O paraíso das libélulas
Pesquisadores do Brasil e da Alemanha publicam inventário
das 128 espécies do inseto existentes em refúgio mineiro. Trabalho
também descreve espécie inédita na literatura.
Publicado em 27/11/2015
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Atualizado em 27/11/2015
Espécie de libélula ‘Heteragrion tiradentense’ foi nomeada
em homenagem ao município de Tiradentes, onde foi encontrada. (foto:
Werner Piper)
As lagoas, brejos, açudes, córregos e rios que a serra de São José abriga são o atrativo para as libélulas. “A vida desses insetos é ligada à água. Na fase larval, elas vivem dentro d’água e, na fase adulta, alada, estão sempre por perto dos ambientes úmidos para se alimentar, defender territórios, buscar parceiros e acasalar”, explica Lúcio Bedê, biólogo e coordenador de projetos do Instituto Terra Brasilis, primeiro autor do estudo. Também participaram do levantamento cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais, do Instituto Federal de Minas Gerais e do Instituto de Ecologia Aplicada de Hamburgo, na Alemanha.
- Centro Histórico Tiradentes e Serra de São José. Ao fundo, vê-se o Refúgio de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José. (foto:Sonia Rigueira)
Moradores inesperados
Foram catalogadas 128 espécies ao todo, vivendo em uma área de aproximadamente 3.700 hectares. “São pouquíssimas as áreas inventariadas no mundo onde se encontram tantas espécies de libélulas juntas – nenhuma delas tão pequena quanto a Serra de São José”, afirma o biólogo. Tanta diversidade resultou na descoberta de uma nova espécie, Heteragrion tiradentense, assim nomeada em homenagem ao município de Tiradentes, onde foi encontrada.- Em sentido horário, começando do canto superior esquerdo: ‘Castoraeshna januaria’, ‘Coryphaeschna perrensi’, ‘Neoneura sylvatica’ e ‘Perithemis mooma’, quatro espécies fotografadas no refúgio. (fotos: Werner Piper, Lúcio Bedê e Marcos Magalhães)
Everton Lopes
Instituto Ciência Hoje/ RJ
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