sexta-feira, 11 de março de 2011

Período Cretáceo


Ma 3.850 2.500 542 251
65,5
0
 EON Arqueano Proterozóico Fanerozóico
 ERA
Pré-Cambriano
(3.850 542 Ma)
Paleozóico Mesozóico Cenozóico
 PERÍODO   Permiano (299 – 251 Ma)   Cretáceo (145,5 – 65,5 Ma)   Quaternário (2,6 – 0 Ma)
  Carbonífero (359 – 299 Ma)
  Devoniano (416 – 359 Ma)   Jurássico (201,6 – 145,5 Ma)   Terciário
  Neogeno
   (23 – 2,6 Ma)
  Siluriano (444 – 416 Ma)
  Ordoviciano  (488 – 444 Ma)   Tríássico (251 – 201,6 Ma)
  Paleogeno
   (65,5 – 23 Ma)
  Cambriano (542 – 488 Ma)
Período geológico compreendido entre cerca de 145 e 65 milhões de anos, marcado por intensos movimentos de placas tectônicas, especialmente aquelas ligadas a fragmentação do Gondwana.
Nos continentes continua o domínio dos répteis (dinossauros), mas a flora começa a mudar, com o aparecimento e rápido florescimento dos vegetais produtores de flores e frutos (angiospermas).
Nos mares prosseguem a grande diversidade dos moluscos cefalópodos (belemnitas e amonitas) e bivalvos (rudistas e inoceramidos).
Ao final do Cretáceo ocorre uma forte crise biótica, com extinções de vários grupos dominantes durante a era Mesozóica: muitos grupos de microrganismos (foraminíferos) vários invertebrados (rudistas, amonitas) e atinge intensamente aos vertebrados sobretudo os répteis (Dinossauros, pterossauros, pleiossauros, etc.).
As causas destas extinções são motivo de controvérsias pois alguns julgam que foram resultado de impacto(s) de meteoro(s) ou asteróide(s) e outros preferem considerá-las ligadas as transformações ambientais que o planeta sofria há 65 milhões de anos, aliadas a forte vulcanismo.
 
 A palavra angiosperma vem das raízes gregas “angeion”, que significa vaso + “sperma”, significando semente.
Esta designação alude ao fato de a semente das angiospermas estar contida em um ovário.
Parece datar do Cretáceo o aparecimento do grupo. No decorrer deste mesmo período, a julgar pelos fósseis conhecidos, teriam dominado rapidamente o mundo vegetal.
Folha fóssil de uma sassafras do Cretáceo, vegetal arborescente do Arenito Dakota
Elsworth, Kansas. O comprimento é aproximadamente 12 cm.
Dinossauros existiram durante os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo, na Era Mesozóica, surgindo por volta de 235 e extinguiram-se em torno de 65 milhões de anos atrás.
Existem evidências fossilizadas de dinossauros indistintamente em todos os continentes (Américas, Eurásia, Austrália, África e Antártica).
Grupos dinossaurianos foram mais, ou menos abundantes, dependendo do período geológico (Triássico, Jurássico e Cretáceo) da Era Mesozóica.
A paisagem do Planeta, durante o Mesozóico, era diferente da atual. Quando os dinossauros surgiram, na porção média do período Triássico, cerca de 235 milhões de anos, a distribuiçào dos continentes era diferente da atual, pois havia uma proximidade entre as diferentes placas tectônicas, resultando em um grande continente chamado Pangea. O outro hemisfério continha um oceano conhecido como Panthalassa.
Haviam muitas regiões desérticas neste momento geológico, relacionadas à dificuldade que os ventos alísios (provenientes dos oceanos, que trazem umidade, e em última análise responsáveis pelas chuvas) tinham para alcançar as partes mais centrais deste grande continente.
Os climas tornam-se mais úmidos quando entramos nos períodos Jurássico e Cretáceo, marcados por grandes movimentações das placas tectônicas. Portanto a Pangea se fragmenta e começam a se formar os continentes que hoje conhecemos.
Na flora da maior parte da Era Mesozóica não existiam ervas (gramíneas), portanto os solos não eram como hoje, cobertos por vegetação rasteira, e sim quase totalmente nus. Aparentemente as gramíneas surgiram durante o final do Perído Cretáceo.
Os grandes vegetais, que dominavam na Era Mesozóica, eram as gymnospermas, representadas hoje pelos pinheiros, por exemplo. No Cretáceo surgem as angyospermas, plantas produtoras de flores e frutos, que rapidamente se desenvolvem durante este período.
A fauna da Era Mesozóica, em regiões continentais, era dominada pelos amniotas reptilianos, especialmente os arcossauromorfos, divididos nos tecodontes (grupo extinto do Período Triássico), crocodylomorfos (existentes até hoje), pterossauros (voadores), dinossauros.
Nos oceanos da Era Mesozóica haviam grandes répteis marinhos, como ictiossauros, plesiossauros, mosassauros.
Dinossauros desapareceram ao final Período Cretáceo. Estas extinções possibilitaram que muitos ambientes ficassem desocupados.
Os mamíferos surgiram na mesma época dos dinossauros, mas ficaram na sombra destes até que desaparecessem, quando invadiram os ambientes deixados vagos.
Muito pouco ou nada se sabe sobre cores e textura da pele dos dinossauros. Existem alguns restos fosfatizados de peles, sugerindo que fosse relativamente grossa, algo queratinizada, eventualmente provida de nódulos. Algo que não seria muito diferente dos lacertílios modernos.
Dinossauros eram amniotas, portanto punham ovos, como répteis, aves e monotremdos modernos.
Eles tinham cuidados com a prole. Significa que os pais ficavam próximos do ninho, enquanto não ocorria a eclosão do ovo e nas primeiras fases de vida dos recém nascidos, preocupando-se talvez em proteção e trazer alimento para os filhotes recém eclodidos.
Alguns dinossauros eram gregários, ou seja, viviam em grupos, como as manadas de animais herbívoros pastadores modernos.
Há algumas teorias sobre suas extinções. Mas é necessario dizer que não apenas dinossauros extinguiram-se ao final do periodo Cretáceo, e sim muitos outros grupos florísticos e faunísticos.
A primeira defende que o Planeta estava em intensa mudanças ao final do Cretáceo. Havia intenso vulcanismo, orogenia (levantamentos de cadeias de montanhas), intensa tectônica de placas (migrações de continentes), alterações nos padrões de correntes atmosféricas e marinhas. Estas e outras alterações ambientais mudaram o Planeta rapidamente, e os dinossauros não conseguiram se adaptar a elas.
Outra defende que o Planeta foi impactado por asteróide (s) ou meteoro (s), que provocaram modificações rápidas no ambiente e desaparecimento quase instantâneo dos dinossauros, em um intervalo de tempo muito curto, mensurável na casa das centenas de milhares de anos. Esta é uma teoria catastrófica.
Uma terceira é fusão das duas anteriores. Ou seja, estavam acontecendo modificações endógenas no Planeta, mas também teriam havido impacto (s). Isto tudo teria colaborado para a rápida extinção dos dinossauros e de várias outras formas de vida contemporâneas, que viviam nos continentes e nos oceanos.
O homem sabe dos dinossauros desde a Antiguidade. As lendas chinesas sobre dragões vem do descobrimento de grandes ossos dinossaurianos, há mais de 3 mil anos.
No Brasil foram achados dinossauros especialmente no Triássico gaúcho, no Jurássico de São Paulo (pistas), no Cretáceo de São Paulo, Triângulo Mineiro, Mato Grosso, Paraíba (pistas), Ceará, Maranhão.
Há vários museus, por todo o Planeta, com exposições dinossaurianas. Paris, Londres, Washington, New York, Beijing, por exemplo.
 
No Eo Cretáceo continua a tendência, observada durante o Jurássico, da separação dos continentes. No Cretáceo houve a separação definitiva do Gondwana, devido ao tectonismo de placas. As correntes de convexão do manto também influenciaram no nível do mar, neste período chegando a aproximadamente 70 m acima do nível atual, devido ao soerguimento da crosta oceânica. Não há indícios de calotas polares e alguns estudos indicam uma temperatura média de 15o C, e relativamente homogênea entre Equador e pólos.
No início do Cretáceo América do Sul ligava-se com África, Antártica, Austrália, Madagascar e Índia. No meso-Cretáceo África isola-se, mas a ligação América do Sul - Antártica -  Austrália continua. América do Norte encontra-se dividida por um mar epicontinental, o Oeste norte-americano com algumas ligações com o Leste da Ásia, e o Leste norte-americano ligado com a Europa, esta por sua vez separada da Ásia.
Durante o Neo-Cretáceo a ligação América do Sul - Antártica - Austrália continua. Mas no final do Cretáceo a Antártica se separa da Austrália.
Com relação a separação Brasil - África, ocorrida provavelmente durante o intervalo Albiano / Cenomaniano, Ceará  possui fauna típica do Atlântico Norte, enquanto Sergipe e Alagoas possuem fósseis típicos do Sul. No Albiano, além de Sergipe e Alagoas, agora Pernambuco e Paraíba apresentam evidências de serem banhados pelo Atlântico Sul, enquanto o Ceará ainda é banhado pelo Atlântico Norte. A ligação entre os dois continente é feita apenas pelo Rio Grande do Norte. No Cenomaniano ocorre o rompimento final. No Maastrichtiano há evidências de turbiditos pelo Atlântico Sul, que sugerem a existência de plataformas continentais nos dois continentes, ou seja, África e América do Sul.
Paleogeografia no Cretáceo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.