sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Como surgiu a margarina?
Tudo começou com um concurso instituído em 1869 por Napoleão III (1808-1873). Naquela época, a França estava afogada em uma complicada crise econômica e carente de vários gêneros alimentícios. A manteiga tornou-se tão escassa que o governo resolveu desafiar os cientistas a encontrar um substituto para ela. O vencedor foi o químico Hipollyte Mergé-Mouriès, com uma mistura à base de sebo de boi, úbere de vaca e leite, ganhando um tom perolizado – daí o nome, que vem do grego margaron, ou “brancura de pérola”. Logo depois, em 1871, apareceu a primeira fábrica do novo produto, na Holanda. Não demorou para que toda a Europa passasse a usar a margarina no dia-a-dia, mesmo com a manteiga de novo abundante.

“Com a descoberta da hidrogenação, processo no qual o óleo líquido torna-se semilíquido, a margarina tornou-se uma aliada perfeita na prevenção de doenças cardiovasculares”, diz a nutricionista Ana Célia Amaral Ayres Dellosso, da PUC-SP. Hoje, a margarina é produzida a partir de gordura de origem vegetal e leite, acrescidos de flavorizantes, pigmentos, estabilizadores, antioxidantes, preservativos e conservantes químicos.

A MARGARINA foi originalmente fabricada para engordar perus?
Reza a lenda que sim, e afirma que quando os perus começaram a MORRER, por conta da ingestão dela. Isto levou a que aqueles que investiram na pesquisa para criar o novo produto começassem a pensar numa utilização alternativa que lhes permitisse, no mínimo, RECUPERAR O INVESTIMENTO.
Muitos preferem acreditar que isto é uma lenda, e foi criada uma versão oficial, mais bonita, que diz que a margarina foi criada no século XIX, pelo químico francês Hippolyte Mège Mouriès, como resposta a um “concurso” criado pelo imperador Napoleão III, que teria oferecido um prêmio para quem conseguisse desenvolver uma alternativa satisfatória para a manteiga, que pudesse ser consumida pelas “forças armadas e as classes sociais mais baixas” (e quem sabe por perus) — a ELITE, claro, continuaria a consumir a manteiga.
O fato é que, quando surgiu, a MARGARINA ERA UMA MISTURA DE SEBO DE VACA, LEITE DESNATADO, PARTES MENOS NOBRES DO PORCO E DA VACA E BICARBONATO DE SÓDIO. Hoje em dia, seu processo de produção é mais complexo e inclui o uso de solventes de petróleo, comumente o hexano, pelo baixo custo, o ácido fosfórico e a soda, resultando numa substância marrom e malcheirosa, que após o tratamento com ácidos clorídrico ou sulfúrico, passando por altas temperaturas e catalisação com níquel, que deixa o produto parcialmente hidrogenado. A isto se adiciona corantes, e aquilo que era uma substância branca, torna-se apetecível para o consumo humano e, e para muitos, se tornou uma alternativa mais barata e um substituto para a manteiga.
E qual é realmente a DIFERENÇA ENTRE MANTEIGA E MARGARINA?
Vejamos:
— Ambas têm a mesma quantidade de calorias.
— A manteiga tem um pouco mais de gorduras saturadas. Diz-se que 8 gramas contra 5 gramas da margarina.
— De acordo com um estudo da Harvard Medical, comer margarina pode aumentar em 53% as doenças cardíacas em mulheres, relativamente àquelas que comem a mesma quantidade de manteiga, devido a presença de GORDURA TRANS, na margarina, que é mais perigosa para o coração, que a gordura saturada, segundo pesquisas semelhantes. Levando em consideração somente este malefício, se colocaram no mercado marcar de margarina que afirmam não conter gordura trans.
— O Jornal Estado de São Paulo, publicou em 14 de novembro de 1999, matéria em que alertava para o fato de que a gordura da margarina causaria mais danos à saúde que a gordura saturada — isto, segundo o FDA, órgão americano de fiscalização de alimentos e remédios. A revista Exame, publicou também de 1999, um extenso artigo alertando sobre os perigos desse produto e falando das implicações que as poderosas multinacionais americanas estavam sofrendo no próprio país por colocar no mercado produtos comparáveis ao cigarro em termos de periculosidade. O curioso é que a repercussão no Brasil foi infelizmente pequena.
— É importante ressaltar que a maior incidência de doenças cardíacas, e do outros problemas que a medicina atual considera serem relativos ao colesterol, está associada à “gordura trans” e não à margarina per se — uma vez que não é consumida a tempo suficiente para que se saiba de todos os malefícios que pode ocasionar sua ingestão e nem se investe neste tipo de pesquisa.
— Importante também lembrar que vários outros produtos apresentam “gordura trans”, como os biscoitos, bolos, massas, sorvetes, etc — muitos dos quais levam margarina em sua composição.
A MANTEIGA:
— Aumenta a absorção de nutrientes presentes em outros alimentos.
— Traz mais benefícios nutricionais do que a margarina, e que aos produtos adicionados à ela, artificialmente, até por ser um produto de origem orgânica e não sintetizado em laboratório.
— É mais saborosa que a margarina e pode melhorar o sabor de outros alimentos.
— Existe há séculos e a margarina há menos de 100 anos.
A MARGARINA:
— Triplica risco de doença cardíaca coronária, segundo afirmação de alguns profissionais.
— Aumenta o colesterol total e o LDL, chamado de mal colesterol, e diminui o colesterol HDL, chamado de bom colesterol.
— Aumenta o risco de câncer em 500%.
— Reduz a qualidade do leite materno.
— Diminui a resposta imunológica.
— Diminui a resposta à insulina.
— Estudos sugerem que a margarina pode estar relacionada a disfunções imunológicas, danos em fígado, pulmão e órgãos reprodutivos, a distúrbios digestivos, diminuição na capacidade de aprendizado e crescimento, problemas de peso, aumento no risco de câncer e, principalmente, a transtornos do metabolismo do colesterol, incremento de aterosclerose e doenças cardíacas. Ou seja, a margarina promove o que ela se propõe a tratar.
E, finalmente, um fato interessante e perturbador: a margarina está a apenas uma molécula de ser... PLÁSTICO. E possui 27 ingredientes que existem na TINTA DE PINTAR. Este, entretanto, é um argumento, que pode ser contestado pelos que defendem o uso da margarina em detrimento da manteiga, menosprezando sua relevância, com o argumento que o mesmo se poderia dizer da água — que está a apenas uma molécula de ser solução de ácido clorídrico concentrada. Isto é o que acontece se acrescenta molécula de HCl à de água. Para transformar a água em água oxigenada, basta acrescentar mais um átomo de oxigênio. Deste forma, para que vê o mundo quimicamente, sem considerar a energia vital presente nos alimentos, não se mensuram as substâncias por sua “distância” molecular de outro composto, já que um único átomo pode alterar completamente as propriedades — e a periculosidade — de um composto.
Se não está convencido FAÇA A SEGUINTE EXPERIÊNCIA:

Abra uma embalagem de margarina e deixe-a aberta num local à sombra durante alguns dias. Você poderá constatar algumas coisas muito interessantes:
1. Não há moscas! Isso deve querer dizer alguma coisa, não?
2. À sombra, a margarina não mostra sinais de apodrecimento, decomposição ou alteração no cheiro. Se exposta à luz direta, ela se deteriora devido à oxidação da gordura, que leva “rancificação” do produto, porém, este não se decompõe devido a ação de microrganismos, como ocorre com a manteiga, ou seja, a margarina não tem BOLOR. Nada se desenvolve ou cresce nela.
3. Nem as moscas, nem formigas ou os menores microrganismos encontram alimento na margarina, pois não há ali nada de bom. Estes insetos, em geral, são atraídos por açúcares, os quais fazem parte de sua dieta, mas não são atraídos por um produto que é basicamente constituído apenas de gordura, diferentemente da manteiga, que se compõe de outros elementos, além da gordura.
Para moscas e formigas, e microrganismos, que não são formados em química, literalmente, a MARGARINA É QUASE UM PLÁSTICO.
EXCLUA ESTE PRODUTO DE TUA VIDA, e acompanhe o resultado através de exames médicos. A sua saúde agradece.
Você NÃO DEVE ACREDITAR CEGAMENTE NO QUE AQUI ESTÁ ESCRITO. Pesquise. Busque por artigos. Hoje há muita informação de qualidade (assim como lixo), na rede. Saiba separar o que é “manteiga” do que é “margarina”, na internet.
E lembre: o consumo eventual, não trará riscos à saúde. O uso continuado e insistente, como afirmam vários profissionais, sim.
ATUALIZEI as informações aqui contidas, pois verifiquei a existência de um antigo artigo, que foi contestado como “hoax”, pelos interessados no comércio da margarina, que menospreza estes riscos e até enaltece o uso da margarina sobre a manteiga.
Por favor, repasse esta informação para os seus contatos. A maioria das pessoas consome este produto inocentemente, e é importante caso façam uso, o façam sabendo dos riscos a que se expõem.
PARA QUEM QUISER FAZER UM PESQUISA MAIS PROFUNDA SOBRE O TEMA:http://jorgeroriz.com.br/a-farsa-das-margarinas/
No excelente artigo, há a referência de diversas fontes de consulta e estudos.

Cometa pode ter atingido a terra apenas 10 milhões anos após a extinção dos dinossauros





A comet striking Earth
A comet may have hit Earth 56 million years ago, leaving behind telltale glassy spheres in sediment cores.
James Thew/iStockphoto

Comet may have struck Earth just 10 million years after dinosaur extinction

DENVER—Some 56 million years ago, carbon surged into Earth's atmosphere, raising temperatures by 5°C to 8°C and causing huge wildlife migrations—a scenario that might mirror the world's future, thanks to global warming. But what triggered this so-called Paleocene-Eocene thermal maximum (PETM) has remained a mystery.

Now, in new work presented on 27 September here at the annual meeting of the Geological Society of America, a group of scientists bolsters its claim that a small comet impact kicked off the PETM, stirring up the carbon just 10 million years after a similar event decimated the dinosaurs. The group announced the discovery of glassy, dark beads, set in eight sediment cores tied to the PETM's start—spheres that are often associated with extraterrestrial strikes.

The critical evidence was hardly the result of a targeted campaign, according to Morgan Schaller, a geochemist at the Rensselaer Polytechnic Institute in Troy, New York, who presented the team's work. The spheres were hiding in plain sight—in sediments off the coast of New Jersey.
For a summer project, Schaller and Megan Fung, his graduate student and co-author, combed through the cores, looking for the fossils of microscopic organisms called foraminifera, often used as a dating tool. But instead of “forams,” they discovered a series of dark, glassy spheres. The spheres looked like microtektites, the debris created and tossed aside when comets or asteroids strike Earth at high speeds. This was a surprise to the team: These sediments had been studied many times before. The spheres may have blended against the background of the black trays that are commonly used to hunt for light-colored forams, as visible as a full moon in the night.
The team is convinced the glassy spherules weren’t erupted from a volcano—another way they could have been made. Their water content is less than 0.03%, much lower than volcanic spheres, and they contain inclusions of the fused quartz glass that is characteristic of a hot impact. Their chemistry is different from microtektites from other known impacts. But the spheres will still face a high bar before being accepted as the real thing by other geologists.

Separate work by Fung clinches the case for an impact, the team noted at the geology meeting. Three of the cores she examined had large spikes in charcoal immediately above (and, therefore, just after) the layers with the spheres. The charcoal, which contains signs of charred plants, points to widespread wildfires sparked by the impact, they said. PETM-associated sediments elsewhere in the world bear signs of similar charcoal events.

The story may appear to be all wrapped up, but the group’s interpretation is misguided, says Jerry Dickens, an oceanographer at Rice University in Houston, Texas, who attended the talks. “They have completely misinterpreted the data and missed the correct, and more cool, story.” Dickens does not doubt that the spheres originated in an impact, or that the charcoal stemmed from forest fires. But both the spheres and charcoal were likely present throughout the PETM-associated clays, not just in small layers at the start. As the PETM got going, and erosion rates sped up in the warming world, sediments rich in carbon and oxygen accrued at faster rates at the New Jersey sites. This abundance of oxygen and carbon would have fueled microbes to degrade the charcoal and spheres, eliminating evidence for them higher up in a way that they couldn't at the core's base. This vanished evidence, he said, results “in a strange thing where they imagine a boundary horizon where it looks very important, but it's not.”

Others at the session were more convinced. “It is a really amazing discovery,” says Birger Schmitz, a geologist at Lund University in Sweden who also attended the talks. “The data look sound.” He says the evidence points to a small impact event of an asteroid or comet, maybe a body a couple kilometers across. However, similar objects hit Earth without triggering a global disturbance, he notes. “I have no idea of how a small asteroid could have triggered all the things that happened during the PETM.” To spark such a large carbon influx, the strike must have hit an unusual carbon-filled place like an oil reservoir, he says.
News of the spherules has bounced around the community of PETM researchers for months, says Ellen Thomas, a geologist at Wesleyan University in Middletown, Connecticut. Thomas “absolutely” believes Schaller has found microtektites. But she is perplexed because she has since re-examined several different PETM cores from New Jersey and has not found any spherules; similarly, she has never seen them in global samples. If the team successfully dates the spherules to the start of the PETM, she will consider it real evidence of an impact. “If they have not dated them,” she says, “I think they may well be contamination.” The New Jersey cores were dug with rotary drills, and there's abundant contamination in the samples, along with many spherules dating to impacts from different eras.

If accepted, and that's a big if, the strike could join a list of events associated with the PETM's carbon injection. Many scientists believe the spike could have come from a chain reaction of events, starting with ocean volcanism cooking organic carbon out of rocks and into the atmosphere. Rising temperatures may have then released seafloor methane or thawed permafrost, driving up temperatures further.
The scientists are cautious about how a small impact might fit in that chain of climate events—not all extraterrestrial strikes are the same. The PETM strike may have been a world-changing event like the dinosaur killer just 10 million years earlier. Or, it could have been like the object that struck and excavated the Chesapeake Bay 35 million years ago: locally devastating, but globally survivable.

*Correction, 29 September 2016, 6:30 p.m.: This article has been updated to give Morgan Schaller credit in the discovery of the spheres. The original article incorrectly stated that Megan Fung was the discoverer. Furthermore, a statement about the spherules' chemistry has been clarified to show that they are different from microtektites from other impacts.
Posted in:
DOI: 10.1126/science.aah7359

terça-feira, 27 de setembro de 2016

BIOSREPLICAS.COM

Uma diversidade de réplicas espetaculares de todas as categorias biológicas, incluindo células, botânica e dioramas.

É uma empresa especializada na confecção de réplicas em resinas, formada por biólogos de diversas áreas que trabalham com o intuito de ofertar material didático de qualidade para professores e demais interessados nas ciências biológicas.
As peças são usadas por diversas faculdades e universidades do Brasil. Além disso, trabalhamo com material direcionado para escolas da rede pública e particular.




Fossil fishes challenge an evolutionary ‘urban legend’

Spotted sailfin sucker catfish
Spotted sailfin sucker catfish
Researchers puzzle over precisely how teleost fishes, such as this spotted sailfin sucker catfish, evolved a dazzling array of forms.
Imagine a half-ton tuna laid out on a dock next to a seahorse, a minnow, and a moray eel. That’s just a snapshot of the astonishing diversity found in the group of fishes called teleosts, or ray-finned fish, which today have 30,000 species—more than all living mammals, birds, reptiles, and amphibians combined. For more than a decade, many researchers have assumed that teleosts’ dizzying array of body types evolved because their immediate ancestor somehow duplicated its entire genome, leaving whole sets of genes free to take on other functions.
Now, an examination of the fish fossil record challenges that view. Despite duplicating their genome about 160 million years ago, teleost fish hewed to a few conventional body types for their first 150 million years. Meanwhile, the holostean fishes, a related group with genomes that never underwent a doubling, evolved a stunning diversity of body plans. The work "demonstrates beautifully how necessary it is to look at the fossil record when testing hypotheses about … large-scale evolutionary changes," says Robert Sansom, a paleontologist at the University of Manchester in the United Kingdom.
The link between genome duplication and diversification has seemed so intuitive that it has "almost become an urban legend," says Michael Lynch, an evolutionary biologist at Indiana University, Bloomington. The textbook case was the contrast between teleosts, with their spectacular diversification, and holosteans, which today have a mere eight species in just two body types (bowfins and gars). Flowering plants, too, are rife with such duplications and are champions of diversity among plants. In both cases, evolutionary biologists assumed that some DNA replication quirk doubled the genome. Then, while the pre-existing genes kept the species viable, the extra gene copies could evolve new functions, thus speeding evolutionary change.
John Clarke, now a paleontologist at the University of Pennsylvania, decided to test this “legend” by comparing the diversity of teleosts and holosteans in the fossil record. He visited 15 museums around the world measuring and photographing specimens from 250 million to 100 million years ago, then compared their rates of diversification. "Teleosts weren't always special," Clarke concludes. As he and his colleagues report online today in the Proceedings of the National Academy of Sciencesteleosts got off to a slow start in their first 150 million years. Meanwhile, the holosteans evolved diverse shapes and sizes, most of which have since gone extinct. "[Fish] without the duplicated genome are diversifying just fine," as fast or even faster than teleosts, notes Michael Alfaro, an evolutionary ichthyologist at the University of California, Los Angeles.
Other recent work has questioned the consequences of gene duplications in flowering plants as well. Given how often plants today undergo genome doubling and tripling, relatively few living species have multiple sets of DNA buried in their genomes, suggesting that such doubles often tend to be evolutionary dead ends.
Some evidence suggests that genome duplications may actually promote diversity, but not right away. In several groups of flowering plants, such as the Brassicales, which include cabbage and papaya, diversity seems to have exploded perhaps as much as 35 million years after the genomes doubled. "More and more examples from the plant field [show] a time lag," says Ingo Braasch, an evolutionary developmental geneticist at Michigan State University in East Lansing. Such a lag might also be at play in the teleost story, says Itay Mayrose, an evolutionary biologist at Tel Aviv University in Israel.
Others, however, think it’s time for evolutionary biologists to move on. Researchers have thoroughly documented that many species have arisen in the kind of evolutionary flowering seen in teleosts. "Genome duplication was such a nice, tidy explanation” for this extraordinary diversity, Sansom says. “Now we need to look for other explanations” for the mechanisms behind it.

Clique Ciência: Além dos humanos, outros animais podem sorrir ou chorar?
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Animais têm a capacidade de rir e de chorar. Isso não quer dizer que eles soltam lágrimas de tristeza ou explodem em gargalhadas como os humanos. Até mesmo ratos podem sorrir. Uma pesquisa realizada por Jaak Panksepp, da Washington State University, constatou que ratos sorriem quando sentem cócegas e brincam de rolar no chão. O som que eles emitem é imperceptível aos ouvidos humanos - foi preciso usar um gravador ultrassônico para ouvir as "risadas"Imagem: Thinkstock/UOL
Sim, animais têm a capacidade de rir e de chorar. Isso não quer dizer que eles soltam lágrimas de tristeza ou explodem em gargalhadas como os humanos. Normalmente, o riso e o choro de outros animais podem ser percebidos através de sons que eles emitem (os biólogos chamam esses sons de vocalizações), das expressões faciais ou do comportamento que manifestam.
As expressões dos sentimentos dos animais variam de acordo com o desenvolvimento do sistema límbico de cada espécie - uma série de estruturas localizadas abaixo do córtex cerebral. Nos humanos e nos outros mamíferos, por exemplo, ele está conectado a sistemas de recompensa do cérebro.
Quando estamos felizes, o organismo libera sustâncias como dopamina e serotonina, que dão prazer e nos deixam com uma sensação agradável. O sentimento é tão bom que a busca por ele é instintiva.
Dentre os animais que mais se parecem com os humanos quando estão sorrindo ou chorando, estão os primatas. Chimpanzés, gorilas e orangotangos tem expressões e vocalizações quase humanas. E eles ainda sentem cócegas e expressam tristeza com mais emoção.
Quem tem cão de estimação sabe quando o seu animal está sorrindo ou chorando. Cães felizes costumam abrir a boca, em um quase riso. Se choram, emitem gemidos de partir o coração. Entretanto, dentre todos os animais, apenas humanos soltam lágrimas de emoção.
Até mesmo ratos podem sorrir. Uma pesquisa realizada por Jaak Panksepp, da Washington State University, constatou que ratos sorriem quando sentem cócegas e brincam de rolar no chão. O som que eles emitem é imperceptível aos ouvidos humanos - foi preciso usar um gravador ultrassônico para ouvir as "risadas". (Veja vídeo em inglês)
Aves, répteis e peixes já não expressam de maneira tão clara seus sentimentos porque o sistema límbico de animais dessas classes é muito menos evoluído do que o dos mamíferos. Neles, os instintos são os mais básicos: o sistema emocional pouco desenvolvido atua na reprodução, na alimentação, no sono e na manutenção do território, por exemplo.
Isso não quer dizer que esses bichos não têm sentimentos e não são capazes de pensar. Estudos realizados com o papagaio-cinzento Alex, por exemplo, mostraram que o pássaro não é apenas um mero imitador da fala humana, mas pode entender conceitos.
Alex, que morreu em 2007 aos 31 anos, conseguia falar centenas de palavras, relacioná-las aos objetos que tinha por perto e distinguir cores e números. Ele aprendeu tudo isso graças ao método de ensino da psicóloga Irene Pepperberg, pesquisadora das universidades Brandeis e Harvard. Se os cientistas ainda sabem pouco sobre o cérebro dos humanos, os dos animais são também um mistério.
Consultoria: Silvia Helena Cardoso, neurocientista

Greve de fome e silêncio: também existe tristeza e luto no reino animal
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Brigitte Osterath
 
  • Sabah Wildlife Department/Reuters
O holandês Frans de Waal é primatologista e etólogo. Ele é professor de comportamento de primatas no Departamento de Psicologia da Universidade de Emory, em Atlanta, nos EUA, e diretor do Centro Living Links, no Centro Nacional Yerkes de Pesquisa sobre Primatas. Waal trabalha principalmente com chimpanzés e bonobos e é autor de vários livros, incluindo "Eu, primata" e "A era da empatia", ambos publicados no Brasil.
Em entrevista à DW, o especialista explica como os animais se comportam após a perda de um ente querido. Enquanto algumas espécies parecem reagir apenas fisiologicamente à morte de um companheiro, outras ficam de luto por um longo tempo, e alguns, como certos macacos, aparentam saber até mesmo que a morte não tem volta:
Com primatas, como chimpanzés, não é incomum que, se um dos primatas em um grupo morre, os outros parem de comer por alguns dias. Eles ficam completamente silenciosos, olham para o cadáver por um longo tempo, tentam reanimar o corpo. Isso é tipicamente humano
DW: Eu tenho um aquário com piranhas em casa. Recentemente, quando uma delas morreu, as outras seis se comportaram de forma bastante estranha. Elas ficaram excepcionalmente calmas e se recusaram a comer. Elas estavam de luto pela companheira delas?
Frans de Waal: Acho que não. Piranhas também tiram pedaços umas das outras; não acho que sejam muito simpáticas entre si. Em geral, luto é algo improvável entre peixes - a menos que você tenha peixes ligados individualmente, o que pode ser possível em algumas espécies.
Então por que elas estavam se comportando de modo tão estranho?
Existe algo chamado Schreckstoff - é uma substância que os peixes liberam quando estão transtornados. É possível que seus peixes apenas estivessem influenciados pelo que aconteceu com o outro peixe, de uma forma mais fisiológica.
Qual é a diferença com o luto "real"?
O luto típico acontece com as mães e filhos em mamíferos. Normalmente, você encontra luto entre animais que têm relações individuais, e não apenas cresceram ou voaram juntos, mas que têm amigos. Todos os mamíferos têm esses laços em algum grau, todas as aves também, já que muito frequentemente vivem em pares. Se o parceiro morre, elas são muito afetadas por isso.
E se o companheiro do animal pertencente a uma espécie diferente? Essas histórias de cães que ficam de luto quando o dono morre seriam apenas uma idealização?
Não, acredito que seja uma coisa absolutamente real. Foi o caso do cachorro Hachiko, em Tóquio, no Japão. Depois que o dono morreu, o cão continuou indo ao trem com o qual o homem normalmente chegava durante dez anos. Sempre que você tem ligações, seja entre um cão e um ser humano ou um gato e um ser humano, você pode ter luto.

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Animais têm a capacidade de rir e de chorar. Isso não quer dizer que eles soltam lágrimas de tristeza ou explodem em gargalhadas como os humanos. Até mesmo ratos podem sorrir. Uma pesquisa realizada por Jaak Panksepp, da Washington State University, constatou que ratos sorriem quando sentem cócegas e brincam de rolar no chão. O som que eles emitem é imperceptível aos ouvidos humanos - foi preciso usar um gravador ultrassônico para ouvir as "risadas"

Os animais ficam de luto como os seres humanos fazem quando seus companheiros morrem?
"Ficar de luto como os seres humanos" é uma afirmação forte. Eles ficam transtornados. Com primatas, como chimpanzés, não é incomum que, se um dos primatas em um grupo morre, os outros parem de comer por alguns dias. Eles ficam completamente silenciosos, olham para o cadáver por um longo tempo, tentam reanimar o corpo. Isso é tipicamente humano - nós não fazemos mais isso, mas nos tempos passados as pessoas faziam.
Então o luto dura por alguns dias em animais?
Se se trata de um parceiro muito importante, como o melhor amigo ou o filho, então ele pode durar muito mais tempo, pode durar anos. Conheci uma fêmea que perdeu um filhote e durante meses meio que chorava por ele. Foi um efeito de muito longo prazo.
Como sabemos que esses animais ficam de luto? Talvez eles só tenham saído da sua rotina porque algo está faltando em sua vida?
Eu me lembro de uma história em que uma mãe babuíno perdeu seu bebê para um predador. Semanas depois, ela voltou à mesma área onde tinha perdido sua prole e subiu numa árvore alta e começou a chamar. Isso indica que ela se lembrava do que tinha acontecido lá e que estava sentindo falta da prole. Com primatas, muitas vezes temos a impressão de que eles se lembram especificamente do indivíduo.
O senhor acha que eles percebem que o companheiro nunca vai voltar?
A única coisa sobre a morte que os primatas certamente entendem é a permanência. Que uma vez que um indivíduo está morto, ele não se move mais, está morto. Eu acho que eles entendem isso.
Como o senhor sabe?
Vou te contar uma história sobre isso. Alguns bonobos encontraram uma cobra muito perigosa na floresta e ficaram com muito medo dela, cutucando-a com paus. Em algum momento, a fêmea alfa, que é dominante sobre o macho, pegou a cobra pela cauda, bateu ela contra o chão e a matou. A partir desse momento, os jovens bonobos pegaram a cobra, a penduraram em seus pescoços, andaram com ela e começaram a brincar com ela.
Isso indica que eles sabem que se trata de um animal perigoso com o qual você deve ter muito cuidado, mas que uma vez que está morto, você pode brincar com ele. Então, eu acho que eles entendem que a morte é uma condição permanente.
Macacos também têm consciência de que eles mesmos vão morrer um dia?
É difícil para nós saber, mas não há nenhuma indicação de que eles tenham esse tipo de entendimento.
Outras espécies, como aves, ficam de luto da mesma maneira que os primatas?
Alguns pássaros que ficam juntos por toda a vida às vezes até param de comer e morrem se o parceiro morre. Isso é verdade no caso dos gansos, mas também de muitas aves da ordem Passeri [que cantam], as quais têm laços de longo prazo.
Quais animais o senhor acha que ficam de luto de forma mais impressionante?
Eu diria elefantes, porque eles voltam para os ossos daqueles que perderam. Se um elefante morre - o que no momento, com a caça ilegal, ocorre com frequência - os outros elefantes inspecionam os ossos do animal morto se conseguem encontrá-los. Não tenho certeza, porém, se alguém já fez uma pesquisa sobre se os elefantes voltam para quaisquer ossos ou ossos de indivíduos específicos que eles conheciam. Mas o meu palpite é que eles voltam para os ossos um pouco como nós, quando vamos a um cemitério.
Alguns animais também enterram seus mortos, cavando uma sepultura?
Não, eles não cavam sepultura. É possível que joguem coisas sobre seus mortos, a fim de cobrir o corpo. Isso parece ser como uma defesa antipredador, no sentido de que um corpo cheirando pode atrair predadores e carniceiros. Mas não sei se eles fazem isso sistematicamente.
Cavar um túmulo é uma coisa tipicamente humana, então?
Sim, isso é certo. Recentemente, houve a descoberta do Homo naledi, um ancestral humano. A equipe afirmou que eles enterravam seus mortos, o que é uma verdadeira indicação de humanidade. Mesmo que, na realidade, haja um monte de dúvidas sobre essa afirmação agora.
Saber que animais ficam de luto pode ter um impacto positivo para a preservação?
Tudo o que percebemos sobre os animais em termos de suas vidas emocionais ou cognição sobre a morte ajuda - no sentido de tornar os animais mais complexos ou semelhantes ao homem e mais atraentes para as pessoas. Todo esse conhecimento contribui para a forma como vemos os animais e pode mudar a forma como vemos o tratamento de animais. Tem implicações éticas por assim dizer.

domingo, 25 de setembro de 2016


Dmanisi Skull: Homo Habilis, Homo Erectus Belonged To The Same Species - Study
By News Staff | October 17th 2013 05:44 PM | Print | E-mail | Track Comments
User pic. News Staff
The fifth skull to be discovered in Dmanisi displays a combination of features unknown to researchers before the find - the largest face, the most massively built jaw and teeth and the smallest brain within the Dmanisi group.
Previously, four equally well-preserved hominid skulls as well as some skeletal parts had been found there. Taken as a whole, the finds show that the first representatives of the genus Homo began to expand from Africa through Eurasia as far back as 1,850,000 years ago.
Because the skull is completely intact, it can provide answers to various questions which up until now had offered broad scope for speculation - namely, the evolutionary beginning of the genus Homo in Africa around two million years ago at the beginning of the Ice Age, also referred to as the Pleistocene.

The debate is whether there were several specialized Homo species in Africa at the time, at least one of which was able to spread outside of Africa too, or a single species that was able to cope with a variety of ecosystems.


Dmanisi early Homo cranium in situ. Credit: Georgian National Museum
The early Homo finds in Africa demonstrated large variation but it has not been possible to settle on answers to these questions. Christoph Zollikofer, anthropologist at the University of Zurich, explains why the fossil evidence wasn't enough. "Most of these fossils represent single fragmentary finds from multiple points in space and geological time of at least 500,000 years. This ultimately makes it difficult to recognize variation among species in the African fossils as opposed to variation within species."

What the new fossil means, they say, is that the earliest members of our Homo genus— Homo habilis, Homo rudolfensis, Homo erectus and so forth — actually belonged to the same species and simply looked different from one another.


Dmanisi skull 5. Credit: Guram Bumbiashvili, Georgian National Museum
As many species as there are researchers
Marcia Ponce de León, also an anthropologist at the University of Zurich, points out another reason: paleoanthropologists often tacitly assumed that the fossil they had just found was representative for the species, i.e. that it aptly demonstrated the characteristics of the species.

Statistically this is not very likely, she says, but nevertheless there were researchers who proposed up to five contemporary species of early Homo in Africa, including Homo habilis, Homo rudolfensis, Homo ergaster and Homo erectus. Ponce de León sums up the problem as follows: "At present there are as many subdivisions between species as there are researchers examining this problem."
Dmanisi offers the key to the solution, the authors say. According to Zollikofer, the reason why Skull 5 is so important is that it unites features that have been used previously as an argument for defining different African species. In other words, "Had the braincase and the face of the Dmanisi sample been found as separate fossils, they very probably would have been attributed to two different species."

Ponce de León adds, "It is also decisive that we have five well-preserved individuals in Dmanisi whom we know to have lived in the same place and at the same time."

These unique circumstances of the find make it possible to compare variation in Dmanisi with variation in modern human and chimpanzee populations. Zollikofer summarizes the result of the statistical analyses: "Firstly, the Dmanisi individuals all belong to a population of a single early Homo species. Secondly, the five Dmanisi individuals are conspicuously different from each other, but not more different than any five modern human individuals, or five chimpanzee individuals from a given population."


A computer reconstruction of the five Dmanisi skulls (background: Dmanisi landscape). Credit: Marcia Ponce de León and Christoph Zollikofer, University of Zurich, Switzerland Diversity within a species is thus the rule rather than the exception. The present findings are supported by an additional study (see the second citation below). In that study, Ponce de León, Zollikofer and further colleagues show that differences in jaw morphology between the Dmanisi individuals are mostly due to differences in dental wear.
This shows the need for a change in perspective: the African fossils from around 1.8 million years ago likely represent representatives from one and the same species, best described as Homo erectus. This would suggest that Homo erectus evolved about 2 million years ago in Africa, and soon expanded through Eurasia – via places such as Dmanisi – as far as China and Java, where it is first documented from about 1.2 million years ago.

Comparing diversity patterns in Africa, Eurasia and East Asia provides clues on the population biology of this first global human species.
This makes Homo erectus the first global player in human evolution. Its redefinition would provide an opportunity to track this fossil human species over a time span of 1 million years.

References:

David Lordkipanidze, Marcia S. Ponce de León, Ann Margvelashvili, Yoel Rak, G. Philip Rightmire, Abesalom Vekua, and Christoph P.E. Zollikofer, 'A complete skull from Dmanisi, Georgia, and the evolutionary biology of early Homo', Science, October 18, 2013. doi: 10.1126/science.1238484

Ann Margvelashvili, Christoph P. E. Zollikofer, David Lordkipanidze, Timo Peltomäki, Marcia S. Ponce de León, 'Tooth wear and dentoalveolar remodeling are key factors of morphological variation in the Dmanisi mandibles', Proceedings of the National Academy of Sciences, September 2, 2013. doi: 10.1073/pnas.1316052110

sábado, 24 de setembro de 2016


sinkholes
The sinkholes around the Dead Sea can be up to 24 meters deep, though most are much shallower.
alonkorngreen/iStockphoto

Can a controversial canal stop thousands of sinkholes from forming around the Dead Sea?

On the edge of the Dead Sea, the ground is caving in. Trucks and small buildings in Israel and Jordan have fallen into pits, beaches and plantations have closed, and roads been rerouted to avoid the more than 5500 sinkholes that pockmark the region. Now, scientists think they have a better idea of what’s causing these sinkholes to form—and how to stop them.

The Dead Sea is shrinking dramatically, falling 0.9 meters a year. The Jordan River—its main source of freshwater—has been mostly diverted for agriculture, and industrial plants have kept siphoning off Dead Sea water for mineral extraction. Scientists think that the receding shoreline is the driving force behind the sinkholes, but they’ve lacked hard evidence of what’s happening underground.

So, as part of an initiative by the Geological Survey of Israel to study the Dead Sea region, Imri Oz, a hydrogeologist currently at Technion - Israel Institute of Technology in Haifa, and his colleagues built their own version of the Dead Sea. In a sand-filled Plexiglas tank in the lab, they constructed a miniature cross section of the sea’s shore. The Dead Sea’s famously salty water flows in from a hole on one side, and freshwater (representing the flow from nearby underground aquifers) seeps in from the other. The team used information from boreholes drilled around the Dead Sea to estimate the depth of different layers of clay, gravel, salt, and sand and their respective particle sizes.

In the model, sinkholes grew just as they do in the real world: As the Dead Sea’s water level drops, freshwater flows in from nearby aquifers to replace it. The freshwater flows through underground layers of salt and dissolves it, leaving behind unstable caverns. Small pockets then collapsed to form depressions in the sand. Scaled up to the real world, those depressions are sinkholes. The model also gave insight into the timing of sinkhole formation: Large blocks of salt were more likely to collapse all at once, whereas smaller salt deposits showed a slump on the surface before caving in.

Through ongoing studies into the structure of the Dead Sea’s salt deposits and ground-penetrating radar studies to track incipient sinkholes, scientists can now identify the worst spots. Stopping new sinkholes from opening, however, is more difficult. The most popular proposed solution has been a canal or pipeline to refill the Dead Sea using water from the Red Sea or the Mediterranean Sea—the nearest unlimited water sources. Politicians have hailed various proposals as peace projects—opportunities for cooperation among Israelis, Jordanians, and Palestinians, all of which could benefit from the water as it made its way toward the Dead Sea. But no pipelines have been built, in part because of the need for more study.
satellite images of the Dead Sea
Satellite images reveal the Dead Sea’s retreat, as well as the growth of mineral-extraction evaporation ponds in the southern basin.
NASA's Earth Observatory
To find out whether the strategy would work, Oz’s team simulated the effects of a Red Sea–Dead Sea pipeline by adding to their tank slightly salty water—like that of the Red Sea. The results were encouraging: The new “sea water” formed a layer on top of the even saltier Dead Sea water, and flowed back up into the simulated aquifer, effectively plugging it. Though the seawater still dissolved the salt layers, it did so much more slowly than the flow of freshwater. In the real world, salt deposits would dissolve about 10 times more slowly than they currently do if the Dead Sea were refilled, the researchers report this month in the Journal of Geophysical Research: Earth Surface.

“It’s really interesting to see the dynamic evolution that the model predicts, and how it explains what we observe on the surface,” says Simone Atzori, a geophysicist at the National Institute of Geophysics and Volcanology in Rome, who was not involved with the study. “Through this model, they tried to give us visual access to this phenomenon.”

Of course, sand in a Plexiglas tank does not reflect the complexities of actual sinkholes. “This is always the problem with the laboratory, that you’re taking the real world and putting it into a smaller system,” Oz says. The model also can’t account for the potential environmental impacts of a pipeline, such as massive algal blooms. The addition of seawater might cause algae to grow out of control, choking out microorganisms better suited to a saltier environment, or turning the water red. Environmentalists also worry that the seawater could trigger the growth of tiny, floating gypsum crystals that could whiten the upper layers of the Dead Sea, raising its temperature and speeding its evaporation.

As an alternative to the pipeline, a local environmental group called EcoPeace Middle East has proposed restoring the flow of water in the Jordan River, which has been dammed and diverted until only 10% of its former flow reaches the Dead Sea. To do this, they argue that the mineral industry should be charged for the Dead Sea water used to fill evaporation ponds, which yield minerals like potash and magnesium. “We have specific steps for what can be done, and they’re all doable, but that means changing the status quo,” says Mira Edelstein, the Jordan River projects coordinator for EcoPeace Middle East in Amman.
Now, a much-reduced version of the pipeline seems to be the most prominent solution: This year, bidding began to construct a pipe that would bring briny Red Sea wastewater from a new desalination plant in Jordan to the Dead Sea. According to Edelstein, the flow from this pipeline won’t be enough to stem the Dead Sea’s shrinkage, and it may be canceled because of expense (more than $900 million). But in the meantime, researchers will keep studying the collapsing shoreline, fine-tuning their theories to peer into the Dead Sea’s uncertain future. “If you put together all the possible information, you have a better vision of the situation,” Atzori says.

*Correction, 23 September, 10:47 a.m.: The article has been clarified to note the involvement of the Geological Survey of Israel in the study. In addition, it has been corrected to state that the likely addition of seawater, not freshwater, could cause algal blooms in the Dead Sea.
Posted in:
DOI: 10.1126/science.aah7336