sexta-feira, 10 de abril de 2015

Resíduos das indústrias de papel e celulose: qual é a destinação adequada?

Publicado em 10-04-2015 11h43
Resíduos das indústrias de papel e celulose: qual é a destinação adequada?
Estar adaptado às demandas da globalização não significa apenas manter o mesmo nível de competitividade econômica e produtiva do mercado. Atualmente significa também, ir ao encontro das demandas ambientais voltadas ao mundo corporativo. Sendo a destinação de resíduos é um dos maiores desafios dentre as questões ambientais a serem resolvidas, nesse contexto o segmento industrial é o principal gerador de resíduos do planeta, seja qual for a atividade desenvolvida.
 
De acordo com a Resolução 003 de 16 de março de 1988 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, “impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas”. Esse potencial de degradação se enquadra também quando falamos dos resíduos gerados pelas indústrias de papel e celulose.
 
Diante desse contexto, a correta destinação dos resíduos se faz necessária e deve ocorrer através de alternativas de tratamento adequadas à legislação ambiental.
 

Alternativas para o tratamento dos resíduos

A maior parte dos resíduos gerados nesse ramo industrial é passível de reaproveitamento. A compostagem, processo biológico no qual micro-organismos transformam a matéria orgânica em um tipo de adubo, conhecido como fertilizante orgânico composto, é uma alternativa viável para os resíduos sólidos com teor orgânico. Vale lembrar que o processo contribui também para a redução dos passivos ambientais e o esgotamento dos aterros sanitários.
 
Por outro lado, os efluentes líquidos gerados em grande volume, já que as indústrias de papel e celulose demandam um grande consumo de água para a realização das suas atividades, necessitam, por sua vez, de tratamento em ETEs. Em geral, os efluentes dessas indústrias contam com intensa coloração, sendo que a etapa de branqueamento da celulose é que apresenta o maior potencial de poluição. Alguns desses materiais são altamente tóxicos e podem, no caso de falhas em alguma das etapas do tratamento, ocasionar contaminação e danos ao ambiente. Por isso é sempre importante estar atento a operação e contar com um plano B para evitar que uma situação fuja do controle.
 

Optar por uma operação própria ou off-site?

Viabilizar o tratamento dos resíduos on-site, além de demandar espaço físico para  construção e operação, exige que a empresa esteja qualificada para os requisitos necessários à tarefa, dispondo de budget, mão de obra qualificada e equipamentos adequados. Já a opção off-site oferece baixo custo, se comparado ao investimento exigido para uma operação própria, já que a empresa não precisa arcar com as despesas de construção da planta, aquisição de equipamentos, nem a contratação de mão de obra especializada.
 
A melhor opção vai depender da localização da empresa, orçamento liberado para o investimento, processo de geração dos resíduos e o espaço físico da empresa.
 

Como destinar os resíduos corretamente?

Se sua escolha seja o tratamento off-site, o primeiro passo para destinar corretamente seus resíduos é contratar uma empresa qualificada para a terceirização da solução. Para isso, é imprescindível a verificação da conformidade das licenças e documentações, mas é preciso ir além! É necessário visitar as empresas, conhecer seus processos, credibilidade e qualidade no segmento que atuam, levantar possíveis autuações e desconfiar de preços muito baixos. Tudo isso para que você esteja certo de que sua escolha será a mais correta e evitar possíveis transtornos que possam surgir. Em seguida, é preciso que sua empresa obtenha uma autorização específica da Cetesb (o CADRI) para que haja o transporte dos efluentes até a estação de tratamento.
 
Neste link, você pode conferir mais sobre como solicitar o documento online, caso seu negócio se encontre em uma das cidades paulistas contempladas pelo novo processo de emissão. Após o gerador obter a autorização, a empresa poderá destinar seus resíduos para a unidade de tratamento. Caso sejam gerados diferentes tipos de resíduos, é importante que estes estejam segregados, permitindo que o processo de tratamento se adeque às especificidades de cada resíduo.
 
Para rastrear seus resíduos em trânsito e se certificar de seu destino, é importante contar com a ajuda de um sistema de monitoramento. Na Tera, oferecemos aos clientes a opção do SISREM, uma ferramenta online que relaciona todas as cargas recebidas na estação de tratamento.
 
Quais medidas sua indústria já toma para se inserir no caminho da sustentabilidade? A destinação adequada dos resíduos é um importante passo nessa trajetória, reforçando o compromisso do seu negócio para com a sociedade e o meio ambiente.
 

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