quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O menor golfinho do mundo a caminho da extinção pelas redes de pesca e reduziu a espécie para apenas 55 sobreviventes


The world’s smallest and rarest dolphins are facing ‘imminent’ extinction with just 55 individuals left, conservationists have warned.
Maui’s dolphins – which are classified as critically endangered - have seen their numbers halve in the last seven years alone, as dozens have been caught in fishing nets. 
Only found on the west coast of New Zealand, there may be as little as 20 breeding females left, a new study has found. 
The Maui dolphin - the world's smallest - is under threat from fishing and just 55 individuals are left
The Maui dolphin - the world's smallest - is under threat from fishing and just 55 individuals are left

Only found on the west coast of New Zealand, there may be as little as 20 breeding females left, a new study has found
Only found on the west coast of New Zealand, there may be as little as 20 breeding females left, a new study has found

The dolphins have fallen prey to fishing nets
The dolphins have fallen prey to fishing nets

Although part of the coast is protected from fishing, along most of it, trawling and vast fixed nets held in place by anchors have been blamed for killing the striking animals. The last corpse of a Maui dolphin – which grow to just 1.7metres long - was found last month. 
Maui’s have a lifespan of around 20 years but only reach sexual maturity after around seven, and breed infrequently – around one calf every three years.
 

A new study carried out by University of Auckland, Oregon State University and the New Zealand Department of Conservation - using DNA  samples - found the number of dolphins aged more than a year had plummeted from 111 when the last survey was carried out in 2004.

Dr Barbara Maas, a Cambridge University-trained zoologist who was not involved in the research, but has organised a petition to save the Maui’s which has gathered 10,000 signatures, told the Mail: ‘To have just 55 of these wonderful creatures left is beyond even our worst estimates. 
‘Their extinction is really imminent now, within a few years. New Zealand is a civilised country, which markets itself as an unspoilt paradise. They must act before it is too late.’
The Maui dolphin is now listed as 'critically endangered'
The Maui dolphin is now listed as 'critically endangered'

The tiny Maui dolphin may have as few as 20 females left
The tiny Maui dolphin may have as few as 20 females left

There were around 1,000 in the 1970s before commercial fishing took off in the area. Marine biologist Dr Rochelle Constantine, who worked on the study, told the New Zealand Daily Herald: ‘We are staring down the barrel of extinction of this sub-species.’ 
It comes just a month after a coalition of scientists and animal welfare groups came up with a dolphin ‘bill of rights’ they hope will be enshrined in law.
They believe the animals are so intelligent they should be thought of as ‘non-human persons’, allowing whalers to be classed as murderers, they told the American Association for the Advancement of Science’s annual conference in Vancouver.
Experts say it is still possible to save Maui’s by setting up a sanctuary and banning nets over a larger area of the coastline. The government has said it recognises the problem and will bring forward proposals at the end of May.
However charities fear more delays could be devastating for the much-loved creatures. Their plight recalls that of the Baiji dolphin in China, which was once numerous and known as the ‘goddess’ of the Yangtze river.
In 2006, an international group of marine scientists spent six week scouring the 1,700 mile river in search of the last survivor, as the population was decimated by fishing, transport and hydroelectric power on the river. They hoped to move it to safer waters and rebuild the population- but found nothing.  

It was declared extinct, the first marine mammal to be wiped out for more than 50 years and the first recorded disappearance of a cetacean species due to human activity, the scientists said.
Maui's dolphin is now the rarest in the world. They are a subspecies of Hector’s dolphin which is also endangered. 

Conservation groups have been calling for more protection of its habitat for more than 10 years, when a former Environment Minister of New Zealand accused fishermen – who must record any found dead in their nets – of lying about the scale of the problem. 
A spokeswomen World Wildlife Fund said: ‘The Maui’s population has been declining since the 1970s, and protection measures introduced in 2008 have not succeeded in turning the situation around. It is a national tragedy that our critically endangered dolphins are still dying needlessly in fishing nets. 

‘We need to act immediately to get nets out of the water, including harbors and estuaries, to protect these dolphins throughout their range.’

Fonte: http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2118304/Worlds-smallest-dolphin-threat-nets-species-reduced-just-55-survivors.html

A dança das bacias

No último 1,3 milhão de anos, a bacia do rio São Francisco perdeu espaço para a do rio Doce, que cedeu área à do Paraíba do Sul
SALVADOR NOGUEIRA | Edição 203 - Janeiro de 2013
O tempo vem desgatando lentamente a paisagem das terras planas no interior de Minas Gerais e São Paulo. O planalto que abriga a bacia do São Francisco, rio que nasce no sudoeste de Minas Gerais e corre em direção ao nordeste até Pernambuco, está paulatinamente encolhendo pelo recuo das escarpas que formam sua borda. No último 1,3 milhão de anos, esse planalto perdeu área para uma região vizinha situada a altitudes menores onde se assenta a bacia do rio Doce. Esta, por sua vez, cedeu espaço para a do Paraíba do Sul, na divisa de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Esse desgaste paulatino da paisagem, responsável por empurrar as bordas dos planaltos cada vez mais para o interior do país, acaba de ser revelado por pesquisadores de Goiás e Minas Gerais em um estudo publicado no periódico Geomorphology.

À primeira vista, o resultado poderia preocupar quem teme pelo futuro de bacias como a do São Francisco. Mas não é o caso. Primeiro porque esse processo de desgaste ou denudação da paisagem é muito lento. Segundo porque os estudos geológicos são, em certo sentido, bem parecidos com aplicações na bolsa de valores: resultados do passado geológico não permitem fazer projeções acuradas.
“Os dados indicam como foi o processo no último 1,3 milhão de anos e não permitem fazer especulação preditiva, pois, em ciências da Terra, existem processos de baixa frequência e alta intensidade [como os grandes terremotos] que invalidariam qualquer previsão”, afirma Luis Felipe Cherem, pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG) e primeiro autor do estudo, feito em colaboração com pesquisadores das universidades federais de Ouro Preto (Ufop) e de Minas Gerais (UFMG) e do Centro Europeu de Pesquisa e Ensino do Meio Ambiente, na França.

As feições mais superficiais da região, desde o litoral até a chegada à bacia do São Francisco, já bem dentro do continente, são resultado em grande parte de processos geológicos violentos, causados pela tectônica de placas, o mesmo fenômeno que leva à eterna dança dos continentes pelo globo. O primeiro desses grandes movimentos ocorreu cerca de 130 milhões de anos atrás. Ele rompeu o supercontinente chamado Gondwana originando a Antártida, a América do Sul, a África, a Austrália, a península Arábica, a Índia e o oceano Atlântico.

Após esse estágio inicial de formação da costa sul-americana, dois eventos tectônicos adicionais afetaram a região nos últimos 65 milhões de anos, criando três degraus, segundo os pesquisadores da UFMG e da Ufop. O mais baixo é o da bacia do rio Paraíba do Sul, um planalto situado a cerca de 400 metros acima do nível do mar. Mais para o interior encontra-se a bacia do rio Doce, com altitude média de 800 metros e, mais adiante, as bacias dos rios São Francisco e Paraná, a 1.100 metros acima da superfície do oceano.
No trabalho que demonstrou o avanço progressivo dos planaltos mais baixos em direção ao interior do continente, os pesquisadores coletaram amostras de sedimento fluvial do chamado degrau de Cristiano Otoni, uma escarpa com 30 quilômetros de extensão e altura variando de 250 a 350 metros que separa a bacia do São Francisco da do rio Doce. Eles também analisaram material obtido ao longo dos 65 quilômetros da serra de São Geraldo, que divide a bacia do rio Doce e a do Paraíba do Sul. Em ambos os casos, eles buscaram amostrar material tanto na borda como no reverso das escarpas, os declives acentuados que separam um degrau do outro. O objetivo era quantificar, ao longo do último milhão de anos, o fenômeno conhecido como denudação.

Trata-se de um processo causado por erosão constante ao longo do tempo. Chuva e vento decompõem e removem as rochas mais superficiais, descobrindo o terreno que está embaixo. É como se a superfície da região fosse paulatinamente perdida, deixando exposta a rocha do subsolo.
Para calcular o ritmo da denudação, os pesquisadores analisaram os sedimentos fluviais no alto e no sopé dos degraus. Contrastando o material dessas áreas, é possível estimar quantos milímetros são desgastados a cada mil anos (ou quantos metros a cada milhão de anos).

Como era de esperar em processos erosivos, com a ajuda do declive, as escarpas naturalmente sofrem mais denudação que os planaltos em si. Para o caso do planalto da bacia do São Francisco notou-se que ele perde, em média, 8,77 metros a cada milhão de anos. Já na bacia do rio Doce, a perda é de 15,68 metros no mesmo período. Nas escarpas, esse número é compreensivelmente maior: 17,5 metros a cada milhão de anos para o degrau de Cristiano Otoni e 21,22 metros para a serra de São Geraldo.
Esses resultados indicam que o processo de denudação, fenômeno de causas múltiplas que pode ocorrer em ritmos que variam de uma região para outra, ainda se encontra em curso. Segundo Cherem, esses valores são consistentes com o que se esperaria observar na comparação entre os planaltos: os que se encontram mais próximos do interior dos crátons, a parte mais estável das placas tectônicas, em geral são mais maduros e sofrem menos denudação com o passar do tempo.

Contraste de resultados

Cherem, Varajão e seus colegas chegaram a essas taxas de denudação ao analisar a presença de certa variedade do elemento químico berílio nas rochas. O berílio é o quarto elemento químico da tabela periódica, com quatro prótons em seu núcleo. Para medir a idade das rochas, os pesquisadores avaliam a presença de berílio-10, versão do elemento com seis nêutrons que tende a decair com o tempo, perdendo um de seus nêutrons. No caso do berílio-10, a meia-vida, tempo em que metade dos átomos da amostra leva para se desintegrar, é estimada em 1,38 milhão de anos. Assim, comparando a quantidade dele num solo, é possível ter uma ideia da idade da amostra. “Os resultados obtidos em Minas são semelhantes aos observados em outras margens divergentes [onde ocorre a separação entre dois continentes] ao redor do mundo”, afirma Cherem.

Estudos anteriores feitos em uma região próxima dali, mas com técnicas diferentes, havia chegado a taxas de denudação distintas. Em 2010, os pesquisadores Silvio Hiruma, do Instituto Geológico de São Paulo, Claudio Riccomini, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, e colaboradores publicaram um estudo na Gondwana Research indicando que a velocidade de denudação poderia ser bem maior.
“Nossos dados sugerem que algumas partes da serra da Bocaina apresentaram denudação superior a 3 mil metros nos últimos 60 milhões de anos, o que daria algo em torno de 50 metros por milhão de anos”, diz Riccomini, que, com pesquisadores da França, acaba de publicar um novo estudo sobre o assunto no Journal of Geophysical Research.
A divergência nos ritmos de denudação pode ser decorrente de dois fatores. O primeiro é que a técnica usada pela equipe da USP permite analisar o que ocorreu num período maior de tempo – e a denudação pode arrefecer à medida que os planaltos amadurecem. O segundo é que o estudo de Riccomini e colegas se concentra na serra do Mar, que, apesar de próxima à área estudada por Cherem e colaboradores, tem uma história geológica diferente da vista nas regiões mais interiores do continente. “Não há contraposição ou negação mútua, mas complementaridade na busca do melhor entendimento da dinâmica do relevo do Sudeste do Brasil”, diz o pesquisador da UFG.

Cada amostra, uma história

Segundo Cherem, o número de amostras analisadas confere segurança sobre os resultados. Ainda assim é possível que as taxas de denudação variem um pouco à medida que se aumente o número de amostras. “Eu poderia indicar vários locais onde os ganhos ou perdas de espaços das citadas bacias variam muito de uma para outra”, afirma Allaoua Saad, da Universidade Federal de Minas Gerais, estudioso da geomorfologia do Sudeste brasileiro.

Saadi reconhece, porém, a qualidade do estudo conduzido por Cherem e Varajão. “Os resultados apresentados em termos de taxas de denudação são fruto de medições em pontos escolhidos com base em critérios de homogeneidade nas diversas bacias”, diz. “O que essas medidas expressam é uma crença de que aquilo representa uma medida real de denudação de longo termo e generalizável a ponto de conduzir às conclusões apresentadas”, comenta o geomorfólogo da UFMG.
Além das medições do berílio usadas no estudo da Geomorphology, Cherem afirma que outros dados, apresentados em sua tese de doutoramento, corroboram a ideia de que, no Sudeste brasileiro, as escarpas estão recuando aproximadamente 0,01 milímetro por ano, fazendo as bacias mais altas perderem área para as mais baixas. De toda forma, ele admite que os mistérios geológicos do Sudeste brasileiro ainda estão longe de ter sido todos desvendados. “As escarpas continuam lá”, diz, “e devem continuar a ser estudadas”. n

Artigo científico

CHEREM, L.F.S. et al. Long-term evolution of denudational escarpments in southeastern Brazil. Geomorphology. v. 173-4. p. 118-27. 2012.

COGNE, N. et al. Post-breakup tectonics in southeast Brazil from thermochronological data and combined inverse-forward thermal history modeling. Journal of Geophysical Research. v. 117. 2012.
HIRUMA, S.T. Denudation history of the Bocaina Plateau, Serra do Mar, shoutheastern Brazil: relationships to Gondwana breakup and passive margin development. Gondwana Research. v. 18. p. 674-87. 2010

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Quase 100 espécies de pássaros correm risco de extinção na Amazônia

Os dados fazem parte da atualização da lista vermelha de espécies ameaçadas na IUCN

por José Eduardo Mendonça Fonte:Planeta Sustetável

Pássaro joão-de-barba-grisalha (<em>Synallaxis kollari</em>)
Pássaro joão-de-barba-grisalha (Synallaxis kollari)

Pássaro chororó-do-rio-branco (<em>Cercomacra carbonaria</em>)
Pássaro chororó-do-rio-branco (Cercomacra carbonaria)
O desflorestamento na Amazônia colocou quase 100 espécies de pássaros em risco maior de extinção, segundo a União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN). Os dados fazem parte da atualização da lista vermelha de espécies ameaçadas na IUCN e são compilados a cada quatro anos pelo grupo de conservação BirdLife International.

Entre as espécies em risco na Amazônia está o chororó-do-rio-branco (Cercomacra carbonaria), que foi listado como “próximo da ameaça”. De acordo com o BirdLife, a espécie ocupa áreas muito pequenas do Brasil e Guiana. A construção de novas estradas em seus habitats serve à economia de gado e soja. De acordo com projeções atuais, estes habitats terão desaparecido completamente em 20 anos.
O BirdLife também rebaixou o joão-de-barba-grisalha (Synallaxis kollari), da mesma região de Rio Branco, de “ameaçado” para “criticamente ameaçado.” A organização afirma que o pássaro tem apenas 206 quilômetros quadrados de habitat adequado e eles podem encolher 83,5% nos próximos 11 anos.
O Birdlife culpa o enfraquecimento do Código Florestal pela taxa de desflorestamento no país.

Leon Bennun, diretor de ciência, política e informação do BirdLife, advertiu: “Nós tínhamos anteriormente subestimado o risco de extinção de muitas espécies na região. A situação pode estar mesmo pior que muitos estudos recentes previram”.
A lista vermelha atualizada cobre mais de 10.000 espécies de pássaros no mundo, 197 dos quais aparecem como “criticamente ameaçadas”. Além disso, 389 aparecem como ameaçadas, 727 como vulneráveis e 800 como “quase ameaçadas”.

Apenas duas espécies da lista melhoraram sua condição na atualização. Uma delas, a de um dos pássaros mais raros do mundo, o Pomarea dimidiata, foi melhorada de “ameaçada” para “vulnerável”. Endêmica nas ilhas Cook, no Pacífico Sul, ela tinha apenas de 35 a 50 indivíduos em 1983. Esforços de conservação, incluindo um programa de criação em cativeiro e a remoção de predadores, aumentaram a população para cerca de 380 indivíduos, informa a Mother Jones.

Araucária: conheça a espécie

O surgimento e as peculiaridades da araucária brasileira ou pinheiro-do-paraná

por Xavier Bartaburu Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL 

Valdemir Cunha
Árvores de pinhão
A derrubada da Araucaria angustifolia para uso da madeira atingiu seu ponto de saturação na década de 1970. Até então, calcula-se que 100 milhões de pinheiros viraram toras nas serrarias do Sul e Sudeste do paí.

A araucária é do tempo dos dinossauros: surgiu há cerca de 200 milhões de anos, durante o Jurássico, e sobreviveu a todas as mudanças no planeta desde então, inclusive a numerosas glaciações. Foi nesses períodos de baixa temperatura, aliás, que a espécie se espalhou pelo continente. Toda vez que a Terra esfriava, as matas avançavam para o norte. Quando aquecia, recuavam. Nesse movimento, alguns trechos se mantiveram confinados em zonas de maior altitude. Isso explica a existência de algumas ilhas de araucária mais ao norte, como é o caso da Serra da Mantiqueira, no Sudeste.




A araucária brasileira, ou pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), é apenas uma das 19 espécies existentes no mundo, todas no Hemisfério Sul. Duas vivem na América do Sul: além da nossa, há também uma espécie que cresce nos Andes centrais. As outras habitam o Pacífico Sul, sendo que 13 são endêmicas de apenas uma ilha, a Nova Caledônia. No Brasil, antes da ocupação humana, as matas de araucária chegaram a estender-se por 185 mil quilômetros quadrados. Na Região Sul, um terço da superfície estava coberto por araucárias.

Essas árvores começaram a tombar ainda na segunda metade do século 19. Por mais de 100 anos, sua madeira de excelente qualidade, resistente e maleável, serviu para erguer casas, fabricar móveis, construir ferrovias e levantar cidades. “Todo o madeiramento de Brasília é de araucária”, diz o agrônomo Anderson Silveira, da Ecoserra. Havia, inclusive, forte incentivo governamental. Em 1963, o pinheiro representava 92% das exportações de madeira do país. Quando o corte foi integralmente proibido, em 2001, restavam 2% da cobertura original.
Os coletores de pinhão valem-se, em grande parte, de uma mata regenerada, que cresceu onde as antigas serrarias entraram em decadência. Convém recordar que, quando uma nova araucária brota, ela começa a produzir pinhas apenas a partir dos 14 anos. Caso seja mantida de pé, terá frutos para sustentar diversas gerações por cerca de 200 anos – em média, quarenta pinhas por ano. Além disso, a árvore ainda ajuda a regenerar a mata em volta: sua raiz de muitos metros aumenta a porosidade do solo e suas folhas, quando caem, fornecem uma capa orgânica que preserva a umidade da terra. Anderson explica: “Se tu quer recuperar uma nascente, é só plantar um monte de araucária em volta. Em quatro ou cinco anos, está brotando água de novo”.

Parque Nacional Yasuní: floresta tropical à venda

O autor Scott Wallace e uma equipe de fotógrafos viajam ao coração da Amazônia equatoriana, onde a indústria do petróleo assedia uma das últimas fronteiras selvagens da Terra

por Scott Wallace Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
 
NG - Parque Nacional Yasuni, Equador
Das bromélias, samambaias e orquídeas abrigadas nos galhos da sumaúma a 50 metros do solo até a onça-pintada que caça lá embaixo, o Parque Nacional Yasuní, no Equador, é o lar de incontáveis espécies. Todas estão ameaçadas pela prospecção petrolífera,

As folhas ainda gotejam da chuvarada noturna quando Andrés Link põe a mochila nas costas e sai no frio úmido do amanhecer. A floresta já é uma algazarra de grasnados e chilreios – o rugido gutural de um bugio, o repique seco de um pica-pau, guinchos de micos-de-cheiro que se perseguem de galho em galho. Ao longe, um estranho cântico começa, vai sumindo, depois torna a ganhar força. “Escute!”, diz Link, agarrando meu braço. “Sauás. Dois, cantando em dueto. Está ouvindo?”
Essa celebração é a trilha sonora que Link ouve toda manhã em seu percurso para o local que talvez abrigue a maior biodiversidade do planeta. Link, primatologista da Universidade de Los Andes, estuda o macaco-aranha, e está indo até um saleiro, a meia hora de caminhada, onde esses primatas costumam se congregar.
Gigantescas sumaúmas e árvores do gênero Ficus escoradas em raízes tabulares erguem-se como colunas romanas direto para o dossel florestal. Nas fecundas bifurcações de seus galhos, orquídeas e bromélias sustentam comunidades de insetos, anfíbios, aves e mamíferos. Matapaus enroscam-se em seus troncos em um abraço sufocante. Há tanta vida aqui que até uma poça rasa abriga um vaivém de peixinhos.
Descemos uma encosta e deparamos com uma floresta cravejada de paxiúbas, conhecidas como palmeiras andantes porque suas raízesescoras de 1 metro de altura lhes permitem mudar de lugar em busca de luz e nutrientes. Essa é uma dos milhões de adaptações evolucionárias em curso na Estação de Biodiversidade Tiputini (EBT), administrada pela Universidade San Francisco de Quito em 650 hectares de mata virgem na orla do Parque Nacional Yasuní, que engloba quase 9 800 quilômetros quadrados de hábitat primordial de floresta pluvial no leste do Equador. “Você poderia passar a vida inteira aqui e se surpreender com alguma coisa todo dia”, diz Link. Existem dez espécies de primata na floresta ao redor da EBT, e uma variedade de aves, morcegos e rãs maior que em quase qualquer outra parte da América do Sul.
A localização de Yasuní nutre essa abundância. O parque está encravado na intersecção dos Andes com a linha do equador e a Floresta Amazônica, um cerne ecológico em que convergem riquíssimas comunidades de plantas, anfíbios, aves e mamíferos. Ali chove quase todo o dia, o ano inteiro, e mal se notam as mudanças de estação. Luz solar, calor e umidade são constantes.
Essa parte da Amazônia também é o lar de duas nações indígenas, Quíchua e Waorani, que vivem em aldeias ao longo das estradas e dos rios. O primeiro contato pacífico entre os waoranis e missionários protestantes aconteceu em fins dos anos 1950. Hoje, a maioria das aldeias ocupa-se do comércio e do turismo com o mundo exterior, e o mesmo fazem seus antigos inimigos tribais, os quíchuas. Mas dois grupos waoranis deram as costas a esses contatos, e preferem vaguear pelas terras altas da floresta, na chamada Zona Intocável, criada para protegê-los. Infelizmente, a zona que coincide, em parte, com o setor sul de Yasuní não inclui toda a área de uso tradicional dos dois grupos, e até 2009 houve ataques desses guerreiros nômades contra colonos e madeireiros.
Bem abaixo da superfície, Yasuní guarda outro tesouro que representa uma ameaça urgente à preciosa rede vital da superfície: o petróleo bruto da Amazônia, centenas de milhões de barris intactos. Já há anos que petroleiras exploram concessões no território do parque, pois interesses econômicos levaram a melhor sobre a conservação na luta pelo destino de Yasuní. Cinco concessões ativas, no mínimo, cobrem o setor norte, e, para um país pobre como o Equador, é quase impossível resistir às pressões na exploração dessa riqueza. Metade das receitas de exportação do país já provém do petróleo, quase tudo extraído das províncias orientais da Amazônia.

Em uma proposta apresentada em 2007, o presidente Rafael Correa sugeriu deixar intocados os 850 milhões de barris de petróleo que, segundo estimativas, existem no extremo nordeste de Yasuní, em uma área conhecida como Bloco ITT (as iniciais dos três campos petrolíferos do local: Ishpingo, Tambococha e Tiputini). Em pagamento por preservar a vida selvagem e impedir que estimados 410 milhões de toneladas métricas de emissões de carbono geradas por combustível fóssil entrem na atmosfera, Correa pediu ao mundo que intensifique a luta contra o aquecimento global. E requer uma compensação de 3,6 bilhões de dólares, cerca de metade do que o Equador faturaria explorando os recursos aos preços de 2007. O dinheiro seria usado para financiar energia alternativa e o desenvolvimento de comunidades.
Aclamada como um marco no debate sobre a mudança climática, a chamada Iniciativa Yasuní- ITT ganhou enorme aceitação no Equador. Pesquisas de opinião no país mostram que cada vez mais Yasuní vem sendo considerado um tesouro ecológico a ser protegido. Mas a resposta internacional à iniciativa tem sido morna. Em meados de 2012, apenas 200 milhões de dólares haviam sido prometidos. Correa protestou com ultimatos irritados. Com a iniciativa empacada e Correa alertando que o tempo se esgota, a atividade na fronteira petrolífera continua a avançar pelo leste do Equador, dentro dos limites de Yasuní.
Meia hora depois de partir do laboratório da EBT, Andrés Link chega à entrada de uma caverna baixa no fundo de uma ravina. Naquela manhã, os macacos não vieram. “Têm medo de predadores”, conclui ele, olhando o céu cor de leite. “Quando o dia está encoberto, eles não gostam de descer.” Os macacos podem temer as onças-pintadas ou os gaviões-reais, mas Link pensa em uma ameaça mais duradoura aos animais: o avanço da fronteira petrolífera. “Você vê que é grande o interesse em encontrar petróleo”, diz. “Meu medo é que basta pouca coisa para se começar, e depois…” Sua voz some, como se a ideia fosse dolorosa demais para ser enunciada.
No laboratório da EBT nessa mesma noite, sento-me na varanda com o diretor-fundador da reserva, Kelly Swing. “Sentimos a pressão”, diz Swing. “Está tão perto que nos enerva.”
As instalações mais próximas se encontram apenas 13 quilômetros a nordeste, em uma concessão operada pela estatal Petroamazonas. Cientistas dizem a Swing que sempre ouvem a zoada dos geradores quando estão na floresta, e que helicópteros voam baixo e espantam os animais que eles estudam. Swing receia que o colapso da iniciativa possa ser um golpe nos esforços de conservação, desencadeando uma onda de exploração petrolífera que se espalhe na metade sul de Yasuní e talvez até invada a Zona Intocável.

Autoridades equatorianas garantem que a extração do petróleo pode ser feita com responsabilidade, inclusive em hábitats sensíveis. Afirmam que as práticas atuais são bem superiores aos métodos muito poluentes usados nos anos 1970 e 1980; naquela época, a gigante americana Texaco teria deixado áreas contaminadas que enredaram a Chevron, a companhia controladora, em uma ação de bilhões de dólares movida por comunidades indígenas. Mas o desenvolvimento tem consequências bem mais abrangentes para ambientes ricos em espécies, diz Swing, a começar pelos milhões de insetos, muitos, sem dúvida, desconhecidos da ciência, que são incinerados toda noite nas ondulantes chaminés petrolíferas. “Em florestas afetadas pela exploração de petróleo, talvez morram 90% das espécies no entorno dos trechos desmatados”, diz ele.

Alguns dias depois, sigo para o leste sob a garoa noturna com um grupo de biólogos da Wildlife Conservation Society (WCS), a bordo de um barco que desce o rio Tiputini, que coleia parte da fronteira norte do parque nacional. Exceto pelo ronco do motor de nosso barco, o rio parece livre da presença humana. Isto é, até que fazemos uma curva e damos de cara com uma longa barcaça motorizada parada na margem. O lugar fervilha de operários de capacete e botas de cano alto, e a terra vermelha exposta está toda escalavrada por pneus de tratores. Um talho na margem oposta, largo, vermelho-sangue, dá a impressão de que a estrada pulou o rio por mágica e entrou no parque por vontade própria. Empunho a câmera para uma foto, mas dois soldados berram da barcaça: “É proibido fotografar!”


Os funcionários de macacão azul e capacete não abrem a boca quando atravessamos o lamaçal sugador de botas e entramos na barcaça. Mas um homem alto e troncudo me estende a manzorra e me recebe com cordialidade. “Sou um dos homens maus”, adianta-se ele em inglês, rindo, antes mesmo de eu saber seu nome. Robin Draper, de 56 anos, parece tão surpreso com nosso aparecimento súbito quanto nós com toda a operação. “Estamos aqui há semanas, e seu barco é o primeiro que desce o rio”, diz.
Draper, natural de Sacramento, na Califórnia, e veterano dos campos petrolíferos de Prudhoe Bay, no Alasca, é o proprietário-operador da barcaça, chamada Alicia. Ele trabalha sob contrato para a Petroamazonas. A estatal, em boa parte fora das vistas do público, está adentrando o Bloco 31 com entusiasmo. Alguns anos atrás, ambientalistas comemoraram quando impediram a Petrobras de construir aquela mesma estrada. Mas, depois disso, a concessão foi entregue à Petroamazonas, e agora a estrada de 14,5 quilômetros que envereda para o sul a partir do rio Napo até o Tiputini está concluída, diz Draper. E tem mais: os tratores já adentraram bastante a floresta do outro lado do rio Tiputini.
Esse avanço, sem dúvida, irá gerar polêmica, pois representa nova intrusão no parque. Críticos argumentam, também, que as reservas conhecidas do Bloco 31, de 45 milhões de barris, são pequenas demais para justificar um investimento vultoso nessa concessão. A verdadeira razão para a ocupação do Bloco 31, segundo eles, seria preparar a infraestrutura para uma futura entrada no vizinho Bloco ITT, ameaçando assim a vida selvagem e os grupos indígenas isolados que vagueiam pelas partes altas da floresta. Draper não tem opinião própria sobre o assunto, mas diz que a companhia está procurando perturbar o menos possível a área. “As intenções da companhia são boas”, diz. “Mas, em minha opinião, nem deveríamos estar aqui.”
De volta ao rio, pergunto a Galo Zapata, um dos biólogos da WCS em nosso barco, como a nova estrada afetará a região. “Sei que a companhia fará de tudo para controlar o acesso à estrada”, conta. “Mas nada impedirá que quíchuas e waoranis venham morar às margens dela.”
Tudo isso já aconteceu antes, explica ele. Nos anos 1990, quando companhias petroleiras construíram em Yasuní a estrada Maxus, houve medidas para bloquear o acesso a forasteiros. Só que os moradores nativos do parque mudaram suas aldeias para a beira da estrada, e começaram a caçar animais para vender no mercado negro. “Vai chegar muita gente, e haverá grande demanda por carne de animais silvestres. Os impactos sociais serão negativos. A história se repetirá.”
Rio abaixo, a paisagem nivela-se até parecer uma vasta planície alagada espetada de açaís. Nosso GPS indica que entramos no Bloco ITT, o marco zero da polêmica. Atracamos em uma margem baixa, onde uma placa pintada à mão indica a comunidade quíchua de Yana Yaku.
O líder comunitário César Alvarado emerge do telhado baixo de colmo de sua casa, e nos fala sobre seu tempo de menino, quando as companhias petrolíferas chegaram. Os primeiros homens, descreve ele, vieram em helicópteros que, antes de aterrissar, quase rasparam nas altas palmeiras próximas à aldeia. Depois vieram barcaças carregadas de alojamentos para os trabalhadores. E, por fim, tratores que derrubaram a floresta e trouxeram os equipamentos de perfuração.
Alvarado, de 49 anos, descalço e vestindo um agasalho esportivo folgado, nos conduz por uma trilha lamacenta atrás das choças de Yana Yaku. Ele quer nos mostrar o que todos aqueles trabalhadores vieram fazer ali, tanto tempo atrás, e o solitário monumento que deixaram. Entramos em uma clareira sombreada e deparamos com uma espécie de escultura, montada com canos, válvulas e junções hidráulicas. A coisa, de quase 5 metros de altura, está coberta de musgo, como um ídolo perdido de um filme de Indiana Jones. Mas esquecida ela não está. Esse é o eixo em torno do qual gira a questão da Yasuní-ITT: um poço exploratório tampado para o campo petrolífero de Tiputini. Assim como outros semelhantes, é a razão de as autoridades saberem que o Bloco ITT contém mais de 20% das reservas do Equador, 850 milhões de barris de petróleo bruto da Amazônia. Difícil imaginar um testemunho mais gritante da riqueza petrolífera do país.

O que acontecerá se os trabalhadores voltarem? Alvarado é a favor de que explorem o subsolo de sua aldeia? “Queremos saúde e educação para a comunidade”, diz ele. “Se tomarem cuidado com o ambiente, nós os apoiaremos.”
Para a maioria dos waoranis, em contraste, um futuro assim não parece nada convidativo. Em uma manhã nublada, parto de caminhão da cidade de Coca com guias nativos, rumo ao sul pela chamada estrada Auca. Construída pela Texaco nos anos 1970, a estrada dividiu ao meio um território onde viviam waoranis. Para piorar, o nome que a companhia deu à estrada, Auca, é como os inimigos designam os waoranis. Significa “selvagem”. Nosso destino é a ponte sobre o rio Shiripuno, que dá acesso à Zona Intocável. Ali no mínimo dois grupos waoranis, Taromenane e Tagaeri, vivem isolados do resto do mundo.
O caminhão desce veloz pelo asfalto coleante, e vemos uma paisagem de ranchos e encostas desnudas: testemunhos do afluxo irrefreado de colonos famintos por terra depois da construção da estrada, 40 anos atrás. Várias comunidades empobrecidas de quíchuas e mestiços ladeiam os caminhos secundários que partem da Auca.
No lugar em que a estrada desaparece no meio da folhagem, viramos à esquerda e seguimos rastros de pneus que sobem uma encosta íngreme. Disseram-me que índios que nunca tiveram contato com o mundo exterior apareceram fora da zona de exclusão, em uma área na qual a prospecção de petróleo é acelerada. Logo nos vemos em um labirinto de estradas secundárias que levam a uma crescente malha de poços e estações de bombeamento. Fazemos uma curva fechada e topamos com um paredão de mata. Fim da estrada. À nossa direita, uma nova sonda de perfuração ergue-se atrás de uma cerca de tela de arame. Uma placa no portão identifica o local como o poço de petróleo de Nantu E. À esquerda, um aglomerado de choças de colmo encostase à mata: a aldeia Yawepare, dos waoranis.
Vira-latas nos cercam latindo quando descemos. Um sujeito musculoso, de calção e camiseta justa, pergunta-me o que vim fazer. Convencido de que não sou da empresa petroleira, sugere conversarmos ali perto, na choça comunitária sem telhado. Seu nome é Nenquimo Nihua, diz em espanhol fluente, e está no cargo de chefe da comunidade por um mandato de dois anos.

“Esta é uma área perigosa”, avisa. As tensões agravaram-se desde que operários chegaram alguns meses antes, para trabalhar no poço ao lado. Os moradores receiam que o barulho dos veículos e das máquinas provoque uma reação violenta dos grupos não contatados. “Eles estão sendo empurrados para fora da floresta”, prossegue Nihua. “Não queremos conflito com eles. Queremos que se sintam tranquilos.”
Nihua confidencia que alguns dos nômades são seus parentes. “Minha sogra tem um irmão no grupo isolado.” Duas dúzias deles estiveram nesse local há três semanas. O pai de Nihua os viu. Acordou de madrugada com os latidos dos cães, acendeu uma lanterna na choça comunitária e assustou-se ao ver os guerreiros nus – todos homens, brandindo lanças e zarabatanas. Tinham acabado de entrar e, pelo visto, pretendiam pernoitar ali. Com o coração saindo pela boca, o pai de Nihua voltou para casa mudo. “Eles queriam descansar”, acrescenta Nihua. Na manhã seguinte, os guerreiros haviam partido.
Apesar do parentesco, muitos waoranis civilizados temem ser atacados pelos taromenanes e tagaeris. Mas os clãs nômades também lhes despertam orgulho, são um poderoso símbolo de resistência tribal e um lembrete de suas tradições ancestrais. Nihua diz que ele e sua família deixam machados e machetes na mata para seus parentes. Cultivam hortas para alimentá-los e fazem patrulhas armadas para protegê-los de intrusos que poderiam lhes fazer mal. “Eis nossa posição”, diz Nihua, enchendo o peito. “Chega de exploração de petróleo. Chega de entrada de colonos. Chega de madeireiras.”


Depois de partir, perto do fim da estrada Auca, chegamos a uma ponte periclitante e transferimos nossa carga para um barco a fim de prosseguir pelo rio Shiripuno até o rio Cononaco, rumo à Zona Intocável. Como os forasteiros só têm permissão para entrar se convidados pelos waoranis, essa parte de minha jornada será feita com um guia waorani, Otobo Baihua.
Baixo e robusto, de ombros largos e sorriso fácil, Otobo, de 36 anos, diz que já trabalhou para companhias petroleiras, mas pediu demissão, e foi procurar um modo de vida mais ecológico. “Muita contaminação”, explica em um espanhol hesitante. “Vi muitos animais morrerem. Ficava arrasado.” Hoje, ele trabalha com ecoturismo, guiando viajantes aventureiros em visitas a seu povo, no coração da zona de exclusão.
Nas noites seguintes, ao pé da fogueira nas aldeias ribeirinhas, os waoranis nos contam histórias sobre sua turbulenta trajetória e sua desconfiança contra as companhias. Descrevem o paraíso que perderam para a indústria petrolífera e aquele que ainda compartilham com seus reclusos parentes. Dois dias depois, chegamos a nosso destino, a aldeia de Bameno. Construções de concreto e cabanas de madeira ladeiam uma pista de pouso gramada de 560 metros. Perto da pista, encontramos o líder Penti Baihua, primo de Otobo, em acirrada discussão com um grupo de moradores. Descalço e sem camisa, ele afasta-se do grupo e vem nos receber.
“O Bloco ITT é apenas uma pequena parte de Yasuní”, diz Penti quando lhe pergunto sobre a iniciativa. Ele se preocupa porque os waoranis não têm direitos de propriedade específicos, reconhecidos pelo governo, sobre as terras dentro da Zona Intocável. “Conquistarão este espaço, um poço de petróleo por vez, se não possuirmos esse documento”, argumenta.
Penti nos leva a uma choça comunitária no extremo da aldeia. Quer que eu conheça seu tio, um homem grisalho chamado Kemperi. Um dos últimos xamãs-jaguar dos waoranis, Kemperi é reverenciado por sua habilidade de se comunicar com os espíritos da floresta. Não sabe sua idade, diz, mas já era adulto quando se juntou a um grupo de guerreiros que emboscou e matou trabalhadores da Shell nos anos 1940.
Doze, no total, morreram nas mãos de guerreiros indígenas. A companhia abandonou, depois, as operações no leste do Equador, e só quando os missionários amansaram os “aucas” a exploração de petróleo foi retomada nessas terras.
Quantos homens Kemperi e seus companheiros mataram naquele dia? Ele conta nos dedos. Cinco, talvez seis. “Nós os matamos para que nunca voltassem.” Mas, e hoje se os homens de capacete e uniforme retornarem? “Se voltarem, nós os mataremos”, fala com naturalidade. “Faremos como nossos pais e avós nos ensinaram.”
Depois de quase três semanas viajando de caminhão, barco e avião anfíbio por Yasuní, sigo para a capital do país, Quito, no alto dos Andes. Oferecem-me a oportunidade de conversar com o presidente Rafael Correa sobre a Iniciativa Yasuní-ITT. Guardas perfilam-se quando entro no Palácio Carondelet, construído na era colonial.
Carismático e inteligente, Correa, de 49 anos, vai direto ao assunto. A iniciativa, adianta-se ele, ainda está na mesa de negociações. “Sempre dissemos que, se não recebermos o apoio necessário, teremos de explorar petróleo, com a máxima responsabilidade ambiental e social.”
A iniciativa contém um dilema real, continua ele. “O Equador é um país pobre. Ainda temos crianças sem escola. Precisamos de assistência médica, moradia adequada. Carecemos de muitas coisas. O mais conveniente para o país seria explorar esse recurso. Mas também entendemos nossa responsabilidade na luta contra o aquecimento global, cuja principal causa é a queima de combustíveis fósseis. Esse é o dilema.”

No fim da entrevista, Correa parece estar decidido. “Afirmo que iremos explorar nossos recursos naturais, como todos os países”, diz. “Não podemos ser mendigos sentados em um saco de ouro.” No entanto, conclui dizendo que está disposto a pensar em submeter a um plebiscito a exploração de petróleo do Bloco ITT, decisão que muitos equatorianos chamam de plano B.
Descendo os degraus do palácio presidencial, reflito sobre a estrada que vi em obras no Bloco 31, e a violação da natureza que ela representa. Seja qual for o resultado da Iniciativa Yasuní-ITT, porções significativas de Yasuní continuarão sob cerco. “Se a iniciativa fracassar, descobriremos como salvar parte dela”, havia dito Kelly Swing quando conversamos na varanda da estação. Foi como se também ele já estivesse enxergando além da decisão. “A cada concessão feita ao desenvolvimento, a natureza sai perdendo.” Uma brisa farfalhou a copa das árvores. Uma arara gritou ao longe. “Devemos usar nossa capacidade de domar a natureza, nos apoderar de todos os recursos e levá-la ao limite?”, perguntou-me Swing. “Saberemos qual é esse limite?”
 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

The 7 Magnificent Elephants of Kruger

http://blog.africageographic.com/safari-blog/bush/the-7-magnificent-elephants-of-kruger/

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Information for this post courtesy of SANParks
Over thirty years ago seven impressive elephant bulls, all with tusks weighing more than 50 kg each, could be found in Kruger National Park.
Dr. U de V Pienaar – the Chief Warden at the time – decided to publicise these elephants as a successful example of Kruger’s conservation work.
He named these bulls The Magnificent Seven…
Over time the tuskers became well-known, and now, many years later, they are still remembered as some of the most glorious animals in Africa.
These are their stories:

Dzombo (c.1935–1983)

dzombo
The word Dzombo is derived from the Tsonga word Dzombolo meaning ‘to wait for something that is slow in coming’. This elephant was named after the Dzombo stream that traverses the Mopani Flats between the Shingwedzi and Shawu valleys.
Dzombo was the only one of the “Magnificent Seven” to be killed by poachers and it was only by a stroke of luck that Dzombo’s two tusks were not taken. He died in a hail of bullets from an AK 47 fired by a poacher from Mozambique in October 1985. The miscreants were in the act of chopping out the tusks when they were disturbed by the approach of Ranger Ampie Espag and fled leaving their trophies behind. Dzombo met an untimely death at the age of 50 years.
(Dzombo’s tusks are on display in the Letaba Elephant Hall)

João (date unknown)

Joao
Named by Anthony-Hall Martin for Prester John, legendary priest-king of ancient Africa. (João being the Portuguese for ‘John’) João was a very large bull, with a shoulder height of 340cm.
João was wounded by poachers in 1982, at this time he was immobilized to investigate the damage. Fortunately the wounds were not fatal, and after a dose of antibiotics and cleaning of the wounds he was revived. While immobilized he was fitted with a radio collar and measurements of his tusks taken, he tusks were an estimated combined 130kg which at the time would have made him the heaviest ivory carrier of the Magnificent Seven.
In 1984 (approximate age, 45 years) João broke both tusks close to the lip line (20-30cm), presumably in a fight with another bull. Unfortunately the pieces were never found and as a result João is the only member of the Magnificent Seven who is not represented in the Letaba Elephant Hall.

Kambaku (c.1930-1985)

kambaku
Kambaku is the Tsonga word for ‘Great Tusker’ or ‘Old Elephant Bull’.This bull moved over a huge tract of country stretching from Satara/Orpen and the Timbavati to Crocodile Bridge.Kambaku’s left ear had a perfectly round hole in it close to the outer edge, and towards the end of his life he had no tail hairs.Kambaku was the third member of the Magnificent Seven.
Uniquely unlike several of the other Magnificent Seven bull, Kambaku was always seen alone. He was more than 55-years-old when he was shot in late 1985 by Regional Ranger Lynn van Rooyen from the Lower Sabie Ranger Section. The bull was in obvious pain from a bullet wound suffered during a foray across the Crocodile River into a neighboring sugar cane fields. The bullet penetrated his left shoulder, leaving a large wound which eventually became septic. When he could not longer walk and it was clear that death was imminent, he was mercifully shot.
(Kambaku’s tusks are on display in the Letaba Elephant Hall)

Mafunyane (Carcass discovered 16th November 1983)

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This bull was named after former warden of the Kruger National Park Lou Steyn who was well known for his quick temper. (Mafunyane is the Tsonga word for ‘the irritable one’ which appropriately refers to the elephant’s disdain for, and intolerance of humans.)
(Kloppers & Bornman (2005) (A Dictionary of KNP Place Names) gives the meaning of the name as “One who eats greedily”)
Mafunyane’s tusks are fairly straight and their tips are worn to a chisel-edge by as a result of being rubbed on the ground as he moved. His tusks were perfectly symmetrical and of identical length and mass. The bull had a 10cm hole in the right side of his skull that extended into his nasal cavity allowing him to breathe through this passage. One of his toes on his left hind foot was splayed to one side so that he left a distinctive impression, distinguishable from other elephants.
Mafunyane was the most famous of the “Magnificent Seven” although he was only seen in the wild by a handful of people, and was rarely seen by visitors as he kept well away from roads. This could be attributed to his shyness or to the fact that he chosen roaming area was very remote.
The immobilization of Mafunyane on the 8 June 1983 to fit a radio collar and to make plaster cases of the bull’s ivory nearly spelled the end for this bull. When given the antidote to the immobilization drugs Mafunyane due to his immense tusk size was unable to ‘rock’ himself onto his chest which would have allowed him to stand up, and his repeated efforts caused him to dig his tusks further into the ground. Several strategies were tried to raise him but all failed. After he had been down for several hours and front end loader was brought into assist the team. Mafunyane was eventually ‘scooped’ to his feet and the bull rose and ran into the nearby Mopane bushes much to the relief of the capture team.
Mafunyane’s remains were found on 16 November 1983 near Tari River, Northwest of Shingwedzi. He had been dead for approximately 3-4weeks and appeared to have died of natural causes. He was about 57 years old when he died.
(Mafunyane’s tusks are on display in the Letaba Elephant Hall)

Ndlulamithi (c.1927–1985)

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Ndlulamithi earned his name from his appearance, which is a traditional Tsonga word meaning “taller than the trees”.
The handsomely curved tusks of Ndlulamithi, the left one sweeping low and well forward, are significantly more twisted than those of the other large bulls. He was considered a tall Elephant probably around 340 – 345cm high at the shoulder.
Ndulamithi was first identified in 1980 along the Nkokodzi River in northern Kruger National Park. He was an aggressive yet secretive elephant, and was seldom seen. This bull received some fame for charging Dr Anthony Hall-Martin and his assistant while they were trying to photograph him on foot, his intentions unmistakable. He died of natural causes in 1985 in the Shangoni area at an estimated 58 years of age. Paul Zway section ranger of Shangoni at the time found his remains not far from the Nkokodzi Spruit.
(Ndulamithi’s tusks are on display in the Letaba Elephant Hall)

Shawu (October 1982)

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The “Shawu Bull” was named after the Shawu valley (Vlei) in which he spent much of his life.
Shawu moved over a large range which spanned the flat Mopani covered plains country between the Letaba and Shingwedzi rivers and stretched from the main road to Lebombo Hills. He did not however, cover this enormous area regularly, but drifted around slowly, taking about 6 months to move from South to North.Shawu’s tusks are the longest on record in the Kruger National Park and one of the 6th longest to ever come out of Africa.
Shawu was a fairly approachable animal and showed no particular fear or distrust of vehicles. He was a large bull having a shoulder height of 340cm. Due to the pincer formed by his large tusks he was sometimes referred to in Afrikaans as “Groot Haaktand”. In 1981 it was decided to fit Shawu with a collar as poaching was a constant threat from Mozambique, this was successfully and he was monitored on a regular basis.
Shawu died of old age in the Kostini area east of Shingwedzi, near the northern watershed of the Shawu Valley (Vlei) in October 1982. He had been ill for some time and his condition and movements were monitored daily towards the end of his life by means of a radio transmitter which had been fitted in a collar around his neck. He was close to 60 years old when he died.
(Shawu’s tusks are on display in the Letaba Elephant Hall)
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Shingwedzi (c.1934-1981)

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Shingwedzi was named after the river and rest camp where he spent the last few years of his life. (Shingwedzi means, “place of ironstone” referring to the gabbro rock outcrops common to the area. Shingwedzi is derived from the Tsonga word Ngwetse which means ‘the sound of metal objects rubbing against each other’).Shingwedzi’s ivory offers a good example of the classic master servant tusks. He had a large right servant tusk and a shorter left master tusk.
Shingwedzi was found dead under a Sycamore Fig and short distance from Shingwedzi camp in January 1981, and as far as can be determine he died of natural causes. The age of an Elephant can be fairly accurately determined from the state of wear of the teeth. In the case of Shingwedzi the last molar (molar 6) was well worn down, giving him an estimated age of 65 (56) years.
(Shingwedzi’s tusks are on display in the Letaba Elephant Hall)
Information for this post courtesy of SANParks
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domingo, 13 de janeiro de 2013

Energia Renovável: Os 5 países líderes

Energia renovável e energias sustentáveis são termos muito utilizados nos dias atuais. Mas o que exatamente querem dizer? Será que os países estão levando a sério estas formas de energia?
EUA Energy Information Administration (EIA) estima que, em 2008, 10% do consumo mundial de energia era de fontes de energia renováveis. Para 2035 estima-se que a utilização de energias renováveis no mundo será de aproximadamente 14%.
Quais são as fontes de energia renovável?
Não são energias renováveis e tendem a desaparecer devido à sua larga utilização:petróleo, carvão e gás natural.
Por outro lado, os vários tipos de energias renováveis, ou sustentáveis, como a eólica e energia solar, estão constantemente sendo renovadas e nunca acabarão.
O sol é a principal fonte de energia renovável. A energia solar pode ser aproveitada através da utilização de painéis solares diretamente para o aquecimento e iluminação, bem como para a geração de eletricidade, mas também o calor do sol impulsiona os ventos, cuja energia é capturada com turbinas eólicas. 
Nem todos os recursos energéticos renováveis vêm do sol: há também a energia provinda do hidrogênio, a energia geotérmica e a energia dos oceanos.
Mas, por quê energia renovável?
Porque são fontes limpas de energia, o que significa que têm um impacto ambiental muito menor do que as tecnologias convencionais de energia. As energias renováveis não vão acabar e seus custos giram em torno de materiais e mão de obra para as instalações em vez de importações de energia caras.
Quais países tem melhores índices na utilização de energia renovável?
1. Estados Unidos: 24,7% do total mundial
Os EUA tem aumentado o uso de fontes alternativas de energia devido o incentivo do governo federal e governos estaduais, bem como impostos locais e outros incentivos. Isso apesar do fato de que as tentativas de aderir aos acordos internacionais ou introduzir a longo prazo reduções das emissões em grande escala terem enfrentado oposição no Congresso e no setor privado.
2. Alemanha: 11,7% do total mundial
A Alemanha tomou uma decisão histórica, quando o país decidiu eliminar gradualmente a energia nuclear em favor de fontes alternativas até 2022. Ironicamente, é o único país do bloco econômico G-20 que projeta um declínio no investimento em energia limpa, em parte porque já fez bastante como um dos primeiros líderes em energia renovável.
3. Espanha, 7,8% do total mundial
A energia eólica se tornou a maior fonte de geração de eletricidade da Espanha, embora o país ainda importa a maior parte de sua energia. Produtores espanhóis também estão construindo turbinas e instalando parques eólicos.
4. China: 7,6% do total mundial
A China ergue 36 turbinas eólicas por dia e está construindo uma rede elétrica nova e robusta para enviar energia a milhares de quilômetros em todo o país. A partir dos desertos do oeste para as cidades do leste. Até 2020, a China objetiva fornecer 15% da energia do país provinda de fontes alternativas.
5. Brasil: 5% do total mundial
O Brasil tem impulsionado grandes investimentos no setor de energia eólica por meio de leilões públicos de contratos e também está trabalhando para atrair investimento estrangeiro em energia solar. O país também fez uma promessa para ter energia solar em todos os 12 locais que sediarão a Copa do Mundo de 2014.
Por: Amarildo Ferrari
http://www.sociambiente.com.br/index.php/blog/entry/energia-renovavel-os-5-paises-lideres 

Planeta Terra: Episódio 10 – Florestas sazonais


Sinopse
Simplesmente a mais grandiosa produção já feita sobre a natureza e a vida selvagem do planeta.
Vivemos em um planeta de uma beleza estonteante. Dos cumes das montanhas do Nepal até o verde intenso da Amazônia; das áridas esculturas do Seara até as brilhantes calotas polares, nosso mundo é realmente espetacular. Usando câmeras  de alta definição, um orçamento sem precedentes, nenhuma parte do nosso planeta ficou inexplorada. Sequências de tirar o fôlego testemunham a evolução do meio ambiente através dos tempos. Graças aos recursos da tecnologia, os expectadores podem chegar a lugares inimagináveis: de um vulcão em erupção até o centro da terra.
Informações
Tamanho:
478 MB
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Português-BR
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Documentários em Geral: Portugal Selvagem




É uma série documental de 14 episódios de 26 minutos cada, que sintetiza de uma maneira absoluta a extraordinária biodiversidade que tem Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores, as duas regiões autónomas que ocupam uma superfície de 779 Km2 e 2.230 Km2 respectivamente. Natureza, ecologia e meio ambiente são os pilares básicos desta série, e para valorizar as portentosas virtudes do paraíso português, há uma descrição exaustiva dos diversos ecossistemas que configuram a realidade física lusa, dando especial ênfase às inúmeras espécies animais e vegetais, que reúne o conjunto territorial de um país majestosamente implantado na Península Ibérica.

Dados:

Tamanho: ~500MB
Duração:~25min
Audio: Português-PT
Codec:avi


S01E01 - Portugal Selvagem
"Portugal Selvagem" radica não só em sublinhar os lugares mais emblemáticos e as espécies animais e vegetais mais representativas, com a finalidade última de a série documental constituir um produto audiovisual rigoroso, e seja uma referência para o futuro e exiba a realidade actual do fabuloso universo português.


S01E02 - O Lobo do Mar
Lontra. Águia-real. Víbora negra. Corço. Gato selvagem. Marta-do-pinheiro-européia. Coruja real. Cartaxo nortenho. Lagarto-de-água. Vegetação: Carvalho. Pinheiro. Sobreiro. Castanheiro. Medronheiro. Sabina. Loureiro. Bétula. Teixo. Giesta. Zimbro. Feto. Espaços Naturais: Parque Nacional da Peneda-Gerês. Areeiro do Rio Ponte de Lima e Apúlia. Montes de Santa Tecla e Santa Quitéria. Valença e o Monte do Faro. Rio Tuy, Cávado e Ancora. Litoral de Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Carreço, Paço, Ínsua, Afife e Arda. Guimara?es. Várzeas do Rio Ave. Terras do Bouro. Pântanos de Alto Cávado e Guilhofrei. Mata da Albergaria e Cascada de Leonte. Braga. Represa de Torra?o. Ribeira de Pena. Vale do Tâmega. Serras de Mara?o e Aboboreira. Parque Natural do Montesino. Lama Grande. Parque Natural do Douro Internacional.Terraço de Sa?o Leonardo da Galanura.


S01E03 - O Peregrino do Céu
Falcão. Cabra-montesa. Salamandra. Cervo. Águia-de-asa-redonda ou bútio. Esquilo. Serpente de agua. Vegetação: Pinheiro bravo e silvestre. Urze. Retama. Carvalho preto. Tojo. Azevinho. Oliveira. Vide. Amendoeira. Cereal. Espaços Naturais: Parque Natural da Serra da Estrela. Serra do Caramulo e Bornes. Trás-os-Montes. Arte rupestre de Vila Nova de Foz Côa. Rio Tua. Terraço de Senhora do Castelo. Costa e Ria de Aveiro. Embalse de Pocinho. Salinas de Barra. Reserva Natural Dunas de São Jacinto. Parque Nacional de Buçaco. Cruz Alta.


S01E04 - A Lenda do Atlãntico
Javali. Morcego. Milhano preto. Raposa. Pica-pau-malhado-grande. Rato cego. Peneireiro-das-torres ou francelho. Cobra-de-escada. Vegetação: Carvalho. Carrasca. Pinheiro. Cereal. Espaços Naturais: Grutas de Santo Antonio, Moeda, Mira d’Aire e Alvados. Serra da Lousã. Mata do Choupal. Rio Montego e Zêzere. Estoril e Cascais. Santo Amaro. Boca do Inferno. Cabo Carvoeiro e Roca. Foz do Arelho. Lagoa de Óbidos. Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros. Covas de Alvados e Mira d’Aire. Santarém. Marisma do Tejo.


S01E05 - O Rei Destronado
Lobo. Coruja. Texugo. Coelho. Gineta. Águia-de-Bonelli. Abutre-fouveiro. Águia perdigueira. Perdiz. Lebre. Mangusto. Vegetação: Castanheiro. Carvalho. Azinheira. Sobreiro. Vide. Espaços Naturais: Almeirim de Alpiarça. Costa de Nazaré. Pinhal de Leiria. Ponta dos Covinhos. Alcobaça. Parque Natural de Sintra-Cascais. Serra de Melriça. Chamusca. Castelo Branco. Sa?o Martinho. Lorvão. Parque Natural da Serra de São Mamede. Costa da Caparica. Mafra. Queluz.


S01E06 - A Princesa Terrível
Moréia. Mergulhão-pequeno. Cegonha preta. Garça. Cegonha branca. Mergulhão. Avoceta. Colhereiro. Galinhola. Calama?o. Marreca-arrebio e azulão. Vegetação: Flora palustre e subaquática. Matagal e azinhar mediterrâneos. Esteva. Espaços Naturais: Parque Natural Vale do Guadiana. Montemor-o-Novo. Parque Arqueológico de Escoural. Represa de Alqueva. Pântano de Roxo. Évora. Serra de Portel. Monte Gordo. Parque Natural da Ria Formosa. Aljustrel. Almodôvar. Faro. Cabo de Santa Maria.


S01E07 - O Guarda Nocturno
Gamo. Águia-sapeira. Golfinho. Patos. Anémona. Pepino e ouriço de mar. Vegetação: Pinheiro de Alepo. Folhado. Zambujeiro. Medronheiro. Aroeira. Palmeira ana?. Alfarrobeira. Azambujeiro. Murta. Cactos. Espaços Naturais: Santiago Do Cacém. Serra de Grândola. Ruínas celtas de Miróbriga. Lagoa de Santo André. Alcácer do Sal. Tróia. Reserva Natural do Estuário do Sado. Parque Natural da Arrábida. Cabo Espichel. Serra De Monchique. Pico Fóia. Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Areal do Porto das Barcas. Zambujeira. Quarteira, Vilamoura e Albufeira. Cabo de São Vicente.


S01E08 - A Concha Voadora
Tartaruga-boba. Falcão Tagarote. Rela-meridional. Corvo. Pássaro mouro. Tubarão (não há nome comum, Apristurus maderensi). Peixe-agulha. Atum. Enguia. Cavalinho-do-mar. Ecossistema: Superfície terrestre e fundo marinho. Vegetação: Floresta de laurisilva. Tulipeiro-africano. Anthurium. Protea. Buganvília. Arum. Espaços Naturais: Pico de Ana Ferreira. Canhão do Órgano. Zimbralinho. Ponta Calheta.


S01E09 - A Rosa do Lago
Flamingo. Mergulhã?o-pequeno. Cegonha preta. Garça. Cegonha branca. Mergulhão. Avoceta. Colhereiro. Galinhola. Calama?o. Marreca-arrebio e azulão. Vegetação: Flora palustre e subaquática. Matagal e azinhar mediterrâneos. Esteva. Espaços Naturais: Parque Natural Vale do Guadiana. Montemor-o-Novo. Parque Arqueológico de Escoural. Represa de Alqueva. Pântano de Roxo. Évora. Serra de Portel. Monte Gordo. Parque Natural da Ria Formosa. Aljustrel. Almodôvar. Faro. Cabo de Santa Maria.


S01E10 - O Fidalgo dos Mares
Golfinho. Lagosta do recife. Peixe martelo. Tentilha?o azul. Chorlitejo. Tartaruga laúde. Peixe espada. Vegetação: Mato baixo. Ecossistema: Superfície terrestre e fundo marinho. Espaços Naturais: Baía de São Lourenço, Maia, Anjos e Praia. Ponta do Castelo. Fonte do Jordão. Pico Alto.


S01E11 - A Rainha de Água Doce
Lontra. Gamo. Águia-sapeira. Golfinho. Patos. Anémona. Pepino e ouriço de mar. Vegetação: Pinheiro de Alepo. Folhado. Zambujeiro. Medronheiro. Aroeira. Palmeira ana?. Alfarrobeira. Azambujeiro. Murta. Cactos. Espaços Naturais: Santiago Do Cacém. Serra de Grândola. Ruínas celtas de Miróbriga. Lagoa de Santo André. Alcácer do Sal. Tróia. Reserva Natural do Estuário do Sado. Parque Natural da Arrábida. Cabo Espichel. Serra De Monchique. Pico Fóia. Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Areal do Porto das Barcas. Zambujeira. Quarteira, Vilamoura e Albufeira. Cabo de São Vicente.


S01E12 - O Pirata Mascarado
Carajau. Andorinha-do-mar. Garajau comum. Sépia. Cormora?o. Andorinha?o negro. Picanço-barreteiro. Peixe-Leão Radiata. Rascasso-de-pintas. Vegetação: Floresta de laurisilva. Hortênsia. Cedro do mato. Faia. Gladíolo. Acácia. Araucária. Bananeira. Ecossistema: Superfície terrestre e fundo marinho. Espaços Naturais: Morro Alto. Ladeira da Picada. Monte das Cruzes. Fajã de Lopo Vaz.


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Código:
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(Pass: irineudocs)


Ripped by Cabral


S01E01 - Portugal Selvagem
Código:
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S01E02 - O Lobo do Mar
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S01E03 - O Peregrino do Céu
Código:
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S01E04 - A Lenda do Atlântico
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A Terra Vista do Espaço


Sinopse

Este documentário leva-o numa jornada épica para descobrir as forças invisíveis e os processos que mantêm a vida no nosso planeta e, pela primeira vez, vê-los em ação no seu ambiente natural com todo o detalhe.
Estas imagens verdadeiramente únicas, exploram os mais profundos mistérios da sua existência, levantando questões e desafiando o que sabíamos sobre os mecanismos da Terra.
Unimos esforços com a NASA e com os melhores cientistas do mundo para podermos levar a cabo esta incrível jornada.
Com imagens criadas virtualmente, transformámos as informações obtidas pelos satélites – apenas espetros visíveis – em animações em alta definição que mostram com todo o detalhe estes processos invisíveis em funcionamento.
A Terra desde o espaço percorre todo o mundo para ficarmos a saber como funciona a Terra, e de que forma está a mudar.
Um acontecimento marcante na história da televisão: provocador, surpreendente e incrivelmente belo; nunca mais irá olhar para o mundo da mesma forma.

Informação

Tamanho: 877 mb
Audio: português
Legenda: S/L
Duração: 1hora 30min
Lançamento: 2012
Formato: AVI
Resolução: 720x480p
Taxa de dados: 1243 kbps
Taxa de bits: 128 kbps
Canais: 2 stereo
Frequência: 48 Khz

Download

Construindo o Planeta Terra


(Sinopse)

A história completa de bilhões de anos do planeta Terra contada em apenas uma hora e meia
Imagine se câmeras tivessem filmado cada grande acontecimento desde a criação da Terra. Em Earth: The Making of a Planet, imagens em computação gráfica com grande realismo nos levam em uma jornada pelo tempo, desde o violento nascimento de nosso planeta, há 4,5 bilhões de anos - passando pelas eras do gelo, erupções vulcânicas e reinado dos dinossauros – até o surgimento dos primeiros seres humanos. Pela primeira vez, os telespectadores podem ver a incrível história de nosso planeta se desdobrar em um único e contínuo movimento de câmera.

(Informação)

 

Tamanho: 951 mb 
Duração: 1h e 34min
Formato: DVDRip
Idioma: Português
Legenda: S/L
Lançameno: 2011
Codec: Xvid
Audio: Mp3 
Biltrate: 128Kbps
Resolução: 720x420

(Download)

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