segunda-feira, 9 de março de 2015

Fóssil antecipa em 400 mil anos a origem da espécie humana

Mandíbula de 2,8 milhões de anos é fóssil mais antigo do gênero Homo.
Fósseis foram encontrados em 2013 na Etiópia.


Pesquisador Chris Campisano coleta amostra para estudo  (Foto: J Ramón Arrowsmith)Pesquisador Chris Campisano coleta amostra para estudo (Foto: J Ramón Arrowsmith)
 
Uma mandíbula com dentes de 2,8 milhões de anos, encontrada na Etiópia, é o fóssil mais antigo do gênero Homo encontrado até agora e, segundo pesquisa publicada na revista "Science", sua descoberta antecipa em 400 mil anos a origem da nossa espécie.

A descoberta, anunciada nesta quarta-feira (4) na edição digital da revista, lança luz sobre a origem do gênero Homo, ao qual pertence a espécie humana, explicam os cientistas na "Science".
"A época da qual data a mandíbula inferior reduz a brecha na evolução entre o Australopiteco - a célebre Lucy, que data de 3,2 milhões de anos - e as primeiras espécies do tipo Homo como o erectus ou o habilis", explicam os cientistas.

"Este fóssil é um excelente exemplo de uma transição de espécies em um período chave da evolução humana", acrescentam.
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 Pesquisador segura mandíbula encontrada na Etiópia  (Foto: Kaye Reed/Divulgação) Pesquisador segura mandíbula encontrada na Etiópia (Foto: Kaye Reed/Divulgação)
 
Esta mandíbula foi encontrada em 2013 em uma zona de rastreamento denominada Ledi-Geraru, na região Afar, na Etiópia, por um grupo internacional de pesquisadores chefiado por Kaye Reed, da Universidade do Arizona, e Brian Villmoare, da Universidade de Nevada.

Há décadas, cientistas buscam fósseis na África para encontrar indícios da linhagem Homo, embora com sucesso limitado, pois eles descobriram muito poucos fósseis do período entre três milhões e 2,5 milhões de anos atrás.

"Os fósseis da linhagem Homo com mais de dois milhões de anos são muito raros e o fato de ter um esclarecimento sobre as primeiras fases da evolução da nossa linhagem é particularmente emocionante", disse Brian Villmoare, principal autor do artigo.

No entanto, os cientistas alertam que não estão em condições de dizer, com esta única mandíbula, se se trata ou não de uma nova subespécie dentro do tipo Homo.

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