Ambientalistas alertam que exploração de gás xisto pode causar terremoto
- Criado em 31/01/2014
Segundo a ambientalista Tânia Martins os prejuízos para o meio ambiente com a exploração do gás são inestimáveis, podendo causar até terremotos, em uma área de 2 km de onde é retirado.
"O gás é explorado a cerca de 3 km de profundidade, e o transporte até a superfície pode, acarretar danos ao meio ambiente, causando até terremotos em um raio de 2 km de onde é retirado, além de deixar substancias químicas no lençol freático", afirmou.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) já leiloou dois blocos para exploração no Piauí, que ficam na Bacia do Rio Parnaíba, na cidade de Floriano, mas o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública, pedindo que não se inicie a atividade no estado.
"Nós entramos com uma ação no MPF para poder impedir essa exploração, e ganhamos à liminar. Se a ANP descumprir a decisão será aplicada uma multa no valor de R$ 500 mil para cada bloco licitado indevidamente ou para cada bloco em que forem iniciadas as operações", afirma Tânia Martins.
O gás de xisto é um gás natural encontrado em uma rocha sedimentar porosa de mesmo nome. O gás é basicamente o mesmo que o derivado do petróleo, mas a forma de produção e o seu envólucro são diferente. Para sua exploração é necessário o uso de pressão hidráulica, junto com 600 produtos químicos, o que no decorrer do processo acarreta prejuízos ao meio ambiente.
"A exploração desse gás é prejudicial ao meio ambiente e a população que mora no entorno de onde se extraí o gás. Se em países como os Estados Unidos, que tem toda uma tecnologia danos são registrados imagine em um estado sem tanta tecnologia como o Piauí" afirma a ambientalista, uma das organizadoras do protesto.
A manifestação será realizada no dia 31 de janeiro às 16 horas na Avenida Raul Lopes, zona leste de Teresina, e irá até a Ponte Estaíada. "Nós esperamos contar com a presença de toda a sociedade, para combatermos, mais uma atividade que pretende acabar com o meio ambiente do nosso estado", disse Tânia Martins
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