quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Descritos dois novos minerais brasileiros

ED. 246 | AGOSTO 2016
Email this to someoneTweet about this on TwitterShare on Google+Share on FacebookShare on LinkedIn

Revista Pesquisa FAPESP
Podcast: Daniel Atencio
00:00 / 12:24
A lista de minerais-tipo (descritos pela primeira vez) do Brasil cresceu para 68 espécies únicas em junho com o reconhecimento oficial da parisita-(La).

Ao mesmo tempo, o mineral ralstonita foi renomeado como hidrokenoralstonita. Os minerais são considerados novos apenas após a Comissão de Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação (CNMNC) da Associação Mineralógica Internacional (IMA), sediada em Bochum, Alemanha, aprovar sua descrição detalhada. A parisita-(La) é um flúor-carbonato de lantânio e cálcio, associada com hematita e outros minerais do grupo das terras-raras. Foi encontrada em uma mina de Novo Horizonte, na Bahia, e especialistas das universidades Federal de Minas Gerais (UFMG), Federal de Ouro Preto (Ufop) e de São Paulo (USP) trabalharam em sua caracterização.


A hidrokenoralstonita, analisada na USP e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é um fluoreto hidratado de alumínio.

Foi encontrada na mina de Pitinga, em Presidente Figueiredo, Amazonas, onde também se descobriu a waimirita-(Y), reconhecida em 2014. Segundo Daniel Atencio, professor de mineralogia do Instituto de Geociências da USP que participou dos exames dos dois novos minerais-tipo, o número total de minerais identificados no Brasil – com uma média de 1,8 por ano – ainda é muito baixo, em vista da diversidade de ambientes geológicos brasileiros.

“Certamente essa média não condiz com a riqueza mineral brasileira, comparável às dos Estados Unidos e da Rússia”, diz ele. Em cada um desses países já foram descritos cerca de 600 minerais, entre os quase 5 mil reconhecidos pela IMA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.