Minerais desconhecidos encontrados em vulcão de Kamchatka
- Criado em 12/07/2014
As amostras foram levadas para o instituto. Depois de sua análise abrangente, especialistas esperam lançar luz sobre o enigma das cavernas de lava de um dos mais belos vulcões de Kamchatka.
O Tolbachik é o segundo maior em tamanho na Eurásia, estando em primeiro lugar o maior vulcão ativo da Rússia – o Klyuchevskaya Sopka. A altura do Tolbachik é de 3.682 metros.
O cone ativo tem um comprimento de mais de dois quilômetros. Durante um ano inteiro houve um fluxo incessante de turistas que queriam assistir a uma erupção longa como nunca antes na história do gigante – ele só se acalmou em 2013.
O Tolbachik têm outra propriedade incrível: ele se destaca de outros vulcões ativos de Kamchatka com erupções de magma basáltico. Esta circunstância, aparentemente, foi a causa de uma descoberta inesperada feita por cientistas, acredita um dos participantes da expedição, membro do Laboratório de Vulcanismo Ativo do Instituto de Vulcanologia e Sismologia, Alexander Belousov:
"No prazo de um mês saiu à superfície quase um quilômetro cúbico de lava basáltica. É uma erupção muito grande. A lava de basalto é líquida, flui a grandes distâncias e no processo solidifica à superfície, e o centro mais líquido flui para fora no fim da erupção, formando assim grandes espaços vazios – tubos de lava".
Foi nesses tubos de lava, ou cavernas, segundo o cientista, que foram feitas descobertas inesperadas – formações em forma de estalactites e estalagmites, compostas por minerais nunca antes vistos. De qualquer forma, os cientistas desconhecem a composição das formações, destacou em entrevista à Voz da Rússia Alexander Belousov:
"À primeira vista essas formações pareciam gelo. Elas são translúcidas, um pouco brancas, às vezes amareladas, e bastante grandes: mais de meio metro de comprimento e cinco centímetros de diâmetro. Mas os minerais que compõem essas estruturas nós desconhecemos. Apenas assumimos que são cloretos de algum tipo de metais. A composição está sendo averiguada atualmente".
À pergunta da Voz da Rússia sobre porquê nunca antes foi encontrado nada parecido em vulcões, o cientista respondeu que isso se deve a que geralmente espeleologistas exploram cavernas cársticas. Nelas também há estalactites e estalagmites, mas elas têm uma composição diferente: são formadas pela dissolução de calcários e gessos. Mas neste caso as cavernas são de lava, e isso já é uma história totalmente diferente:
"Nelas também há estalactites e estalagmites, mas elas são formadas de uma solução de basalto que pinga do teto e se solidifica em forma de sincelos ou no fundo da caverna. Mas essas cavernas são quentes depois de sua formação, pesquisadores penetram nelas raramente ou muitos anos e até mesmo centenas de milhares de anos após a sua formação. E as estalactites e estalagmites são compostas de minerais facilmente solúveis. Se a concentração de sais na água infiltrada diminui, inevitavelmente começa a escorrer água limpa, que eventualmente dissolve as estalactites e estalagmites sem deixar vestígios".
Se jogar um fragmento de um tal mineral em água, ele se dissolverá quase instantaneamente, como o sal comum. Mas estalactites e estalagmites cársticas se dissolvem durante mil anos. Os cientistas tiveram sorte: eles conseguiram penetrar em tubos de lava menos de um ano após a erupção de Tolbachik.
"Foi uma espécie de recorde", disse o vulcanólogo, "graças ao qual conseguimos ver o que normalmente ninguém pode ver".
Os especialistas prometem desvendar o mistério de Tolbachik em duas ou três semanas. As amostras serão submetidas a análises químicas, diagnosticadas com raios-X, examinadas ao microscópio eletrônico de varredura. Então, se tornará claro que surpresa ofereceu um dos mais belos e surpreendentes vulcões de Kamchatka.
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