Saiba que elementos radioativos podem causar riscos de contaminação no Japão
OSLO - Os riscos à saúde provenientes da contaminação pelos reatores nucleares atingidos pelo terremoto no Japão até agora são baixos, segundo a Organização Mundial de Saúde. Até agora Tóquio luta para evitar um colapso de três reatores atingidos na usina de Fukushima, no pior acidente nuclear desde o desastre de Chernobyl de 1986, desencadeado pelo tsunami da última sexta-feira. Como precaução cerca de 140 mil pessoas foram evacuadas da área.
- Não é um problema grave de saúde pública no momento, não será como Chernobyl. Naquela ocasião, o reator estava operando na potência máxima quando explodiu e não houve contenção - disse o secretário do Comitê Científico de Efeitos de Radiação Atômica da ONU, Malcolm Crick.
Houve, no entanto, vazamento de material radioativo na atmosfera em forma de vapor: partículas radioativas mortais em grandes quantidades, conhecidas como radioisótopos - versões de um elemento com uma configuração no seu núcleo que o torna instável e, por isso, frequentemente se deteriora e libera radiação.
Entre os elementos mais comuns no vazamento de vapor de água do reator japonês estão o iodine-131, o césio-137 (o mesmo do acidente radioativo em Goiânia na década de 80, que deixou centenas de vítimas), o xenon-133, o xenon-135 e o krypton-85.
Desses, o mais problemático é o iodine-131, que pode ser absorvido pela tireóide quando inalado, causando câncer e leucemia. Gases como krypton-85 e xenon-133 não interagem com ossos ou tecidos mas são altamente instáveis e podem causar outros danos ao organismo.
Enquanto a radiação medida estava mil vezes acima dos níveis normais em uma sala de controle do reator, os oficiais japoneses insistem em que os níveis de exposição fora do estabelecimento não são muito perigosos. Mesmo assim, os moradores foram orientados a beber água engarrafada, permanecer em ambientes fechados e a proteger seus narizes e bocas. Como precaução ao iodine-131, serão distribuídas pílulas de iodeto de potássio, que satura a tiróide com uma forma estável de iodo antes de o mais perigoso isótopo ser absorvido.
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