Cientistas conseguem em Mianmar imagens inéditas de macaco raro
Espécie descoberta em 2010 só havia sido descrita por ilustração.
Estimativa é que existam na região uma população de 330 exemplares.
12/01/2012 12h03 - Atualizado em 19/03/2012 12h03
Uma equipe internacional de primatólogos conseguiu capturar as primeiras imagens de uma nova espécie de macaco-de-cara-chata (Rhinopitecus Strykeri), descoberta em 2010 no norte de Mianmar e que tem uma população estimada em 330 animais.
As imagens foram divulgadas nesta semana pelas organizações Fauna & Flora International, Biodiversity and Nature Conservation Association e People Resources and Conservation Foundation, envolvidas no trabalho de pesquisa.
Uma gravura da espécie, apelidada de macaco "Elvis", devido ao seu elevado topete, foi apresentada pela organização ambiental WWF no fim do ano passado, quando foi publicada uma lista com mais 200 animais encontrados na região do região do Grande Mekong, rio que corta seis países do Sudeste Asiático como o Camboja, a China, Laos, Miannmar, Tailândia e Vietnã.
"Trata-se dos primeiros testemunhos do animal em seu habitat natural", destacou o biólogo birmanês Ngwe Lwin, da Associação de Conservação da Natureza e a Biodiversidade de Mianmar, durante a apresentação das fotos.
Jeremy Holden, que coordenou a colocação das câmaras, indicou que não foi um trabalho simples, já que tiveram que enfrentar as nevadas de janeiro e as persistentes precipitações de abril. As dificuldades eram ainda maiores pelo fato dos especialistas desconhecerem o lugar exato onde habitava a comunidade de macacos de cara chata descoberta em 2010.
Espirro
A espécie se destaca ao apresentar uma pelagem inteiramente negra e caudas "relativamente" longas, que equivalem a uma vez e meia o tamanho de seu próprio corpo. Embora o primata seja novo para a ciência, o macaco-de-cara-chata é conhecido pelos caçadores da região, que afirmam que o "nwoah" (no idioma local) é relativamente fácil de ser encontrado, já que o animal começa a espirrar quando chove.
Para evitar a entrada de água de chuva no nariz, estes símios costumam passar os dias chuvosos sentados com a cabeça entre os joelhos. Já nos meses de verão, entre maio e outubro, os macacos vivem nas montanhas e só descem no inverno, quando a comida começa a faltar.
O primatólogo Frank Momberg, da Fauna & Flora International, se reuniu com vários caçadores locais e descobriu que entre 260 e 330 animais da espécie se concentram em uma área de 270 km² nas margens do Rio Maw, situado no estado de Kachin, no nordeste de Mianmar.
Os macacos encontrados vivem isolados devido às características de Kachin, o qual conta com duas barreiras naturais, os Rios Mekong e Salween. Na China e no Vietnã existem algumas espécies de macacos-de-cara-chata. Porém, esta é a primeira vez que a comunidade científica internacional consegue localizar o animal em Mianmar.
Uma equipe internacional de primatólogos conseguiu capturar as primeiras imagens de uma nova espécie de macaco-de-cara-chata (Rhinopitecus Strykeri), descoberta em 2010 no norte de Mianmar e que tem uma população estimada em 330 animais.
As imagens foram divulgadas nesta semana pelas organizações Fauna & Flora International, Biodiversity and Nature Conservation Association e People Resources and Conservation Foundation, envolvidas no trabalho de pesquisa.
Uma gravura da espécie, apelidada de macaco "Elvis", devido ao seu elevado topete, foi apresentada pela organização ambiental WWF no fim do ano passado, quando foi publicada uma lista com mais 200 animais encontrados na região do região do Grande Mekong, rio que corta seis países do Sudeste Asiático como o Camboja, a China, Laos, Miannmar, Tailândia e Vietnã.
"Trata-se dos primeiros testemunhos do animal em seu habitat natural", destacou o biólogo birmanês Ngwe Lwin, da Associação de Conservação da Natureza e a Biodiversidade de Mianmar, durante a apresentação das fotos.
Jeremy Holden, que coordenou a colocação das câmaras, indicou que não foi um trabalho simples, já que tiveram que enfrentar as nevadas de janeiro e as persistentes precipitações de abril. As dificuldades eram ainda maiores pelo fato dos especialistas desconhecerem o lugar exato onde habitava a comunidade de macacos de cara chata descoberta em 2010.
Primeira imagem do macaco-de-cara-chata realizada por ambientalistas em Mianmar (Foto: Divulgação/FFI/BANCA/PRCF)
Anteriormente, apenas uma ilustração do primata havia sido divulgada. (Foto: Divulgação/WWF/Reuters)
A espécie se destaca ao apresentar uma pelagem inteiramente negra e caudas "relativamente" longas, que equivalem a uma vez e meia o tamanho de seu próprio corpo. Embora o primata seja novo para a ciência, o macaco-de-cara-chata é conhecido pelos caçadores da região, que afirmam que o "nwoah" (no idioma local) é relativamente fácil de ser encontrado, já que o animal começa a espirrar quando chove.
Para evitar a entrada de água de chuva no nariz, estes símios costumam passar os dias chuvosos sentados com a cabeça entre os joelhos. Já nos meses de verão, entre maio e outubro, os macacos vivem nas montanhas e só descem no inverno, quando a comida começa a faltar.
O primatólogo Frank Momberg, da Fauna & Flora International, se reuniu com vários caçadores locais e descobriu que entre 260 e 330 animais da espécie se concentram em uma área de 270 km² nas margens do Rio Maw, situado no estado de Kachin, no nordeste de Mianmar.
Os macacos encontrados vivem isolados devido às características de Kachin, o qual conta com duas barreiras naturais, os Rios Mekong e Salween. Na China e no Vietnã existem algumas espécies de macacos-de-cara-chata. Porém, esta é a primeira vez que a comunidade científica internacional consegue localizar o animal em Mianmar.
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