Maior vulcão do planeta é descoberto no Oceano Pacífico
Denominado Tamu Massif, o vulcão tem a área do estado do Rio Grande do Sul e está entre os maiores do Sistema Solar
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: An immense shield volcano within the Shatsky Rise oceanic plateau, northwest Pacific Ocean
Onde foi divulgada: periódico Nature Geoscience
Quem fez: William W. Sager, Jinchang Zhang, Jun Korenaga, Takashi Sano, Anthony A. P. Koppers, Mike Widdowson e John J. Mahoney
Instituição: Universidade de Houston, EUA, e outras
Resultado: O Tamu Massif, vulcão submerso no Oceano Pacífico, é o maior já encontrado na Terra, com 300.000 quilômetros quadrados de área.
William Sager, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas e da Terra da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, começou a estudar o vulcão vinte anos atrás. Até agora, não estava claro para os pesquisadores se o Tamu Massif era um vulcão único ou se era formado por diversos pontos de erupção.
No novo estudo, publicado nesta quinta-feira no periódico Nature Geoscience, os autores analisaram amostras do vulcão colhidas pelo navio de pesquisa Joides Resolution, parte do Ocean Drilling Program (Programa de Perfuração Oceânica), uma iniciativa internacional de exploração e estudo da composição e estrutura do solo oceânico. A partir dessas amostras, eles concluíram que o vulcão entrou em erupção a partir de um único ponto, perto do centro, o que permite que ele seja considerado o maior vulcão individual do planeta.
Além do tamanho, o Tamu Massif também se destaca por seu formato: é um vulcão-escudo, nome dado aos vulcões que têm forma de uma larga montanha, com o perfil de um escudo. Ele é relativamente baixo e amplo, o que indica que a lava expelida deve ter percorrido longas distâncias antes de resfriar, diferentemente da maioria dos vulcões, que costumam ser pequenos e verticais.
De acordo com o pesquisador, a idade estimada do vulcão é de 145 milhões de anos. Acredita-se que ele tenha se tornado inativo alguns milhões de anos depois de sua formação. “Podem existir vulcões maiores, porque existem formações ígneas maiores no mundo, mas não sabemos se essas formações são um vulcão único ou um complexo de vulcões”, explica o pesquisador.
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