domingo, 31 de outubro de 2010

Grandes migrações

Fome? Desejo de procriar? As razões e o sentido dos espetaculares deslocamentos de fauna na América do Norte

Por David Quammen
Foto de Joel Sartore
Grandes migrações No passado, dezenas de milhões de bisões vagavam pelas Grandes Planícies em busca de pastagens. No fim do século 19, a maioria havia sido dizimada. Os 500 mil bisões remanescentes se encontram em cativeiro, como estes, em Dakota do Sul

As migrações dos animais são um fenômeno bem mais grandioso e mais estruturado que um simples deslocamento no espaço. Elas representam uma viagem coletiva cuja recompensa só muito depois pode ser usufruída pelos participantes. Também sugerem premeditação e obstinação em escala épica, codificadas pelos cientistas como "instinto herdado". O biólogo Hugh Dingle assinalou cinco características que se aplicam, em diversos graus e combinações, a todas as migrações. Elas são deslocamentos que conduzem os animais para longe de seus hábitats; tendem a ser feitas em linha reta, não em ziguezague; envolvem comportamentos especiais (como superalimentação), antes de seu início e à chegada; requerem alocações especiais de energia. E, além disso, os migradores exibem comprometimento com uma missão maior, que os deixa invulneráveis às tentações no caminho e os leva a enfrentar desafios que fariam desistir outras espécies. 

Uma andorinha-do-mar-ártica que parte do Alasca rumo à Terra do Fogo, por exemplo, ignora o cheiro dos arenques oferecidos por um observador de aves em seu barco na baía de Monterey. As gaivotas aproximam-se para devorar esse festim imprevisto, mas as andorinhas-do-mar prosseguem imperturbáveis em sua jornada. Por que é assim? "Os animais migradores não reagem a estímulos sensoriais de recursos que provocariam reações imediatas em outras circunstâncias", é a explicação árida e cautelosa proposta por Dingle. Em termos mais simples: essas criaturas estão empenhadas em chegar o mais rápido possível a seu destino. Outra maneira, menos científica, seria dizer que a andorinha resiste a todas as distrações porque naquele momento está sendo impelida por uma percepção instintiva de algo que nós, seres humanos, consideramos admirável: um propósito maior.

A andorinha-do-mar-ártica intui que pode se alimentar mais tarde. Pode descansar mais tarde. Pode se acasalar mais tarde. Mas agora seu foco implacável está na viagem: seu único objetivo é chegar logo ao destino. Alcançar algum litoral pedregoso no Ártico serve a esse propósito mais amplo, tal como foi moldado pela evolução: encontrar um lugar, um momento e um conjunto de circunstâncias em que possa assegurar que seus filhotes eclodam dos ovos e sobrevivam.

Esse processo é tão complexo quanto versátil, e cada biólogo o define de uma maneira. Joel Berger, que pesquisa a antilocabra e outros mamíferos terrestres de grande porte, adota o que considera uma definição simples e prática: "Deslocamento de uma área que lhes serve de abrigo sazonal para outra com a mesma função e vice-versa". Em geral, o motivo desses movimentos de ida e volta sazonais é a busca de recursos que não são encontrados o ano todo na mesma área. Por outro lado, também podemos considerar como migração os deslocamentos verticais diários do zooplâncton no oceano - na coluna d'água, eles sobem à noite em busca de alimento e descem durante o dia para escapar aos predadores. Assim como a movimentação dos filhotes de pulgões que, uma vez esgotadas as folhas novas de uma planta alimentícia, voam em seguida até outra planta hospedeira, e nenhum pulgão jamais retorna ao ponto de onde partiu.

Hugh Dingle, perito em insetos, propõe uma definição mais intricada que a de Berger, citando aquelas cinco características (persistência, linearidade, concentração inabalável, comportamentos específicos anteriores à partida e à chegada e armazenamento de energia) que distinguem a migração de outras formas de deslocamento. Por exemplo, os pulgões tornam-se sensíveis à luz azul (do céu) quando chega o momento de partir em sua jornada, e ficam sensíveis à luz amarela (refletida pelas folhas novas) quando é hora de pousar. As aves costumam engordar de propósito com uma superalimentação antes de iniciar um longo voo migratório. A conveniência dessa definição, argumenta Dingle, é que chama atenção ao que há de comum entre o fenômeno dos gnus e grous-canadenses e o dos pulgões, ajudando a orientar os pesquisadores a um entendimento de como todos esses fenômenos são resultantes da evolução por meio da seleção natural.

A migração das cascavéis nas Grandes Planícies do oeste do Canadá é um exemplo peculiar mas esclarecedor. Dennis Jørgensen, um jovem biólogo canadense, pesquisou os deslocamentos da cascavel-da-pradaria (Crotalus viridis viridis) nas cercanias da cidade de Medicine Hat, na província de Alberta, perto do limite setentrional de seu âmbito, e constatou que as épocas migratórias mais intensas das serpentes ocorrem na primavera e no outono. Em média, a viagem de ida e volta de seus animais tinha 8 quilômetros, embora um estudo anterior tivesse detectado cascavéis se deslocando por até 53 quilômetros. No Arizona, por outro lado, elas não precisam percorrer distâncias tão grandes. A lógica por trás das migrações locais tem a ver com as temperaturas baixas no inverno (sempre incômodas aos répteis) e à escassez de bons locais para se entocar e sobreviver ao período de hibernação.

"Não existem muitas tocas que possam assegurar a sobrevivência delas durante o inverno nessa região", conta Jørgensen. Uma toca ideal deve ficar nas profundezas do solo, onde a terra é quente, mas ser acessível desde a superfície, através de túneis ou fendas naturais. Tais refúgios são raros e distantes uns dos outros. "Por causa disso, o que vemos são grandes aglomerados de serpentes em tocas comunitárias." Imagine uma massa enroscada de um milhar de serpentes, amontoadas, sossegadas e reluzentes em seu refúgio subterrâneo, todas esperando pelos primeiros sinais da primavera. Quando sobe a temperatura na superfície e é transposto um limiar determinado, elas deixam a toca e ficam por um tempo tomando sol. Mas as cascavéis também estão famintas. E o que fazem em seguida? Elas se dispersam a fim de encontrar alimento e se acasalar. Por isso migram de maneira radial - em todas as direções possíveis a partir da toca -, como fogos de artifício em formato de estrela.

Jørgensen usou pequenos transmissores de rádio, implantados cirurgicamente, para mapear essa dispersão, rastreando as rotas individuais de 28 cascavéis diferentes no decorrer de 2004 e 2005. Em um esplêndido dia de verão, ele me leva a uma dessas tocas, no barranco inclinado à beira do rio Saskatchewan Sul. No barranco havia profundas frestas subterrâneas nas quais cerca de 60 cascavéis passaram o inverno. Da margem do rio seguimos em direção a um terreno mais elevado e começamos a refazer a rota migratória de um dos animais estudados, uma fêmea que ele identificara com a letra E.

Não muito longe dali há três afloramentos rochosos arredondados e musgos, com um buraco na parte inferior. Em 8 de maio, a cascavel E chegara ali, diz Jørgensen, onde descansou, tomou sol, só retomando a jornada em 27 de maio. Ela subiu esse íngreme socalco (assim como nós), por entre os arbustos de artemísia e a lama cinza, e depois deslizou e desceu pela encosta, cruzou essa estrada de terra, atravessou essa ravina úmida cheia de varas-de-ouro e sumagreiras (abrimos caminho através delas) e refez a escalada. De volta ao topo do socalco, nos esgueiramos entre pedaços de arame farpado e adentramos uma plantação irrigada com pivôs centrais. O ar do meio-dia, quente e espesso, cheira como peixe assado em forno.
 Após cruzar duas plantações em um único dia, a corajosa senhora E então preferiu o caminho mais seguro ao longo de uma cerca, onde a vegetação rasteira era mais densa e jamais perturbada por discos de arado ou por lâminas de ceifadeira. No fim de junho, ela estava avançando 200 metros por dia, ainda acompanhando a cerca, em meio a uma mixórdia de pedras, ervas e tocas de roedores. Nessa altura, Jørgensen e eu paramos à sombra de um choupo para descansar. Em uma caminhada de quatro horas, que nos deixou empapados de suor, havíamos percorrido oito semanas de migração de uma cascavel.

Essa foi a área na qual E passara boa parte daquele verão, acasalando-se ao menos uma vez e alimentando-se de roedores para aguentar a volta para casa, a passagem de outro inverno enfurnada na toca e o período de gravidez. Era um hábitat produtivo mas perigoso, com todos os equipamentos agrícolas que podiam fatiar uma serpente como se ela fosse uma abobrinha e o intenso tráfego de veículos rurais. As mudanças sofridas por essa paisagem não favoreciam os deslocamentos das cascavéis por longas distâncias. Então, naquele momento, como se fosse a personificação de todas essas mudanças na memória de um único ser humano, Aldo Pederzolli surge com seu quadriciclo motorizado.

Pederzolli é o dono daquelas terras e havia acolhido com prazer a pesquisa de Jørgensen. Com 80 anos, estava em excelente forma física. Quando somos apresentados, e ele sabe o motivo da minha presença ali, diz: "Simplesmente adoro as cascavéis". Não está sendo irônico. Com uma quantidade suficiente de boas serpentes, acrescenta, não é preciso se preocupar com os esquilos. Em sua juventude, recorda Pederzolli, costumava ver cascavéis velhas gordas, com um diâmetro assim, toda vez que semeava um campo maninho. Mas agora não topa mais com cobras tão grandes. Havia uma toca perto do rio, comentou pensativo, e elas se deslocavam por 10 quilômetros até uma área de pradaria cheia de esquilos. Agora não tem mais nada disso.

Embora seja só uma hipótese, Dennis Jørgensen desconfia que a seleção natural - nesse caso, a morte das mais aventureiras - pode estar levando as cascavéis a abandonar o comportamento migratório e adquirir hábitos mais sedentários.

Biodiversidade biológica é mais que mera variedade de espécies. Também são relevantes a diversidade dos ecossistemas, os comportamentos e os processos que conferem complexidade, beleza, robustez, flexibilidade e interconectividade às comunidades vivas do planeta. O fim das longas migrações empreendidas por algumas espécies seria uma perda lamentável. Isso foi salientado por Joel Berger tanto em relação às espécies migradoras de todo o mundo como a uma criatura mais próxima dele: a antilocabra (Antilocapra americana), o único mamífero ungulado endêmico na América do Norte.

Muitas vezes a antilocabra é confundida com o antílope, mas na verdade pertence a uma família distinta. Sua velocidade extrema (é o mais veloz mamífero terrestre do Novo Mundo), suficiente para escapar a qualquer dos predadores da América do Norte, reflete uma adaptação para fugir do extinto guepardo do Pleistoceno. Além disso, a antilocabra também percorre longas distâncias. Uma de suas populações migra centenas de quilômetros através das Grandes Planícies, entre a região centro-norte do estado de Montana até o sul das províncias canadenses de Saskatchewan e Alberta. Outra população segue uma estreita e tênue rota entre o seu âmbito estival no Parque Nacional Grand Teton, passando por um divisor de águas nas cabeceiras do rio Gros Ventre, e descendo até as planícies ao sul de Pinedale, em Wyoming, na bacia do rio Green. Ali as antilocabras se juntam a milhares de outras recém-chegadas de Wyoming, tentam se manter distantes dos poços de gás natural e das equipes de prospecção e enfrentam os meses frígidos.

As antilocabras do Grand Teton são notáveis pela rota invariável de sua migração e pelos gargalos que ela apresenta em três pontos críticos, conhecidos como Trappers Point (Ponto dos Caçadores), Red Hills (Colinas Vermelhas) e Funnel (Funil). Se não conseguirem passar por esses três gargalos durante a migração da primavera, as antilocabras não têm acesso à abundância de nutrientes das pastagens de verão no Parque Nacional Grand Teton; e, se não conseguirem atravessar de novo esses pontos no outono, rumando ao sul até as planícies ventosas, correm o risco de morrerem tentando sobreviver ao inverno no vale de Jackson Hole ou então de ficarem presas nas neves profundas do divisor de águas. Em um dia claro de novembro, na companhia da bióloga Renee Seidler, vou conhecer de perto os detalhes do dilema enfrentado pelas antilocabras.

Renee lida com questões relativas aos hábitats nos campos de gás que proliferam entre Pinedale e Rock Springs, uma área que recebe e mantém cerca de 20 mil antilocabras a cada inverno. No topo de um morro em Trappers Point, há uma placa informando que os caçadores de peles e os membros dos povos indígenas Nez Perce e Crow se reúnem ali para fazer trocas. Olhando para baixo, veem-se as manifestações modernas de crescimento e comércio: a rodovia 191 e o povoado de Cora Junction. Ali há meia centena de casas, trailers e outros edifícios, entre os quais um salão de reuniões de testemunhas de jeová, tudo aninhado em uma trama regular de ruas e travessas, quintais cercados, cães, galinhas, pneus velhos, barcos sobre trailers e um Chrysler verde enferrujado da década de 1940. Bem por ali, diz Renee, apontando para um intervalo nas moitas de artemísia, é o local pelo qual provavelmente tem de passar a maioria das antilocabras.

Seguimos cerca de 30 quilômetros ao norte por uma estrada secundária, acompanhando as várzeas com salgueiros do trecho superior do rio Green e reconhecendo a rota migratória. As antilocabras, dependentes da visão a distância e da velocidade para se manter a salvo dos predadores, não gostam de várzeas com salgueiros, explica Renee. Também não gostam de mata fechada, e é por isso que preferem atravessar por essas áreas elevadas e abertas entre o rio e os bosques, pois assim podem ver ao longe e correr se necessário. Em seguida alcançamos um local onde morros com florestas se erguem em ambos os lados do rio, formando um V suave e deixando um corredor de terreno desimpedido com apenas 150 metros de largura. "Este é o Funnel", diz Renee. É um terreno particular, recortado de caminhos, cercas e os portões em arco de gente rica o bastante para ter uma casa de veraneio na cabeceira do rio Green.

Outra cerca, mais uma casa, um ou dois cães latindo poderiam fazer diferença para pior. E é a mesma situação tanto no Trappers Point como aqui no Funnel: o aumento das atividades humanas está criando as condições para uma crise nas migrações das antilocabras, ameaçando bloquear seu caminho para o Grand Teton.

Os cientistas peritos em conservação, como Joel Berger, assim como os biólogos e técnicos do Serviço de Parques Nacionais e outros órgãos oficiais, estão empenhados em preservar não só as espécies e os hábitats mas também o comportamento migratório dos animais. A Floresta Nacional Bridger-Teton já reconheceu a rota das antilocabras do Grand Teton, boa parte da qual passa por florestas nacionais, como o primeiro corredor migratório protegido em âmbito federal. Porém, nem o Serviço Florestal nem o Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos podem controlar o que ocorre nos gargalos situados em terrenos particulares ou mesmo nas áreas sob a alçada do Departamento de Administração de Terras e que abrigam os campos de prospecção de gás ao sul de Pinedale. E, no caso de outras espécies migradoras, não são menores as dificuldades - devido a maior quantidade de jurisdições, divisas e perigos ao longo do caminho.

Imagine, por exemplo, que você é um grou-canadense-menor (Grus canadensis canadensis), iniciando sua migração de primavera no sudoeste do Texas. Talvez tenha de sobrevoar um canto dos estados do Novo México e Oklahoma, e depois Kansas, Nebraska, Dakota do Sul, Dakota do Norte (em quase todos é permitida a caça aos grous), atravessando a fronteira com o Canadá e entrando na província de Saskatchewan. Depois teria que desviar para nordeste através de Alberta e Colúmbia Britânica, passando pelo território de Yukon e por todo o Alasca, até por fim cruzar o estreito de Bering e chegar às áreas de reprodução no nordeste da Rússia. Seria uma viagem de 8 mil quilômetros. Ao longo do caminho, você precisaria descansar e alimentar-se, entre outros locais, no rio Platte, em Nebraska, perto do vilarejo de Kearney. Nesse caso, você teria companhia. Cerca de 500 mil grous a caminho do norte fazem escala ali todos os anos.

E lá permanecem por duas, três, às vezes quatro semanas. Alguns seguem adiante à medida que outros chegam, mantendo a quantidade média de grous, nos meses de março e abril, em torno de 300 mil indivíduos. Eles pernoitam nos baixios com correntes suaves do rio Platte, com os calcanhares mergulhados na água fresca, ou então nos bancos de areia, onde podem notar com antecedência a aproximação de qualquer eventual predador. Toda manhã alçam voo em ondas imensas e graciosas e vão aos campos próximos, onde passam os dias recolhendo restos de cereais que sobraram das colheitas, assim como minhocas e outros invertebrados. Essa escala prolongada não é exceção na concentração inabalável dos animais migradores, tal como definida por Hugh Dingle; é parte integral da programação, repetida por gerações de grous. Durante a parada, um grou-canadense-menor de 2,75 quilos acrescenta cerca de 700 gramas de gordura a seu peso. (O grou-canadense-maior, outra subespécie também vista no rio Platte, é mais pesado.) Essa gordura é essencial para que as aves completem a travessia entre Nebraska e a Rússia. Portanto, elas dependem do hábitat dessa escala - os baixios, os bancos de areia, a segurança, os cereais e os invertebrados - para que possam concluir seu árduo ciclo anual.

Ao observar esse hábitat, numa manhã no fim de março, vejo onda após onda de grous levantar voo do rio. Cada grupo eleva-se sem jeito da água, readquirindo sua elegância à medida que as asas se firmam no ar e depois se põem em formação e partem decididos em busca do alimento diário. Ao mesmo tempo, comunicam-se uns com os outros por meio de um trinado chiante característico. Há talvez 60 mil grous apenas no campo de visão de meu binóculo. É um espetáculo de extraordinária riqueza.

Eu também havia testemunhado o retorno dos grous, em um fim de tarde anterior, quando pousavam no rio durante o crepúsculo e se acomodavam nos baixios onde passariam a noite. Mas achei as revoadas matinais mais emocionantes. Talvez porque as aves, ao raiar do dia, partiam com um objetivo preciso, e não estavam apenas voltando para descansar - afinal, tinham de ganhar peso para enfrentar outro longo trecho de seu périplo. Esse os conduziria a uma região na qual poderiam se multiplicar em segurança. Seus esforços prodigiosos, sua resistência a distrações teriam como resultado novas cortes de grous-canadenses, ampliando e rejuvenescendo a espécie. Quase escrevi "perpetuando a espécie", mas não, disso não podemos ter certeza. Nada do que vive é perpétuo.

O que pude ver, sobrevoando o Platte, foram a sabedoria acumulada e o caráter decisivo da evolução. Se nós, seres humanos, pudermos alcançar a mesma sabedoria e convocar a mesma decisão, talvez sejamos capazes de permitir que eles continuem em sua jornada por mais um tempo.
Fonte: National Geographic Brasil


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