sexta-feira, 11 de março de 2011

GEODINÂMICA INTERNA

MOVIMENTAÇÃO DAS PLACAS TECTÔNICAS
Segundo Leinz & Amaral (1989), a dinâmica interna é estudada sob dois aspectos: o magmático e o tectônico. O primeiro tratando o magma em termos químicos, físicos, físico-químicos e do seu movimento no interior e exterior da crosta sólida, além das relações com as rochas adjacentes a ele. Já a tectônica aborda as conseqüências dos diversos tipos de esforços internos que deixam marcas e feições reconhecíveis nas rochas da superfície terrestre, ou seja, dobras, falhas, diáclases (fraturas), entre outras.
Neste contexto, os processos de dinâmica interna originam novos relevos e depressões, com a formação de cadeias orogênicas, planaltos, fossas tectônicas e cadeias vulcânicas, ou seja modificaram e modificam continuamente as paisagens do globo terrestre (Almeida & Ribeiro, 1998).
Essas modificações se dão principalmente pela movimentação das placas da litosfera, impulsionadas pela atuação de forças das células de convecção provenientes do manto, que transportam material dúctil do mesmo para zonas litosféricas. Esse material rompe a litosfera e extravasa pelas dorsais oceânicas, empurrando as rochas já existentes e movimentando a litosfera para lados opostos (Almeida & Ribeiro, 1998).
Existem 3 tipos de bordas de placas tectônicas, que são as seguintes (Keller, 2000):
Borda Divergente: localizam-se em geral nas dorsais meso-oceânicas, sendo caracterizadas pela movimentação das placas em direções opostas, devido à formação de novas rochas litosféricas que empurram as antigas, em processo denominado de expansão do assoalho oceânico.
Borda Convergente: ocorre quando existe a colisão de placas. Se a colisão for entre uma placa oceânica e uma continental, a oceânica (devido a sua maior densidade) afunda sob a continental, ocorrendo em geral nas zonas de subducção, com formação de cadeias de montanhas (Cadeia do Andes, Alpes, etc). Quando há a colisão de duas placas continentais, a subducção é mais difícil de acontecer devido a densidade das placas serem semelhantes, portanto neste caso temos a colisão continental, formando também grandes sistemas de cadeias de montanhas (Cadeia do Himalaia, entre outras).
Borda Transformante: ocorre quando duas porções em uma mesma placa movimentam-se com velocidades diferentes, formando uma falha transfomante. Esse tipo de borda é mais comum nas placas oceânicas, porém existem algumas em placas continentais, sendo a mais conhecida a existente ao longo da Falha de San Andreas, na California.
A figura a seguir ilustra a formação de rochas litosféricas nas cadeias meso-oceânicas, a movimentação das placas tectônicas e as zonas de subducção (modificado de Montgomery, 1992; organizada por Marcus Cabral).
Modelo de Movimentação das Placas Tectônicas

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