domingo, 29 de abril de 2012

Mudanças no Código Florestal vão à sanção presidencial

Entre as modificações aprovadas, foi derrubada a obrigatoriedade de divulgação na internet de dados do Cadastro Ambiental Rural

por Iolando Lourenço e Ivan Richard, da Agência Brasil Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
Dida Sampaio
Vista aérea da Floresta Amazônica (AM)
O texto base foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue agora para sanção presidencial
Com grande maioria no plenário, os deputados da bancada ruralista conseguiram fazer várias modificações ao texto-base do novo Código Florestal aprovado nesta quarta-feira (25) na Câmara dos Deputados.

Na votação dos destaques, os parlamentares ligados ao agronegócio derrubaram, por exemplo, a obrigação de divulgar na internet os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O texto segue agora para sanção presidencial.
Também foi retirada do texto, aprovado pelo Senado, a possibilidade de o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) bloquear a emissão de documento de controle de origem da madeira de estados não integrados a um sistema nacional de dados sobre a extração.
Os ruralistas também conseguiram derrubar um destaque que propunha que fosse retirada do texto a possibilidade de o poder público diminuir a reserva legal até 50% em áreas de floresta na Amazônia Legal de imóvel situado em estado com mais de 65% do território ocupado por unidades de conservação pública ou terras indígenas, ouvido o Conselho Estadual de Meio Ambiente.

Um dos principais beneficiados com derrubada do destaque é Rondônia, estado do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Moreira Mendes (PSD).
Uma emenda apresentada pelo DEM, aprovada pelo plenário, derrubou a obrigatoriedade de recompor 30 metros de mata em torno de olhos nascentes de água nas áreas de preservação permanente ocupadas por atividades rurais consolidadas até 22 de julho de 2008. O plenário rejeitou o destaque do PSC ao substitutivo do Senado e confirmou a retirada do texto da regra de recomposição de vegetação nativa em imóveis de agricultura familiar e naqueles com até quatro módulos em torno de rios com mais de 10 metros de largura.

Também foi rejeitado o destaque apresentado pela bancada petista que previa a inclusão da definição dada para pousio (período sem uso do solo). O PT pretendia manter a definição aprovada pelos senadores que previa a interrupção temporária de atividades de uso agrícola ou pecuário do solo por, no máximo, cinco anos até 25% da área produtiva da propriedade com o objetivo de permitir a recuperação da terra.
Os deputados aprovaram o destaque do PRB e retiraram do texto a necessidade de os planos diretores dos municípios, ou suas leis de uso do solo, observarem os limites gerais de áreas de preservação permanente (APPs) em torno de rios, lagos e outras formações sujeitas a proteção em áreas urbanas e regiões metropolitanas.

A Câmara aprovou ainda o destaque do PT que retira do texto do Senado a regularização de empreendimentos de carcinicultura e de salinas com ocupação irregular ocorrida até 22 de julho de 2008. Também foi aprovado o destaque que não considera apicuns e salgados como áreas de preservação permanente (APPs).

Apicuns e salgados são áreas situadas ao longo do litoral, que podem ser utilizadas para o cultivo de camarão. Ambientalistas argumentam que essas áreas são parte integrante do ecossistema Manguezal e deveriam continuar caracterizadas como áreas de preservação permanente.Vista aérea da Floresta Amazônica (AM)

sábado, 28 de abril de 2012

Insetos como Indicadores de Qualidade Ambiental 

 

Marcus Vinicius Cabral
Biólogo. mestre em Geociências
Breve Histórico

Bioindicadores são fatores bióticos empregados para o reconhecimento de condições (passadas, presentes ou futuras) de ecossistemas.

O estudo de organismos tem sido uma das técnicas utilizadas para se avaliar mudanças no ambiente. Dentre estes organismos, os insetos têm se mostrado indicadores apropriados para essa finalidade, tendo em vista sua diversidade e capacidade de produzir várias gerações, geralmente, em curto espaço de tempo. Os insetos fitófagos, quando específicos para determinadas plantas, são os organismos mais adequados, principalmente os lepidópteros, que são taxonomicamente bem estudados e podem ser facilmente amostrados através de armadilhas luminosas (Holloway et al., 1987).

O termo bioindicador pode ser usado em vários contextos, tais como: indicação de alteração de habitats, destruição, contaminação, reabilitação, sucessão da vegetação, mudanças climáticas e consequentemente degradação dos solos e ecossistemas (McGeoch, 1998).

Segundo Allaby (1992), Os bioindicadores são espécies que podem ter uma amplitude estreita a respeito de um ou mais fatores ecológicos, e quando presentes, podem indicar uma condição ambiental particular ou estabelecida. Os bioindicadores, conforme Thomanzini & Thomanzini (2000) e Büchs (2003), devem ter sua taxonomia, ciclo e biologia bem conhecidos e possuir características de ocorrência em diferentes condições ambientais ou serem restritos a certas áreas. Além disso, devem ser sensíveis às mudanças do ambiente para que possam ser utilizados no monitoramento das perturbações ambientais. Já para Büchs (2003), cada bioindicador pertence a escalas diferentes de incidência de perturbações, revelando informações sobre um distúrbio.
Os grupos taxonômicos que não constam nas atuais listas de espécies ameaçadas, mas que merecem serem avaliados como bioindicadores, incluem Coleoptera (Carabidae, Staphylinidae e Cicindelidae); alguns grupos de hemípteros, tais como os Pentatomoidea; várias famílias de Diptera, tais como Drosophilidae, Tephritidae e Bibionidae; e algumas mariposas, tais como Geometridae e, especialmente, as Noctuidae (Catocalinae) frugívoras (Lewinsohn et al., 2005).

Os biólogos têm se apoiado primariamente nos vertebrados e nas plantas superiores como grupos indicadores, seja de unidades ecológicas e paisagísticas, seja de determinadas causas de perturbação e sua intensidade. No entanto, os invertebrados respondem a diferenças mais sutis tanto de habitat quanto de intensidade de impacto (Lewinsohn et al., 2005).
Em geral, os invertebrados apresentam respostas demográficas e dispersivas mais rápidas do que organismos com ciclos de vida mais longos. Eles também podem ser amostrados em maior quantidade e em escalas mais refinadas do que os organismos maiores. Essas vantagens são contrabalançadas por dificuldades taxonômicas em muitos, se não na maioria, dos táxons e pelo tempo necessário para processar grandes amostras. Apesar dessas dificuldades, os artrópodes estão sendo cada vez mais utilizados para avaliar a diversidade e a composição de espécies de habitats ou fisionomias distintas e para avaliar respostas a diferentes regimes de perturbação ou manejo (Lewinsohn et al., 2005)

Características

Os bioindicadores:
  • Devem ter sua taxonomia, ciclo e biologia bem conhecidos e possuir características de ocorrência em diferentes condições ambientais ou serem restritos a certas áreas.
  • Devem ser sensíveis às mudanças do ambiente para que possam ser utilizados no monitoramento das perturbações ambientais
Tipo de Bioindicadores
  • Sentinelas: introduzidas para indicar níveis de degradação e prever ameaças ao ecossistema;
  • Detectoras: são espécies locais que respondem a mudanças ambientais de forma mensurável;
  • Exploradoras: reagem positivamente a perturbações;  Acumuladoras: permitem a verificação de bioacumulação;
  • Bio-ensaio: usados na experimentação;
  • Sensíveis: modificam acentuadamente o comportamento.
  • Bioindicação não específica: diferentes fatores provocam a mesma reação;
  • Bioindicação específica: uma reação só ocorre em virtude de um único fator ambiental.
  • Bioindicação direta: fator ambiental atua diretamente sobre o sistema biológico;
  • Bioindicação indireta: a bioindicação é resultado de alterações ambientais que provocam diferentes respostas.
  • Bioindicação primária: é a primeira reação do organismo;
  • Bioindicação secundária: ocorre após a primária e é diferente dela.
Indicador Biológico Ideal
  • Fácil amostragem;
  • Sensibilidade a pequenas variações ambientais;
  • Não prejudicial à pessoas e animais;
  • Manipulação segura;
  • Adaptação amostragem de acordo com o ecossistema;
  • Fácil identificação taxonômica;
  • Distribuição cosmopolita;
  • Abundância numérica;
  • Baixa variabilidade genética e ecológica;
  • Grande tamanho de corpo, ciclo de vida longo, mobilidade limitada;
  • Características ecológicas conhecidas;
  • Estar associado aos grandes processos do ecossistema;
  • Evidências de que os padrões observados na categoria indicadora reflitam-se em outras categorias (polinizadores, predadores de sementes, parasitóides e decompositores);
  • Categorias taxonômicas mais elevadas (ordem, família, tribo e gênero) apresentando ampla distribuição geográfica e em diferentes tipos de habitats;
  • Categorias taxonômicas inferiores (espécies e subespécies) com alta especialização de forma a serem bem sensíveis a mudanças em seu habitat
Grupos Funcionais

  • Xilófagos: comedores de madeira.
    • Ex. Cerambicídeos, Cupins
  • Rizófagos: Comedores de raízes.
    • Ex. larvas de besouros (corós),
    • Ninfas de cigarra, percevejos
  • Filófagos: comedores de folhas.
    • Ex. larvas de lepidópteros
    • Adultos de besouros (cerambicídeos, crisomelídeos)
  • Saprófagos: comedores de material animal ou vegetal em decomposição.
    • Ex. Estafilinídeos (besouros)
    • Larvas de dípteros
  • Polinizadores: se alimentam de néctar e polén.
    • Ex. abelhas, mamangavas, moscas, borboletas, besouros.
  • Fitófagos: que sugam a seiva das plantas.
    • Ex. Homoptera (cigarrinha, pulgão, mosca-branca)
    • Lepidotera (estágio larval)
    • Diptera (larva minadora)
  • Predadores: comem outros insetos.
    • Ex. Libélulas, Louva-deus, Percevejos, Vespas,
    • Calosoma, larvas de coccinelídeos.
    • Centopéias, aranhas, pseudoescorpiões.
  • Parasitóides: que vivem a custa de outro animal.
    • Ex. himenópteros e dípteros.
  • Geófagos: comem solo.
    • Ex. corós, cupins, minhocas
Bibliografia
HOLLOWAY, J.D.; BRADLEY, J.D.; CARTER, J.D. CIE guides to insects of importance to man. Lepidoptera, 1. C.A.B. International, Wallinford, 1987. 262p.

LEWINSOHN, T.M.; FREITAS, A.V.L.; PRADO, P.I. Conservação de invertebrados terrestres e seus habitats no Brasil, Megadiversidade, v. 1, n. 1, p 62-69, julho 2005.

McGEOCH, M.A. The selection, testing and application of terrestrial insects as bioindicators. Biology Review, v.73, p.181-201, 1998.

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Última atualização: Sábado - 28 de abril de 2012.

Parque Estadual da Serra do Aracá

É difícil descrever a Serra do Aracá. Poucos já estiveram no seu topo ou sequer no seu entorno. Na verdade, a maioria das pessoas nem sabe da sua existência. Porém, qualquer um que veja as fotos e vídeos desse lugar não tem como negar: trata-se de um dos locais mais lindos não apenas do Brasil, mas do mundo.  
Formações rochosas que atingem mais de 1.000 metros de altura cobertas por uma densa floresta e rodeadas por diversas cachoeiras com pelo menos 200 metros de queda livre formam esta paisagem que é única em toda a Amazônia brasileira.
A Serra do Aracá faz parte do Planalto das Guianas, um imenso escudo rochoso que se inicia no sul da Venezuela e invade o extremo norte do Brasil. Seus representantes mais famosos são os tepuis, incluindo o místico Monte Roraima. A Serra do Aracá é também um tepui, o único localizado abaixo da linha do Equador. Elevando-se a mais de 1.300 metros de altura, a serra surge como uma imensa mesa no meio da floresta amazônica.
Este pedaço da Amazônia esconde inúmeras belezas naturais. A mais impressionante de todas é, sem dúvida, a Cachoeira do El Dorado (ou do Aracá), considerada a maior queda d'água livre do Brasil. Localizada bem no meio de um estreito vale, a água despenca em linha reta de uma altura superior a 360 metros, o equivalente a um prédio de 126 andares. Ao atingir o solo, boa parte do colossal jato de água já se desfez com o vento, o que não impede que uma paradisíaca piscina natural se forme no local, rodeada por imensos paredões rochosos revestidos pelo verde da floresta.
No alto da serra também estão localizadas as cabeceiras de alguns rios. Um deles, em alusão à grande altitude do platô, foi inclusive batizado de Pai Nosso. Esse berço de nascentes leva ao surgimento de várias outras cachoeiras, a maioria com mais de 200 metros de altura. Algumas ficam inacreditavelmente posicionadas uma ao lado da outra, formando um cenário que até então poderia ser visto somente nos mais poéticos filmes de fantasia. Para completar, do topo da serra, a imensidão da floresta amazônica é vista como  um infinito e imaculado tapete verde, que se estende até ultrapassar  a linha do horizonte.
Não bastasse toda a sua deslumbrante beleza cênica, a Serra do Aracá ainda está envolta em diversas lendas e mistérios locais. Em determinado ponto no entorno do parque, a floresta amazônica dá espaço a uma grande planície alagada. Há quem diga que esse local corresponde ao lendário Lago Parime, cuja busca foi relatada em diversas crônicas dos conquistadores espanhóis do século XVI. Segundo contam, nas margens do lago estava localizada Manoa, cidade indígena de grandes riquezas que entrou para a história com o nome de El Dorado. O lago, dizem alguns especialistas, secou há séculos atrás, mas as ruínas da cidade de ouro ainda estariam por lá, encobertas pela floresta. Há até mesmo quem afirme que Machu Picchu, a cidade perdida dos Incas, significa em idioma indígena "a segunda", e que "a primeira" ainda está escondida entre as montanhas do Aracá.

Beleza escondida, mas não protegida

Apesar de todos esses atrativos, o Parque Estadual só existe no papel. Não há qualquer tipo de infra-estrutura ou fiscalização no local, nem sequer placas indicando os limites do seu território.
O principal motivo é o seu acesso, extremamente complicado. Para chegarmos até a serra é preciso subir o Rio Aracá. Esse afluente do Rio Negro apresenta-se no formato de uma serpente, fazendo inúmeras curvas em seu percurso. Assim, o trajeto fica pelo menos duas vezes mais longo do que seria caso o rio fosse uma linha reta. Entretanto, vale a pena destacar, o acesso difícil não mantém a todos distantes.
Nas décadas de 80 e 90 a Serra do Aracá era bastante frequentada por mineradores que se embrenhavam na floresta em busca de tantalita, um precioso metal utilizado na indústria de telefonia celular. A extração era tão forte que havia pistas de pouso e até mesmo tratores no topo da serra. Em 2001, a Polícia Federal conseguiu fechar as minas clandestinas. Porém, até hoje ainda há relatos de diversas pessoas que conseguem burlar a "fiscalização" e continuam extraindo o minério.
Assim, temos na Serra do Aracá um exemplo bem elucidativo do que acontece em quase toda a Amazônia: a preservação “passiva” da floresta, que depende pura e simplesmente  do isolamento geográfico, sem que de fato sejam criadas políticas e mecanismos de conservação e fiscalização. Esse tipo de proteção é ilusório, pois mantém distantes apenas turistas bem intencionados que gostariam de conhecer e admirar essa paisagem. Em compensação, aqueles cujo interesse na floresta é comercial e extrativista aproveitam a falta de monitoramento das autoridades e exploram de forma predatória as riquezas naturais da região. Quem é movido pela ganância, sempre encontra uma forma de superar os obstáculos geográficos. E assim, ao apenas isolar a Amazônia, as autoridades acabam por facilitar a sua depredação.

Resumindo...

Distância de Barcelos: 200 km em linha reta, e 393 km por via fluvial.
Como chegar (duração):
  • De voadeira a partir de Barcelos (18h)
Não deixe de ver/fazer:
  • Subir no topo da serra e simplesmente admirar a imensidão da Amazônia do alto;
  • Visitar o topo da Cachoeira do El Dorado, a maior do Brasil, bem como a piscina natural que se forma na sua base;
  • Ver a Cachoeira do Desabamento, do Anta, do Boto, da Surpresa e do Cuieiras, todas com mais de 200 metros de altura.
- A melhor época para ir é de abril a setembro, quando os rios ainda estão cheios.
- Não há qualquer tipo de infra-estrutura no parque, nem mesmo comunidades ribeirinhas ou indígenas, o que a torna uma área completamente selvagem e perigosa.
- Diante desse cenário, poucas agências de turismo se arriscam a organizar expedições até o local. A principal delas é a Katerre, operadora com sede em Novo Airão e com larga experiência em viagens de barco pelo Médio e Alto Rio Negro. O preço, entretanto, torna a excursão praticamente proibitiva: R$4.695 por pessoa!

- A Viagem e Expedições El Dorado, operadora sediada em Barcelos, também organizava excursões até a serra. Porém, diante da precária situação do Parque em que não há infra-estrutura alguma de apoio, eles preferiram suspender os pacotes para não arriscar a segurança dos visitantes. 
- Aqui você pode ver um excelente documentário que mostra grande parte das belezas naturais da Serra do Aracá, bem como as dificuldades para chegar até este paraíso.
Para ver fotos do Parque Estadual da Serra do Aracá, clique aqui.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Discovery Channel: Mutant Planet






 
Mutant Planet is a celebration of the power of evolution; an exploration of the forces that shape life in all its unexpected glory. This breath-taking series combines traditional natural history programming with cutting edge science documentary. Viewers are transported to six strange worlds within worlds where it seems as if nature has thrown the rule book out the window. Go in for a closer look, and see how the magic of evolution and the forces of nature have together shaped eccentric animals, eclectic lifestyles and unorthodox patterns of behavior.
Dados:
Tamanho : 565 MB (565 MB)
Duração 0:43:44
Codec: avi

Links só por torrent ou  pelo Emule. Também lamento informar que ainda não possui legendas, peço a ajuda de alguem que queira colaborar com as traduções. Mesmo sem legenda, por enquanto recomendo baixar e assistir sem nenhuma moderação. =)
Episódio 1: Africa's Rift Valley Lakes



Africa's freshwater Great Lakes are the birthplace of the biggest, fastest, and perhaps the strangest mutation of any vertebrate on Earth. Could these fish actually be as intelligent as chimps?



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Episódio 2: Australia



Australia is a floating laboratory whose ancient geological past and changing climate have triggered mutations in the animals here, culminating in over 200 species of bizarre pouched marsupials, which are all equipped with astounding survival features.



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Episódio 3: Brazil's Cerrado



On Brazil's ancient Cerrado grassland a community of eccentric creatures are all inter-dependent, and all life revolves around the landscape of mysterious mud-caked monoliths.



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Episódio 4: Japan

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Isolated from the Asian mainland, Japan's animals have been forced to endure the most violently active islands on earth in a climate of extremes. Animals cast away on these outcrops must find innovative ways to overcome periods of starvation.



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Episódio 5: Madagascar



Madagascar In this episode we travel to Madagascar the land of lemurs, an ancient primate family that evolved from only one small group which arrived on the island more than 60 million years ago. For them Madagascar became the land of evolutionary opportunity and today there are almost 100 living species.



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Technical Specs
Arquivo : 566 MB (566 MB), duração 0:43:49, tipo AVI, 1 audio stream(s), qualidade 69 %
Video : 526 MB, 1680 Kbps, 25.0 fps, resolução 720*400 (16:9),  XVID = XVID Mpeg-4, Suportado
Audio : 40 MB, 128 Kbps, 48000 Hz, 2 canais, 0x2000 = AC3, Suportado

emule
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Episódio 6: New Zealand



New Zealand is a fairytale archipelago with a turbulent geological past. A land with astonishing creatures: flightless birds, night dwellers and even living fossils. Evolution has run wild on this isolated land, producing some of the world's most unusual animals.



Screenshots



Technical Specs
Arquivo : 644 MB (644 MB), duração 0:45:16, tipo AVI, 1 audio stream(s), qualidade 93 %
Video : 582 MB, 1797 Kbps, 29.970 fps, resolução 720*480 (4:3),  XVID = XVID Mpeg-4, Suportado
Audio : 62 MB, 192 Kbps, 48000 Hz, 2 canais, 0x2000 = AC3, Suportado

emule
 arrow ed2k: Discovery.Ch.Mutant.Planet.New.Zealand.PDTV.XviD.AC3.MVGroup.org.avi (541.96 MB)

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