Significado das Categorias da IUCN para Espécies Extintas e Ameaçadas
Os táxons para as quais não há mais o registro na natureza são avaliados como Extintos ou Extintos na Natureza, de acordo com uma das duas situações abaixo:
EXTINTO (EX) - um táxon está Extinto quando não há dúvidas de que o último indivíduo morreu. Essa só ocorre quando, após exaustivos inventários em seu hábitat conhecido e/ou esperado em tempos apropriados (diurno, sazonal, anual), ao longo da sua área de distribuição histórica, não se registra qualquer indivíduo. Os levantamentos devem ser feitos em uma escala de tempo apropriada ao ciclo de vida e à forma de vida do táxon.
EXTINTO NA NATUREZA (EW) - um táxon é considerado Extinto na Natureza quando se sabe que ele existe somente em cultivo, cativeiro ou em populações inseridas na natureza, em áreas completamente distintas da sua área de ocorrência original.
AMEAÇADA: A IUCN, segundo a versão 3.1 (IUCN, 2001), distingue três níveis de ameaça para as espécies, conforme se segue:
Criticamente em Perigo (CR) - um táxon é considerado Criticamente em Perigo quando corre risco extremamente alto de extinção na natureza em futuro imediato.
Em Perigo (EN) - táxon que não está Criticamente em Perigo, mas corre risco muito alto de extinção na natureza em futuro próximo.
Vulnerável (VU) - táxon que não se enquadra nas categorias Criticamente em Perigo ou Em Perigo, mas corre risco alto de extinção na natureza em médio prazo.
Essas três subcategorias de ameaçadas foram utilizadas para subsidiar a tomada de decisão dos especialistas que participaram do processo de revisão da lista. No entanto, essa classificação não é adotada pelo Brasil para publicação das suas listas vermelhas oficiais, sendo que as espécies que correm risco de extinção, sejam esses extremos, muito altos ou altos, são todas, pelo atual arcabouço legal brasileiro que trata da matéria, consideradas “Ameaçadas”.
Além dessas, a IUCN utiliza ainda as categorias denominadas Quase Ameaçada e De Menor Preocupação (que preferimos denominar como Não Ameaçada) quando o conjunto de dados disponíveis é considerado adequado para o que se exige na avaliação, além da categoria Deficiente em Dados, sendo que, para essa última, como o próprio nome da categoria indica, as informações atuais sobre o táxon não atendem os requisitos mínimos necessários para o seu enquadramento em quaisquer das categorias definidas para um nível adequado de conhecimento. Veja o significado dessas categorias:
a) Quase Ameaçada (NT): Um táxon é Quase Ameaçado quando não atinge o critério para ameaçado - vulnerável
- mas está bem próximo dele, de tal modo que, se não for protegido, tornar-se-á rapidamente ameaçado.
b) Não ameaçada (LC): Significa uma espécie que foi avaliada e sobre a qual as informações existentes não
justificam sua inclusão em uma das categorias de risco, segundo os critérios adotados. Nessa categoria
estão incluídos táxons de distribuição ampla e grande abundância, daí serem considerados como De Menor
Preocupação ou, como vem sendo adotado no Brasil, Não Ameaçados.
c) Deficiente em Dados (DD): Um táxon é assim considerado quando os dados existentes sobre ele não permitem saber se está ou não ameaçado. As espécies nessa categoria requerem maior número de pesquisas, para que se possa chegar a uma conclusão segura sobre seu status de conservação.
Mais uma vez, chama-se a atenção para o fato de que, apesar de ter havido táxons que se enquadraram em uma dessas categorias, essa relação não integra as Instruções Normativas que reconhecem a lista vermelha oficial do país, podendo ser consultados na publicação de Machado et al. (2005). Ainda em coerência com a IUCN, há a categoria Não Avaliada, indicada para aqueles táxons não avaliados por meio dos critérios de avaliação de risco definidos. No caso da presente lista, como a metodologia de trabalho partiu de uma lista de espécies potencialmente ameaçadas ou pré-candidatas, todas as espécies indicadas foram avaliadas.
O esquema publicado pela IUCN em 2001 e transcrito a seguir (Figura 1) dá uma visão geral das categorias
usadas para avaliar o status de conservação das espécies de animais ou plantas, usando a chave dicotômica
que se segue e que foi empregada para a elaboração da lista vermelha da fauna brasileira. Atendendo a uma
recomendação da IUCN (2001), as abreviações das categorias foram feitas a partir dos nomes em inglês.
Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, 2008 - Ministério do Meio Ambiente - MMA
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