Descritos dois novos minerais brasileiros
ED. 246 | AGOSTO 2016
Podcast: Daniel Atencio
00:00 / 12:24
Ao mesmo tempo, o mineral ralstonita foi renomeado como hidrokenoralstonita. Os minerais são considerados novos apenas após a Comissão de Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação (CNMNC) da Associação Mineralógica Internacional (IMA), sediada em Bochum, Alemanha, aprovar sua descrição detalhada. A parisita-(La) é um flúor-carbonato de lantânio e cálcio, associada com hematita e outros minerais do grupo das terras-raras. Foi encontrada em uma mina de Novo Horizonte, na Bahia, e especialistas das universidades Federal de Minas Gerais (UFMG), Federal de Ouro Preto (Ufop) e de São Paulo (USP) trabalharam em sua caracterização.
A hidrokenoralstonita, analisada na USP e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é um fluoreto hidratado de alumínio.
Foi encontrada na mina de Pitinga, em Presidente Figueiredo, Amazonas, onde também se descobriu a waimirita-(Y), reconhecida em 2014. Segundo Daniel Atencio, professor de mineralogia do Instituto de Geociências da USP que participou dos exames dos dois novos minerais-tipo, o número total de minerais identificados no Brasil – com uma média de 1,8 por ano – ainda é muito baixo, em vista da diversidade de ambientes geológicos brasileiros.
“Certamente essa média não condiz com a riqueza mineral brasileira, comparável às dos Estados Unidos e da Rússia”, diz ele. Em cada um desses países já foram descritos cerca de 600 minerais, entre os quase 5 mil reconhecidos pela IMA.
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