Cientistas estudam rostos de macacos para entender sua evolução
Equipe de universidade americana analisou mais de 129 rostos dos animais.
17/01/2012 11h18 - Atualizado em 17/01/2012 11h48
Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) analisou 129 rostos de macacos na América Central e América do Sul em busca de pistas sobre a evolução das espécies.
Segundo o professor Michael Alfaro, os cientistas querem entender porque os macacos desenvolveram aspectos tão diferentes em seus rostos - como cores e tamanhos de pelos distintos.
Eles classificaram os rostos em 14 grupos diferentes, e também estudaram os sistemas sociais de cada espécie. Eles também pesquisaram a evolução, para entender quando cada gênero de animal começou se diferenciar dos demais.
"Acreditamos que isso está relacionado com a habilidade de comunicação mediante expressões faciais. Um rosto mais simples permite transmitir expressões de uma forma mais fácil e clara."
Os cientistas descobriram também que quando os macacos vivem em ambientes com outras espécies semelhantes, seus rostos são mais complexos, para permitir a identificação de cada um.
Alfaro afirma que os humanos não possuem características tão diversas em seus rostos, como foi verificado nos animais, mas que ainda assim os humanos são capazes de comunicar emoções através de uma grande diversidade de expressões faciais.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) analisou 129 rostos de macacos na América Central e América do Sul em busca de pistas sobre a evolução das espécies.
Segundo o professor Michael Alfaro, os cientistas querem entender porque os macacos desenvolveram aspectos tão diferentes em seus rostos - como cores e tamanhos de pelos distintos.
Eles classificaram os rostos em 14 grupos diferentes, e também estudaram os sistemas sociais de cada espécie. Eles também pesquisaram a evolução, para entender quando cada gênero de animal começou se diferenciar dos demais.
As espécies de macacos do continente americano são muito variadas, com cores e rostos complexos. Pesquisadores da Universidade da Califórina Los Angeles (UCLA) estão estudando as diferenças entre eles, como os entorno dos olhos cor-de-rosa deste macaco-de-cheiro. (Foto: J L Alfaro/UCLA)
O resultado da pesquisa surpreendeu os cientistas. "Encontramos fortes evidências para a ideia de que quando uma espécie vive em grupos mais numerosos, os seus rostos são mais simples", disse a pesquisadora Sharlene Santana."Acreditamos que isso está relacionado com a habilidade de comunicação mediante expressões faciais. Um rosto mais simples permite transmitir expressões de uma forma mais fácil e clara."
Os cientistas descobriram também que quando os macacos vivem em ambientes com outras espécies semelhantes, seus rostos são mais complexos, para permitir a identificação de cada um.
Alfaro afirma que os humanos não possuem características tão diversas em seus rostos, como foi verificado nos animais, mas que ainda assim os humanos são capazes de comunicar emoções através de uma grande diversidade de expressões faciais.
Em um artigo publicado na revista Royal Society Journal, Proceedings B, a equipe descreve como animais de zonas tropicais, como este macaco-prego, adquiriram suas características faciais - como a cor - para facilitar o reconhecimento à distância entre eles. (Foto: J L Alfaro/UCLA)
Animais solitários, ou aqueles que vivem em pequenos grupos, como este macaco-da-noite, têm cores e rostos mais complexos, segundo a cientista Sharlene Santana, que liderou a pesquisa. Isso pode ter evoluído desta forma para que cada macaco tivesse uma identidade diferente, que facilitasse a distinção entre eles. (Foto: C Wolovich/UCLA)
A cor da face e o tamanho dos pelos são dois indícios de como os animais se adaptaram aos seus ambientes. Santana explica: "A área ao redor dos olhos evoluiu para uma cor mais escura em espécies que vivem em lugares com alta radiação ultravioleta." No caso deste macaco-aranha, o rosto escuro ajuda o animal a lidar com o sol forte. (Foto: J L Alfaro/UCLA)
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