Araucária: conheça a espécie
O surgimento e as peculiaridades da araucária brasileira ou pinheiro-do-paraná
por Xavier Bartaburu
Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
Valdemir Cunha
A derrubada da Araucaria angustifolia para uso da madeira atingiu
seu ponto de saturação na década de 1970. Até então, calcula-se que 100
milhões de pinheiros viraram toras nas serrarias do Sul e Sudeste do
paí.
A araucária é do tempo dos dinossauros: surgiu há cerca de 200 milhões
de anos, durante o Jurássico, e sobreviveu a todas as mudanças no
planeta desde então, inclusive a numerosas glaciações. Foi nesses
períodos de baixa temperatura, aliás, que a espécie se espalhou pelo
continente. Toda vez que a Terra esfriava, as matas avançavam para o
norte. Quando aquecia, recuavam. Nesse movimento, alguns trechos se
mantiveram confinados em zonas de maior altitude. Isso explica a
existência de algumas ilhas de araucária mais ao norte, como é o caso da
Serra da Mantiqueira, no Sudeste.
A araucária brasileira, ou pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), é apenas uma das 19 espécies existentes no mundo, todas no Hemisfério Sul. Duas vivem na América do Sul: além da nossa, há também uma espécie que cresce nos Andes centrais. As outras habitam o Pacífico Sul, sendo que 13 são endêmicas de apenas uma ilha, a Nova Caledônia. No Brasil, antes da ocupação humana, as matas de araucária chegaram a estender-se por 185 mil quilômetros quadrados. Na Região Sul, um terço da superfície estava coberto por araucárias.
Essas árvores começaram a tombar ainda na segunda metade do século 19. Por mais de 100 anos, sua madeira de excelente qualidade, resistente e maleável, serviu para erguer casas, fabricar móveis, construir ferrovias e levantar cidades. “Todo o madeiramento de Brasília é de araucária”, diz o agrônomo Anderson Silveira, da Ecoserra. Havia, inclusive, forte incentivo governamental. Em 1963, o pinheiro representava 92% das exportações de madeira do país. Quando o corte foi integralmente proibido, em 2001, restavam 2% da cobertura original.
Os coletores de pinhão valem-se, em grande parte, de uma mata regenerada, que cresceu onde as antigas serrarias entraram em decadência. Convém recordar que, quando uma nova araucária brota, ela começa a produzir pinhas apenas a partir dos 14 anos. Caso seja mantida de pé, terá frutos para sustentar diversas gerações por cerca de 200 anos – em média, quarenta pinhas por ano. Além disso, a árvore ainda ajuda a regenerar a mata em volta: sua raiz de muitos metros aumenta a porosidade do solo e suas folhas, quando caem, fornecem uma capa orgânica que preserva a umidade da terra. Anderson explica: “Se tu quer recuperar uma nascente, é só plantar um monte de araucária em volta. Em quatro ou cinco anos, está brotando água de novo”.
A araucária brasileira, ou pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), é apenas uma das 19 espécies existentes no mundo, todas no Hemisfério Sul. Duas vivem na América do Sul: além da nossa, há também uma espécie que cresce nos Andes centrais. As outras habitam o Pacífico Sul, sendo que 13 são endêmicas de apenas uma ilha, a Nova Caledônia. No Brasil, antes da ocupação humana, as matas de araucária chegaram a estender-se por 185 mil quilômetros quadrados. Na Região Sul, um terço da superfície estava coberto por araucárias.
Essas árvores começaram a tombar ainda na segunda metade do século 19. Por mais de 100 anos, sua madeira de excelente qualidade, resistente e maleável, serviu para erguer casas, fabricar móveis, construir ferrovias e levantar cidades. “Todo o madeiramento de Brasília é de araucária”, diz o agrônomo Anderson Silveira, da Ecoserra. Havia, inclusive, forte incentivo governamental. Em 1963, o pinheiro representava 92% das exportações de madeira do país. Quando o corte foi integralmente proibido, em 2001, restavam 2% da cobertura original.
Os coletores de pinhão valem-se, em grande parte, de uma mata regenerada, que cresceu onde as antigas serrarias entraram em decadência. Convém recordar que, quando uma nova araucária brota, ela começa a produzir pinhas apenas a partir dos 14 anos. Caso seja mantida de pé, terá frutos para sustentar diversas gerações por cerca de 200 anos – em média, quarenta pinhas por ano. Além disso, a árvore ainda ajuda a regenerar a mata em volta: sua raiz de muitos metros aumenta a porosidade do solo e suas folhas, quando caem, fornecem uma capa orgânica que preserva a umidade da terra. Anderson explica: “Se tu quer recuperar uma nascente, é só plantar um monte de araucária em volta. Em quatro ou cinco anos, está brotando água de novo”.
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