terça-feira, 14 de janeiro de 2014

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Árvores transgênicas podem contribuir para a bioeconomia (13/01/2014)
Alamo300x200Testes de campo com árvores de álamo geneticamente modificadas (GM) realizados em Zwijnaarde, Bélgica, mostram que estas plantas são mais eficientes na conversão de madeira em açúcar. O processo de bioconversão é facilitado em virtude da quantidade alterada de lignina – molécula que confere rigidez, impermeabilidade e resistência às árvores – nos vegetais transgênicos. Os açúcares obtidos a partir deste processo podem ser usados como matéria-prima para produtos como biopásticos e bioetanol.
Os resultados dos testes foram publicados na edição online da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) de 30 de dezembro de 2013. Neste experimento, os cientistas “desligaram” o gene que codifica a enzima CCR, fundamental para a produção da lignina. Essa modificação genética resultou na supressão da molécula de maneira distinta nas árvores. Segundo um dos pesquisadores do projeto Wout Boerjan, as plantas modificadas de cor mais avermelhada possuem maior potencial para a bioconversão. “A biossíntese de lignina é muito complexa e nosso objetivo agora é estabilizar a supressão desta molécula em todas as árvores”, revela Boerjan.
Em 2014, novos testes de campo serão realizados em Wetteren, também na Bélgica, nos quais serão avaliados álamos geneticamente modificados para a supressão de outra enzima. O objetivo é conseguir um desempenho mais uniforme em todas as plantas. A expectativa dos cientistas é que a produtividade de etanol por árvore aumente entre 50 a 100%.
Fonte: PNAS e Science Daily, Janeiro de 2014

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