Introdução - Alelos Múltiplos e Biotecnologia
Mini- cruso - por Marcus V. Cabral
O sangue apresenta vários constituintes como o plasma constituído por água
Sangue
O sangue é um tecido conjuntivo produzido na medula
óssea dos ossos chatos, vértebras, quadril, crânio, costelas e osso
esterno que circula pelo sistema vascular sanguíneo e serve para
manutenção da vida do organismo. Um indivíduo adulto apresenta em média
cinco litros de sangue circulante no seu corpo, variando de acordo com o
peso.
O sangue apresenta vários constituintes como o plasma
constituído por água, sais e vitaminas que constituem cerca de 55% do
volume sanguíneo; e dos elementos figurados do sangue que são as
hemácias, leucócitos e plaquetas, constituindo os 45% restantes do
volume do sangue.
O plasma é um líquido de cor amarelo claro, constituído de 90%
de água, 1% de substâncias inorgânicas (como potássio, sódio, ferro,
cálcio), 7% de proteínas plasmáticas (albumina, imunoglobulinas e
fibrinogênio), e cerca de 1% de substâncias orgânicas não protéicas.
Proteínas, açúcares, gorduras e sais minerais encontram-se dissolvidos
na água. O plasma é responsável pela circulação de elementos nutritivos
necessários à vida celular.
As plaquetas são fragmentos celulares de vida curta responsáveis
pelo processo de coagulação. Os leucócitos ou células de defesa são
chamados de glóbulos brancos, possuem funções relacionadas à defesa do
organismo contra “corpos estranhos”.
As hemácias são chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos e
apresentam vida média de 120 dias. Sua função é transportar o oxigênio
dos pulmões para todo o organismo.
Sistema ABO e Grupos Sanguíneos
Os grupos sanguíneos são constituídos por antígenos que são a
expressão de genes herdados da geração anterior. Quando um indivíduo
apresenta determinado antígeno significa que ele herdou o gene de um ou
de ambos os pais, e que este gene poderá ser transmitido para a próxima
geração.
Os grupos sanguíneos são herdados independentemente entre si. O
sistema ABO, foi descoberto por
Karl Landsteiner, em 1900, e baseia-se
no estudo das diferenças sorológicas individuais, ou seja, na definição
do tipo sanguíneo de cada indivíduo.
Landsteiner demonstrou que ao colocar em contato hemácias de certos
indivíduos com o soro sanguíneo de outros, em alguns casos havia
aglutinação das hemácias formando grumos visíveis a olho nu.
A aglutinação é decorrente da reação entre antígenos e
anticorpos.
Antígenos são “corpos estranhos“ que penetram num
determinado organismo. A defesa desse organismo aos corpos estranhos
ocorre através dos anticorpos, que funcionam como defesa do organismo, a
fim de neutralizar os antígenos. Quando um anticorpo reage ao antígeno
provoca aglutinação (um grumo).
A incompatibilidade sanguínea entre alguns indivíduos observada
através da aglutinação por Landsteiner, explicou porque alguns doentes
apresentam choques após transfusão de sangue. No soro (plasma) existem
anticorpos naturais (aglutininas) e antígenos (aglutinogênios)
determinados geneticamente. Os anticorpos dos grupos sanguíneos já estão
presentes no soro independentemente da presença de algum antígeno,
sendo chamados de aglutininas.
Os antígenos do grupo sanguíneo, por sua vez, chamados de
aglutinogênios, são polissacarídeos (polímeros de açúcar) presentes na
superfície dos glóbulos vermelhos. São formados por dois diferentes
polissacarídeos o A e o B. Ambos são produzidos a partir de uma
substância precursora, modificada por um produto enzimático de cada
alelo dos genes chamados IA ou IB. Já o grupo sanguíneo AB possui um
gene A e um gene B, tendo sido um herdado da mãe e o outro do pai. Seu
genótipo é AB (IAIB) não possuindo anticorpos ou aglutininas
correspondentes. No grupo O, o gene O é herdado tanto da mãe quanto do
pai. O genótipo desse grupo é OO (ii).
O
sistema ABO é constituído de três genes (A, B e O) e três
alelos (IA, IB e i), podendo qualquer um dos três ocupar o loco ABO em
cada elemento do par de cromossomos responsáveis por este sistema. Os
genes não codificam diretamente seus antígenos específicos, mas enzimas
com função de transportar açúcares específicos, para uma substância
precursora produzindo os antígenos ABO.
Indivíduos do grupo sanguíneo A apresentam na membrana
plasmática da hemácia o aglutinogênio a que têm a função de antígeno
quando introduzida em indivíduos de grupos sanguíneos diferentes. No
soro desses indivíduos ocorrem aglutininas anti-b, ou seja, anticorpos
que reajam contra o tipo sanguíneo B. Assim, indivíduos do grupo
sanguíneo B apresentam na membrana plasmática da hemácia o aglutinogênio
b e a aglutinina anti-a no soro.
Indivíduos do grupo sanguíneo AB possuem os antígenos a e b na
membrana plasmática da hemácia e ausência das aglutininas anti-a e
anti-b, portanto não possuem anticorpos correspondentes. Indivíduos do
grupo sanguíneo O não possuem os antígenos a e b na membrana plasmática
da hemácia, mas apresentam as aglutininas anti-a e anti-b.
Os tipos sanguíneos O e AB só apresentam um possível genótipo, sendo
eles respectivamente: (ii) e (IAIB). Já os tipos sanguíneos A e B
apresentam, cada um, dois possíveis genótipos. Quando o indivíduo herda
de seus pais um gene O e um gene A, apenas o gene A se manifesta
produzindo antígeno a e aglutinina anti-b. O genótipo desse indivíduo é
AO (IAi). Um indivíduo do tipo sanguíneo A também pode apresentar o
genótipo AA (IAIA), decorrente da herança do gene A de cada um dos pais.
Nesse caso, também haverá produção do antígeno a e aglutinina anti-b.
O indivíduo com sangue do tipo B pode apresentar dois genótipos,
BO (IBi) e BB (IBIB). Nos dois casos haverá produção do antígeno b e
aglutinina anti-a. A diferença dos dois tipos sanguíneos está nos genes
herdados pelos pais. Assim, quando o indivíduo herdar de seus pais um
gene O e um gene B, apenas o gene B se manifestará, determinado o
genótipo BO (IBi). E quando o indivíduo herdar de seus pais o mesmo gene
B seu genótipo será BB (IBIB).
Em testes laboratoriais os indivíduos AO e AA; BO e BB não são
diferenciados. Considera-se tipo sanguíneo A para os indivíduos AO e AA,
e tipo sanguíneo B para indivíduos BO e BB.
Os testes para determinar os grupos sanguíneos envolvem dois
soros, o anti-a e o anti-b, e uma pequena amostra (duas gotas) de sangue
do indivíduo. A amostra sanguínea é colocada numa lâmina, de tal modo
que as duas gotas estejam separadas na lâmina. Então, são pingados os
soros anti-a e anti-b, cada um numa gota de sangue. A ocorrência de
aglutinação nas gotas de sangue indica a presença de antígeno e
determina o tipo sanguíneo.
Existem quatro possibilidades de reação entre as amostras sanguíneas e os soros anti-a e anti-b.
Tipo Sanguíneo B
Na primeira lâmina as hemácias não reagiram com o soro anti-a e
aglutinaram em presença do soro anti-b. Por isso, o sangue é considerado
do tipo B.
Tipo Sanguíneo A
Na segunda lâmina as hemácias aglutinaram em presença do soro
anti-a e não reagiram com o soro anti-b. Por isso, o sangue é
considerado do tipo A.
Tipo Sanguíneo O
Na terceira lâmina as hemácias não reagiram nem com o soro
anti-a, nem com o soro anti-b, significando que não apresentam nenhum
dos dois antígenos em suas membranas. Por isso, o sangue é considerado
do tipo O.
Tipo Sanguíneo AB
Na quarta lâmina as hemácias aglutinaram em presença dos dois
soros, anti-a e anti-b. Isto significa que possuem polissacarídeos A e B
em suas membranas. Por isso, o sangue é considerado do tipo AB.
Os grupos sanguíneos são determinados por alelos múltiplos, logo os
genótipos possíveis são mais numerosos. Em caracteres condicionados por
alelos múltiplos os indivíduos têm dois genes localizados num par de
cromossomos homólogos, porém há mais de duas qualidades de alelos.
A frequência dos quatro tipos de sangue A, B, AB e O apresentam distribuição variada dentro da população brasileira.
O tipo sanguíneo mais frequente entre a população brasileira é o tipo O, e o menos frequente é o tipo AB.
Transfusão Sanguínea
A transfusão de sangue é uma prática médica na qual um indivíduo
recebe sangue de um outro indivíduo. A transfusão sanguínea é usada
frequentemente em pessoas que sofreram intervenções cirúrgicas,
traumatismos, hemorragias, e em geral, em pessoas que tenham sofrido
grande perda de sangue.
Na transfusão de sangue leva-se em conta o efeito das hemácias
do doador sobre o plasma do receptor. Indivíduos do grupo O são
considerados doadores universais, pois não apresentam aglutinogênios a e
b nas hemácias, dessa maneira indivíduos do grupo A, B e AB não irão
sofrer reação de aglutinação ao receberem sangue do grupo O. No entanto,
esse grupo apresenta as aglutininas anti-a e anti-b, e por isso só
podem receber sangue de indivíduos do mesmo grupo. Logo, o grupo O pode
doar sangue para todos os outros grupos (A, B e AB), mas só pode receber
do seu próprio grupo (O).
Indivíduos do grupo AB são considerados receptores universais,
pois não apresentam as aglutininas anti-a e anti-b no plasma, dessa
maneira esses indivíduos não irão sofrer reação de aglutinação ao
receberem sangue dos outros grupos (A, B e O). Entretanto, esse grupo
apresenta os dois aglutinogênios a e b nas hemácias, impedindo o grupo
de doar para outros grupos. O grupo AB pode receber de todos os grupos,
mas só pode doar para o próprio grupo.
Tanto o grupo A quanto o B podem receber sangue do grupo O e de
seu próprio grupo; e podem doar sangue para o grupo AB e para seu
próprio grupo. Assim sendo, indivíduos do tipo sanguíneo A podem doar
para indivíduos do tipo AB e A, e recebem de indivíduos dos tipos O e A.
Indivíduos do tipo sanguíneo B podem doar para indivíduos do tipo AB e
B, e recebem de indivíduos dos tipos O e B.
Durante muito tempo as pessoas tinham receio de doar sangue e de aceitar
a transfusão, por medo de perderem seu sangue e de contraírem alguma
doença infecto-contagiosa. A quantidade de sangue doada é de 450 mL, e
um indivíduo adulto apresenta cerca de 5 litros de sangue circulantes no
seu organismo. Além disso, o sangue é um tecido vivo que constantemente
é reposto. Quem doa sangue não diminui sua capacidade sanguínea e nem
fragiliza seu corpo. Ao doar sangue é necessário fazer uma série de
testes que indentificam doenças contagiosas, prevenindo o receptor da
transfusão.
Embora a ciência já tenha desenvolvido alguns protótipos de
sangue artificial, a fase de teste para esses produtos ainda não acabou.
Por esse motivo a doação sanguínea é muito importante e essencial para
salvar vidas daqueles que por algum motivo necessitam da transfusão de
sangue. Os 450 mL de cada doação podem s.alvar até quatro vidas.
Para doar sangue o doador precisa ter entre 18 e 65 anos, mais
de 50 Kg, não estar em jejum, ter dormido bem antes da doação e estar em
boas condições de saúde. Homens podem doar no máximo quatro vezes ao
ano, com intervalos mínimos de 60 dias. Mulheres podem doar no máximo
três vezes ao ano, com intervalos mínimos de 90 dias. No caso de
doadores com idade de 60 a 65 anos a frequência de doação cai para duas
vezes ao ano com intervalos mínimos de seis meses.
Pessoas com gripe ou febre; grávidas ou amamentando; que tenham
ingerido bebida alcóolica no dia da doação; que tenham feito tatuagem ou
piercing nos últimos 12 meses e que tenham feito endoscopia nos últimos
12 meses, não podem doar sangue dentro dessas condições.
São realizados testes gratuítos para habilitar os doadores.
Logo, indivíduos que apresentem tais doenças não podem NUNCA doar
sangue. Os testes são os seguintes:
- de Chagas;
- de HIV;
- de hepatites B e C;
- de Sífilis;
- de HTLV I /II.
O sangue doado passa por um processo chamado fracionamento, no
qual é sempre separado em vários componentes e cada paciente receberá
aquela parte que seu organismo necessita.
O sangue apresenta vários constituintes como o plasma constituído por água
Auto-Hemoterapia
A auto-hemoterapia é uma técnica simples, baseia-se na retirada
de sangue venoso do paciente e, logo imediatamente este sangue é
aplicado na região intramuscular convencional (músculo do braço ou das
nádegas). Os defensores da auto-hemoterapia alegam que a técnica
estimula o sistema imunológico do organismo por considerar o sangue
reinjetado como um “corpo estranho”.•.
A técnica foi descoberta empiricamente em 1912 por um médico da
universidade de Paris. Em 1940 o Dr. Jesse Teixeira, um grande cirurgião
de tórax, brasileiro, descobriu o mecanismo de ação da
auto-hemoterapia, comprovando assim cientificamente seu uso para tratar
inúmeras doenças. Seu trabalho foi publicado e premiado, em 1940, na
Revista Brasil– Cirúrgico do Hospital Geral da Santa Casa de
Misericórdia do Rio de Janeiro (vol. II, março de 1940, número 3,
páginas 213 – 230). O trabalho desenvolvido pelo médico baseou-se na
formação de uma bolha na coxa de pacientes, a partir da aplicação de uma
substância irritante. Após o procedimento o médico fez a contagem dos
macrófagos antes da auto-hemoterapia, na qual a cifra foi de 5% Após a
auto-hemoterapia a cifra subiu a partir da 1ª hora chegando após 8 horas
a 22%. Manteve-se em 22% durante 5 dias e finalmente declinou para 5%
no 7º dia após a aplicação.
A auto-hemoterapia virou a coqueluche do momento. Existem vídeos
explicativos sobre a técnica sendo vendidos e distribuídos na internet.
Muitas pessoas estão se submetendo à auto-hemoterapia depois de
assistir o vídeo. E muitas pessoas já se submetem à técnica há muitos
anos. A técnica promete melhorar o sistema imunológico e até a cura de
doenças como câncer e AIDS.
Muitos pacientes comprovaram os benefícios que a
auto-hemoterapia proporciona, restabelecendo assim a saúde. Diante de
tanta polêmica, a Secretaria de Saúde de Olinda, no estado do
Pernambuco, está desenvolvendo de maneira experimental a
auto-hemoterapia. Testes com pessoas estão sendo realizados pelo próprio
secretário da saúde João Veiga, médico, responsável pela aplicação das
injeções. Das pessoas submetidas a terapia até o momento, 90% afirmaram
ter tido melhoras no estado de saúde.
Entretanto, muitos médicos condenam esse tratamento e acreditam
que essa melhora pode ser decorrente do próprio curso da doença, ou
ainda, consideram que a terapia pode funcionar como “efeito placebo”. O
efeito placebo apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos
fisiológicos da crença do paciente de que está sendo tratado. O efeito
placebo é considerado como um fator psicológico, devido a um efeito real
causado pela crença ou por uma ilusão subjetiva.
Especialistas afirmam que o uso do tratamento pode causar danos à
saúde do paciente. Entre os riscos, está o de abscessos (acúmulo de
pus) e, consequentemente infecção generalizada no organismo que se dá
através da via sanguínea.
No final do mês de março de 2007, a Sociedade Brasileira de
Hematologia e Hemoterapia (SBHH) diante dos questionamentos recebidos
relacionados à prática de auto-hemoterapia, divulgou um comunicado
contra. No dia 13 de abril de 2007, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) divulgou uma nota técnica também contra realização do
procedimento.
De acordo com a SBHH “não existe na literatura médica, tanto nacional
quanto internacional, qualquer estudo com evidências científicas sobre o
referido tema” e “por não existirem informações científicas sobre o
referido procedimento, são desconhecidos os possíveis efeitos colaterais
e complicações desta prática, podendo colocar em risco a saúde dos
pacientes a ela submetidos”. O comunicado é assinado pelo presidente
(2007) da SBHH, Dr. Carlos Chiattone e proíbe aos médicos a utilização
dessa prática terapêutica não reconhecida cientificamente.
A nota técnica da ANVISA afirma que "Este procedimento não foi
submetido a estudos clínicos de eficácia e segurança, e a sua prática
poderá causar reações adversas, imediatas ou tardias, de gravidade
imprevisível".
O item 7 da nota técnica a ANVISA informa: "O procedimento
'auto-hemoterapia' pode ser enquadrado no inciso V, Art. 2º do Decreto
77.052/76, e sua prática constitui infração sanitária, estando sujeita
às penalidades previstas no item XXIX, do artigo 10, da Lei nº. 6.437,
de 20 de agosto de 1977".
A ANVISA informa que a fiscalização dessa prática é de
responsabilidade dos conselhos de medicina. Por não existir nenhuma
comprovação científica sobre a eficácia da técnica a ANVISA está com um
grupo de estudo para dar um parecer oficial sobre auto-hemoterapia.
O comunicado e a nota técnica sobre a auto-hemoterapia
divulgados pelo SBHH e ANVISA, respectivamente, podem ser encontrados
por inteiros nos sites:
http://www.sbhh.com.br/home/imunoterapia.htm
http://www.anvisa.gov.br/sangue/informes/01_130407.htm
O médico conselheiro do Conselho Regional de Medicina Rui
Tavares ressalta que o médico registrado no conselho que praticar ou
ensinar essa técnica vai sofrer sanções. E aqueles que realizam a
técnica e não são médicos estão enquadrados em prática ilegal de
medicina.
O procedimento e o acesso são fáceis. A técnica é simples de
baixo custo financeiro (de 10 a 20 reais por aplicação) e estava sendo
realizada em farmácias e por alguns técnicos laboratoriais, assim como
por estudantes de enfermagem e farmácia.
Os defensores da auto-hemoterapia afirmam que o procedimento
traz muitos benefícios aos pacientes, como a potencialização do sistema
imunológico através da estimulação do sistema retículo endotelial; a
ativação das funções do macrófago (apresentam papel importante na
remoção de restos de células e de elementos intercelulares alterados);
desintoxicação e revitalização do organismo (já que aumenta número de
leucócitos nos órgãos abdominais, e assim, incrementa as funções
orgânicas e os processos de desintoxicação); e prevenção de doenças,
partindo do princípio que todas as doenças são causadas por uma
deficiência do sistema imunológico.
Sistema MN
A espécie humana apresenta, além do sistema ABO, o sistema MN.
No sistema MN dois antígenos são encontrados nas hemácias: m e n. Assim,
indivíduos que apresentam o antígeno m são do grupo M, aqueles que
apresentarem o antígeno n são do grupo N, e os indivíduos que
apresentarem os dois antígenos (m e n) nas suas hemácias pertencem ao
grupo MN.
O sistema MN não tem influência nas transfusões sanguíneas, já
que pessoas que recebem sangue diferente do seu, quanto ao sistema MN,
apresentam baixa produção de anticorpos e sensibilização quase nula. Por
isso, no caso de transfusões de sangue o sistema MN não é levado em
conta, e sim o sistema ABO e o fator RH. O sistema MN é utilizado na
medicina legal nos casos de exclusão de paternidade.
Para esse sistema existem dois alelos: LM e LN que funcionam como alelos mendelianos simples, sem dominância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.