sábado, 21 de janeiro de 2012

Pampaphoneus biccai: um recém anunciado predador
Posted: 18 Jan 2012 12:50 PM PST
Pampaphoneus caçando um Pareiasaurus
© Voltaire Neto

O Brasil não para de nos surpreender e até mesmo aos paleontólogos com uma gama enorme de répteis primitivos parecidos com os crocodilos. A cada ano pelo menos duas ou três espécies diferentes de carnívoros são descobertos, um mais incrível que outro. Mas desta vez, o animal descoberto nada tem a ver com um crocodilo, além de ter sido um réptil e de longe se assemelhar a alguns outros animais do grupo. Na verdade, o Pampaphoneus biccai, predador recém descrito e anunciado, encontrado no Rio Grande do Sul, é mais aparentado aos mamíferos do que aos crocodilos. Sua linhagem pertence ao grupo chamado Terápsidos, que posteriormente originous os primeiros mamíferos. Leia mais sobre isso no resto do artigo.

©Voltaire Neto

O Pampaphoneus viveu no período Permiano, há 260 milhões de anos atrás, antes mesmo do primeiro dinossauro surgir. O fóssil foi achado na fazendo do seu José Bicca, em São Gabriel, a 330 km de Porto Alegre. O nome do animal quer dizer "Matador dos Pampas do Bicca", sendo biccai uma homenagem ao seu José.

O crânio do animal mede 35 centímetros de comprimento e está bem preservado mostrando dois enormes caninos que o animal possuía. Com cerca de 3 metros de comprimento o Pampaphoneus era um dos maiores predadores da região.
Crânio fóssil e reconstrução
© Voltaire Neto

Juan Carlos Cisneros, especialista que ajudou na descoberta afirma que dá para saber que era um predador apenas olhando nos dentes caninos enomes. “Eles prendiam melhor a presa que os caninos de um leão, hoje.” Segundo Cisneros “A descoberta desse fóssil mostra que havia um corredor biológico que ligava o Brasil ao que hoje conhecemos como Rússia e África do Sul”, pois foram encontrados nesses países alguns animais muito parecidos com estes que recentemente vem surgindo no Brasil. Provavelmente durante o Permiano estas regiões estavam conectadas.
© Juan Cisneros
© Voltaire Neto

Fonte
  • O Estadão

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