quarta-feira, 7 de junho de 2017

Planta aquática atrapalha pesca e geração de energia
Professor da Unesp é entrevistado pelo G1
Por G1 Rio Preto e Araçatuba
06/06/2017
Uma espécie de planta aquática nos rios Paraná e Tietê tem atrapalhado pescadores e até a geração de energia em hidrelétricas de Ilha Solteira (SP) e Castilho (SP). As plantas crescem de forma desenfreada nesses locais, às margens e no meio dos rios.
As plantas são chamadas de macrófitas ou elódeas e são encontradas, geralmente, em rios de água transparente. Elas precisam de luz, nitrogênio e fósforo para se desenvolverem. Essas condições são encontradas no rio Tietê, que recebe matéria orgânica de uma grande região do Estado, mas as plantas passaram a serem encontradas com frequência no rio Paraná, perto da usina de Ilha Solteira.
Aparecido dos Santos é pescador há quase 30 anos e diz que a infestação da planta nas águas chama a atenção e atrapalha quem precisa viver da pesca. “De motor ninguém consegue atravessar o rio, as plantas sempre enroscam. Conforme o lugar, é preciso levantar o motor e esperar passar a alga”, comenta.

Na usina hidrelétrica Jupiá, em Castilho, o problema é antigo. Na época em que a hidrelétrica era administrada pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp), antes de ser privatizada, as plantas aquáticas já existiam e a empresa precisou investir dinheiro para tentar controlar e evitar que elas atrapalhassem o funcionamento das turbinas.

O professor de agronomia da Unesp de Ilha Solteira, Fernando Tadeu, especialista em plantas aquáticas há 17 anos, diz que o aumento dessas espécies pode causar impactos graves nos rios. “Essas plantas prejudicam o fluxo de água, a água chega com uma força menor para gerar energia elétrica. Isso é um prejuízo muito grande para a produção de energia nas usinas”.

Em nota, a CTG Brasil, empresa que assumiu a operação das usinas de Jupiá e Ilha Solteira, afirmou que não tem responsabilidade de fazer o controle dessas plantas nos reservatórios. A empresa disse ainda que para evitar que as espécies prejudiquem a operação das usinas, monitora e recolhe essas plantas aquáticas nas barragens com o auxílio de grades.

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