Anfíbio com formato de cobra é descoberto no Rio Madeira, em RO
Animal raro foi encontrado por biológos em canteiro de obras de usina.
Exemplares estão no Museu Emilio Goeldi, no Pará.
Atretochoana eiselti foi descoberta no Rio Madeira (Foto: Juliano Tupan/Divulgação)
O biólogo Juliano Tupan, analista socioambiental da Santo Antônio Energia, concessionária da usina hidrelétrica, conta que foram encontrados seis exemplares do anfíbio, que ficou conhecido como cobra mole, durante o processo de secagem de um trecho do leito do rio. Os animais estavam no fundo do Rio Madeira entre pedras que compunham as corredeiras de Santo Antonio, no leito original do rio.
“A Amazônia é uma caixa de surpresa em se tratando de anfíbios e répteis. Ainda há muita coisa para ser descoberta”, afirma o biólogo.
Anfíbio é chamado de cobra mole
(Foto: Juliano Tupan/Divulgação)
(Foto: Juliano Tupan/Divulgação)
Os primeiros exemplares do anfíbio foram encontrados pela equipe de Juliano Tupan em dezembro do ano passado. Em janeiro passado ele encontrou mais dois exemplares, mas morreram.
Juliano explica que a divulgação da descoberta foi feita somente agora porque estava em processo de validação e catalogação científica.
“Resgatar um animal tão raro como este foi uma sensação fora do comum. Procurei referências bibliográficas, entrei em contato com outros pesquisadores e vimos que se tratava de Atretochoana eiselti”, lembra Juliano Tupan.
Parente de sapos e pererecas
O formato cilíndrico do corpo do anfíbio faz logo pensar que se trata de uma cobra meio esquisita. Mas Juliano explica que a Atretochoana eiselti não tem parentesco algum com répteis. “Esse anfíbio é parente próximo de salamandras, rãs, pererecas e sapos. Apenas se parece com uma serpente, mas não é”, afirma o biólogo.
Dois exemplares da Atretochoana eiselti descobertos no Rio Madeira estão no Museu Emilio Goeldi, em Belém, PA.
Juliano conta que cerca de dois meses após a descoberta no Rio Madeira um grupo de pescadores do Pará encontrou um exemplar na foz do Rio Amazonas, na região de Belém, PA.
Anfíbio estava no fundo do Rio Madeira (Foto: Juliano Tupan/Divulgação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.