Preservação da Camada de Ozônio
Hoje é considerado o dia internacional desta camada que protege o planeta da radiação ultravioleta nociva
Há exatos 24 anos, num dia 16 de setembro, 46 países assinaram um documento chamado Protocolo de Montreal, no qual se comprometiam a parar de fabricar o gás clorofluorcarbono (CFC), então apontado como o maior responsável pela destruição da camada de ozônio na estratosfera. Por conta disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou a data como Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.De 1987 para cá, estabeleceu-se também regras para a eliminação gradual de quase 100 substâncias que destroem a camada de ozônio. Tanto que em 2007 foram adotados os últimos ajustes para isso, de forma a acelerar a eliminação de hidroclorofluorcarbonetos ou os chamados HCFCs.
Mas infelizmente, mesmo com a queda do consumo de CFC em 76% no mundo todo, índice observado entre os anos de 1988 e 1995, o gás ainda continua a ser comercializado no mercado negro, movimentando entre 20 e 30 mil toneladas/ ano. Amplamente utilizado na indústria, esse gás é encontrado, principalmente, nos aparelhos de ar-condicionado, chips de computadores, embalagens plásticas, espumas plásticas, inseticidas, geladeiras e líquidos em forma de sprays. Em resumo: é sempre tempo de eliminá-lo.
Na página do Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC), no Rio de Janeiro, uma mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reforça que a eliminação dos HCFCs é uma oportunidade única que se apresenta ao planeta. “Os HCFCs são substâncias destruidoras do ozônio e poderosos gases de efeito estufa: o HCFC mais usado é quase duas mil vezes mais potente que o dióxido de carbono na contribuição para o aquecimento global”, disse. “Ao concordar em acelerar a eliminação dos HCFCs, as Partes do Protocolo de Montreal aumentaram suas já substanciais contribuições para proteger o sistema climático global”.
Em sua mensagem, Ban Ki-moon diz que a eliminação dos HCFCs “oferece aos países e indústrias uma oportunidade única para adquirir tecnologias de ponta que não apenas eliminam compostos de destruição do ozônio, mas o fazem de um modo que diminuem os custos energéticos e maximizam os benefícios do clima. Para facilitar esta transição nos países em desenvolvimento, o Mecanismo Financeiro do Protocolo de Montreal está oferecendo um fundo cada vez maior”.
Só para entender
O ozônio, um gás azul pálido (altamente oxidante e reativo), é formado por três átomos de oxigênio concentrado: o O3. Sua característica principal é a de se quebrar facilmente, transformando-se em O2. Ou seja, torna-se oxigênio comum e perde a propriedade de deter a radiação solar nociva ao homem. Um dos responsáveis por essa "quebra", é o clorofluorcarbono (CFC).
Esse gás é também leve e se formou na estratosfera (a 20 e 35 quilômetros de altitude) há cerca de 400 milhões de anos. Sua camada não é só ameaçada pelo uso do CFC. O brometo de metila, por exemplo, é outro componente perigoso. Usado como inseticida nas plantações de morango e tomate, também age na camada, provocando o "efeito estufa".
A expressão "efeito estufa" vem sendo usada erroneamente ao falar apenas da destruição da camada de ozônio que envolve o planeta. Na verdade, a camada de ozônio já é o efeito estufa, só que no sentido positivo, de manter a terra numa temperatura fresca, agradável. O problema é que certas atividades humanas produzem alguns "gases de efeito estufa" negativos: o dióxido de carbono, por exemplo, que sai dos canos de descarga dos carros.
Faça a sua parte
Para ajudar a proteger a Terra e evitar que a camada de ozônio se dissipe da estratosfera, algumas medidas podem ser tomadas pelos seres humanos, a saber:
- Quando possível, trocar os eletrodomésticos antigos por modernos, que já possuem meios de economizar energia, emitindo menos gases para a estratosfera.
- Preferir os produtos brasileiros em que se lê a palavra “clean” gravada, o que indica que não contêm clorofluorcarbono (CFC).
- Caminhar, andar de bicicleta, utilizar transporte de massa, reutilizar, reciclar, plantar árvores para ter mais sombra, pintar as casas de cores claras nos países quentes e de cores escuras nos países frios, atitudes que, em larga escala, economizam energia e, conseqüentemente, evitam as emissões de todos os tipos de gases na atmosfera.
Leia mais: "Degelo no Ártico"
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.