sexta-feira, 10 de julho de 2015

Por que as Bacias PCJ e Atibaia são estratégicas para Campinas e região?

Por que as Bacias PCJ e Atibaia são estratégicos para Campinas e região?
Os desafios da questão ambiental, cada vez mais, vêm exigindo a atuação de profissionais especializados em temas específicos, capazes de oferecer soluções eficientes para os diversos problemas que afetam a economia e comprometem os recursos naturais disponíveis.
 
Atualmente, a escassez de recursos hídricos apropriados para abastecimento da população necessita de estratégias de atuação preventiva e remediativa. E um dos fatores mais importantes que merece atenção dos profissionais da área é a questão do gerenciamento dos resíduos produzidos pelas empresas.
 
O Estado de São Paulo é um dos mais afetados com os problemas provenientes do descarte de resíduos sólidos e efluentes nos rios que abastecem suas cidades.
 

Rios estratégicos para Campinas e região

O Rio Piracicaba, junto com os Rios Capivari e Jundiaí, formam as Bacias PCJ, onde ficam as principais represas do Sistema Cantareira, cujo sistema tem sido a principal fonte de abastecimento da população do Estado de São Paulo. Fundado em 1989, o Consórcio PCJ, que visa a recuperação desses mananciais, é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, formada por municípios e empresas.
 
O Rio Atibaia abastece 95% da população de Campinas e recebe águas represadas pelo Sistema Cantareira. Para tanto, no final de 2014, foi atendido o pedido do Consórcio PCJ para o aumento de envio de águas do Sistema Cantareira para o Rio Atibaia. A atitude se somou a de outros municípios da região que fizeram a mesma solicitação à CT-MH (Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico), devido as severas dificuldades para captar água na calha do rio.
 
Confira abaixo o mapa com a disposição das bacias na região:
 
Disposição das bacias na regiãoNesse link você pode acompanhar a situação dos rios das Bacias PCJ com boletins mensais que sintetizam informações desde dados pluviométricos até as vazões médias, máximas e mínimas dos rios monitorados pela telemetria do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
 

Disponibilidade Hídrica

Seu potencial em recursos hídricos superficiais não está, em sua totalidade, à disposição para uso na própria região devido a reversão de uma parcela substancial destinada ao Sistema Cantareira, para a bacia do Alto Tietê. De acordo com a outorga de direito de uso do sistema, os reservatórios da Bacia garantem uma retirada média de até 36 mil litros de água por segundo, sendo 31 mil litros de água por segundo para a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e a descarga para jusante da vazão de 5 mil litros de água por segundo. A retirada desses volumes é decidida mês a mês pelo Grupo Técnico Cantareira, instituído no âmbito da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH), com base nas orientações da ANA e do DAEE sobre as possibilidades de retirada sem o comprometimento do sistema.
 
Além das reversões para a RMSP, ocorrem também, na área, exportações internas. São os casos:

  • Rio Atibaia para o rio Jundiaí Mirim (bacia do rio Jundiaí), para abastecimento do município de Jundiaí;
  • Sub-bacia de Atibaia para as bacias do Capivari e Piracicaba, através do sistema de abastecimento de água de Campinas;
  • Sub-bacia do Jaguari para as sub-bacias dos rios Atibaia e Piracicaba.

 

A importância da preservação da bacia

 
Diante desse cenário, as ações de preservação desses rios são estratégicas na solução do problema de abastecimento hídrico das cidades que dependem da bacia. Isso mostra a importância da conscientização da sociedade a respeito da questão e a necessidade de criar métodos eficazes de gerenciamento de resíduos, sejam eles industriais ou domésticos.
 
A proteção desses mananciais estratégicos para a região de Campinas e outras cidades de São Paulo é fator decisivo na resolução do problema ambiental enfrentado. Nesse sentido, é essencial que, através de profissionais especializados, sejam traçadas soluções para uma melhor destinação dos efluentes poluentes produzidos, principalmente, pelas industrias.
 
Exemplo disso, a Tera Ambiental - especialistas no recebimento, monitoramento e tratamento de efluentes indústriais da região - contribuímos para a melhoria da bacia com o encaminhamento dos efluentes pós-tratado para o Rio Jundiaí. Além disso, depois do processo de tratamento, 100% do lodo sanitário é destinado para a compostagem, processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica em um composto que pode ser utilizado como fertilizante orgânico composto.
 

Legislação ambiental

As leis que regulamentam os deveres das empresas com a proteção do meio ambiente são inúmeras. Há previsão legal para cada situação específica em que a empresa se enquadra. Portanto, a empresa deve ficar atenta à legislação que orienta as formas e processos para a destinação dos resíduos que produz, sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos.
 
Ações voltadas para redução do impacto ambiental são fatores cruciais para a imagem das empresas perante seus clientes e sociedade em geral. Por isso, deve-se ter como meta desenvolver um sistema eficiente de gestão de resíduos para atender a legislação vigente, buscando atender aos ditames do desenvolvimento sustentável.
 
Vale citar que uma das normas reconhecidas e aplicadas no mundo inteiro é a ISO 14001 (2004) que busca adequar as empresas às necessidades da gestão ambiental. Gerenciar seus resíduos é um dever das empresas e com ações eficazes, benefícios podem ser conquistados.
 
Esse tipo de gestão é capaz de gerar um bom retorno operacional, econômico e ambiental, seja pela reutilização de materiais através da reciclagem dos resíduos ou mesmo por evitar a aplicação de multas por descumprimento de normas vigentes.

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