Este documentário é um vibrante e consistente alerta para a sobrevivência humana neste planeta. O fato de, pela primeira vez, o homem estar influenciando o clima da terra é exposto em detalhes sob vários ângulos e por diversos especialistas. O foco central para todas as reflexões é o movimento das correntes aquáticas nos oceanos. Neste caso específico, a Corrente do Golfo, que sempre foi empiricamente conhecida por pescadores e navegantes, mas que só foi verdadeiramente desenhada em termos cartográficos por Benjamin Franklin, em 1875. Na verdade, a Corrente do Golfo é um grande aquecedor que pega o calor dos trópicos e o leva para regiões bem mais frias. O fluxo, imensamente poderoso dessa corrente, é 150 vezes mais forte que o dos rios mais volumosos de qualquer bacia hidrográfica.
Ele é o responsável por amenizar o rigoroso inverno no Atlântico Norte, desde a Bretanha francesa (com suas enguias), passando pelas costas da Escócia (com seus jardins floridos), e indo até os mares da Noruega (com o acasalamento do bacalhau). A certeza científica de que havia uma regularidade periódica na sucessão de climas quentes e frios nas diversas eras geológicas foi colocada em xeque pela descoberta de sedimentos de rocha que teriam sido transportadas por icebergs derretidos. Essas pedras rochosas denunciam mudanças muito súbitas. E a periodicidade dessas mudanças vem se estreitando.
Nos séculos XX e XXI, a atuação humana através de emissões excessivas de dióxido de carbono, de poluição industrial e mesmo de criação maciça de animais - emissores de metano em suas fezes- colocam em perigo a harmonia climática. As previsões expostas neste documentário vão da catástrofe iminente a uma advertência mais precavida. Mas todos são unânimes em preconizar medidas urgentes que mudem o padrão atual. Sem o que as gerações de nossos filhos e netos estarão definitivamente comprometidas.
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