quarta-feira, 23 de junho de 2010

Além do urânio

Este ano, pesquisadores na Rússia conseguiram sintetizar o elemento químico de número atômico 117 – o 26º transurânico. No Estúdio CH, o físico Odilon Tavares, do CBPF, fala sobre a importância destes elementos criados artificialmente.

Na tabela periódica estão listados os 92 elementos que ocorrem naturalmente na natureza.

O último deles é o urânio. Acima dele vêm os transurânicos, elementos sintetizados artificialmente que têm número atômico superior a 92 – ou seja, o núcleo mais pesado que o urânio. De acordo com Odilon Tavares, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, conhecer as propriedades destes elementos é difícil devido a seu alto grau de instabilidade – alguns deles têm meia-vida de poucos microssegundos.

Tavares explica o que são e como são produzidos os transurânicos, o primeiro dos quais foi descoberto em 1940. Segundo o físico, a síntese do de número atômico 117 é importante porque é o que apresenta o maior número de nêutrons já observado – e que tende a apresentar maior estabilidade nuclear.

Tavares fala ainda das insistentes pesquisas para chegar à chamada ilha de estabilidade, situação na qual os núcleos atômicos teriam “números mágicos” de prótons e nêutrons, que gerariam a maior estabilidade possível.

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