis - transformando molhado à fome, seca a festa, frio para o quente - não importa quão hostil e imprevisível se torna. De florestas densas, para picos cobertos de neve, pântanos picantes para savana sem fim, esta terra única e variada é também um paraíso para a vida - que apoia uma maior densidade de mamíferos de grande porte do que em qualquer outro lugar na Terra. Mas longe dos rebanhos para sempre, de viagem, há um enorme elenco de outros personagens - lagartos que roubam moscas de rostos de leões, vastas dinossauro-como pássaros que talo bagre através de pântanos enormes, e os elefantes que lutam por três dias para o direito ao pai da próxima geração. África Oriental pode ser um lugar cruel e implacável, e quando as apostas são altas você deve estar preparado para assumir riscos e jogar com a sua vida.




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Congo

Quote
A floresta tropical do Congo cobre o coração da África, é um habitat dinâmica e pulsante, cheio de vida. Do centro competitivo da floresta até a borda aberta do Oceano Atlântico, isso é tudo sobre esculpindo o espaço em um mundo lotado. Chimpanzés roubam mel das abelhas trabalhadoras suor pela engenharia de uma vara grande para esmagar abrir o ninho. Os Picathartes indescritível simboliza tudo o que é secreto e antiga sobre a floresta tropical - suas cabeças calvas são como marzipã moldada e seu ninho de pintos de parecer bizarras, dinossauros scraggy. Quando a escuridão cai, a atmosfera muda. Usando a tecnologia de especialista descobrimos uma paisagem luminescente como os brilhos de floresta no escuro. Sapinhos batalhar usando kung-fu depois esconder seus ovos preciosos em lâminas dobradas de grama. Grandes manadas de elefantes se reúnem em um local de encontro para socializar mistério sob a cobertura da escuridão, e os touros três toneladas titan causar o chão a tremer enquanto eles se reúnem no combate furioso, aterrorizando os outros animais e arremessando árvores para o chão com sua paixão. Aqui no Congo, não importa o quão difícil a competição, você deve se levantar e lutar para si e para o seu adesivo.


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Cape

Quote
África do Sul é uma profusão de vida e cor. Mas se não fosse por duas grandes correntes oceânicas que varrem todo e moldar Cape Grande do continente seria um deserto. Este filme celebra os poderes de rejuvenescimento do oceano. Para o leste, das Agulhas quentes corrente flui ao sul, gerando nuvens que rolam interior criando o mais chuvoso lugar no sul da África. Início de um mágico de conto de fadas borboleta balé, a área é conhecida como o "Google" floresta como ela só foi descoberto usando imagens de satélite em 2005. No mar, a corrente quente sustenta cardumes de gigante kingfish e cria algumas das mais belas paisagens marinhas já vi - o Arquipélago de Bazaruto. Para o oeste é a corrente fria de Benguela. É o lar de mais grandes tubarões brancos do que qualquer outro mar na Terra. Embora o atual fornece pouca chuva, ele oferece, em vez de nevoeiro carregada de umidade para a terra, e suporta um jardim deserto incrível, onde macaco sono besouros em uma cama de pétalas. Mas talvez o mais impressionante é que as duas correntes se encontram. O choque de água fria e quente cria um do mundo o mais fabulosos espetáculos naturais, corrida da África do Sul de sardinha. Este é o maior encontro de predadores do planeta, incluindo a África maior, a baleia Bryde.


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Sahara
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África do Norte é o lar do maior deserto da Terra, do Saara. Este vasto deserto, o tamanho dos Estados Unidos, é a parte mais difícil do continente Africano - o sol governa sem piedade aqui. Neste deserto assombro, dunas "cantar", tempestades de areia se estendem por milhares de quilômetros, ea chuva não pode cair para 50 anos. Mas não foi sempre assim. Esta é uma história de um apocalipse e como, quando a natureza é invadida, alguns são forçados a fugir, alguns suportar, mas alguns aproveitar a oportunidade para estabelecer uma nova ordem. À margem do grande deserto, batalha de Grevy zebras sobre os rios cada vez menores, e estranhas ratos-toupeira pelados evitar o calor por viver uma existência subterrânea bizarro. Dentro do deserto, os camelos buscar água com a ajuda de seu pastores, enquanto andorinhas pequenos devem ir sozinho e navegar através de milhares de quilômetros quadrados de areia estéril de encontrar um oásis salva-vidas solitárias. No coração do Saara pouca vida pode sobreviver ataque do sol. Apenas um animal assume o sol do meio-dia, e ele precisa de um "traje espacial" para fazê-lo. A formiga prata espera até que todas as outras criaturas fugiram as dunas escaldantes antes de finalmente emergindo para se alimentar em paz.


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Africa: The Future
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Mais de 80 anos de cinema da vida selvagem, a Discovery ea BBC narrou as maiores mudanças em um continente que o mundo já viu. Com mais de um bilhão de pessoas, a África pode agora estar em seu ponto de inflexão, mas também é o único continente que não perdeu suas maiores animais - apesar do fato de que a humanidade tem vivido aqui mais do que em qualquer outro lugar do planeta! Assim, em uma missão para salvar espécies mais emblemáticas da África, que lições aprendidas com o resto do mundo é que podemos trazer de volta à nossa pátria ancestral?




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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Você sabia que o Pangéia não foi o único supercontinente da Terra?
Posted: 22 Feb 2013 10:57 AM PST
Pangéia: o último, mas não o único
©
Ronald Blakey

Você sabia que o Pangéia não foi o único supercontinente que existiu no nosso planeta? Pois é, o Pangéia pode até ser o mais famoso, frequentemente citado em livros, revistas, filmes e sites sobre dinossauros, porém foi apenas o último dos supercontinentes. Antes do Pangéia o planeta Terra já formou e desmontou supercontinentes pelo menos 9 vezes. Devo antes de mais nada definir que quando me refiro a Supercontinente quero dizer "um continente único de grandes proporções, que continha em um único bloco continental toda ou a maior parte da superfície emersa do planeta em determinado período de tempo". Para saber mais clique em "Leia Mais" e confira o artigo completo!


Não pretendo entrar em detalhes sobre cada um dos continentes, mas citarei os nomes deles aqui e a época em que existiram. Ao lado do nome de cada um coloco entre parênteses o tempo em que o supercontinente se formou e o tempo em que desapareceu. Lembrando que muitos continentes destes existiram unidos a outros, como por exemplo, Gondwana é conhecido como o continente do hemisfério sul formado no período Jurássico quando separou-se de Laurásia, o que é verdade, mas não toda ela. Tais supercontinentes existiam muito antes da Era Mesozóica, e perduraram por muito tempo, às vezes isolados, às vezes unidos a outros continentes menores ou maiores, formando um outro supercontinente, como foi o caso da Pangéia durante a era dos dinossauros. Apesar de Laurásia e Gondwana estarem unidos em um único continente maior, ainda são considerados supercontinentes menores.
  • Gondwana (510 - 180 milhões de anos atrás)
  • Laurásia (510 - 200 milhões de anos atrás)
  • Pangéia (300 - 200 milhões de anos atrás)
  • Euramérica ou Laurússia (300 milhões de anos atrás)
  • Oldredia (418 - 380 milhões de anos atrás)
  • Panótia ou Vendian (600 540 milhões de anos atrás)
  • Rodínia (1,1 Ga - 750 milhões de anos atrás)
  • Columbia ou Nuna (1,8 - 1,5 bilhões de anos atrás)
  • Nena (1.8 bilhões de anos atrás)
  • Kenorland (2,7- 2,1 bilhões de anos atrás)
  • Ur (3 bilhões de anos atrás)
  • Vaalbara (3,6 bilhões de anos atrás)



Jurássico

Jurássico na Alemanha
Europasaurus, Iguanodon, Compsognathus e Archaeopteryx
© Gerhard Boeggemann

Hoje vou levar vocês por um breve passeio imaginário pela "Era Dourada dos Dinossauros" ou a "Era dos Répteis", como também é conhecido o período Jurássico, segundo período da Era Mesozóica, situado no meio desta, começando depois do Triássico e dando origem, no seu término, ao Cretáceo. Pretendo definir de maneira simples e direta as principais características do período, incluindo fauna, flora e clima, geografia e o que mais for pertinente. Então, o que está esperando, embarque na máquina do tempo virtual do Ikessauro e leia o artigo completo!

Assim como qualquer nome de dinossauro, o nome dos períodos geológicos tem uma origem e significado, geralmente atribuído pelo primeiro cientista a estudar tal período, suas rochas e características. Neste caso, o sujeito que foi responsável pelo batismo do famoso período Jurássico foi o cientistas Alexander von Humboldt, notável explorador e naturalista alemão, que em 1795 ao perceber a composição rochosa calcária das montanhas de Jura, na fronteira da França com a Suíça, deu o nome de "Jura kalkstein", cuja variação "Jurakalk" originou o nome atual para a formação geológica, baseando o nome do período das rochas no nome das Montanhas de Jura.

O nome "Jura" deriva da raiz céltica "Jor", que foi latinizado formando "Juria", significando "Floresta", portanto as montanhas seriam chamadas de "Montanha Floresta". A palavra "kalkstein" vem do alemão, significando "Calcário". Podemos dizer que o nome Jurássico, em uma tradução livre (tradução minha) significa "Floresta de Calcário" ou "Calcário da Floresta". Não consigo pensar em adaptação melhor do nome, mas estou aberto à sugestões, então escreva um comentário com a sua neste artigo.

Retrato de Alexander von Humboldt
© Joseph Karl Stieler

O período Jurássico começou após o término do período Triássico, entre 213 e 199 milhões de anos atrás e como pode perceber não há maior precisão na datação da fronteira Triássico-Jurássico devido à disposição das rochas e até mesmo falta de mais rochas expostas na crosta, datando desta época. Como toda datação geológica, não podemos ter uma precisão em anos, menos ainda em dias ou meses. Há sempre uma margem de erro para mais ou para menos em milhões de anos, variando de acordo com a fonte consultada. Em algumas, estima-se o início do Jurássico em 213 milhões de anos atrás, outras fontes indicam 205 ou mesmo 199 milhões de anos atrás. Não é questão de erro, mas sim de imprecisão científica devido à falta de mais evidências e técnicas de medição mais apuradas.
A maioria das estimativas está por volta de 213 - 199 milhões de anos atrás, com o período se estendendo por volta 50 milhões de anos, acabando há 145 milhões de anos e dando início ao Cretáceo.
O Jurássico é o período "do meio" da Era Mesozóica, estando entre o Triássico e o Cretáceo e marcando o pico de evolução e da dispersão dos dinossauros pelo globo terrestre, pois foi neste período em que os primeiros dinossauros, surgidos tímidos no Triássico, atingiram seu ápice, evoluindo em formas abundantes e variadas e chegando a tamanhos impressionantes, desde minúsculos Terópodes como o Compsognathus a titãs como o Diplodocus e Brachiosaurus.
O Jurássico se divide em 3 partes, também conhecido como Sistema do Jurássico, que são chamadas de Inferior, Médio e Superior, listados do mais antigo para o mais novo respectivamente. Observando a tabela abaixo, você pode ver ao fundo a tabela completa da Era Mesozóica, com o Triássico em verde, Jurássico em amarelo e Cretáceo em laranja, com suas respectivas subdivisões em tons de cores similares. No efeito de zoom proporcionado pela imagem na parte do Jurássico, podemos ver o sistema, com cada subdivisão ainda menor e ao final de cada linha uma estimativa em milhões de anos (M.a.) de quando cada parte começou e terminou. Vale a pena conferir mais de perto, então clique na imagem para ver em tamanho maior. A separação do Jurássico em três partes remonta a Leopold von Buch (1774 - 1853).
Veja a localização do Jurássico na linha do tempo
© Patrick Król Padilha

Como eu mencionei no artigo sobre o período Triássico, que você pode ler aqui no Blog do Ikessauro, foram encontradas na África rochas que marcam o final do período e o início do Jurássico, assim demonstrando que uma extinção em massa deu início ao segundo período, considerando que a África ainda fazia parte da Pangéia na época. Obviamente a extinção não foi tão grande quanto outras. Causada por variações climáticas, possível queda de meteorito, vulcanismo entre outros fatores, a extinção devastou metade dos seres vivos, principalmente animais e seres marinhos, por isso a maioria dos dinossauros sobreviveu e deu continuidade à linhagem no período seguinte. As plantas foram pouco afetadas, tendo sido os répteis marinhos e outros animais oceânicos os mais atingidos. Vale a pena ler sobre o período anterior, para ter uma visão melhor do que foi o início da Era Mesozóica.


Quanto ao final do Jurássico, não foi marcado por uma extinção em massa, mas sim por uma mudança nas espécies e variedades de fauna e flora, mudança gradual, que só se completou no Cretáceo, mas que se tornou evidênte quando se observa a história como um todo.

Durante o período Triássico os continentes terrestres estavam todos unidos em um super continente chamado pelos cientistas de Pangéia (significando "Toda a Terra"). Algumas pequenas ilhas circundavam o super continente, mas muito pequenas para serem consideradas continentes individuais. O oceano que recobria todo o resto do globo era chamado Panthalassa (significando "Todo a Mar"). O clima era seco na maior parte do continente pois só as bordas do litoral é que mantinham contato com água durante todo o ano, assim permitindo um clima mais ameno nas áreas costeiras, enquanto que no meio do continente o clima era quente, árido e seco, com poucos períodos chuvosos. Você pode e deve estar se perguntando: Se este artigo trata do Jurássico, que importância o Ikessauro pensa que há em sabermos como era o Triássico?
Bem, meu caro paleoaficcionado, tem muita importância e vou lhe dizer porque! A forma do continente interfere nas correntes oceânicas e as correntes consequentemente tem impacto no clima, que afeta por sua vez a vegetação, que definirá como será a vida animal vegetariana, esta que servirá de comida aos seres carnívoros. Enfim, tudo está interligado num grande sistema complexo, onde a mudança de um único elemento sempre tem impacto nos outros e assim sucessivamente, afetando o sistema como um todo.
Sabendo como era o clima do Triássico, podemos ver que no Jurássico Médio e Superior, o continente Pangéia começou a se modificar, dando origem a dois continentes separados, um ao norte e outro mais ao sul. O continente mais ao norte é conhecido cientificamente pelo termo Laurásia, foi originado pela junção de dois outros termos, Laurência + Eurásia. O primeiro termo se refere ao Cratão Norte Americano e o segundo se refere ao continente grande formado por Europa e Ásia no hemisfério norte. Essa nomenclatura foi escolhida porque os continentes situados hoje no hemisfério norte se originaram na maioria a partir do super continente Laurásia, depois da separação no Jurássico. Só para esclarecer, Cratão se refere a um pedaço ou porção de rochas das placas tectônicas que mesmo com o decorrer de milhões de anos de atrito, união e separação de continentes, permanecem pouco alteradas.
Jurássico Médio: observe o começo da separação
© Dr. Ron Blakey

O continente formado no hemisfério sul recebeu o nome de Gondwana, cujo nome deriva do Sânscrito, significando "Floresta dos Gondis". Os Gondis são povos da Índia, onde há uma região chamada Gondwana, ao norte do país, sendo que foi nessa área que o pesquisador Austríaco Eduard Suess estudou as rochas que permitiram entender melhor a separação dos continentes. Por isso o nome foi escolhido em homenagem ao local que proporcionou a pesquisa. O Gondwana deu origem aos continentes do hemisfério sul, incluindo a América do Sul, a África, a Antártida, a Austrália, além das hoje inúmeras ilhas menores situadas neste hemisfério. A Índia também originou-se a partir de Gondwana, mas com o passar do tempo separou-se e migrou para o norte, chocando-se contra a Laurásia, criando a Cordilheira do Himalaia, onde se fixou e permanece atualmente.
Jurássico Superior
© Dr. Ron Blakey

Foi nessa época que surgiu o Golfo do México, entre a América do Norte e a Península de Yucatán no México. O Oceano Atlântico Norte apareceu nesta época, com a divisão da Laurásia em partes menores, originando a América do Norte e Eurásia, estando o oceano recém formado entre estes dois continentes citados por último. O Atlântico Sul não existia, pois América do Sul e África ainda estavam ligadas, sendo que só no Cretáceo se dividiriam para originar este oceano. O Mar de Tethys, que antes ocupava o golfo da Pangéia, sumiu e originou a bacia do Neotethys.Nessa época, a Europa Ocidental atual não passava de um bando de ilhas isoladas no meio do Atlântico, tendo originado posteriormente bons depósitos sedimentares marinhos com fósseis indicando a existência de um mar raso na região. Alguns locais com sítios fossilíferos conhecidos são o Jurassic Coast Heritage Site e o renomado sítio fossilífero alemão Lagerstätten of Holzmaden e Solnhofen, datado do Jurássico Superior, este último tendo originado inclusive o fóssil famoso do Archaeopteryx de Berlim.
Jurassic Coast Heritage Site: Inglaterra
© Blackbeck / iStockphoto

Por outro lado na América do Norte o registro marinho do Jurássico é fraco, porém outros estratos ainda assim fazem a região ser mais rica em depósitos do Jurássico que as Américas Central e do Sul. No norte podemos encontrar alguns depósitos originados de ambientes marinhos, mas a maioria provém de sedimentações aluviais, ou seja, leitos de rios que atraiam animais e permitiam a vida mais próspera ao seu redor e cuja lama e sedimentos trazidos pela água deram origem a formações rochosas hoje visíveis na superfície, como a Formação Morrison nos Estados Unidos.
Formação Morrison
© Michael Overton

O Jurássico foi marcado por mares repletos de calcita com baixos níveis de magnésio, o material sedimentar inorgânico mais comum nos mares, que originaram depois de alguns milhões de anos depósitos de rocha de Carbonato de Cálcio que é o principal componente do calcário. Simplificando, são rochas formadas pela petrificação do fundo do oceano, que mostra uma rica fauna com esqueleto externo principalmente composto de calcita.
Analisando as rochas do Jurássico pode-se perceber vários batólitos de grande porte, que são rochas formadas pelo vazamento do magma entre camadas de sedimento. As camadas se sobrepõem em ordem homogênea, mas quando o magma vaza por entre camadas acaba infiltrando um tipo de material diferente que origina posteriormente rochas diferentes. Um exemplo desse fenômeno é a cadeia de montanhas de Nevada.
Segundo um artigo do blog "Geografia Física Online" sobre plutonismo, do qual retiro a citação seguinte, os Batólitos:
"ocorrem principalmente em regiões tectonicamente calmas, são grandes massas contínuas formadas por rochas magmáticas que cortam de forma discordante as rochas mais antigas."
Já de acordo com o Geoglossário do site do Cairo American College, um Batólito é:
"an irregular mass of coarse-grained, intrusive igneous rock that has an exposed surface of more than a hundred square kilometres. Batholiths form deep within the Earth's crust, many kilometres beneath the surface. With time, the overlying rocks erode, exposing the rock of the batholith."
Tradução: "uma massa irregular de rocha ignea intrusiva de textura granulada que tem um superfície exposta de mais de mil quilômetros quadrados. Batólitos se formam no fundo da crosta terrestre, muitos quilômetros abaixo da superfície. Com o tempo, as rochas que o cobrem sofrem erosão, expondo a rocha do batólito.
De forma simplificada, podemos visualizar a formação de um batólito da seguinte maneira. Há uma formação rochosa com várias camadas de rocha sedimentar. Cada camada de uma idade e constituição diferente. Abaixo destas camadas há fluxo de magma do núcleo da Terra. Este fluxo consegue penetrar nas camadas de baixo para cima, e no meio delas cria uma bolha de magma, que resfria e vira rocha. Com o passar de alguns milhões de anos, as camadas sedimentares que cobrem essa bolha de magma endurecido acabam sofrendo erosão pela chuva, vento e outros processos naturais, expondo a bolha, total ou parcialmente. Estas bolhas ou batólitos muias vezes são grandes ao ponto de formarem verdadeiras montanhas.
Voltando a falar do registro geológico do período aqui tratado, podemos lembrar que alguns outros países ou mesmo continentes apresentam estratos jurássicos, mas em menor quantidade e abrangência que os citados anteriormente. Entre estes incluem-se Rússia, América do Sul, Índia, Japão, Australásia e Reino Unido. Na África, estratos do Jurássico Inferior estão distribuídos de modo similar aos estratos do Triássico Superior, com mais afloramentos no sul e menos ao norte do continente.
Os estratos do Jurássico Médio da África são escassos e mal estudados, assim como do Jurássico Superior, que apresenta uma exceção, a Formação de Tendaguru - Tanzânia, que se assemelha em quesito fauna à Formação Morrison na América do Norte. Recentemente uma notícia no Brasil anunciava a descoberta de um sítio fossilifero datado do Jurássico, no nordeste do país, mas ainda não soube mais detalhes sobre tal fato.

O clima era quente, sem evidência de glaciação. Assim como no Triássico, não havia nenhuma massa de terra próxima dos polos e não havia cobertura de gelo. Com a mudança da forma dos continentes, mais porções de terra receberam umidade proveniente das novas regiões costeiras formadas e assim o clima quente e seco do período anterior tornou-se quente e úmido, um verdadeiro clima tropical, dando origem a enormes florestas, graças ao aumento de crescimento das plantas a partir da nova condição climática. O clima tropical abrangia o mundo todo devido à elevação do nível do mar criada por vulcanismo submerso, que depositava mais material rochoso no fundo dos mares, elevando o nível da água. Muitas regiões atuais como a Europa Ocidental eram ilhas tropicais em mares rasos. Havia vulcanismo, provavelmente gerado a partir da separação continental que deve ter ocorrido a partir de intensa atividade geológica das placas tectônicas.

Devido ao clima mais úmido proporcionado pela quebra continental, muitas plantas prosperaram e boa parte dos continentes durante o Jurássico era coberta por extensas florestas tropicais, repletas de árvores de porte variado e plantas rasteiras. Depósitos de carvão natural datados do Jurássico mostram o quão extensas eram as florestas do período. As gramíneas ainda não haviam surgido, mas em seu lugar, os fetos, cavalinhas e samambaias ocuparam o posto de cobertura vegetal rasteira. Os Licopódios do Triássico sobreviveram e prosperaram também, embora não tanto quanto as demais plantas.
Floresta Jurássica: observe os fetos e samambaias rasteiras
© John Sibbick

Como plantas médias haviam as cicadáceas, cuja linhagem ainda vive hoje e as cicas, árvores de médio porte muito similares às cicadáceas, mas que não eram cicadáceas verdadeiras. As cicas foram totalmente exintas, mas acredita-se que podem ser sido as primeiras plantas a desenvolver flores, embora não foram as ancestrais das plantas com flores de hoje, porque o grupo destas cicas, que também é conhecido como Cicadeóides ou Benetitáceas, foi extinto completamente.
Benetitácea
© Foto do site Han's Paleobotany Pages
Benetitáceas
© Foto do site Han's Paleobotany PagesFóssil de Benetitácea
© Wikimedia Commons

Algumas plantas do grupo das cicadáceas eram venenosas e ao contrário do que ocorre hoje, cresciam em todo o mundo pois todos os continentes tinham clima tropical e/ou sub tropical. Um exemplo de benetitácea é a Williamsonia, que tinha um tronco escamoso e produzia folhas parecidas com a das cicadáceas e estruturas parecidas com flores, embora não fossem de fato flores. Dentre estas plantas podemos citar também fetos arborescentes, sendo que haviam várias espécies e tipos, similares a atual Dicksonia.
Atual Dicksonia antarctica: plantas semelhantes eram comuns no Jurássico
© Foto retirada de gardensandplants.comDicksonia antarctica: espécie atual
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As cicadáceas verdadeiras também eram abundantes no Jurássico, crescendo em formas e tamanhos variados, com exemplares rasteiros e outros arborescentes. Para comparar podemos ver uma espécie atual, a africana Encephalartos transvenosus, que cresce em florestas na África, até dando um aspecto pré-histórico à paisagem.
Floresta de Cicadáceas na África
© Foto do site wild-about-you.com

As árvores de grande porte dominantes eram as gimnospermas, coníferas na maioria, como Araucárias entre outros tipos de pinheiros. Grupos que ainda vivem nos dias atuais como Araucariaceae, Cephalotaxaceae, Pinaceae, Podocarpaceae, Taxaceae e Taxodiaceae se originaram no Jurássico. No Jurássico as Araucárias estavam espalhadas por quase todo o globo, enquanto que hoje só são encontradas em poucos locais no hemisfério sul. Abaixo você confere alguns exemplares de araucárias atuais.
Araucárias atuais na América do Sul: similares às do Jurássico
© Manuel Capdevila Pinha de Araucária fóssil da Argentina
© Mila Zinkova

Espécies de Ginkgos eram abundantes também, tendo sua linhagem ainda viva hoje com um único gênero, muito usado como árvore para paisagismo em jardins e calçadas. As samambaias já existiam naquele tempo, assim como árvores coníferas como alguns parentes das Sequóias e Ciprestes atuais.
Os Shunosaurus sob um exemplar de Ginkgo yimaensis
© Brian Engh

Ginkgos eram mais comuns ao norte em altas latitudes, enquanto que no sul podocarpos eram mais bem sucedidos. As algas vermelhas modernas que vemos hoje apareceram pela primeira vez nesse período. Abaixo você confere mais imagens de paleorecontrução ambiental, com várias espécies de plantas, coníferas, fetos entre outras citadas anteriormente.
Coníferas do Jurássico
© Foto do site Han's Paleobotany PagesPaisagem Jurássica
© Imagem retirada de Review of the Universe.ca
Coníferas semelhantes às atuais Sequóias eram abundantes no Jurássico
© Imagem retirada de Review of the Universe.ca

À medida que o Jurássico prosseguia, mudanças ambientais proporcionaram a evolução dos dinossauros. Pequenos predadores que no Triássico não eram muito maiores que um cachorro agora tinham descendentes que chegavam a 10 metros de comprimento. Os herbívoros como os Prossaurópodes que apesar de grandes não eram tão impressionantes deram lugar aos seus parentes Saurópodes, que alcançaram tamanhos descomunais. Outros herbívoros menores surgiram, incluindo Ornitópodes e os Estegossauros, dinos couraçados de médio porte, cuja principal característica é um corpo robusto coberto por placas ósseas verticais ou espigões desde o pescoço até a cauda, apresentando cabeça pequena e pescoço curto. Pequenos ornitópodes como Driossauro viviam na sombra dos grandalhões, perseguidos por predadores de médio porte como o Ceratossauro entre outros.
Ceratosaurus caçando Dryosaurus
© Maurilio Oliveira

No mundo todo os dinossauros prosperavam em formas diferentes, alguns pequenos celurossaurídeos já davam sinais de evolução de que um dia dariam origem às aves. O Archaeopteryx, dinossauro pequeno que por muitos anos foi tido como a primeira ave é um exemplo dessa transição. Hoje o mesmo animal está classificado como dinossauro terópode, mas não deixa de ser um dos melhores exemplos de evolução encontrados no registro fóssil.
A fauna era similar em todo o planeta, devido à recente separação dos continentes. Podemos perceber claramente tal fato observando, por exemplo, a fauna da Formação Morrison (Estados Unidos) e da Formação Tendaguru (Tanzânia). Na primeira temos fósseis de Brachiosaurus, Stegosaurus, Allosaurus, Ceratosaurus entre outros. Na formação africana temos Giraffatitan, Kentrosaurus e restos de terópodes do grupo do Allosaurus e Ceratosaurídeos, embora no caso destes predadores os fósseis precários não permitam definição mais precisa.
Podemos citar, dentre os dinos mais conhecidos do Jurássico os clássicos saurópodes Apatosaurus, Brachiosaurus, Giraffatitan, Diplodocus, Barosaurus, também os predadores Dilophosaurus, Allosaurus, Ceratosaurus, Afrovenator, Torvosaurus, Ornitholestes, Anchisaurus, Cetiosaurus, Coelurus, Dinheirosaurus entre outros.
Os dinos ornitísquios (com quadril de ave) eram mais raros que saurísquios (com quadril de réptil), entrentanto alguns, como os Estegossauros e pequenos ornitópodes, desempenharam um papel importante como herbívoros de médio a grande porte.
Ceratosaurus atacando Camarasaurus
© Desconhecido: informe nos comentários se você sabe quem é o autorAfrovenator e Ornithocheirus
© Maurilio Oliveira

Além de dinossauros, na terra firme os crocodilos ainda tinham papel, embora menor que no período anterior e mamíferos pequenos parecidos com gambás viviam nas florestas e alguns até levando vida semi aquática. Duas espécies mais conhecidas são Megazostrodon e Morganucodon.
Megazostrodon
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Nos céus a falta dos pássaros não deixou um vazio, pelo contrário, deu a chance de outro grupo de animais prosperarem. Neste caso estou falando dos Pterossauros, os primeiros vertebrados a conquistar o vôo e que no Jurássico desenvolveram ainda mais, expandindo em variedade de tamanho e formatos. Espécies bem conhecidas como Pterodactylus, Dorignathus, Germanodactylys, Rhamphorhynchus, Bathrachoganthus e Anurognathus são bem representadas no registro fóssil, embora nenhuma chegasse a tamanhos extremos como aconteceu com pterossauros do Cretáceo.
Pterodactylus
© Luis Rey
Dimorphodon
© Luis Rey

Não podemos nos esquecer que além de pterossauros, o dino-ave Archaeopteryx, já apresentava sinais de vôo, pelo menos planado, assim sendo talvez um competidor por alimento no nicho em que vivia. O artista Gary Bloomfield fez uma pintura que mostra essa situação, um Archaeopteryx defendendo sua presa (um peixe) de vários pterossauros.
© Gary Bloomfield

Nos mares animais dos mais variados tipos viviam disputando comida e domínio por territórios, alguns preferindo uma vida mais estável no fundo dos mares rasos, atuando como "lixeiros" dos ecossistema, se alimentando de restos de animais ou predando por emboscadas. Entre estes animais rastejantes estavam os Caranguejos, como o Eryon arctiformis, e outros artrópodes, como camarões, lagostas e afins.
Caranguejo Eryon arctiformis
© Didier Descouens

Outros animais de fundo eram os ofiúros, animais do grupo dos equinodermos, parecidos com estrelas do mar. Espécies representantes desse grupo foram encontradas no registro fóssil, sendo que posso citar a espécie Geocoma elegans como uma delas. Outros equinodermos do jurássico incluem os ouriços do mar, como o Cidaris coronata.
Geocoma elegans
© HSU NHM 1998Cidaris coronata
© HSU NHM 1998

No entanto os mares do Jurássico tinham muito mais do que só animais de fundo, pois Peixes variados, incluindo peixes ósseos e tubarões, populavam os mares do mundo todo. Alguns gêneros conhecidos incluem Leptolepis, Leedsichthys, Lepidotes, Coelacanthus, Hybodus entre outros.
Leptolepis
© Wikimedia CommonsLeedsichthys
© BBCLepidotes
© Wikimedia Commons

Os moluscos como as ostras Gryphaea arcuata e Inoceramus mucronata já surgiam e outros moluscos chamados Amêijoas também prosperavam, como a Buchia acutistriata.
Gryphaea arcuata
© Wikimedia Commons

Os Cefalópodes eram abundantes, representados principalmente pelas Amonites, incluindo os gêneros Dactylioceras, Praeparkinsonia, e Acanthopleuroceras, além de moluscos do grupo dos Belemnites, como o Pachyteuthis. Os Brachiópodes ainda existiam, mas com menor expressão. Um exemplo de Brachiópode é a Rhynchonella.
Dactylioceras
© Nobu Tamura

Além de toda essa galera estranha os mares jurássicos eram habitados por animais que a maioria dos amantes da pré-história mais inexperientes confunde com dinos. Eles eram répteis marinhos, incluindo Crocodilos, Ictiossauros e Plesiossauros. Entre os crocodilomorfos, alguns dos quais eram bem primitivos, posso citar os gêneros, Machimosaurus, Protosuchus, Metriorhynchus, Teleosaurus, Geosaurus só para exemplificar alguns gêneros.
Metriorhynchus
© Gabriel Lio

Do grupo dos Ictiossauros, posso citar alguns gêneros que são conhecidos no registro fóssil, como Ophthalmosaurus, o próprio Ichthyosaurus, Temnodontosaurus, Brachypterygius, Stenopterygius que são os mais famosos.
Ophthalmosaurus
© Gabriel Lio
Ichthyosaurus
© Raúl MartínStenopterygius
© Dinoraul

Além dos Ictiossauros os mares do Jurássico estavam povoados pelos Plesiossauros, répteis marinhos diferentes dos já mencionados, com um corpo bem mais largo que o dos Ictiossauros e pescoços longos, por vezes descritos como uma cobra com corpo de tartaruga. Um subgrupo dos Plesiosaurus eram os Pliosaurus, que tinham pescoços grossos e musculares, cabeças enormes e dentes numerosos e fortes. Alguns gêneros conhecidos de Plesiossauros e Pliossauros são Cryptoclidus, Muraenosaurus, Rhomaleosaurus, Plesiosaurus, Pliosaurus, Liopleurodon, Attenborosaurus entre outros.
Liopleurodon, um Pliossaurídeo
© Felipe A. Elias
Cryptoclidus, um Plesiossaurídeo
© Luis Rey

Animais como o Notobatrachus, Eocaecilia e o Karaurus continuavam a linhagem dos anfíbios, começada antes mesmo dos dinossauros. Nesta época é que os sapos surgiram além de outros anfíbios avançados.
Notobatrachus
© Nobu Tamura
Eocaecilia
© Nobu TamuraKaraurus
© Nobu Tamura

Enfim, como você pôde perceber, o Jurássico foi um período muito importante e cheio de vida na Terra, um tempo de gigantes, em que a evolução mostou alguns dos mais impressionantes seres vivos que já pisaram no planeta. Só podemos estudar seus restos e imaginar como todos estes seres vivos, além de outros que provavelmente habitavam o mundo, como bactérias, vírus, fungos, parasitas variados, insetos de diversos tipos e outros bichos interagiam entre si formando um ecossistema completo e funcional. Posso dizer que é muito interessante parar e refletir por alguns minutos, imaginar e tentar ilustrar mentalmente como uma paisagem da época se pareceria.

Como já disse, o final do Jurássico não teve uma extinção em massa tão grande quanto no fim do Permiano ou do Cretáceo, pois muitas das espécies ou grupos de animais sobreviveram e passaram a viver e evoluir no Cretáceo. O paleontólogo Thomas Holtz afirma que Bakker falou sobre a extinção do Jurássico e que poucas espécies de dinossauros foram afetadas. O que acontece é que a maioria das extinções que marcam as divisões de períodos afetou em maior grau seres marinhos, sendo que no fim do Jurássico poucos animais terrestres foram realmente extintos, algumas espécies sim, mas não grupos inteiros. Por isso vemos no Cretáceo dinossauros semelhantes aos do Jurássico e outros animais como répteis marinhos, pterossauros além de uma infinidade de outros grupos.

O período Jurássico de fato seja talvez o mais conhecido dentre todos os da história geológica da terra, em parte pela publicidade do filme "Jurassic Park", baseado no livro homônimo de Michael Crichton. Apesar de que no livro, filme e respectivas sequências os animais mostrados sejam também de outros períodos, o nome "Jurassic" foi escolhido por Crichton por ser mais fácil de falar, lembrar e soar melhor. Também o mito de que dinossauros eram todos enormes e o fato de alguns dos maiores terem vivido no Jurássico, o período ficou popular como a era dos gigantescos saurópodes. Indepentente da popularidade o período é digno de admiração, pois deve ter sido belíssimo, riquíssimo em vida, como podemos perceber pelo pouco preservado em registro fóssil.
Espero que eu tenha sido claro o suficiente ao contar a você "paleo-leitor" sobre esse trecho da história do nosso planeta e que este texto tenha sido bem educativo e gostoso de ler. Se houver algo interessante que eu esqueci de escrever ou alguma correção a fazer, comenta abaixo dando sua contribuição, sempre com argumentação coerente, linguagem escrita formal e de preferência citando suas fontes. Lembre-se, o melhor pagamento ao blogueiro é a participação e reconhecimento dos leitores e se você tem um blog, sinta-se a vontade em divulgar a postagem através de links, mas por favor, respeite meu trabalho e não copie tudo, pois isso além de ser atestado de incompetência é crime. Valeu galera, até a próxima!

Fontes: