sábado, 8 de outubro de 2016

EMBRIOLOGIA

            Embriologia é a parte da biologia que estuda a formação do zigoto e seu desenvolvimento até se transformar num organismo completo.
                Podemos dividir esse estudo nos seguintes tópicos:

ØTipos de ovos
Ø Segmentação ou clivagem
Ø Gastrulação
Ø Neurulação
Ø Organogênese
Ø Anexos embrionários


TIPOS DE OVOS

            Os ovos são classificados em função da quantidade e distribuição de vitelo. O vitelo é o material nutritivo que será usado pelo embrião durante o seu desenvolvimento. Assim, os ovos podem ser do tipo: oligolécito, heterolécito, centrolécito ou telolécito.
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Oligolécito ou isolécito: possui pouco vitelo, distribuído homogeneamente no citoplasma. Ocorre em poríferos, cnidários, equinodermos, cefalocordados e mamíferos.

Heterolécito: apresenta maior quantidade de vitelo, distribuído de maneira heterogênea no citoplasma. Devido a esse fato formam-se dois pólos no ovo; o pólo animal, com o núcleo e pouca quantidade de vitelo, e o pólo vegetativo, com muito vitelo. Ocorre em vermes, moluscos e anfíbios.

Centrolécito: apresenta o vitelo concentrado na porção central do ovo, ao redor do núcleo. É característico dos artrópodes.

Telolécito ou megalécito: possui grande quantidade de vitelo, que ocupa quase todo o ovo. O núcleo e o citoplasma ficam restritos a uma área pequena (pólo animal), formando o disco germinativo e, a maior parte do citoplasma sendo ocupada pelo vitelo. Ocorre em alguns peixes, répteis e aves.

SEGMENTAÇÃO OU CLIVAGEM

                É o processo de divisão celular que ocorre no ovo, em que divisões mitóticas produzem células denominadas de blastômeros, até a formação da blástula. O tipo de segmentação é determinado pela quantidade e distribuição do vitelo.

Segmentação holoblástica ou total

                Ocorre em ovos oligolécitos ou heterolécitos, podendo ser dividida em igual ou desigual.

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Holoblástica igual: essa segmentação produz blastômeros iguais, isto é, do mesmo tamanho. Ocorre em ovos oligolécitos, podendo ser observada em equinodermos e mamíferos. 


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Holoblástica desigual: nesse tipo de segmentação se formam blastômeros desiguais, isto é, de tamanhos diferentes, denominados de micrômeros e macrômeros. Ocorre em todos os ovos heterolécitos e alguns oligolécitos. Pode ser observada em anfíbios e moluscos. 




Segmentação meroblástica ou parcial
                Ocorre em ovos telolécitos e centrolécitos, atingindo apenas uma parte do ovo. É dividida em discoidal e superficial.

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Meroblástica discoidal: Ocorre nos ovos telolécitos, em que a segmentação só atinge o disco germinativo. É típica das aves.




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 Meroblástica superficial: é característica dos ovos centrolécitos. Nessa segmentação, o núcleo sofre várias divisões e os núcleos resultantes migram para a periferia da célula-ovo, formando uma camada multinucleada. Entre os núcleos surgem membranas divisórias, originando a blastoderme, que envolve o vitelo. Pode ser observada em insetos.

GASTRULAÇÃO
                É o processo de divisão celular que termina com a formação de uma estrutura denominada gástrula, que apresenta os folhetos germinativos, camadas celulares que darão origem às diversas estruturas do organismo.
                Normalmente estudamos o processo na embriogênese de anfioxo.

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                No início corre um achatamento do pólo vegetativo da blástula, que gradualmente se invagina em direção ao pólo animal. Com isso, a blastocele começa a desaparecer juntamente com o surgimento de uma nova cavidade, o arquêntero (intestino primitivo), que se comunica com o exterior através do blastóporo. Dessa maneira, a gástrula se acha constituída por duas camadas de células, a externa, denominada ectoderme, e a interna, endoderme.
 
NEURULAÇÃO

                É a fase de formação do tubo neural, estrutura que será responsável pela gênese do sistema nervoso. Como na gastrulação, estudamos o processo na embriogênese do anfioxo.
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              A ectoderme do embrião situado na face dorsal, forma a placa neural, um agrupamento de células que se invaginam, formando a goteira neural e depois o tubo neural, enquanto a ectoderme se refaz. O tubo neural dará origem ao sistema nervoso central dos cordados. Juntamente com a formação do tubo neural ocorre o surgimento da mesoderme (terceiro folheto germinativo) e da notocorda, que dará origem à coluna vertebral dos cordados.
                O espaço situado na mesoderme origina o celoma, que é a cavidade geral do corpo.

ORGANOGÊNESE

                Organogênese é o processo, através do qual, os três folhetos germinativos (ectoderme, mesoderme e endoderme) originarão todas as estruturas do corpo dos animais.
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ANEXOS EMBRIONÁRIOS

                São estruturas derivadas dos folhetos germinativos, mas que não fazem parte do corpo do embrião; servem para a nutrição, respiração, proteção e excreção. Essas estruturas ocorrem em peixes, répteis e mamíferos.
                Os anexos embrionários compreendem a vesícula vitelínica ou saco vitelínico, o âmnio, o alantóide e o córion. Nos mamíferos ocorre a placenta, com exceção dos monotremados.


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Vesícula vitelínica: é derivada do sistema digestório, contém grande quantidade de vitelo e possui paredes ricamente vascularizadas. Nos peixes é o único anexo embrionário (com raras exceções), é muito desenvolvida em répteis e aves e vestigial em mamíferos (com exceção dos monotremados). Os anfíbios não apresentam vesícula vitelínica, o vitelo se encontra no interior de macrômeros.

Âmnio: é a membrana que envolve completamente o embrião, formando uma espécie de bolsa, que está repleta de líquido amniótico, servindo para evitar a desidratação. Nos mamíferos também serve de proteção contra os choques do organismo materno.

Alantóide: é uma derivação da porção posterior do intestino do embrião. Uma das funções do alantóide é realizar trocas gasosas juntamente com o córion, além disso, também participa da eliminação do material excretado pelo embrião.

Córion: é uma membrana que envolve o embrião e tos demais anexos embrionários, sendo ricamente vascularizado, participa também dos processos respiratórios.

Placenta: ocorre nos mamíferos placentários, alguns peixes e répteis vivíparos. Através da placenta o embrião recebe nutrientes e oxigênio, e passa para a mãe os excretas nitrogenados e gás carbônico.
                A placenta é formada por duas partes: a fetal e a materna. A parte fetal forma uma série de expansões denominadas vesículas coriônicas, que penetram na parede uterina. A parte materna é formada pelo endométrio e mucosa uterina, que será expulsa junto com o feto, por ocasião do parto.
                A placenta é uma estrutura ricamente vascularizada, com vasos sanguineos maternos no endométrio e fetais nas vilosidades coriônicas. Entre o embrião e a placenta existe o cordão umbilical, no interior do qual circulam duas artérias e uma veia. As artérias conduzem sangue venoso do feto para a placenta, enquanto a veia transporta sangue arterial em sentido contrário.

Bibliografia
 
BAILEY, F. R., COPENHAVER, W. M. at all. Bailey’s Text Book of Histology.Baltimore:The Williams & Wilkins Co.1978. 612p.
CÉSAR, S. J., SÉZAR, S. Biologia 1. 8 ed. São Paulo: Editora Saraiva. 2005.399 p.
LINHARES, S., GEWANDSZNAJDER, F. Biologia. 1 ed. São Paulo: Editora Ática. 2008.552p.

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