Ambientalismo
12.06.2012 13:05
A população brasileira não sabe o que é a Rio+20
Para
quem acompanha as notícias sobre a Rio+20, fica a impressão de que toda
a sociedade brasileira está discutindo os principais temas da
Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que
começa nesta quarta 13.
É, na verdade, uma doce e triste ilusão de poucos diante da maioria da população que segue em seu cotidiano sem ter a mínima ideia do que é essa tal de Rio+ … o que mesmo?
Essa foi a constatação de um estudo divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente apenas uma semana antes do início do encontro. Segundo a pesquisa intitulada “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável”, 78% dos brasileiros desconhecem a conferência.
Da enquete participaram 2 mil pessoas. O meio ambiente ocupou a 6ª colocação dos problemas nacionais, citado por 13% dos entrevistados. A saúde ocupa o primeiro lugar (81%); em segundo, a violência (65%) e, na sequência, o desemprego (34%).
Últimos artigos de Reinaldo Canto:
Código Florestal: Tiraram o bode da sala
Lixões: Ainda muito longe do fim
Código Florestal: Uma luta longe do fim
Ao comentar os resultados, a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira demonstrou otimismo, pois segundo ela, na época da Eco-92, 6% dos entrevistados disseram conhecer a conferência, contra os atuais 22%.
Será mesmo motivo de alguma satisfação alcançar esses números, mesmo que superiores em comparação aos de 1992? O agravamento dos problemas ambientais e de um mundo cada vez mais insustentável não seriam razões suficientes para a ampliação exponencial na percepção das pessoas quanto à importância do evento? Para ¾ da população brasileira a resposta para a segunda questão é, simplesmente: não!
O desafio da Cúpula dos Povos
Tais resultados não contribuem para mudar o atual estado de coisas no qual os países e as grandes corporações tentam acomodar seus interesses particulares com o mínimo esforço. A esperança de muitos, durante o encontro, ainda reside na mobilização das organizações da sociedade civil no sentido de pressionar nossos líderes a tomar decisões efetivas que coloquem o planeta no rumo do desenvolvimento sustentável.
As milhares de pessoas que estarão reunidas no Aterro do Flamengo vindas de todas as partes do mundo para participar da Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20, terão agora que redobrar seus esforços e gritar ainda mais alto para fazer frente a pauta oficial da conferência baseada na economia verde e na institucionalidade global, consideradas pelos organizadores da Cúpula dos Povos como “insatisfatória para lidar com a crise do planeta, causada pelos modelos de produção e consumo capitalistas”.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon já alertou para a oportunidade única representada pela conferência, “a Rio+20 é uma chance em uma geração para conseguir progressos em direção à economia sustentável no futuro e se a perdermos, precisaremos esperar por muito tempo”.
Talvez seja esperar demais das autoridades mundiais que estarão reunidas no Riocentro a partir do dia 20/06, ações sustentáveis de alcance mundial. Ou não?
Quem sabe o soar dos tambores no Aterro sensibilizem os poderosos da Terra a sair de seus ilusórios “quadrados” e sejam capazes de ouvir as vozes de uma parte da sociedade que anseia por um mundo mais justo, equilibrado e sustentável.
É, na verdade, uma doce e triste ilusão de poucos diante da maioria da população que segue em seu cotidiano sem ter a mínima ideia do que é essa tal de Rio+ … o que mesmo?
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Tais resultados não contribuem para mudar o atual estado de coisas no qual os países e as grandes corporações tentam acomodar seus interesses particulares com o mínimo esforço. A esperança de muitos, durante o encontro, ainda reside na mobilização das organizações da sociedade civil no sentido de pressionar nossos líderes a tomar decisões efetivas que coloquem o planeta no rumo do desenvolvimento sustentável.
As milhares de pessoas que estarão reunidas no Aterro do Flamengo vindas de todas as partes do mundo para participar da Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20, terão agora que redobrar seus esforços e gritar ainda mais alto para fazer frente a pauta oficial da conferência baseada na economia verde e na institucionalidade global, consideradas pelos organizadores da Cúpula dos Povos como “insatisfatória para lidar com a crise do planeta, causada pelos modelos de produção e consumo capitalistas”.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon já alertou para a oportunidade única representada pela conferência, “a Rio+20 é uma chance em uma geração para conseguir progressos em direção à economia sustentável no futuro e se a perdermos, precisaremos esperar por muito tempo”.
Talvez seja esperar demais das autoridades mundiais que estarão reunidas no Riocentro a partir do dia 20/06, ações sustentáveis de alcance mundial. Ou não?
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