Aquífero Guarani é percebido na serra catarinense
O Aquífero Guarani é um dos maiores mananciais de água doce do mundo. Localizado na América do Sul, ele ocupa parte dos territórios da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai.
Segundo informações da Prefeitura de Urubici, a área do Aquífero é de 1,2 milhão de km² e ele está presente em 47 municípios de Santa Catarina.
Na Serra, os visitantes podem perceber na prática a presença do aquífero. Na região da Serra do Corvo Branco, as pedras existentes no local dão as condições necessárias para ajudar na formação do maior aquífero do mundo, o Guarani, e também o maior em território Brasileiro, o Aquífero Serra Geral.
Um dos pontos mais característicos da estrada da Serra do Corvo Branco, que faz parte da rodovia SC-439, entre Urubici e Grão Pará, é a garganta, onde a estrada corta dois paradões de pedra paralelos, com cerca de 90m cada. O trecho, segundo informações passadas pela Prefeitura de Urubici, é considerado o maior corte em rocha arenítica do Brasil.
Do lado esquerdo o paredão é úmido e do lado direito é seco. Isso se justifica por causa da inclinação leste-oeste do Arenito Botucatu, que forma o Aquífero Guarani. No local, uma placa explica como perceber a presença do aquífero. "Chegando ao meio da descida, observe uma faixa estreita de rocha mais escura, que rasga o arenito de baixo para cima. Esta rocha é o dique de basalto, chamado também de Formação Serra Geral, que cobre toda a extensão do arenito, confinando e alimentando o Aquífero Guarani".
As pedras porosas, que absorvem a água, trabalham como filtros e reservatórios de água. "É uma zona de armazenamento, estes poros seguram a água. Mesmo que não chova, vai continuar correndo água nos rios por muito tempo. Este aquífero é de uma importância enorme, é dele que nós bebemos água", explica o doutor em geografia Jordan Wallauer.
Rochas ajudam na formação dos aquíferos
A Serra do Corvo Branco, localizada entre Urubici e Grão-Pará, na Serra catarinense, foi formada ao longo de 200 milhões de anos. "O local deve ser preservado por todo o conjunto: tem nascente, tem vegetação, tem plantas endêmicas e também pela beleza natural", explica Martha Wallauer, mestre em engenharia ambiental.Há duas explicações para a origem do nome da estrada. A primeira, por causa de uma pedra semelhante a um corvo. A segunda, por causa do urubu-rei, ave de plumagem branca que foi, erroneamente, chamada de corvo.
"O local se formou a partir do erguimento do arenito botucatu, da saída da lavas e do basalto, formando camadas e sendo levantado pelo movimento do continente em direção à oeste e pela formação dos Andes", explica o doutor em geografia Jordan Wallauer.
As pedras existentes no local dão as condições necessárias para ajudar na formação do maior aquífero do mundo, o Guarani, e também o maior em território Brasileiro, o Aquífero Serra Geral. As pedras porosas, que absorvem a água, trabalham como filtros e reservatórios de água.
G1- Santa Catarina - 19/11/2013
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