Tudo sobre os fósseis
Keichousaurus hui, réptil marinho triássico da China |
- O que é um fóssil?
- Quais são os tipos de fósseis?
- Como se formam os fósseis?
- Como se calcula a idade de um fóssil?
- Por que é importante estudar os fósseis?
O QUE É UM FÓSSIL?
Fóssil de tiranossauro |
A palavra "fóssil" deriva do termo latino fossilis, que significa "ser desenterrado" ou "extraído da terra". Esses objetos normalmente tornam-se fósseis quando são cobertos por sedimentos e, mais tarde, mineralizados. O estudo dos fósseis cabe aos paleontólogos, cientistas do ramo da Paleontologia.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE FÓSSEIS?
Fósseis corporais de amonites |
Já os icnofósseis, ou fósseis-traço, são apenas vestígios da atividade biológica de alguns organismos. Por exemplo: fósseis de pegadas, de marcas de mordidas, de pólen, de ovos, de tocas e de excrementos (coprólitos). Os fósseis mais antigos conhecidos são traços químicos característicos deixados nas rochas, bem como os próprios organismos fossilizados, que estendem-se no tempo até 3,8 bilhões de anos atrás.
COMO SE FORMAM OS FÓSSEIS?
© Manual CienTIC - Porto Editora |
A fossilização é um processo extremamente lento e complexo, que chega a durar milhares de anos. Em suma, pode-se dizer que um fóssil é a substituição da matéria orgânica de um organismo por minerais, sem perder suas características físicas, mas há diferentes formas de a fossilização ocorrer.
Com a mineralização, as substâncias orgânicas do corpo soterrado são paulatinamente substituídas por minerais presentes no meio ou trazidos pela água (sílica, por exemplo), numa troca tão precisa que todas as particularidades do corpo do organismo são mantidas, sem restar nada de matéria orgânica original. São fossilizadas as partes duras de animais (ossos, garras, dentes) e ramos e troncos de plantas, entre outros.
Os restos soterrados do ser vivo, após deixarem sua forma gravada na rocha, podem ser completamente degradados (até mesmo as partes mais duras), deixando apenas um molde do corpo do organismo - processo conhecido como moldagem. Se a lacuna deixada no molde for preenchida por minerais, que se solidificam constituindo uma cópia, em rocha, do ser vivo original, temos uma contramoldagem (que depende, obrigatoriamente, do processo anterior).
Molde e contramolde da concha de um Dactylioceras commune, amonite do Jurássico da Inglaterra |
Espécime de rinoceronte-lanoso (Coelodonta antiquitatis) extraordinariamente conservado, encontrado no vilarejo de Starunia, Ucrânia, em 1929 |
Na impressão, somente são preservados os vestígios deixados pelo organismo, como pegadas, tocas ou rastros. Ocorre quando marcas são gravadas sobre um terreno mole que se transformou em rocha com o passar do tempo.
Folha de bordo fossilizada, com 15 milhões de anos, da Alemanha © Museu de História Natural de Londres |
COMO SE CALCULA A IDADE DE UM FÓSSIL?
Paleontólogos trabalham nas escavações de uma baleia de 5 milhões de anos, na Toscana, Itália |
POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR OS FÓSSEIS?
Através
de fósseis, é possível imaginar as paisagens antigas. Na imagem,
representação de um ecossistema da América do Norte há cerca de 75
milhões de anos (o Parque Provincial dos Dinossauros). © Julius T. Csotonyi |
Fósseis ainda constituem uma importante evidência do processo evolutivo e são úteis para o reconhecimento de pacotes de rochas e sua sucessão temporal. Indicam a distribuição dos antigos mares e continentes (Paleogeografia) e ajudam a reconstruir os ambientes antigos (Paleoecologia). Do ponto de vista econômico, são importantes na indústria do petróleo, do carvão mineral e do gás natural, os chamados combustíveis fósseis.
Reconstituição do fóssil de um Diabloceratops mostrando como devia ser sua aparência em vida © Julius T. Csotonyi |
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