sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Humanos provocarão a extinção dos primatas em 50 anos, alertam cientistas

Do UOL, em São Paulo
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  • Caren Firouz/Reuters
A ameaça de extinção dos primatas levou pesquisadores de diversas instituições a se unirem para pedir mudanças sociais antes que as espécies mais próximas do ser humano desapareçam.
Trinta e um cientistas assinaram um artigo publicado pela revista Science Advancesem que afirmam que o contínuo desmatamento colocou em risco a maioria das espécies de primatas em todo o mundo.
Atualmente, são conhecidas 504 espécies de primatas, que incluem macacos, orangotangos e gorilas. Cerca de 60% dessas espécies estão ameaçadas de extinção e 75% tem populações em declínio. 
Para avaliar o papel das ameaças humanas à sobrevivência dos primatas, os pesquisadores combinaram dados da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) com dados da base de dados das Nações Unidas. Com isso, eles estabeleceram previsões e tendências de desenvolvimento para os próximos 50 anos.
Arte/UOL
De acordo com os pesquisadores, a principal ameaça global para os habitats de primatas é a expansão da agricultura, seguida pela exploração madeireira e de madeira, pecuária e pecuária. A caça também é considerada um perigo direto.
O estudo concluiu que restam apenas alguns milhares de indivíduos em várias espécies de lêmures e macacos.
Os pesquisadores apontam também que restam menos de 30 exemplares do gibão de Hainan, espécie originária da China, enquanto o orangotango de Sumatra está em risco extremo de extinção após ter perdido 60% de seu habitat entre 1985 e 2007.
O artigo também ressalta que ameaças emergentes, como a poluição e as mudanças climáticas, podem acelerar a taxa de extinção. De acordo com o estudo, estas ameaças devem resultar na extinção global de cerca de 75% das espécies de primatas nos próximos 25 e 50 anos.
Os cientistas pedem que medidas globais sejam tomadas com urgência para proteger os primatas em risco e ressalta o risco especial em países como Brasil, Indonésia, República Democrática do Congo e Madagascar, que abrigam a maior parte das espécies de primatas.
Félix Kaestle/EFE
O artigo, assinado por pesquisadores dos Estados Unidos, Europa, Ásia, América Latina e África, convida governante, ONGS e a sociedade a promover iniciativas sustentáveis que garantam a continuação da espécie.  A pesquisa também enfatiza a necessidade de melhorar a condição humana nas regiões mais pobres.
Para os cientistas, a extinção dos irmãos primatas é um sinal de alerta de que a condição de vida humana deve se deteriorar dramaticamente.

Animais ameaçados ganham retratos de estúdio antes que desapareçam8 fotos

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2.nov.2015 - Uma seleção maior de espécies vai aparecer na edição especial de novembro da 'National Geographic' sobre mudança climática. Estes lêmures clicados por Sartore são de um zoológico da Flórida

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2.nov.2015 - O eider-de-óculos migra para a costa do Alasca e o nordeste da Sibéria para se reproduzir na primavera, fazendo ninhos perto de lagos. Há informações de queda de 96% desta população no Alasca e, com isso, a importância da pesquisa e conservação deste pato aumentou. Acima, dois destes patos do Alaska Sealife Centre, Seward

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