Dados inéditos da geologia do petróleo no país
Atlas pioneiros publicados pela UNESPetro passam a ser referências nacionais e internacionais
O UNESPetro, com sede na Unesp de Rio Claro, é um polo de formação de especialistas e de desenvolvimento de pesquisas, com ênfase em rochas carbonáticas, que formam a camada pré-sal e outros importantes reservatórios petrolíferos brasileiros.
Os carbonatos do Cretáceo brasileiro não somente contêm as grandes reservas de hidrocarbonetos do Pré-Sal, mas também acumulam significativos volumes no Pós-Sal.
Resultado da parceria da Unesp com a Petrobras, o UNESPetro é uma das principais iniciativas para o desenvolvimento do Sistema de Capacitação, Ciência e Tecnologia em Carbonatos (SCTC), fruto de um acordo firmado em fevereiro de 2010 entre a Petrobras, a Unesp e as Universidades Estadual de Campinas (Unicamp), Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Federal Fluminense (UFF) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O SCTC visa avanços no conhecimento das rochas carbonáticas, ainda pouco conhecidas.
Entre as conquistas do UNESPetro, está a produção de publicações com dados inéditos da geologia do petróleo no país. Três delas, recentemente lançadas, são as primeiras do gênero em língua portuguesa e pioneiras em suas temáticas.
SENSIBILIDADE DO LITORAL PAULISTA A DERRAMAMENTOS DE PETRÓLEO
Este Atlas, com 128 cartas Sensibilidade ao Óleo (SAO), configura-se como relevante contribuição ao sistema de proteção do litoral paulista. Passa a constituir consistente apoio às futuras operações de emergência em caso de derramamentos de óleo no mar, agregando informações de detalhe aos mapeamentos já realizados por órgãos ambientais e empresas privadas. A obra está acessível em <http://goo.gl/lAh8ra>.
O mapeamento foi desenvolvido pela Unesp, Câmpus de Rio Claro, no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos em Geologia e Ciências Ambientais Aplicadas ao Setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – PRH 05. Recebeu o amplo apoio do Programa Nacional de Formação de RH coordenado pela Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis – PRH/ANP, com o suporte financeiro do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, via Finep – Financiadora de Estudos e Projetos.
O livro conclui que o litoral paulista apresenta, de fato, elevada vulnerabilidade a vazamentos de óleo. Tal fato decorre da combinação da elevada sensibilidade de seus ecossistemas com o crescente aumento da suscetibilidade da região a acidentes envolvendo hidrocarbonetos. Este último fato conecta-se à forte expansão da exploração e explotação petrolífera nas bacias sedimentares do sudeste do Brasil, em especial na Bacia de Santos.
O cenário encontrado no presente estudo reforça a necessidade de integração das cartas SAO costeiras aos mapas de sensibilidade fluvial e terrestre, ainda incipientes no Brasil. Isto porque muitos acidentes evoluem de ambientes terrestres para ambientes fluviais e costeiros, como no caso de rompimentos de dutos terrestres e problemas verificados em terminais fluviais. Atenção especial deve ser dada à integração dos Mapas de Sensibilidade Ambiental de dutos (metodologia MARA) com as Cartas SAO.
Tendo em vista o Plano Nacional de Contingências, os autores recomendam a implementação de uma estratégia de gestão e integração das Cartas SAO produzidas no Estado de São Paulo e na costa brasileira por meio de bancos de dados interativos e de uso público.
Os coordenadores da obra são Dimas Dias-Brito e Paulina Setti Ridel, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE da Unesp/Rio Claro; e João Carlos Carvalho Milanelli e Arthur Wieczorek, pesquisadores associados da UNESPetro.
CALCÁRIOS DO CRETÁCEO DO BRASIL: UM ATLAS
Autores e editores do Atlas, Dias-Brito, do IGCE, e Paulo Tibana, pioneiro no Brasil no estudo de rochas carbonáticas e professor associado do UNESPetro, oferecem um panorama das rochas calcárias do Cretáceo do Brasil, apresentando uma síntese das características petrográficas das principais unidades carbonáticas aflorantes no país e de alguns importantes depósitos situados em subsuperfície.
O Atlas exibe rochas que, majoritariamente, tiveram sua gênese relacionada à evolução do Atlântico Sul e cobre o intervalo estratigráfico Cretáceo Inferior – Cretáceo Superior. A publicação, de caráter petrográfico e microfaciológico, traz, em suas 576 páginas, um conjunto de mais de 1.500 imagens, incluindo fotomicrografias, imagens capturadas a partir de scanner de alta resolução e fotografias de afloramentos, além de 12 mapas e 24 ilustrações.
O livro serve como referência para o estudo de seções carbonáticas em bacias sedimentares brasileiras e da margem ocidental africana. Facilita estudos de caráter local e regional nas áreas de Exploração e Produção, tanto na indústria como no meio acadêmico. Permite, também, em escala global, comparações no âmbito de pesquisas paleoecológicas, paleobiogeográficas e paleo-oceanográficas.
MICROBIALITOS DO BRASIL: DO PRÉ-CAMBRIANO AO RECENTE
Este Atlas, ao realçar os esforços empreendidos pelo UNESPetro, trata de depósitos cuja origem e características interessam de perto aos estudiosos das rochas carbonáticas do Pré-Sal.
A publicação, que tem como autores e editores Thomas R. Fairchild, professor-pesquisador associado do UNESPetro, Rosemarie Rohn e Dimas Dias-Brito, ambos do IGCE, é decorrente do marcante evento de descoberta dos campos gigantes de hidrocarbonetos nas Bacias de Santos e Campos. Pode ser considerada uma resposta da academia brasileira no campo da investigação das curiosas e complexas rochas que armazenam imensos volumes de petróleo.
O Atlas é um documento eminentemente fotográfico com o objetivo de expor aspectos variados dos microbialitos, um grupo de carbonatos relativamente pouco estudado, mas de grande relevância geocientífica e econômica.
O valor científico da publicação é enorme por focalizar rochas e ambientes que, em território nacional, contêm os sinais e processos dos primórdios da vida e inserem o registro sedimentar microbiano do Brasil em patamar de destaque no cenário mundial. A obra passa a ser uma nova referência para aqueles que investigam microbialitos, cuja observação permite descrever estruturas e feições de porosidade com implicação direta em modelos de reservatórios carbonáticos.
A obra ilustra os microbialitos fósseis e recentes em escalas megascópica e microscópica, com cuidado especial para diferenciar, criteriosamente e com clareza, os seus morfotipos, de modo a poder aplicá-los em interpretações sedimentológicas, paleoambientais e estratigráficas.
ACERVO DIDÁTICO
Dimas Dias conclui que as obras sobre Calcários e Microbialitos são as primeiras do gênero na literatura geocientífica de língua portuguesa e apresentam um acervo organizado e didático de imagens, dados e interpretações, dirigido às comunidades acadêmica e da indústria do petróleo envolvidas com estudos geológicos, que incluem pesquisadores, especialistas, professores, e estudantes. As publicações, portanto, são de especial interesse às áreas da pesquisa e da educação universitária e interessam à comunidade nacional e internacional.
__________________________________
INFORMAÇÕES
dimasdb@rc.unesp.br
(19) 3526-9456/9476
Av. 24 A, 1515 – Bela Vista, Rio Claro – SP
BAIXAR PDF
Fonte: http://www.unespciencia.com.br/2016/04/geologia/
O UNESPetro, com sede na Unesp de Rio Claro, é um polo de formação de especialistas e de desenvolvimento de pesquisas, com ênfase em rochas carbonáticas, que formam a camada pré-sal e outros importantes reservatórios petrolíferos brasileiros.
Os carbonatos do Cretáceo brasileiro não somente contêm as grandes reservas de hidrocarbonetos do Pré-Sal, mas também acumulam significativos volumes no Pós-Sal.
Resultado da parceria da Unesp com a Petrobras, o UNESPetro é uma das principais iniciativas para o desenvolvimento do Sistema de Capacitação, Ciência e Tecnologia em Carbonatos (SCTC), fruto de um acordo firmado em fevereiro de 2010 entre a Petrobras, a Unesp e as Universidades Estadual de Campinas (Unicamp), Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Federal Fluminense (UFF) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O SCTC visa avanços no conhecimento das rochas carbonáticas, ainda pouco conhecidas.
Entre as conquistas do UNESPetro, está a produção de publicações com dados inéditos da geologia do petróleo no país. Três delas, recentemente lançadas, são as primeiras do gênero em língua portuguesa e pioneiras em suas temáticas.
SENSIBILIDADE DO LITORAL PAULISTA A DERRAMAMENTOS DE PETRÓLEO
Este Atlas, com 128 cartas Sensibilidade ao Óleo (SAO), configura-se como relevante contribuição ao sistema de proteção do litoral paulista. Passa a constituir consistente apoio às futuras operações de emergência em caso de derramamentos de óleo no mar, agregando informações de detalhe aos mapeamentos já realizados por órgãos ambientais e empresas privadas. A obra está acessível em <http://goo.gl/lAh8ra>.
O mapeamento foi desenvolvido pela Unesp, Câmpus de Rio Claro, no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos em Geologia e Ciências Ambientais Aplicadas ao Setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – PRH 05. Recebeu o amplo apoio do Programa Nacional de Formação de RH coordenado pela Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis – PRH/ANP, com o suporte financeiro do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, via Finep – Financiadora de Estudos e Projetos.
O livro conclui que o litoral paulista apresenta, de fato, elevada vulnerabilidade a vazamentos de óleo. Tal fato decorre da combinação da elevada sensibilidade de seus ecossistemas com o crescente aumento da suscetibilidade da região a acidentes envolvendo hidrocarbonetos. Este último fato conecta-se à forte expansão da exploração e explotação petrolífera nas bacias sedimentares do sudeste do Brasil, em especial na Bacia de Santos.
Conjunto de informações passa a constituir uma base organizada e disponível para ações contra vazamentos no litoral paulistaOs levantamentos que foram realizados na escala de detalhe permitiram agregar, em 121 cartas operacionais, um conjunto relevante de informações que passa a constituir uma base organizada e disponível para sustentar ações de combate e mitigação de eventos de vazamento no litoral paulista.
O cenário encontrado no presente estudo reforça a necessidade de integração das cartas SAO costeiras aos mapas de sensibilidade fluvial e terrestre, ainda incipientes no Brasil. Isto porque muitos acidentes evoluem de ambientes terrestres para ambientes fluviais e costeiros, como no caso de rompimentos de dutos terrestres e problemas verificados em terminais fluviais. Atenção especial deve ser dada à integração dos Mapas de Sensibilidade Ambiental de dutos (metodologia MARA) com as Cartas SAO.
Tendo em vista o Plano Nacional de Contingências, os autores recomendam a implementação de uma estratégia de gestão e integração das Cartas SAO produzidas no Estado de São Paulo e na costa brasileira por meio de bancos de dados interativos e de uso público.
Os coordenadores da obra são Dimas Dias-Brito e Paulina Setti Ridel, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas – IGCE da Unesp/Rio Claro; e João Carlos Carvalho Milanelli e Arthur Wieczorek, pesquisadores associados da UNESPetro.
CALCÁRIOS DO CRETÁCEO DO BRASIL: UM ATLAS
Autores e editores do Atlas, Dias-Brito, do IGCE, e Paulo Tibana, pioneiro no Brasil no estudo de rochas carbonáticas e professor associado do UNESPetro, oferecem um panorama das rochas calcárias do Cretáceo do Brasil, apresentando uma síntese das características petrográficas das principais unidades carbonáticas aflorantes no país e de alguns importantes depósitos situados em subsuperfície.
O Atlas exibe rochas que, majoritariamente, tiveram sua gênese relacionada à evolução do Atlântico Sul e cobre o intervalo estratigráfico Cretáceo Inferior – Cretáceo Superior. A publicação, de caráter petrográfico e microfaciológico, traz, em suas 576 páginas, um conjunto de mais de 1.500 imagens, incluindo fotomicrografias, imagens capturadas a partir de scanner de alta resolução e fotografias de afloramentos, além de 12 mapas e 24 ilustrações.
O livro serve como referência para o estudo de seções carbonáticas em bacias sedimentares brasileiras e da margem ocidental africana. Facilita estudos de caráter local e regional nas áreas de Exploração e Produção, tanto na indústria como no meio acadêmico. Permite, também, em escala global, comparações no âmbito de pesquisas paleoecológicas, paleobiogeográficas e paleo-oceanográficas.
MICROBIALITOS DO BRASIL: DO PRÉ-CAMBRIANO AO RECENTE
Este Atlas, ao realçar os esforços empreendidos pelo UNESPetro, trata de depósitos cuja origem e características interessam de perto aos estudiosos das rochas carbonáticas do Pré-Sal.
A publicação, que tem como autores e editores Thomas R. Fairchild, professor-pesquisador associado do UNESPetro, Rosemarie Rohn e Dimas Dias-Brito, ambos do IGCE, é decorrente do marcante evento de descoberta dos campos gigantes de hidrocarbonetos nas Bacias de Santos e Campos. Pode ser considerada uma resposta da academia brasileira no campo da investigação das curiosas e complexas rochas que armazenam imensos volumes de petróleo.
O Atlas é um documento eminentemente fotográfico com o objetivo de expor aspectos variados dos microbialitos, um grupo de carbonatos relativamente pouco estudado, mas de grande relevância geocientífica e econômica.
O valor científico da publicação é enorme por focalizar rochas e ambientes que, em território nacional, contêm os sinais e processos dos primórdios da vida e inserem o registro sedimentar microbiano do Brasil em patamar de destaque no cenário mundial. A obra passa a ser uma nova referência para aqueles que investigam microbialitos, cuja observação permite descrever estruturas e feições de porosidade com implicação direta em modelos de reservatórios carbonáticos.
Obras são as primeiras do gênero na literatura geocientífica de língua portuguesaA obra apresenta mais de 40 ocorrências de carbonatos microbianos no Brasil, envolvendo um intervalo de mais de dois bilhões de anos. Tais ocorrências foram selecionadas com base na qualidade dos afloramentos, abundância, representatividade e variedade.
A obra ilustra os microbialitos fósseis e recentes em escalas megascópica e microscópica, com cuidado especial para diferenciar, criteriosamente e com clareza, os seus morfotipos, de modo a poder aplicá-los em interpretações sedimentológicas, paleoambientais e estratigráficas.
ACERVO DIDÁTICO
Dimas Dias conclui que as obras sobre Calcários e Microbialitos são as primeiras do gênero na literatura geocientífica de língua portuguesa e apresentam um acervo organizado e didático de imagens, dados e interpretações, dirigido às comunidades acadêmica e da indústria do petróleo envolvidas com estudos geológicos, que incluem pesquisadores, especialistas, professores, e estudantes. As publicações, portanto, são de especial interesse às áreas da pesquisa e da educação universitária e interessam à comunidade nacional e internacional.
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Fonte: http://www.unespciencia.com.br/2016/04/geologia/
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