Helicoprion - o tubarão de mandíbula espiralada
© Ray Troll |
O que mais chama a atenção no Helicoprion são os dentes da
mandíbula, dispostos em espiral e lembrando muito uma serra circular.
Conforme o indivíduo crescia, os dentes mais velhos eram empurrados para
o centro da espiral e davam lugar aos novos, maiores. A serrilha em
suas bordas indica alimentação carnívora; talvez os dentes fossem
especializados para quebrar a concha de amonites ou atacar cardumes de peixes.
Os tubarões têm esqueleto feito de cartilagem, que só se fossiliza em
condições excepcionais. Por isso, os únicos fósseis conhecidos deste
animal são os dentes, e ainda há muitas dúvidas sobre sua posição exata e
como o Helicoprion agia com eles. Não foi até conhecer seu parente Ornithoprion que
descobriu-se que a espiral ficava na maxila inferior, mas ainda assim
reconstruções do animal divergem ao colocá-la na frente ou mais ao fundo
da boca. Provavelmente, a segunda proposição: na ponta da mandíbula, os
dentes teriam aumentado significativamente o arrasto e, assim, o
esforço para nadar.
Há fósseis da Rússia, da China, da Austrália, dos EUA, do México e do
Ártico canadense. Os primeiros, descobertos nos Montes Urais, foram
descritos por Alexander Karpinsky em 1899. Os parentes vivos mais
próximos do Helicoprion são as quimeras, peixes cartilaginosos que vivem nas profundezas oceânicas do hemisfério Norte.
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Holocephali
Ordem: † Eugeneodontida
Família: † Agassizodontidae
Gênero: † Helicoprion
Espécies: Helicoprion bessonovi, H. davish, H. ferrieri, H. ergasaminon, H. jingmenense, H. mexicanus, H. nevadensis e H. sierrensis
© Mundo Pré-Histórico |
Os dentes novos e mais fortes que surgiam permitiam que o Helicoprion se alimentasse de presas progressivamente maiores ao longo da vida |
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