E se tudo o que sabemos sobre os gatos estiver errado?
A fama de bichos antissociais e indomáveis pode ser um grande equívoco. Terça-feira, 3 Outubro
Esta reportagem está na edição de setembro de 2017 da revista National Geographic.Para aqueles que se perguntam se os seus gatos os consideram apenas como uma fonte de comida, a notícia é reconfortante. Um estudo que expôs os gatos a quatro categorias de estímulo – alimento, brinquedo, aroma e interação – revelou que a maior parte dos bichanos, por mais que adore comer e brincar, prefere mesmo é interagir com as pessoas.
Em muitos países, há o estereótipo de que os gatos são pouco sociais e que não podem ser treinados, aponta uma das autoras do inédito estudo, Kristyn Vitale Shreve. “Na verdade, eles podem ser ensinados de acordo com os mesmos princípios aplicados aos cães – desde que os incentivos sejam certos”, diz ela.
Não há como negar que é difícil decifrar as emoções felinas. Por exemplo, o filhote que aparece nesta foto está assustado ou brincando? (Resposta: está saltando para agarrar um brinquedo pendurado acima da câmera.) Um estudo na Itália constatou que a maioria dos donos não reconhece toda a amplitude de sinais que os gatos usam para indicar estresse. “Os donos de cães conhecem melhor o comportamento dos seus animais”, diz a pesquisadora Chiara Mariti. Em contraste, os donos de gatos muitas vezes interpretam o comportamento dos seus animais como sendo algo peculiar da espécie, e não como um sinal específico de algo que estejam comunicando.
Em 2016, uma universidade sueca iniciou um estudo de cinco anos da comunicação entre gatos e seres humanos. O objetivo é ver como os felinos reagem ao modo pelo qual as pessoas se dirigem a eles – e aí saberemos se é possível traduzir os miados em emoções e desejos.
Ciência dos gatos
Propensão à independência: diante de um problema a ser resolvido, os cães se voltam para os seres humanos, em busca de ajuda, ao passo que os gatos continuam a procurar sozinhos uma solução.Circulação global: na análise do DNA mitocondrial em resquícios de 200 gatos da Antiguidade, pesquisadores franceses descobriram que os felinos se dispersaram primeiro, com os agricultores, a partir do Crescente Fértil, e, depois, com os marinheiros que percorreram o mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.