GUIA DE IDENTIFICAÇÃO DE CAMPO PARA LEPIDOPTEROS DE SÃO PAULO.
O presente artigo se apresenta como um
guia de campo para a identificação de lepidópteros Rhophalocera e seus
respectivos dados bionômicos. Aqui estão listadas as espécies mais
comuns encontradas no Estado de São Paulo, seja em áreas urbanas, rurais
ou naturais. O objetivo do trabalho é mais do que servir de referência
para a identificação de espécies para o publico leigo ou amador, mas
também fornecer informações técnicas de forma didática e divulgar
endereços virtuais de lapidopterologistas especialistas e amadores de
grande conhecimento técnico. Todas as informações foram retiradas de
endereços virtuais ou de artigos científicos confiáveis, de grupos de
pesquisadores prestigiados, conhecidos por estudarem especificamente
estes grupos de borboletas, ou pelo prazer de fotografa-las in vivo no
seu habitat. Dentre os sites e blogs visitados, divulgo-os aqui por sua
grande importância no compartilhamento do saber científico e pela
competência na qual expressam tais informações. São eles: Instituto Chico Mendes. ICMBio, Inventory of the Butterflies of Sangay National Park (Ecuador), Learn about Butterflies Mariposas e borboletas de Ivo kindel que publica excelentes closes, Butterflies of American, BorboletasBr do prestigiado professor João Angelo, Borboletário Shangrila, LepidopteróFilo, Lepidoptera Brasiliensis, Butterflies and Moths Of North America. Collecting and sharing data about Lepidoptera.
Destaco aqui também a contribuição do professor Dr. Carlos Marzana com a
identificação de artrópodes e lepidópteros em geral, de onde tirei
muitas fotos. Para os que se interessam, vale a pena conhecer seu
belíssimo trabalho no Rhopalocères d’Argentine .
As fotos foram obtidas na internet
e o arquivo não tem intenção comercial alguma. De fato, deixo claro que
caso seja pedido pelo proprietário, a foto será retirada sem o menor
problema para preservar o desejo de cada um. Obrigado a todos!!!
Reino: Animalia
Filo: Artropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Rhopalocera
Superfamília: Papilionoidea e Hesperoidea
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Agrias claudia
Família: Ninfalídeos/Preponinae
Plantas Hospedeiras: Quina glaziovii
Particularidades:
Ameaçada de extinção. Conhecida como o “príncipe dos ninfalídeos”
devido a sua beleza. Mais presentes em regiões do estado do Rio de
Janeiro e Espírito Santo.
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Ascia monuste
Família: Pierídeos/Pierinae
Plantas Hospedeiras: Couve, chagas e de alguns vegetais silvestres da família caparidácea e cruciferas. Geralmente Brassica oleracea
Particularidades: Talvez
a Borboleta mais comum do Brasil, denominada “praga-da-couve” devido a
suas lagartas, causarem sérios danos ao cultivo das diversas crucíferas.
Tem 6cm de envergadura e pode ser vista na cidade grande. Ovos de cor
amarelada.
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Catonephele numilia penthia
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Alchornea cordata
Particularidades: É
atraída por secreções vegetais e sucos de frutas fermentadas. Os machos
gostam de pousar nas folhas e abrir as asas, expondo-as ao sol.
Apresenta dimorfismo e dicromatismo sexual. Macho tem 6 manchas
alaranjadas. No verão ocorrem em grande número. Postura de ovos em
plantas de locais descampados. Sua lagarta lembra muita as urticantes.
Alimentam-se das pontas das folhas e descansam na nervuras. Pupa tem cor
verde escura.
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Colobura dirce
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Embaúba ou Cecropia sp
Particularidades:
Conhecida como “zebra”, devido ao desenho da face inferior das asas. Se
alimentam de frutos maduros e raramente abandonam áreas sombreadas. Faz
postura na face ventral das folhas e cortam as nervuras da folha
comendo-as de baixo para cima formando um abrigo.
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Smyrna blomfildia
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Urera baccifera (Urticaceae)
Particularidades: Se
alimentam do Urtigão sendo encontrada com frequência no verão. Depositam
ovos separadamente em folhas jovens, se assemelham com as lagartas de
saturnideos, mas são inofencivas. Metamorfose ocorre em cerca de 8 dias.
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Danaus plexippus erippus
Família: Ninfalídeos/Danainae
Plantas Hospedeiras: Oficial-de-sala (Asclepias curassavica).
Particularidades: É
uma das Borboletas mais conhecidas, próxima da famosa “monarca
americana”. Voa geralmente baixo, pousando em pequenas flores para sugar
o néctar. Chega a 9,5 cm de envergadura, tem voo baixo e lento e gosta
de lugares abertos. Ovos são colocados nos botões das Asclepsias, as
lagartas são impalataveis pois a planta hospedeira é tóxica. São
susceptíveis a ataques de vírus adquiridos pelas moscas Tachinidae.
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Dannaus gillipus
Família: Ninfalídeos/Danainae
Plantas Hospedeiras: Oficial-de-sala (Asclepias curassavica).
Particularidades:
Borboleta de sub-bosque, matas secundárias e trilhas de pastagens. Ovos
postos isoladamente e a borboleta tem cerca de 7 cm de envergadura.
Adultos visitam as Lantanas, Asclepias curassavica, Sarcostemma sp (que
são Asclepiadaceae).
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Dynastor napoleon
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Diversas Bromeliáceas.
Particularidades:
Considerada um dos mais espetaculares lepidópteros do mundo por suas
cores e tamanho. Voa geralmente nos meses de verão ao crespúsculo e ao
amanhacer. Sudeste Brasileiro (acima de 800 metros).
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Eueides isabella dianasa
Família: Ninfalídeos/Heliconinae
Plantas Hospedeiras: Diferentes espécies de maracujá, principalmente Passiflora edulis.
Particularidades: Comum em plantios, tem cores vistosas tanto adulto quanto a lagarta. É comum serem predadas ainda em estado larval.
Hamadryas arete
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Dalechampia spp (Euphorbiaceae)
Particularidades:
espécie heliófila, incomum, presente em zonas sombreadas de matas
ombrófilas, podendo ser avistadas cruzando áreas ensolaradas. É
encontrada em matas primárias e secundárias. Seu voo é normalmente
rápido e irregular. Ao sobrevoar a planta que vai se alimentar começa a
voar em círculos de forma mais lenta. Alimenta-se de frutas maduras
caídas no chão das florestas. Apesar de pertencer ao grupo das
borboletas-estaladeiras os indivíduos dessa espécie não produzem o som
ao se deslocar. As lagartas têm o corpo negro com listras verdes e
laranjas que se alternam. O corpo é coberto de espinhos negros e a
cabeça apresenta cornos ramificados. Apresentam hábitos diurnos.
Hamadryas amphinome
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Trepadeira Dalechampia (Delachampia scadens)
Particularidades:
Vulgarmente chamada de “estaladeira”, devido ao ruído que produz durante
o voo, pousa com as asas abertas. Tem 7,5cm de envergadura e suas
lagartas são gregárias.
Hamadryas februa
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Trepadeira Dalechampia (Delachampia scadens)
Particularidades:
Vulgarmente chamada de “estaladeira”, devido ao ruído que produz durante
o voo, pousa com as asas abertas. Não sofre com parasitismo e as
lagartas são solitárias
Hamadryas feronia
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Trepadeira Dalechampia (Delachampia scadens)
Particularidades:
Vulgarmente chamada de “estaladeira”, devido ao ruído que produz durante
o voo, pousa com as asas abertas. A pupa pode ser parasitada por
hymenoptera. Lagartas são solitárias
Heliconius erato phyllis
Família: Ninfalídeos/Heliconinae
Plantas Hospedeiras: Diversas espécies de maracujá (Passiflora sp)
Particularidades:
Voam durante todo o dia à procura de flores azuis ou vermelhas, como a
Lantana. À noite se reúnem em pequenos grupos sobre galhos secos. Tem 7
centímetros de envergadura. Ovos colocados em brotos de gavinhas de
diversos maracujazeiros. Pode ocorrer canibalismo entre as lagartas.
Heliconius ethilla narcaea
Família: Ninfalídeos/Heliconinae
Plantas Hospedeiras: Diferentes espécies de maracujá (Passiflora sp)
Particularidades: São
encontradas nas matas, jardins e parques, onde procura flores,
principalmente as vermelhas como margaridas e cambará-de-jardim. Tem 7cm
de envergadura e é encontrada em bordas de mata. Postura de ovos feita
em gavinhas de maracujazeiros silvestres de modo mais ou menos isolado.
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Heliconius sara
Família: Ninfalídeos/Heliconinae
Plantas Hospedeiras: Diversas espécies de maracujá (Passiflora sp)
Particularidades: Voa durante o dia nos locais sombrios ou ensolarados à procura do néctar de diversas flores de que se alimenta.
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Heraclides thoas brasiliensis
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Polífaga de Piperáceas, rutáceas nativas e também Citrus ssp.
Particularidades:
Conhecida popularmente como Borboleta Caixão-de-defunto, está presente
desde as matas até regiões abertas e ensolaradas, onde procura o néctar
de diversas flores, como o cambará, o hibisco e outras espécies que
exalam perfume. Chega a 13cm de envergadura, gosta de regiões
ensolaradas, especialmente bordas de mata. Ocorre durante todo o ano e
em repouso deixa as asas estendidas. Ovos são postos isoladamente em pés
de limão, laranja e tangerina. Sua lagarta repele o agressor liberando
um odor forte pela estrutura chamada osmetério,
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Junonia evarete
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Gervão (Stachytarpheta cayennensis) e Mangue-branco (Laguncularia racemosa).
Particularidades: A
Junonia evarete gosta de pequenas flores silvestres, de onde tira seu
sustento. Gosta de pousar sobre pedras, e em trilhas com as asas
abertas. O Macho tem a asa posterior azulada. São parecidas com a
espécie Junonia coenia.
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Marpesia petreus
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Diversas moráceas, como a jaqueira e a figueira.
Particularidades: Caracterizada pelas asas de contorno irregular, incomum e longas caudas escuras.
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Mechanitis lysimnia
Família: Ninfalídeos/Danainae
Plantas Hospedeiras: Tomateiro, tomateiro-bravo (Solanum sinzibrifolium,) e outras solanáceas.
Particularidades:
Tendo o nome comum de “maria-boba” ou “pequena- bandeira-espanhola”,
dado seu vôo lento e fraco. O adulto alimenta-se de Eupatorium, a
impalatabilidade do adulto pode ser provada através do teste da Nephila,
esta aranha não suporta a Mechanitis lysimnia, que ao perceber estar em
uma teia de aranha permanece estática, os olhos da aranha são incapazes
de perceber o padrão aposemático, a borboleta avisa a aranha através de
infoquímicos, chamados alomônios, secreções em forma de gotículas
amarelas que saem do abdômen, a Nephila detém o seu ataque pois detecta o
alomônio através de pêlos tubulares quimiossensíveis, a aranha
imediatamente recorta a teia em volta da borboleta e a solta da sua
teia.
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Heraclides anchisiades capys
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Laranjeiras e outras plantas cítricas (Citrus spp)
Particularidades:
Este papilionídeo é encontrado desde as matas até aos locais abertos e
de vegetação rasteira, onde, nas horas quentes do dia, procura o néctar
de diversas flores de que se alimenta. Encontrados em áreas desmatadas,
urbanas ou em flores como hibisco. Fêmeas deposita placas de ovos nas
plantas hospedeiras, mas somente em folhas maduras e não nas jovens como
o resto do grupo. As lagartas recém eclodidas migram para o ápice das
folhas e as devoram. A lagarta mimetiza excrementos de pássaros. Libera
um odor fétido pelo osmetério.
Heraclides androgeus laodocus
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Laranjeiras.
Particularidades:
Freqüenta as matas, as clareiras, os jardins e os pomares, onde existem
laranjeiras e outras plantas cítricas, alimento de suas lagartas. Os
machos costumam pousar na areia úmida para sugar a lama.
Parides ascanius
Família: Papilionídeo/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Aristolochia spp
Particularidades:
Embora grande e vistosa, a Borboleta é evitada por predadores como os
pássaros, pois assimila um veneno da única planta-alimento de suas
lagartas, Aristolochia macroura.
Phocides palemon phanias
Família: Hesperídeo/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Eucalipto (Eucalyptus spp)
Particularidades: Pequena Borboleta de cores escuras, caracterizada por corpo e cabeça robustos e as asas relativamente reduzidas.
Tegosa claudina
Família: Ninfalídeo/Melitaeinae
Plantas Hospedeiras:
Polífaga de Wedelia paludosa, Bidens pilosa, Bidens alba (Floridas o
ano inteiro) Vernonia beyrichii Mikania micrantha e trema micranthe
(Familia Ulmaceae)
Particularidades:
encontrada geralmente no sul e sudeste brasileiro. Já foi separada de
outras espécies cujos nomes hoje são considerados sinônimos. Fêmeas
depositam seus ovos, na face inferior das folhas. São amarelos, de forma
sub-cilíndrica. Se alimentam do parênquima da folha. Lagarta tem por
volta de seis estádios e são gregárias. Pupa de coloração variável. Os
adultos emergem no inverno e há um ligeiro dimorfismo sexual acentuado,
fêmeas maiores. Imagos observados comumente em bandos sob o barro
molhado
Hypanartia bella
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Trema micrantha e Celtis spinosas (Ulmaceae)
Particularidades:
Borboleta de porte médio habita as bordas do mato em florestas altas.
Adultos sem dimorfismo sexual acentuado. Machos muito territoriais
defendem seus sítios com vigor. Imagos com dieta predominantemente de
seiva em fermentação e barro molhado.
Pterourus cleotas
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Aristolochia sp
Particularidades: é
encontrado desde a Costa Rica até a Argentina. Uma forma semelhante é
encontrada no Peru e na Bolívia chamada de Pterourus menatius. Pouco se
sabe sobre este animal.
Pterourus scamander
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Persea gratissima
Particularidades:
Envergadura de 12 cm e são ariscas. Ovos são espalhados sobre a
superfície foliar juvenil. Lagarta verde e preta. Pouco se sabe sobre
esta espécie.
Eresia lansdorfi
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Acanthaceae
Particularidades:
Mimetiza Heliconius erato phyllis, mas existe a forma amarela chamada
sulphurata. Juntam-se em flores ou no barro formando panapanás.
Strephonota cyllarissus
Família: Licenídeos/Theclinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: com
uma cauda fina em cada asa posterior que é característica de alguns
membros desta família. A face superior da asa é azul. A asa posterior é
cinza-branco com dois ocelos negros na posição anal.
Placidina euryanassa
Família: Ninfalídeos/Ithominae
Plantas Hospedeiras: Trombeteiras Brugmansia suaveolens ou B. candida
Particularidades: Voo
lento e baixo, vivendo em borda de mata. Passam a noite agrupadas se
alimentando. Empupam longe da planta hospedeira em locais bem
escondidos. Borboleta de porte médio habita as florestas do Sudeste do
Brasil.Adultos sem dimorfismo sexual acentuado. Imagos com dieta de
néctar. Espécie do complexo mimético Mulleriano onde temos também
Heliconius ethilla narcaea e Mechanitis lysiminia lysimnia.
Heraclides hectorides
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Polífaga de Piper amalago, piperaceae, Citrus spp e raramente em rutaceae, gêneros: Zanthoxylum, Citrus
Particularidades:
Pequena em relação á maioria dos papilionídeos. Apresentam dimorfismo e
dicromatismo sexual. As fêmeas são escuras com listra brancas em cada
conjunto de asas anteriores e manchas avermelhadas em ambos os pares de
asas. Os machos são negros com uma faixa amarela que corta cada conjunto
de asas e pintas vermelhas nas asas posteriores. As lagartas se
alimentam isoladamente, a pupa é marrom esverdeada. Algumas pupas podem
entrar em estado de dormência por alguns meses em uma estratégia de
sobrevivência em locais com pouca disponibilidade de alimento.
Pyrisitia nise
Família: Pierideos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Mimosa watsonii, mas também do gênero Senna, dormideira Mimosa pudica (Fabaceae)
Particularidades:
espécie comum, heliófilos, podendo ser vista nas bordas entre cidades e
as áreas de matas (semiurbana) como também nas florestas secundárias.
Muito mais observada nas áreas onde o homem alterou a mata. População
extremamente abundante. A fêmea pode ser vista em diversos locais
próximos ao chão. É muito fácil se ver a desova. Já os machos também vão
ao chão procurando por locais úmidos como possas de águas e praias de
riachos, onde bebem água com sais. A espécie possui um voo lento, mas
irregular. As lagartas são verdes claras com duas linhas juntas e
longitudinais: uma na cor creme e outra em verde escuro. Ainda têm o
corpo com coberto de pequenos e finos pelos. Seus hábitos são diurnos e
isolados.
Eurema elathea
Família: Pierideos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Polífogas da família Fabaceae: Zornia, Stylosanthes e Senna. Especial preferência por Senna alata
Particularidades:
espécie comum, heliófilas, podendo ser vista nas bordas entre cidades e
as áreas de matas (semiurbana) como também nas florestas secundárias. A
fêmea pode ser vista em diversos locais próximos ao chão de preferência
nem planta alimento das lagartas, onde com atenção é muito fácil se ver a
desova. Já os machos também vão ao chão procurando por locais úmidos
como possas de águas e praias de riachos, onde bebem água com sais. A
espécie possui um voo lento, mas irregular.
Epityches eupompe
Família: Ninfalídeos/Danaine
Plantas Hospedeiras: Não identificado
Particularidades:
Apresenta 3 manchas amareladas translucidas no primeiro par de asas,
sendo elas contornadas por traços pretos e manchas alaranjadas. O ápice
da asa tem manchas brancas. O segundo par de asa apresenta uma única
mancha amarelada translucida com contorno preto e laranja e borda com
manchas branqueadas
Chiomara asychis
Família: Hespiriídeos/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Malpighia glabra e Gaudichaudia pentandra
Particularidades:
ocorre também na Argentina, norte da América e até no sul do Texas,
Arizona, Nevada e Kansas. A envergadura é de até 3,8cm. Existem três a
quatro gerações com adultos em asa ao longo do ano no sul do Texas.
Rekoa palegon
Família: Licenídeos/Theclinae
Plantas Hospedeiras: Asteraceae
Particularidades: é
encontrada a partir do norte da Argentina até o México e em alguns
locais do Texas. Tem uma envergadura de até 2,8 cm, tem um marrom
maçante e a parte inferior da asa é cinza com laranja amarronzado nas
margens externas, com listras irregulares. Há uma geração por ano sendo
em novembro no sul do Texas e de maio a dezembro, no México. Eles se
alimentam do néctar das flores e espécies de Senecio Eupatorium.
Battus polydamas
Família: Papilionideos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Aristolochia em especial a A. galeata e A fimbriata (no RJ)
Particularidades:
Encontrado em bordas de mata, as lagartas são cinzas, vermelhas ou
marrons, devastando plantas de grande porte até a raiz, as larvas são
tuberculadas, com longos filamentos no tórax. Casais são vistos em
locais com plantas que produzem muito néctar. Os ovos são de cor amarela
e as lagartas são gregárias. Exibem o osmetério bífido liberando odor
fétido quando molestadas. Podem sofre parasitismo de hymenoptera. Ela
imita as fêmeas de Pterourus scamander e de Heraclides astyalus.
Mechanitis polymnia casabranca
Família: Ninfalídeos/Danainae
Plantas Hospedeiras: Tomateiro-bravo Solanum paniculatum
Particularidades:
pertence ao anel mimético mülleriano co Hypothyris euclea, Mechanitis
lysimnia Placidina euryanassa, Euides Isabella e Heliconius ethilla. É
impalatável aos predadores. Tem voo lento, próximo ao solo, muito comum
exceto no Rio Grande do Sul. Tem uma envergadura de 6,5cm e as fêmeas
colocam os ovos na face superior da folha. Lagarta branca de pupa
prateada.
Aeria olena olena
Família: Ninfalídeos/Danainae
Plantas Hospedeiras: Solanáceas
Particularidades:
possui face dorsal amarela com bordas pardas e asas anteriores medindo
1,9 cm. Apresenta vôo frágil, muito lento e pouca altura. Pousa com as
asas fechadas em lugares sombrios
Eurema albula
Família: Píerídeos/Colidinae
Plantas Hospedeiras: Polífaga de Senna occidentalis, Senna hirsuta e Parkinsonia
Particularidades:
apresenta uma face dorsal com ápice negro e ventre das asas posteriores,
branco ou pardo. As asas anteriores medem 3,5 cm de envergadura. São
encontradas em sub-bosques e plantios. Voam lentamente a pouco mais de
um metro do chão. Lagartas bem verdes, como a folha que comem. Adultos
procuram alimento em flores bem coloridas formando panapanás.
Capronnieria galesus
Família: Ninfalídeos/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
Pouco se sabe sobre esta espécie. Não tem manchas ocelares nas asas. A
face superior da asa é marrom sólido e a inferior está manchada de
pálido nas bordas externas. Ainda na parte interna essa separação das
cores é feita por uma linha transversal e na borda das asas linhas
castanhas fazem ziguezague. Entre eles pode haver pontos na asa
posterior
Strymon astiocha
Família: Licenídeos/Theclinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
Pouco se sabe sobre esta espécie. Mede por volta de 3cm a face superior
da asa é marron com a borda branca e uma mancha negra próximo ao
prolongamento anal da asa posterior. A face inferior da asa é marrom
claro. A asa posterior Tem pequenas manchas marrons e pretas com manchas
brancas próximas as margens que também são branqueadas. A asa posterior
é marrom claro com duas fileiras irregulares de manchas marrons e
pretas.
Anartia jatrophae
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Polífaga de Bacopa, Ruellia e Lippia
Particularidades:
Adultos gostam de néctar de Bidens pilosa. São territorialistas,
cuidando de uma área de mais ou menos 15 metros em busca de fêmeas. Tem
cerca de 7 cm de envergadura e geralmente 3 manchas ocelares em par de
asas. Ocorre em quase toda America, desde a Argentina, passando pelo
Brasil chegando até Carolina do norte, do sul e Nebraska. Evolutivamente
próxima da espécie A. amathea. E comum em áreas bem abertas. É fácil
vê-la voando baixo na vegetação rala das dunas próximas ao mar.
Anartia amathea
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Pantas Hospedeiras: Polífaga de Acanthaceae e Lameaceae
Particularidades: Uma das Borboletas mais comuns do Brasil, ocorrendo principalmente em locais úmidos e brejos.
Vanessa braziliensis
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Polífagade Antennaria, Senecio, Artemesia (Asteraceae), Antirrhinum (Scrophulariacae). Malva (Malvaceae)
Particularidades: O
gênero Vanessa contém mais de 20 espécies. Esta, é encontrada no Brasil,
Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, Paraguai, Uruguai e Argentina. Tem
um padrão de rosa-laranja, preto e branco na face superior das asas e um
tom de mármore em azeite e cinza na face inferior. Tem também uma linha
de pós-mediana ocelar de tamanhos variados nas asas posteriores. ocorre
em uma grande variedade de habitats perturbados, incluindo pastos
abertos e pastagens, áreas rochosas árida. Normalmente é encontrada em
altitudes entre cerca de 1800-3500 metros. Ambos os sexos tendem a ser
vistos em grupos de até uma dúzia em gramados, clareiras, em rochas ou
solo nu nas proximidades de fontes de néctar. Ficam agitadas na presença
de seres humanos intrusos. Se perturbadas, geralmente voam para poucos
metros de distância. Por vezes pousam de asas abertas para se aquecer e
na presença de nuvens pousam sobre pedras ou entre gramíneas com as asas
fechadas. No final da tarde as borboletas procuram galhos e passam a
noite pendurado nas folhas ou caules de plantas herbáceas.
Vanessa myrinna
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Polifaga de Antennaria, Senecioand Artemesia (Asteraceae), Antirrhinum (Scrophulariacae), Malva (Malvaceae)
Particularidades:
Características muito parecidas com a da Vanessa braziliensis, exceto
pelo fato de que as manchas ocelares serem quase ou totalmente ausentes
na asa posterior. É encontrada em altitudes entre cerca de 1800-3000
metros, as pupas de espécies são acinzentadas Vanessa, e um pouco
brilhante.
Hemiargus hanno
Família: Licenídeos/Polyommatinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
ocorrem na região neotropical. A maioria é restrita a campos temperados
dos Andes e grandes altitudes embora espécies ocorrem em altitudes muito
mais baixas. O número exato de espécies Hemiargus é incerto devido a
opiniões divergentes sobre a classificação taxonômica de várias raças.
Atualmente, se reconhece somente duas espécies de Hemiargus com diversas
subespécies; ceraunus, gyas, filenus, antibubastus, hanno, astenidas e
bogotana. A última pesquisa parece indicar, porém, que há pelo menos
seis espécies denominadas; martha, huntingtoni, ceraunus, hanno, Ramon e
outras espécies atualmente sem nome do Peru. Hemiargus hanno é a
espécie mais comum e mais generalizada. Ele provavelmente ocorre sobre a
maioria das regiões tropicais e sub-tropical do continente da América
do Sul, embora a sua faixa exata é desconhecida devido à freqüente
confusão com outras espécies Hemiargus. Esta espécie é encontrada em
habitats perturbados, secos, áreas tropicais e subtropicais, em
altitudes entre o nível do mar e cerca de 1500m. É mais freqüentemente
visto em pastagens, mas também podem ser encontrados ao longo das
estradas ou clareiras em florestas gravemente perturbadas. Hanno são
ativos apenas no sol quente, momento em que grandes números podem ser
encontrados voando em aberto secos gramados.
Hemiargus ceraunus
Família: Licenídeos/Polyommatinae
Plantas Hospedeiras: Polífaga de Cassia brachiata, Prosopis species e Abrus precatorius
Particularidades: A
face superior das asas são azuis nos machos, as fêmeas são marrom
escuro, muitas vezes com a base das asas azuis. A face inferior é cinza
em ambas as asas com uma linha pos-mediana escura. Os ovos são
depositados individualmente em botões de flores ou folhas de plantas.
Elas ocorrem em floresta aberta e em regiões desérticas,
Pyrgus orcus
Família: Hesperíideos/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Geralmente Malvastrum e Sida (Malvaceae)
Particularidades: os
machos na Pyrgus género (e em vários outros géneros Pyrginae) tem a
metade basal do bordo de ataque da asa dianteira dobrada. Dentro da
dobra são centenas de escalas da asa especializadas chamadas androconia,
a partir do qual os feromônios são divulgados para atrair fêmeas para a
cópula.
Hylephila phyleus
Família: Hesperídeos/Hesperinae
Plantas Hospedeiras:
Polifaga de grama Bermuda (Cynodon dactylon), capim-colchão (Digitaria),
grama Santo Agostinho (Stenotaphrum secundatum) e outras gramíneas
Particularidades:
Ocorre da Argentina até o Sul do EUA. Adulto se alimenta do néctar de
diversas flores pimenteira-doce, serralha pântano, e cardos. Antenas são
muito curtas. Face inferior da asa posterior é repleta de pequenas
manchas pretas. A fêmea é marrom escuro com uma banda muito irregular de
laranja. A face inferior da asa posterior é castanho claro com detalhes
palidos. Os machos pousam em gramados e aguardam fêmeas receptivas. Os
ovos são colocados isoladamente em folhas e as vezes em objetos.
Lagartas fazem abrigos horizontais no gramado.
Aphrissa statira
Família: Pierídeos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Polífaga de Cassia, Dalbergia e Entada (Leguminosae), Callichamys (Bignoniaceae) e Calliandra (Mimosaceae)
Particularidades: bem
distribuida entre a florida e Bolivia. Existem 8 espécies de Aphrissa
neotropicais. A face superior da asa do macho é amarelo escuro e na
porção exterior de ambas as asas sendo de coloração amarelo pálido,
muito esverdeado. A fêmea é amarelo limão, com uma mancha preta, as
margens das asas são pretas e um ápice preto. A parte inferior das asas
de ambos os sexos tem uma aparência brilhante. Esta borboleta geralmente
é vista nas margens de rios e outros habitats abertos, em altitudes
entre cerca de 0-1600m. É mais comum entre cerca de 200-800m e é mais
abundante durante o inicio das estações molhadas. Tem comportamento
migratório, voando rio acima na parte final da estação seca, e rio
abaixo em direção ao mar durante a estação chuvosa. Muitas vezes,
continua para o mar aberto. O vôo é rápido e direto, como é típico de
espécies migratórias. Os machos são geralmente encontrados em grupos,
absorvendo a umidade de areia úmida em praias fluviais. Estes grupos tem
no máximo 100 borboletas amontoadas em conjunto em um metro quadrado ou
até menos. Podem formar grupos exclusivos, mas com freqüência se
misturam com outros gêneros que também tem cor pálida, como Rhabdodryas,
Phoebis e Protesilau. As fêmeas não visitam bancos de areia, mas podem
ser vistas em flores, e são particularmente atraídos por flores
vermelhas ou laranja, como as Lantana. Um estudo realizado no Panamá
demonstrou que Aphrissa statira perde sua capacidade de navegação,
quando expostos a um campo magnético forte, o que sugere que utiliza o
campo magnético da Terra para navegar.
Strymon bazochii
Família: Licenídeos/Theclinae
Plantas Hospedeiras: Lippia alba, Lippia graveolens, Bidens alba, varis espécies de Lantana (somente brotos jovens) e Stachytarpheta jamaicensis
Particularidades:
encontrada desde o Paraguai até a América Central, Antilhas e México, e
sul do Texas. Foi introduzida no Havaí em 1902 para controlar a
população de Lantanas. Com resultados bem sucedidos. Tem uma envergadura
de 2,5cm. São vistas de Maio a Dezembro. Existem duas ou três gerações
por ano.
Actinote discrepans
Família: Ninfalídeos/Heliconiinae
Plantas Hospedeiras: Polífagas, entre elas Asteraceae, Eupatorium intermedium
Particularidades:
Podem ser muito abundantes no sudeste do Brasil em certas epocas do ano.
O gênero actinote permite separar pela sua coloração alar cinco padrões
básicos anatomicos, provavelmente relacionados com o mimetismo. Além
disso, séries de exemplares coletados no campo ou criados em laboratório
demonstram claramente que existe uma grande variabilidade
intra-específica na coloração alar destas borboletas tornando sua
identificação difícil. As larvas possuem hábitos gregários até atingirem
o tamanho aproximado de dois centímetros, no terceiro ou quarto
estádio. No último estádio alimentam-se isoladamente nas folhas dos
arbustos
Actinote pellenea
Família: Ninfalídeos/Heliconiinae
Plantas Hospedeiras: Geralmente em Austroeupatorium inulaefolium
Particularidades: com
ampla distribuição na América Neotropical, sendo possível encontrá-la
desde a Argentina até o México: no sudeste do Brasil, suas populações
são caracterizadas por apresentar polimorfismos nos padrões alares.
Estudos feitos co populações do sudeste e centro-oeste do Brasil bem
como medidas morfométricas da asa anterior e marcadores moleculares de
microssatélites analisaram padrões de variação morfológica e níveis de
estruturação genética. Os resultados revelaram que as populações estão
estruturadas geneticamente e análises de características fenotípicas
mostraram que as populações também estão estruturadas morfologicamente. A
estruturação genética pode ser atribuída tanto a processos estocásticos
como fluxo gênico e a pressões seletivas atuando diferentemente em cada
população. Provavelmente, a instabilidade do ambiente, estrutura das
paisagens e das comunidades de plantas hospedeiras exerçam um papel
fundamental na estrutura e diferenciação morfológica. Aparentemente, a
estrutura genética e morfológica das populações seguem um modelo em que
estão sujeitas; intensidades de fluxo gênico, variáveis onde seleção e
deriva genética também influenciam de forma distinta cada população.
Actinote carycina
Família: Ninfalídeos/Heliconiinae
Plantas Hospedeiras:
Eupatorium buniifolium, E. hirsutism, E. inulae, E. laevigatum Lam. E.
macrocephallls, E. oblongifolium mas especialmente em Eupatorium
gaudichaudianum e Eupatorium inulaefolium (Asteraceae)
Particularidades:
Pode apresentar duas gerações ao ano, em novembro/dezembro e
março/abril. Tem sete instares larvais. As posturas são feitas na face
abaxial da folha em grupos de 400 a 450 ovos. São depositados lado a
lado, e as lagartas enfrentam condições extremas durante a chegada das
geadas. Em locais onde cai neve a face adaxial da folha é coberta pelo
gelo, as larvas alimentam-se, após o degelo, até o final da tarde, num
período aproximado de cinco a seis horas diárias. Este comportamento
também foi observado para Actinote surim.
Melete lycimnia
Família: Pierídeos/Pierinae
Plantas Hospedeiras: erva-passarinho Phoradendron affine
Particularidades: Com
maior frequência na primavera. Adultos sobream a planta hospedeira
acasalando e fazendo a postura. Cerca de 80% dos ovos são viaveis sendo
geralmente parasitado pelo fungo Metarhizium anisoplia ou hyminopteras
como bracymeria (Chalcidae)
Eurema deva
Família: Pierídeos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Senna sp
Particularidades:
borboletas brancas amareladas de distribuição na Ásia, África, Austrália
e Oceania, para o Novo Mundo. Há mais de 70 espécies do gênero, mas
mais de 300 nomes sinônimos. Algumas espécies, como o comum Africano
Eurema hecuba que têm mais de 80 sinônimos. O gênero em si tem mais de
15 juniores sinónimos genéricos. Este é o preço de ser um táxon
generalizado, assim como um problema zoogeográficas.
Phoebis philea
Família: Pierídeos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Diversas espécies de Cassia, em especial C. siamea (Caesalpinaceae) e Zygia.
Particularidades:
Conhecida vulgarmente como “gema”, encontrada em parques e jardins,
voando rapidamente sobre as flores de diversas plantas cultivadas dos
gêneros Impatiens, Hibiscus, Ixora, Duranta e Bougainvillea, entre
outras. Tem uma envergadura de 9cm encontrada em jardins e matas. Voa
rapidamente desde o nível do chão até copa de árvores. Postura é feita
em brotos e folhas jovens de fedegoso ou ingazeiro. Muitas vezes pode
ser encontrado em empoçamento de lama formando agregações de diversas
espécies de Phoebis. São migratórias, e amplamente distribuídas em toda a
região neotropical.
Phoebis neocypris
Família: Pierídeos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Cassia da família da ervilha (Fabaceae) e Senecio brasiliensis
Particularidades:
Macho é alaranjado e fêmea esbranquiçada ou amarelada. Ambos têm
extensão triangular em cada asa posterior. Os ovos são colocados em
grupos na base de folhas de plantas hospedeiras. As lagartas alimentam
de folhas novas e são gregárias. Adultos visitam como Lantana ou
Impatiens. O Phoebis gênero compreende oito espécies. A maioria é
migratória, e amplamente distribuídas em toda a região neotropical
embora existem algumas variedades não-migratórias encontrada apenas em
Cuba, uma endêmica no Haiti e no Equador. Todas as espécies de Phoebis
tem dimorfismo sexual. Os machos são amarelo brilhante acima com a
estrutura androconial na asa anterior. Phoebis neocypris é encontrado
desde o México até o Brasil e Peru geralmente em floresta primária e
secundária, florestas deciduais e pastagens. É uma espécie de baixa
altitude, raramente encontrados acima da elevação de 1000 m. Os machos
são geralmente vistos em números menores do que P. sennae ou P. argante,
mas muitas vezes pode ser encontrado em empoçamento de lama formando
agregações de diversas espécies de Phoebis. Formam grupos de dezenas de
indivíduos e quando molestados alçam voo em formado de redemoinhos
tremulando as asas amarelas. As fêmeas são vistas com menos freqüência,
observados geralmente em vôo ou em flores vermelhas. Não há ritual de
acasalamento, as fêmeas são interceptadas em pleno voo e levadas para o
chão, onde a cópula ocorre imediatamente.
Phoebis sennae
Família: Pierídeos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Cassia da família da ervilha (Fabaceae).
Particularidades: Se
alimenta do nectar de muitas flores, como Cordia, flor cardeal, hibisco,
lantana e glória manhã selvagem. A superfície superior da asa do macho é
amarelo limão, sem marcações. As fêmeas são amarelas ou brancas sendo a
borda externa com coloração preta irregular. A superfície inferior da
asa posterior de ambos os sexos tem dois pontos-de-rosa com bordas de
prata. Envergadura de até 10cm Encontrada em jardins, copas de árvores.
Sempre faz a postura em brotos jovens. Se camuflam em flores amareladas.
Após sair do estagio de pupa voam em bando pousando em poças ou
terrenos umido onde há muito nitrato que favorece sua maturação sexual. Os
machos fazem um vôo rápido, em busca de fêmeas receptivas. Os ovos são
depositados individualmente em folhas jovens ou botões de flores de
plantas hospedeiras. As lagartas comem folhas e descansam na parte
inferior do pecíolos das folhas. Ocorrem do norte da Argentina para o
sul do Texas.Também ocorre na
maioria das ilhas no Mar do Caribe. Há quatro subespécies nomeados, dois
dos quais ocorrem nos EUA: marcelina, no oeste, e eubule no leste.
Phoebis argante
Família: Pierídeos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Cassia da família da ervilha (Fabaceae) mas especialmente Inga uruguaiensis.
Particularidades:
Muito comum em matas plantios. Tem voo rápido e gosta de ovopositar em
brotos jovens. Ovos cilindricos e pontudos depositados no Ingá. Possui
uma glândula chamada de nectário floral que alimenta algumas espécies de
formiga que por sua vez defendem as plantas de invasores.
Colias lesbia lesbia
Família: Pierídeos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Alfalfa (lecerne) Lotus, Vicia, Trifolium, Astragalus.
Particularidades:
Borboletas Colias são encontradas em quase todos os locais do mundo, tem
mais de 300 especies neste gênero. Colias lesbia lesbia ocorre desde a
Colombia, Chile até Argentina. Esta espécie se alimenta em pastagens e
podem viver em altitudes de entre 2500 a 4000m. Nestes habitats de
grande altitude são banhadas pelo sol quente durante a maior parte do
ano. As temperaturas do dia pode ser tão elevada quanto 25°C, mas pode
cair abaixo de zero ao ponto de durante a noite. Os ovos de espécies
Colias são geralmente em forma de garrafa, com nervuras verticais, na
maioria das espécies são verde amarelo ou pálido cremoso ao primeiro
colocado e com o tempo se tornam laranja escuro ou vermelho. As lagartas
são geralmente verde, com uma linha branca ou amarela lateral com gumes
de uma série de travessões negros ou rosados. Os espiráculos geralmente
são destacados em amarelo ou laranja. As crisálidas de Colias são
tipicamente verde ou cor de palha e ficam fixadas verticalmente por um
cinto de seda. Os adultos podem ser vistos em colônias de várias dezenas
de indivíduos nos seus locais de reprodução.Os machos, por vezes pousam
na lama úmida para absorver a umidade e minerais. Busca o néctar da
planta “olho-de-boi”. Eles repetir este ciclo de busca, alimentação e
descanso continuamente durante toda a manhã, mas tendem a desaparecer da
vista por meio da tarde. Ha ainda a Colias lesbia mineira que ocorre
com muita frequencia no sudeste do Brasil
Dismorphia amphiona astynome
Família: Pierídeos/Dismorphiinae
Plantas Hospedeiras: Ingá urugaiensis Ingá sapindoides e Ingá densiflora.
Particularidades:
Ocorre no Brasil Caribe, México, Bolívia e tem cerca de 7,7cm de
envergadura. É mímica de Mechanitis lysimnia. Gostam de ficar
empoleiradas em brotos jovens de Ingá onde põem os ovos individualmente.
Parides neophilus
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Aristolochia spp
Particularidades: Voo
rápido e irregular, sempre alto. Alimenta-se de nectas de flores
encontradas na mata ou sub-bosque. Difícil de ser encontrada, bem como
suas lagartas que raramente ficam juntas. A lagarta é marrom escura com
protuberâncias como espinhos de cor amarelada. A pupa se camufla muito
bem com seu verde amarelado. O adulto é de cor escura, com manchas azuis
no primeiro par de asas e avermelhadas no segundo par.
Heraclides astyalus
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Citrus spp. E Esenbeckia febrifuga
Particularidades:
Papilionideos tem mais de 600 espécies dividas em três sub-famílias;
Parnassiinae com cerca de 50 espécies e vivem geralmente em áreas
montanhosas do hemisfério norte; Papilioninae com cerca de 550 espécies
distribuídas em todo o mundo e são chamadas de Swallowtails e
Dragontails; e Baroniinae com um único representante da espécies Baronia
que é endêmica para as montanhas do oeste do México. Heraclides dispõe
de 28 espécies, e é um grupo irmão do gênero Papilio. Elas tem manchas
de creme e são muito semelhantes a P. androgeus, mas neste último as
manchas são reduzidas. Heraclides astyalus é muito difundido, com seis
subespécies encontrados em diversas áreas entre o Texas, Argentina,
Brasil, até no Paraguai. Vivem em muitos habitats diferentes, incluindo
florestas tropicais, florestas estacionais deciduais, pomares, bordas de
mata, zonas suburbanas em altitudes entre o nível do mar e cerca de
1200m. Só extremamente heliófilas. Ambos os sexos visitar as Lantanas.
Os machos são mais comumente vistos lama, empoçamentos de praias, bordas
de riachos e piscinas. Eles são geralmente vistos isoladamente, ou em
meio a agregações com Pierideos. Ao se alimentar em flores ou no chão
suas ficam constantemente vibrando, uma característica comum deste grupo
de borboletas. Depois de vários minutos, eles relaxam totalmente as
asas deixando-as desdobradas. Tem um forte dimorfismo e dicromatismo
sexual, sendo o macho menor amarelo e com listras pretas. As fêmeas são
totalmente escuras com pequenos detalhes amarelos.
Heraclides torquatus
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Citrus spp.
Particularidades: Os
machos de Heraclides torquatus e H. garleppi são praticamente idênticos
em aparência. Em ambas as espécies, há uma variação geográfica em
relação à forma e tamanho das marcações amareladas apicais e das manchas
creme, rosa e azul-cinzento na área exterior do lado de baixo das asas
posteriores. Heraclides torquatus e garleppi ocorrem em toda a região
amazônica superior, mas a torquatus se estende ao norte até o México e
para o sul até o norte da Argentina. Esta espécie ocorre principalmente
em áreas de floresta úmidas baixas, mas é um animal fortemente
migratório e pode ser encontrado numa grande variedade de habitats
florestais e aberto em altitudes de até cerca de 700m. O ovo desta
espeçie é globular, amarelo esverdeado. São depositados individualmente
sobre as folhas de arbustos de Citrus. A lagarta é malhada em tons de
marrom maçante, amarelo-esverdeada e esbranquiçada, com uma dupla
fileira de tubérculos ao longo das costas. Ela repousa sobre a
superfície superior das folhas com o corpo arqueado e se assemelha a
fezes de aves. Possui um osmetério bífido que emite um odor desagradável
a base de ácido isobutírico que também é usado como uma defesa contra
formigas. A crisálida é marrom escuro, mármore com verde, de modo a
assemelhar-se a um pedaço de líquen incrustado de galho. As borboletas
são altamente sazonais, o período de voo principal ocorre na metade da
estação seca. Os machos migram ao longo dos cursos d’água, e são
comumente vistos em grupos de 10 ou 20 absorvendo minerais dissolvidos e
em urina em bancos areia. Ao pousarem Ao se alimentar em flores ou no
chão suas ficam constantemente vibrando, uma característica comum deste
grupo de borboletas. Depois de vários minutos, eles relaxam totalmente
as asas deixando-as desdobradas. São extremamente ariscas, qualquer
perturbação faz todo o grupo sair em fuga. As fêmeas são vistas com
muito menos frequência, geralmente em clareiras dentro da floresta. Elas
podem ser confundidas com fêmeas de Parides sesostris.
Parides bunichus
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
Muito ameaçada de extinção. A espécie habita as matas de encosta de
morros costeiros no litoral de Santa Catarina, embora ocorra em todo sul
e sudeste do Brasil. Ocorre também no Paraguai, Uruguai e Argentina em
altitudes de 0 a 50 m de altitude.
Parides burchellanus
Família: Papilionideo/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Aristolochia chamissonia e Aristolochia melastoma.
Particularidades:
chamada de borboleta de veludo preto. A asa dianteira é desmarcada,
eventualmente pode apresentar pequenas manchas brancas marginais. A face
inferior da asa traseira tem pequenas manchas vermelhas. A asa
posterior tem a margem exterior denteada e uma grande bolsa androconial
com pêlos na margem anal do macho. Não tem prolongamento da cauda. Os
sexos são iguais. É uma espécie rara evolutivamente significativa que
vive em poucas áreas do Brasil central. Sua estreita relação com um
ambiente altamente peculiar (galeria ou mata ciliar ao longo dos rios
que atravessam a paisagem do cerrado e mata atlantica) restringe a sua
ocorrência a alguns pontos. A fragilidade de seu habitat, e a perda de
ambientes naturais, poluição dos córregos e o isolamento das populações
conhecidas tornam-a um alvo propenso a extinção. É considerada uma
espécie ameaçada. Ela apresenta semelhança morfológica considerável para
Parides panthonus jaguarae, com o qual compartilha tanto alcance
geográfico quanto a planta hospedeira para as lagartas. Atualmente as
duas espécies são classificadas distintamente, com base em pequenas
diferenças de órgãos genitais masculinos. Um estudo apontou que a
posição filogenética e sistemática de P. burchellanus em relação a três
subespécies de P. panthonus (jaguarae, lisímaco e aglaope) foi avaliada
utilizando evidências moleculares. A divergência genética é equivalente à
divergência entre os membros da mesma espécie ou de outras espécies de
Parides, e menor do que a divergência interespecífica entre espécies
irmãs diferentes deste gênero. Os resultados apoiam a proposta de que P.
burchellanus e P. jaguarae são susceptíveis a serem sinônimos e sugerem
que são a mesma espécie. A classificação taxonômica de P. burchellanus
deve ser revista com base em dados moleculares.
Pseudolycaenas marsyas
Família: Licenídeos/Theclinae
Plantas Hospedeiras: Suína ou monhoco Erythrina spp
Particularidades:
Estima-se que no mundo haja mais de 6.500 espécies nesta família. Cerca
de 40% ocorrem em região neotropical. Lagartas são verdes e camuflam-se
em sua planta hospedeira. A pupa se fixa em folhas velhas, pois
apresentam-se de cor palha. Se alimentam de frutos fermentados ou flores
em bordas de mata. A face superior das asas é azul metálica e a porção
inferior é esbranquiçada com detalhes em preto. Tem três filamentos
recurvados no final do segundo par de asas que ela mantém em movimento
simulando antenas, evitando ataques por trás.
Hypothyris euclea
Família: Ninfalídeos/Ithomiinae
Plantas Hospedeiras: Acnistus arborescens e Solanum (Solanaceae)
Particularidades: o
grupo Ithomiinae compreende cerca de 376 espécies. Todos estão
confinados à região neotropical. São impalatáveis para as aves e
consequentemente imita e é imitada por outras espécies de borboletas
(mimetismo mülleriano). Há também um grande número de espécies
palatáveis (mimetismo batesiano) que evoluíram padrões semelhantes. As
aves têm a capacidade de memorizar padrões de cores de borboleta e assim
aprendem a evitar comer espécies nocivas, mas também são enganados em
ignorar igualmente marcados espécies comestíveis. Ithomiines são
caracterizadas por terem olhos pequenos e longas antenas caídas. Os
machos têm longas plumas androconiais. Estes ficam escondidos quando as
borboletas estão em repouso, mas são exibidos quando as asas são
mantidas abertas durante o comportamento reprodutivo. Batem as asas
muito lentamente e tem preferência por microclimas mais escuros, como
recantos do bosque. Existem basicamente dois tipos de ithomiine; os
pretos e laranja chamados de “tigres” imitados por outras espécies; e os
“glasswings”, reconhecidos por suas asas transparentes ou translúcidas,
veias proeminentes, e as margens da asa laranjadas. Muitos gêneros
incluem exemplos de ambos os tipos. O uso do padrão de coloração para
identificação de espécies é muito confiável embora algumas espécies
produzam uma variedade de cores diferentes de acordo com a localidade e
época que ocorrem. A melhor abordagem, é usar a venação asas posteriores
e outras características anatômicas para identificar o gênero, e depois
olhar para ooutros padrões para confirmar. Existem 18 espécies
conhecidas no gênero Hypothyris, dos quais 13 são encontrados no Peru.
Hypothyris euclea é uma espécie comum e generalizada encontrados a
partir de Costa Rica para a Bolívia. Existem atualmente 21 subespécies
descritas. Esta espécie ocorre em floresta tropical úmida e floresta
estacional decidual em altitudes entre 200 e 1200m. Os ovos são brancos,
colocados em lotes de até 80 sempre abaixo de folhas às margens da
floresta. As lagartas são gregárias e alimentam-se diariamente do tecido
parenquimatoso da folha, deixando a nervura central e paralelas
intactas. Quando adultos são pretos com pequenos pontos brancos ao longo
das costas. A parte inferior do abdômen e do segmento anal são brancos.
A crisálida é cor de ouro, suave, e em forma de gota de chuva.
Geralmente são vistos isoladamente, voando em áreas onde a luz solar é
filtrada pela copa das árvores. Em condições nubladas deixa o interior
da floresta e pode ser visto se alimentando nas flores que crescem nas
clareiras e margens dos rios. Os machos seqüestram alcalóides
pirrolizidínicos de Heliotropium, Tournefourtia, Myosotis
(Boraginaceae), Eupatorium, Neomiranda e Senecio (Asteraceae). Estes
produtos químicos conferem qualidades tóxicas para as borboletas que
impedir os ataques de aves. Os produtos químicos são também usados na
produção de feromônios. Muitas vezes, os machos das espécies ithomiine
vários se reúnem para soltar feromônios chamando atenção de mais fêmeas.
A presença de fêmeas estimula os machos a abrir suas asas e liberar
mais feromônios ainda para a cópula. As fêmeas obtem seu sustento a
partir do néctar de Inga, Cephaelis, Psychotria etc, e também visitar
excrementos de pássaros.
Methona themisto
Família: Ninfalídeos/Danainae
Plantas Hospedeiras: Manacá (Brunfelsia hopeana)
Particularidades:
Chamada “Borboleta do manacá” devido a estar intimamente associada a
essa planta. Fêmeas põem ovos isolados nas brotações mais jovens. As
manchas amarelas são translucidas e tem diversos mímicos como a Dircenna
dero, Tryridia psidii e outros.
Dircenna dero rhoeo
Família: Ninfalídeos/Ithomiinae
Plantas Hospedeiras: Solanaceae, geralmente Solanum paniculatum, ou jurubeba
Particularidades:
Adulto se alimenta de nectar de Lantana camara (Verbenaceae). Além do
habitat silvestre é encontrada freqüentemente nas de fronteiras entre as
cidades e as florestas. Tem preferência por matas secundárias,
apresentando populações maiores nas bordas das cidades ou nas áreas
florestas em reconstituição. As lagartas são lisas, com corpo
predominantemente de cor verde clara, áreas no dorso em tom de verde
mais escuro e ainda com zonas dorso-laterais amarelas.
Thyridia psidii
Família: Ninfalídeos/Ithomiinae
Plantas Hospedeiras: Cyphomandra (Solanaceae)
Particularidades: os
membros desse grupo têm uma envergadura de cerca de 10 cm e incluem
sete espécies de Methona e uma única espécie de Thyridia. Os dois
gêneros podem ser distinguidos por uma barra escura transversal na asa
posterior na qual é mais externa na Methona. Thyridia também têm as
antenas menores e têm um tom de laranja nos recém-eclodidos. Essa cor
desaparece depois de alguns dias e torna-se similar em tom e
translucidez a Methona. São distribuídas no Equador, Peru e Bolívia,
Brasil e América central. A subespécie melantho é distribuída a partir
de Guatemala para o Panamá e tem muito marcas pretas nas asas anteriores
mais fortes. São vermelho-alaranjadas nas asas posteriores com destaque
em preto no final da célula discal. Existem formas intermediárias na
Venezuela e em outros lugares que são marcados por um alaranjando
translúcido. Thyridia psidii habita floresta perturbada e úmidas em
altitudes entre 0-1600m. O ovo é grande, globular e branco. As fêmeas,
por vezes ficam a um metro dos sítios de oviposição escolhido antes de
fazer a postura dos ovos na parte de baixo de uma folha. Quando
totalmente crescidas a lagarta é translúcida azul esverdeada com
tubérculos amarelos ao longo dos lados dos segmentos abdominais
semelhante adas borboletas Mechanitis. A Thyridia psidii normalmente voa
a uma altura de 3 metros ou mais. Os machos são ativos principalmente
no período da manhã, mas as fêmeas podem ser vistas flutuando suavemente
em estreitas trilhas iluminadas pelo sol na floresta durante o meio do
dia. As borboletas são quase sempre vistas isoladamente. Ambos os sexos
visitam Lantana, Hamelia, Inga e Carica flores para buscar néctar.
Callicore sorana
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Cardiospermum sp, cipós da família Salpindaceae como as do gênero Serjania
Particularidades:
Existem muitas variedades de borboletas 80. A fêmea é mais colorida que o
macho. Os ovos são postos nas horas quentes do dia. Adultos preferem
frutas decompostas ou fermentadas (goiabas), seiva de árvores brocadas e
até carcaças de animais mortos. Ocorre em bordas e inteior da mata, faz
a postura em gavinhas e brotações. Lagartas tem espinhos para confundir
os predadores as pupas se camuflam com as folhas.
Diaethria clymena
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Trema micrantha (Ulmaceae)
Particularidades:
ocorre no Cerrado, na Mata Atlântica da Serra do Mar e interior. A
espécie está cada vez mais rara devido à destruição de seu habitat. Voa
em locais abertos e iluminados, muitas vezes em busca de frutos caídos e
sais. As fêmeas põem ovos isolados na planta, a lagarta instala-se na
superfície da folha e se transforma em crisálida. São conhecidas 12
espécies de Diaethria popularmente chamadas de Borboleta 88. Na D.
clymena as linhas ornamentais que formam o número nas asas são muito
grossas. Muitas vezes freqüentam habitações humanas, em locais onde a
roupa é lavada, no chão coberto de cinzas no local de fogueiras onde há
urina e são considerados um sinal de boa sorte por algumas comunidades. A
face superor das asas são negras marcadas por uma faixa diagonal de
azul metálico ou verde. Em algumas espécies esta cor é repetida nas asas
posteriores sob a forma de uma banda submarginal. O Gênero Diaethria
está confinado a América Central e do Sul. Diaethria clymena é
distribuída desde a Nicarágua até o Brasil e Peru. Esta espécie ocorre
em altitudes entre o nível do mar e cerca de 2000m, em florestas
tropicais e florestas úmidas. A lagarta habitualmente repousa sobre a
superfície superior de uma folha, com os segmentos torácicos e levanta a
cabeça se prende ao substrato fazendo com que os espinhos fiquem
projetados para cima. Se molestadas dão espasmos, balançando sua cabeça
defensiva de lado a lado para assustar predadores ou parasitóides. A
crisálida é verde e. Os machos são fortemente atraídos urina encharcada
de areia, e também absorver minerais dissolvidos do solo úmido, pisos e
paredes rochosas. São geralmente vistas em grupos de dois ou três, mas
às vezes se reúnem em grande número. Podem pousar de cabeça-para-baixo
em paredes ou troncos de árvores. Pouco antes do pôr do sol, os machos
abrem suas asas para se aquecer. Pousam debaixo de árvores, arbustos,
onde passam a noite protegidos da chuva.
Paulogramma pyracmon
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Não identificado
Particularidades: O
Paulogramma é um gênero que contém uma única espécie, pyracmon, que foi
anteriormente colocado como relacionado com o gênero Callicore.
Borboletas de ambos os gêneros são marcadas nas asas posteriores
inferior com negrito preto semelhante ao numero 88 em fundo creme ou
amarelo. Tem bandas metálicas submarginais azuis. A maneira mais fácil
de distinguir esta espécie é olhar a banda submarginal azul. As asas
dianteiras de pyracmon são negras, marcadas com um com uma porção
vermelha grande na área basal. Ocorrem em floresta tropical entre cerca
de 200-800m. Os machos são frequentemente encontrados perto de
habitações, onde são atraídas à urina contaminada do solo, infiltrações e
suor humano. São solitárias, muitas vezes em companhia com grupos de
Callicore, Diaethria e Panacéia. Eles têm um vôo rápido em curtas
distâncias, circulando um pouco acima do chão, mas em seguida, muitas
vezes subindo rapidamente até resolver de folhagem da árvore.
Dynamine agacles
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Delachampia scadens, Tragia sp (Euphorbiaceae)
Particularidades:
membros deste grupo são conhecidos por seus diversos padrões ora simples
ou coloridos com ornamentos. Na região neotropical seus representantes
incluem o Eubagina subtriboe mais de os 40 espécies de Dynamine. A
maioria das espécies são metálicas de cor azulada ou esverdeada com um
vértice escuro e uma série de manchas brancas. O lado superior de D.
agacles, D. myrrhina, D. coenu são brancas com bordas escuras e apenas
um traço de azul ao redor da área basal. A maior diversidade de espécies
Dynamine é encontrado na bacia amazônica, mas a distribuição das faixas
de gênero desde o México até a Bolívia.Dynamine agacles é distribuída
do Panamá à Argentina. Esta espécie é encontrada em floresta de várzea
em altitudes entre cerca de 100-800m. Os ovos da maioria das espécies
Dynamine são brancos, depositados individualmente nas áreas axiais das
folhas ou botões de flores. As pupas são esverdeadas, alongadas, com uma
cabeça ligeiramente bífida e uma quilha pronunciada dorsal. Ficam e
suspensas pelo cremaster dos caules ou folhas. As borboletas são
heliófilas e podem ser vistos voando rapidamente em zig-zag em trilhas
no período da manhã. Durante a tarde, os machos visitam leitos de rios
secos, áreas bem vegetadas, praias fluviais, áreas rochosas e solo úmido
ao longo de caminhos florestais iluminadas e estradas.
Dynamine postverta
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Delachampia scadens, Tragia sp (Euphorbiaceae)
Particularidades: é o
membro mais comum e difundido do gênero, sendo encontrado em todas as
áreas mais tropicais e subtropicais da América Central e do Sul, sul do
México até a Argentina e Paraguai. Esta espécie é encontrada em uma
grande variedade de habitats, incluindo floresta primária, florestas
caducifólias úmidas, pastagens, em altitudes entre o nível do mar e
cerca de 900m. Os ovos da maioria das espécies Dynamine são brancos.
Eles são depositados individualmente nas axilas das folhas ou botões de
flores. Tem um forte dicromatismo sexual, o macho é preto com 5 pequenas
manchas brancas na face superior do primeiro par de asas e 2 listras
brancas na asa posterior. A fêmea tem as margens das asas pretas mas é
preenchida por um azul fosco metálico e manchas negras.
Temenis laothoe
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Serjania sp, Paullinia sp, Cardiospermum sp, Urvillea e outros arbustos e trepadeiras da família Sapindaceae
Particularidades: O
Temenis é um gênero intimamente ligada à Epiphile e Nica, em que os
adultos são estruturalmente muito semelhantes. Os três gêneros são
biologicamente distinguidos por diferenças na morfologia larval. Existem
três espécies Temenis. Apesar de ter duas subespécies de T. laothpe, a
forma mais comum e difundida é laranja brilhante na cor, com exceção do
ápice da asa dianteira que é marrom escuro. Uma pequena porcentagem de
cada ninhada acaba tendo a cor violeta. Ambas as formas ocorrem
frequentemente lado a lado nos mesmos locais. São encontrados
principalmente em floresta primária, de transição, florestas úmidas em
altitudes entre 0-1600m. Ocorre em números muito inferiores em habitats
decíduos úmidos, como na Costa Rica. As plantas hospedeiras contêm
toxinas que são seqüestradas pelas lagartas e passou para as borboletas
adultas tornando-as impalataveis para as aves. Muitas vezes resolvem se
aquecer posando em folhas, troncos, galhos caídos, postes de madeira e
troncos de árvores. Voam normalmente a altura entre 2-3 metros acima do
nível do solo. Quando estão se aquecendo, as asas são mantidas numa
posição de três quartos aberto.
Agraulis vanillae
Família: Ninfalídeos/Heliconinae
Plantas Hospedeiras: Diversas espécies de maracujá (preferência Passiflora suberosa)
Descrição: Freqüenta
os jardins e parques, onde visita diversas flores cultivadas, como a
zínia. Prefere os lugares abertos e ensolarados, é considerada praga de
maracujá cultivado. Tem 7cm de envergadura, põem ovos isoladamente, tem
um voo rápido, baixo e irregular.
Dione juno
Família: Ninfalídeos/Heliconiinae
Plantas Hospedeiras: Passiflora (Passifloraceae)
Particularidades: lagartas tem hábito
gregário, formando densas colônias nas folhas. É uma borboleta
alaranjada de 6cm de envergadura, tendo as margens externas das asas de
cor preta. Dione juno está distribuída desde o México até o Paraguai.
Esta espécie, como outros do gênero, tem comportamento migratório e pode
ser encontraa em muitos habitats até a altitude de 2000m É mais comum
em florestas perturbadas entre 200-800m. É normalmente encontrada em
áreas ensolaradas por margens, encostas rochosas ou estradas. Os ovos
são amarelo brilhante no início, mais tarde tornando-se vermelho, e são
colocados em lotes nas folhas. As larvas estão manchadas em tons de
marrom claro, com pequenos espinhos eriçados. O macho é normalmente
encontrado isoladamente em poças ou valas. As fêmeas tendem a ser vistas
principalmente em Lantanas e arbustos.
Dryas iulia
Família: Ninfalídeos/Heliconiinae
Plantas Hospedeiras: Passiflora lútea, Passiflora mucronata, Passiflora suberosa e P. misera
Particularidades:
Heliófila encontrada em clareiras, bordas de florestas e matas
secundárias. Abundante durante quase todo o ano, exceto em meses frios
de inverno, quando suas populações virtualmente desaparecem. Geralmente,
o maior tamanho populacional é registrado nos meses de abril e maio. Do
ponto de vista genético, Dryas iulia apresenta populações grandes e
uniformes; em termos de estrutura genética elas se mostram compatíveis
com o modelo do isolamento pela distância. Elas tem as alas alongada.
Tem um laranja brilhante acima e abaixo a face superior das asas
posteriores com borda preta estreita na margem externa. Os machos
patrulham todos os dias as fêmeas receptivas. Os ovos são depositados
individualmente. Adultos traça uma rota onde há fontes de néctar e
visita ela diariamente em um comportamento conhecido como “armadilha de
forro de néctar”. Visitam geralmente lantanas. Se alimentam por
filtração, em que rapidamente e continuamente bombiam água através de
seus corpos durante a extração de substâncias dissolvidas. É comum os
machos esguicharem água filtrada no chão e usá-lo para dissolver mais
minerais da areia ou de rocha. Esta água é então novamente embebidas
para extrair minerais adicionais. Estes sais são depois passados para
fêmeas durante a cópula e acredita-se ser essencial para a produção de
ovos férteis. Os machos que já acasalaram retornam para repor os seus
sais, e muitas vezes acasalar novamente com outra fêmea. O corpo da
lagarta é multicolorido com longos espinhos negros espinhosos sendo um
par adicional decorrente da cabeça. Alimenta-se abertamente à luz do
dia. Os machos costumam se reunir em pequenos grupos para beber água
ricas em minerais em restingas, ou terra com urina. Eles também são
regularmente observados benendo líquido do canto dos olhos do
jacaré-de-papo-amarelo ou de tartarugas no Peru. As fêmeas se comportam
de maneira diferente, visitando as flores, incluindo Lantana, Eupatorium
e várias espécies de dossel, mas, assim como beber o néctar e se
alimentam de pólen, onde podem obter os nutrientes essenciais para a
produção de ovos.
Dryadula phaetusa
Família: Ninfalídeos/Heliconiinae
Plantas Hospedeiras: Passiflora spp
Particularidades: O
Heliconiinae é dividido em três tribos Acraeini, Argynnini e
Heliconiini. Os últimos são coloquialmente conhecidos como asas longas e
estão confinados à região neotropical. Eles são facilmente reconhecidos
por seus padrões distintos, asas alongadas e vôo delicado. A tribo
Heliconiini compreende o grupo das 39 espécies de Heliconius, e gêneros
menores como; Dryas, Podotricha, Philaethria, Laparus, Eueides, Neruda,
Agraulis, Dione e Dryadula. Este último é distinguido por suas asas mais
amplas, antenas curtas e o padrão tigre listrado. Dryadula phaetusa é o
único membro de seu gênero. É uma espécie comum e generalizada,
encontrada do México ao Brasil. Esta espécie ocorre em altitudes entre
0-1000m. Pode ser encontrado em áreas antropizadas, clareiras
florestais, pastagens, margens de rios e estradas através da floresta ou
mata decídua. A lagarta é de cor púrpura e coberta de espinhos curtos
eriçados. Os machos normalmente se fixam em um troncos ou perto da borda
da floresta. Ele retorna várias vezes para o mesmo galho mesmo depois
de ser perturbado. No início da tarde, eles patrulham o local em busca
de fêmeas. Os machos voam em forma de “8” ao redor do sexo feminino
antes de se estabelecer ao lado dela. Se ela é receptiva, permanece
imóvel, e em seguida, o macho pousa e abre suas asas. Eleas agita
rapidamente por alguns segundos direcionando seus feromônios para AS
antenas da fêmea. O macho curva as asas em torno de seu abdômen para
fazer contato e copular. Ambos os sexos se alimentam do néctar de
Lantana e Asclepias. Esta espécie tem em comum com muitos outros
Heliconiines o fato de se agregarem durante a noite.
Dione moneta
Família: Ninfalídeos/Heliconiinae
Plantas Hospedeiras: Passiflora spp e Tetrastylis sp.
Particularidades: Tem
uma envergadura de 8,3cm. Os ovos são colocados individualmente ou em
grupos sobre a planta hospedeira. As lagartas comem as ranhuras das
folhas e às vezes se alimentam em grupos. Adultos, por vezes, alojam-se
em grupos perto do chão na baixa vegetação. Vivem em bordas e aberturas
na floresta e floresta tropical perene. Ocorre desde o Brasil até a
América Central e México. Esta espécie tem comportamento migratório de
modo que pode ser encontrada em quase todos os habitats entre 0-3500m de
altitude. Sendo mais frequente entre os 1800-2800m e em áreas abertas
de sol. Ocorrem em margens de rios, encostas rochosas, pastagens e
estradas e locais de grande abundância de néctar. A crisálida é marrom
escuro com uma textura áspera. Os adultos tem uma cor puxada para o
marrom escuro, coberto com cinza e manchas alaranjadas. Os machos podem
às vezes ser visto reunindo em dois ou de três em locais de onde riachos
de montanha estradas e alimentam filtrando grandes quantidades de água
limpa que tendem a preferir absorver de lama ou areia úmida. Ambos os
sexos néctar em uma grande variedade de flores.
Adelpha syma
Família: Ninfalídeos/Limnetidini
Plantas Hospedeiras: morangos silvestres Rubus fructicosus (Rosaceae), Cephalanthus glabrathus e Cephalanthus sarandi (Rubiaceae)
Particularidades:
comum em florestas perturbadas e formações secundárias. É encontrado na
América do Sul, incluindo Paraguai, Argentina e Brasil. Vivem também em
regiões antrópicas, floresta mesófila de encosta, entre 800 e 1000m,
campos baldios, jardins e florestas de eucaliptos e pinheiros, florestas
de altitude, campos e moitas floridas.
Adelpha zea
Família: Ninfalídeos/Limnetidini
Plantas Hospedeiras: Ilex paraguaiensis (Aquifoliaceae)
Particularidades: Habitat. Voa em florestas e áreas com moitas floridas adjacentes.
Biblis hyperia
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Tragia volubilis (Euphorbiaceae)
Particularidades:
Biblis gênero contém apenas uma única espécie, que é uma das espécies
mais características e instantaneamente reconhecíveis na Região
Neotropical. Ambos os sexos são idênticos, e não há qualquer variação na
padronização, embora a largura da banda rosa brilhante sobre a asa
posterior varie ligeiramente. A parte inferior das asas é idêntica ao da
superfície superior, exceto por ter sido um pouco mais pálida. Biblis é
distribuída por todas as áreas tropicais e subtropicais da região
neotropical, desde o México até o Paraguai. Também é encontrado nas
maiores ilhas do Caribe com ligeiras variações. É comum em locais
perturbados, clareiras florestais, floresta, pastagem, mosaicos de
vegetação e ao longo das estradas e margens de rios. Ela é encontrada em
altitudes entre o nível do mar e cerca de 1000m, mas é mais freqüente
abaixo borboletas 500m. Geralmente vivem isoladas. Os machos tendem a
continuamente balançar suas asas quando na folhagem de arbustos ou
árvores, ou quando vão absorver minerais em locais úmidos como rochas ou
seixos. O vôo é lento seu padrão de cor sugere que esta espécie é
desagradável para os pássaros. As lagartas se alimentam de Euphorbiaceae
que contêm toxinas e provavelmente são seqüestradas e retidas nos
corpos das borboletas adultas. É um pouco surpreendente, portanto, que
as cores e padrões não são imitados por outras espécies.
Chlosyne lacinia
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Helianthus (Asteraceae)
Particularidades:
Melitaeini é uma tribo de distribuição mundial. Ele inclui as crescentes
diversas borboletas da América do Nort, e também muitos familiares de
origem europeia. Existem 33 espécies Chlosyne dos quais 29 ocorrem na
América do Norte e/ou Méxic.. Muitas espécies Chlosyne são
caracterizadas por terem uma colcha de retalhos em preto, marcações
amarelas, vermelhas e laranja, enquanto que outros são podem ter uma
coloração rede, veias escuras e linhas em uma cor de fundo
laranja-marrom. Chlosyne lacinia é o membro mais difundido e abundante
do gênero, sendo encontrado dos estados do sul dos EUA para o Peru,
Bolívia e Argentina. Há quatro subespécies. Esta espécie é encontrada ao
longo das estradas, bordas de florestas, pastagens, campos abertos e
ensolarados, habitats perturbados, em altitudes entre 0-1400m. Os ovos
são brilhantes amarelo alaranjado. Eles são colocados em pilhas
desordenadas de até três camadas na face inferior das Asteraceas. As
lagartas podem ter várias cores que vão desde o preto ao laranja, são
cobertas com espinhos curtos. Eles são diurnos e alimentam-se
gregariamente nos estádios iniciais. Nos EUA são uma praga comercial de
girassóis. Estas plantas contêm toxinas que são ingeridos pelas lagartas
e passam para as borboletas adultas, tornando-as nocivas para as aves.
As pupas são cor de palha, de dimensões compactas e com uma superfície
ligeiramente cerosa. Os machos são geralmente vistos nas Asteraceaes ou
absorvervendo umidade com minerais em solo úmido. Fêmeas quando se
reproduzem ficam tão fortemente carregado com ovos que mal conseguem
voar.
Battus polystictus
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Aristolochia brasiliensis, Aristolochia fimbriata e Aristolochia triangularis
Particularidades:
Ocorre no Uruguai, Paraguai, Argentina. No Brasil geralmente se
concentra em Minas Gerais, São Paulo, Espirito Santo, Rio de Janeiro.
Borboletas de voo rápido. Sua coloração geral é preta refletindo um
verde metálico muito perceptível devido a presença de uma série de
manchas submarginais amarelas em ambas as asas. Os machos e as fêmeas
têm a mesma cor diferenciando o primeiro por possuir um amarelo metálico
notável no abdômen. Sempre estão ligados a suas plantas hospedeiras.
Elas são muitas vezes confundidas com Battus polydamas que difere na
medida em que este último não tem brilho metálico verde. As lagartas são
impressionantes devido à grande quantidade de espinhos. Podem ser
vistas em grupos sobre os lados inferiores das folhas. Suas pupas verdes
ou marrons mpode ser confundidas com caules pequenos. Os machos sendo
ligeiramente menores.
Parides agavus
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Aritolochia sp
Particularidades:
Parides agavus coletados no Brasil, Paraguai e Argentina. Ela prefere
viver em áreas de vegetação densa, com pouca luz. Muitas plantas do
grupo aristolochia contêm ácidos aristolóquicos que são tóxicos para os
mamíferos, mas pode ser tolerado e armazenado por Parides agavus. Pode
agir como uma medida de proteção contra predadores. Esta espécie é
relativamente comum e não esta ameaçada de extinção segundo a União
Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Mas é possível que
ele pode estar sob ameaça no futuro, devido à extensa exploração
madeireira das florestas na América do Sul, principalmente na floresta
brasileira onde está sendo convertida em terras agrícolas
Euryades corethrus
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Aristolochia sessilifolia, Aristolochia fimbriata e Aristolochia spp.
Particularidades:
Ocorre no Uruguai, Paraguai, Argentina. A face superor do primeiro par
de asas é escura com detalhes em amarelo, bem como a face inferior desta
asa. A asa posterior é cheia de detalhes em amarelos com poucos espaços
em preto e com muitas manchas vermelhas ou rosadas.
Eunica eburnea
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Não identificado
Particularidades: O
gênero Eunica contém 40 espécies popularmente conhecidas como asas
púrpura devido à cor roxa ou azul metálico na face superior das asas dos
machos. As fêmeas não têm açores fortes e são tipicamente de uma marrom
maçante com uma faixa diagonal branca em todas as asas anteriores. As
asas posteriores tem a face inferior em cor de mármore e levam a um
arranjo distinto de ocelos. Eunica eburnea é uma borboleta muito comum
com uma ampla distribuição no Brasil. Isso pode ocorrer tanto em
vegetação primária e secundária, sendo atraído por frutas em
fermentação, seiva e excrementos de vertebrados.
Protesilaus telesilaus
Família: Papilionídeos/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Não identificado
Particularidades: é
uma espécie de vôo muito rápido e muito difícil de capturar com a rede
entomológica e mesmo depois da captura permanecem se debatendo fato que
estraga as asas para a coleção. Podem ficar horas sugando água e sais
minerais e evacuando líquidos através de um jato pelo abdômen. Os machos
são territoriais e um macho expulsa o outro durante o vôo em uma
interação cheia de acrobacias aéreas.
Carminda paeon
Família: Ninfalídeos/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Bambus
Particularidades: é
uma borboleta comum que voa em locais sombreados (umbrófilos) sendo
muito raramente avistada fora da mata fechada. Presente tanto na mata
secundária quanto nas primárias, prefere o nível mais próximo do solo da
floresta onde visita frutos maduros caídos ao chão para se alimentar.
Tem voo lento e ligeiramente errático. Como muitas espécies da
subfamília Satyrinae, possui nas cores das faces inferiores das asas um
excelente disfarce. Exibe assim cores crípticas, que funcionam como
camuflagem ocultando o inseto na mata. Um modo de observa-las é com a
utilização de iscas feitas com frutas maduras, caldo-de-cana
posicionadas nas trilhas no interior da mata. Pouco há descrito sobre as
lagartas dessa espécie. Usando um referencial geral das lagartas da
subfamília podemos dizer que provavelmente seus corpos são quase lisos
com discretas corrugações anelares e possivelmente são recobertos de
pelos finíssimos. Pode haver um par de pequenos cornos na cabeça e na
parte posterior par de apêndices espiniformes. Nas cores devem
predominar tons marrom ou verde. Os hábitos devem noturnos, isolados ou
gregários em pequenos grupos.
Anteos menippe
Família: Pierídeos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Cassia siamea
Particularidades: É
uma grande e vistosa Borboleta, de vôo rápido e irregular. Os machos
voam em torno das Cassia, localizando fêmeas recém-eclodidas das
crisálidas.
Anteos clorinde
Família: Pierídeos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Senna spectabilis
Particularidades:
Envergadura de 9cm. Geralmente voam alto e rápido sobre o dossel, ou ao
longo dos rios. Os ovos são depositados individualmente nas bordas das
folhas de plantas hospedeiras. Vôam mais ativamente o ano todo nos
trópicos. Sugam o néctar das flores vermelhas ou roxas, incluindo
Lantana, Bougainvilla e Hibiscus. Vivem em florestas subtropicais,
abertas, áreas ensolaradas..
Rhabdodryas trite
Família: Pierídeos/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Pentaclethra (Mimosaceae)
Particularidades: O
Rhabdodryas gênero compreende uma única espécie banal que tem quatro
subespécies nomeadas ; banksi no Brasil, watsoni da República
Dominicana, e canela-rosea do México. Rhabdodryas é encontrada desde a
Colômbia até a Bolívia e Argentina. Como com a maioria Coliadinae é
altamente migratório e pode ser encontrada em uma grande variedade de
habitats, incluindo floresta estacional decidual, pastagens e terrenos
agrícolas. Ela pode ser encontrada em altitudes entre 0-1200m. Esta
espécie usa os rios como corredores de migração, e muitas vezes podem
ser vistas voando em seqüências de até uma dúzia ao longo de margens de
rios. Os machos vivem geralmente agregados com outras Coliadinae
incluindo várias espécies Phoebis e Aphrissa statira. Fazem isso para
absorver a umidade e minerais de praias fluviais. Estas borboletas
muitas vezes formam grupos densamente composto de dezenas de indivíduos.
Se molestada o grupo irrompe espontaneamente girando no ar como uma
massa efervescente de asas amarelas e brancas. Quando o perigo passou,
eles cautelosamente reassentar um por um para retomar a alimentação. No
final do dia os machos deixam as praias fluviais e normalmente se sentam
sobre a folhagem de arbustos antes de eventualmente voar para dentro do
dossel da floresta. As fêmeas passam a maior parte do seu tempo na
copa, mas descem para oviposição.
Heliopete omrina
Família: Hesperídeos/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
Pequeno com cerca de 2cm esbranquiçada com tons de marrom nas bordas e
ápices das asas formando pequenas manchas brancas. Costumam se encostar
uma na outro durante o voo.
Xenophanes tryxus
Família: Hesperídeos/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Malvaceae
Particularidades: tem
uma margem irregular exterior, asas posteriores são ligeiramente
recortadas. A face superior das asas é cinza escuro com manchas
irregulares transparentes. Fazem três ninhadas de fevereiro a dezembro e
ocorrem no sul do Texas, México, Argentina e Brasil.
Leptotes cassius
Família: Licenídeos/Polyommatinae
Plantas Hospedeiras: Polífaga de Plumbago capensis, Crotalaria incana, Galactia volubilis, Phaseolus limensis, Amorpha crenulata.
Particularidades: Os
ovos são depositados individualmente em botões florais da planta
hospedeira; lagartas comem flores. Se alimentam de néctar de
agulha-pastor, Lippia, e muitas outras flores. Visitam arbustos
espinhosos, florstas subtropicais, bordas de matas, campos de
convivência, áreas residenciais.
Urbanus teleus
Família: Hesperídeos/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Panicum e Paspalum
Particularidades: As
fêmeas colocam ovos nas plantas hospedeiras. Lagartas jovens fazem
abrigos nas folhas. Quando estam com as asas dobradas é possível ver uma
cauda. Corpo e as asas são castanho. Asa anterior de ambos os sexos tem
uma banda fina transparente mediana; masculino também tem 4 pontos
transparentes na margem costal. Os Pyrginae são cosmopolitam,
distribuídos em habitats tropicais e temperados de todo o mundo. Na
América existem 990 espécies. O Eudamini inclui 44 gêneros nas Américas.
Existem vários gêneros de Urbanus de cauda longa chamados de Skippers, h
tamém os gêneros Chioides, Polythrix, Typhedanus e Aguna que juntos
compõem de cerca de 95 espécies. Um recurso que ajuda a definir o gênero
é o padrão nas asas posteriores inferior. Em Aguna por exemplo estes
são marcados com uma faixa branca proeminente mediana, enquanto que em
Chioides e Typhedanus são cor de mármore com manchas enegrecidas.
Urbanus tipicamente têm um lado de baixo relativamente simples marcado
com bandas escuras paralelas, embora em várias espécies da banda
interior é dividida em uma série de 3 ou 4 manchas grandes.Existem 34
espécies, distribuídas do Texas até o Paraguai e Argentina. Urbanus
teleus é uma espécie comum e generalizada, encontradas desde o México
até o Brasil e Peru. Como a maioria das espécies Urbanus, esta borboleta
é geralmente associada a ambientes alterados, incluindo floresta e
clareiras clareiras, estradas e pastagens, em altitudes entre o nível do
mar e cerca de 1200m. Os ovos de Urbanus são tipicamente cor de creme
ou esverdeados, em forma de barril e tem cerca de 15 sulcos verticais.
Eles são colocados em pequenos aglomerados sobre a parte inferior das
folhas. As plantas hospedeiras variam de espécie para espécie, mas
geralmente são tanto gramíneas ou ervas na família Leguminosae. As
borboletas são geralmente vistas isoladamente ou em dois e três. Em
condições de frio ou nublado eles se aquecem na parta de baixo da folha,
com asas achatadas, e as asas dianteiras sobrepostas as asas
posteriores. Se eles estão perturbados eles geralmente forrageiam nas
proximidades. Em condições de sol quente as asas são mantida ereta sobre
o dorso.
Urbanus proteus
Família: Hesperídeos/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Phaseolus sp
Particularidades: São
borboletas crepusculares de 4,5cm de envergadura, coloração marrom, com
reflexos azulados na base da asa posterior, tendo ainda várias manchas
brancas nas asas anteriores e um prolongamento caudal na asa posterior. A
lagarta é de fácil reconhecimento, pois possui uma cabeça proeminente,
de coloração escura. O corpo é de coloração verde-escura, tendo na parte
superior do dorso uma estria de coloração marrom, no sentido
longitudinal do corpo. Apresenta ainda duas estrias amareladas, mais
largas que a primeira, localizadas na parte lateral do corpo.
Urbanus dorantes
Família: Hesperídeos/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Phaseolus, Amphicarpa bracteata, Desmodium, Clitoria e Wisteria
Particularidades:
encontrado na Argentina, norte da América Central, México, Brasil,
Texas, Flórida e norte da Califórnia. A envergadura é 5,1cm. Existem
três a quatro gerações ao longo do ano. As lagartas alimentam-se de
diversos legumes, incluindo espécies nativas e cultivadas Phaseolus,
Desmodium e azul ervilhas Clitoria. Adultos se alimentam de néctar de
flores de várias plantas, incluindo agulha pastor, lantana, trilisa, e
buganvílias.
Urbanus simplicius
Família: Hesperídeo/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Phaseolus sp e no Brasil a Schrankia é a preferida.
Particularidades:
Existem 34 espécies, desde o Texas até o Paraguai e Argentina. É um dos
membros mais comuns e mais difundidos do gênero. Como a maioria das
espécies Urbanus esta borboleta é geralmente associada a ambientes
alterados, incluindo floresta, clareiras, estradas e pastagens, em
altitudes entre o nível do mar e cerca de 1500m. Os ovos de Urbanus são
tipicamente cor de creme ou esverdeados, em forma de barril e tem cerca
de 15 sulcos verticais. Eles são colocados em pequenos aglomerados sobre
a parte inferior das folhas. As plantas hospedeiras variam de espécie
para espécie, mas geralmente são tanto gramíneas ou ervas na família
Leguminosae. Essas borboletas são geralmente vistas isoladamente,
deleitando com asas semi-aberto na folha baixa. Em tempo nublado eles às
vezes pode se aquecer com asas totalmente abertas. Os machos se
alimentam à excrementos de pássaros, e às vezes absorvem minerais do
solo úmido.
Siproeta stelenes
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Polífaga de plantas da família acantácea (Ruelia sp).
Particularidades: O
colorido verde, incomum nos lepidópteros adultos, torna esta borboleta
muito bela. Preferência por áreas abertas. Lagartas pretas com espinhos,
e prefere se alimentar durante a noite.
Siproeta trayja
Família: Ninfalídeo/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Ruelia sp
Particularidades:
Põem seus ovos em brotações jovens, alimenta-se durante a noite sendo
difícil encontra-la e sua planta hospedeira. Adulto é escuro com
detalhes em branco.
Philaethria wernickei
Família: Ninfalídeos/Heliconiinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
pode ser distinguida da outra única simpátrica Philaethria dido, por seu
interior ser castanho escuro e branco com padrões de cores esverdeadas.
Esta espécie ocorre ao longo da costa atlântica do Brasil, no Uruguai e
norte da Argentina.
Libytheana carinenta
Família: Ninfalídeos/Libytheinae
Plantas Hospedeiras: Celtis (Ulmaceae)
Particularidades:
Libytheinae já foi considerada uma família irmã dos Nymphalidae, mas
agora é considerada como uma subfamília. Há apenas 13 espécies em todo o
mundo. As espécies africanas, Paleártica e Oriental são colocadas no
gênero Libythea. As espécies do Novo Mundo estão incluídos no
Libytheana. Este último compreende indivíduos em Cuba, sul dos Estados
Unidos para o Brasil. Todos Libythea e espécies Libytheana tem palpos
muito longos estendendo-se para frente da cabeça, por isso os nomes
populares inglesas de borboletas focinho ou bico. O ápice da asa
dianteira é quadrado, diferente de todas as espécies. A parte inferior
das asas foram evolutivamente modeladas para se parecer com folhas
mortas ou casca de árvore. Os machos patrulham as plantas hospedeiras
para procurar fêmeas. Os ovos são colocados em pequenos grupos sobre as
folhas da árvore. As lagartas comem folhas jovens. Fazem suas ninhadas,
em maio-junho e agosto. Estas borboletas vivem em clareiras florestas de
borda, arbustos espinhosos, campos e estradas. Geralmente em altitudes
do nível do mar e cerca de 500m. Devido ao seu comportamento migratório,
Libytheana carinenta varia muito em abundância de lugar para lugar, e
em diferentes épocas do ano. As borboletas às vezes podem ser muito
escassas, mas em outras vezes eles ocorrem com frequencia. Estima-se que
em 1921 uma migração de Libytheana contou com mais de um milhão de
borboletas por minuto em uma nuvem de mais de 250 milhas de largura.
Ambos os sexos visitam a planta Senecio e várias outras flores. Se
perturbadas, voam para cima e resolver sobre os galhos de arbustos e
árvores jovens. Quando em repouso o “focinho” fica inclinado para baixo,
para fazer contato com o galho. A borboleta então tem a aparência de
uma pequena folha morta, ancorado ao galho por uma haste curta.
Mesosemia odice
Família: Riodinídeos/Riodininae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: De
cor marrom escuro ou claro, podendo ter manchas brancas nas asas
posteriores ou azuladas com anchas ocelares no primeiro par de asas
Chorinea licursis
Família: Riodinídeos/Riodininae
Plantas Hospedeiras: Prionostemma (Hippocrataceae) e Maytenus (Celastraceae)
Particularidades:
Quando visto em voo, as asas transparentes desta borboleta refletem
diferentes tonalidades de verde cintilante, azul e rosa. Como vibra
rapidamente em torno de arbustos, elas podem ser confundidas com uma
libélula embora faça voos esvoaçantes. São raramente encontradas. Eles
voam em pleno sol, mas periodicamente descansar debaixo de folhas. O
gênero Chorinea compreende cerca de 8 espécies, todas seguindo o mesmo
padrão alar básico, mas variando na configuração e extensão das marcas
vermelhas em suas asas posteriores.
Epiphile orea
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Os
machos, pelo azul das asas, são caçados aos milhões para adornar
bandejas (que os turistas adoram). Presas fáceis, voam baixo e devagar.
Cybdelis phaesyla
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
Ocorrem na região neotropical e seus representantes incluem o a tribo
Epicaliini onde estão as borboletas do gênero Eunica, Catonephele,
Nessaea, Myscelia e Cybdelis. Têm um padrão semelhante de manchas
brancas nas asas anteriores que são cobertas com um brilho púrpura. As
espécies podem ser facilmente distinguidas, examinando as asas
posteriores.
Proteides mercurius
Família: Hesperídeos/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Senna (Cassia), Vigna e Muellera.
Particularidades:
Cabeça e tórax são de cor laranja brilhante. As asas posteriores são
alongadas. A face superior das asas é marrom com laranja dourado nas
bases. A porção inferior é castanha com cobertura branca nas bordas
exteriores. O centro da asa posterior tem uma indistinta marca. Os
machos pousam e cortejam as fêmeas. Lagartas descansam em abrigos
foliares e saem à noite para comer.
Telemiades laogonus
Família: Hesperídeos/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
gênero que compreende 16 espécies, todos com a mesma forma de asa, mas
de forma muito variável na aparência. A maioria dos membros do gênero
têm uma cor bastante única cor de terra, marrom e com faixas escuras ou
manchas.
Historis odius
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Folhas de embaúba Cecropia ssp.
Particularidades:
Aprecia frutas maduras caídas no chão. É encontrada praticamente em
todos os locais em que a planta embáuba, alimento de suas lagartas, é
comum.
Brassolis astyra
Família: Ninfalídeos/Brassolinae
Plantas Hospedeiras: Palmáceas, geralmente Sygrus romanzoffianuma.
Particularidades:
Borboleta crespular e matutina, as lagartas são consideradas uma das
maiores pragas de diversas palmeiras nativas e cultivadas. Pode fazer
posturas de aproximadamente 300 ovos. Estão se adaptando biológica e
gradualmente às palmeiras exóticas introduzidas como plantas ornamentais
tais como: leque-chinês: Livistona chinensis, Butiá: Butia capitata,
Palmeira real: Archontophoenix cunninghamiana, Phoenix canariensis.
Atingem até 10 cm de envergadura, as asas são marrom escuro, com uma
faixa alaranjada de contorno irregular cruzando transversalmente as asas
anteriores, o corpo é volumoso e escuro. Estas borboletas se adaptaram
ao ambiente urbano. A forma adulta possui probóscide não-funcional
portanto só se alimenta na fase larval, chegando a ser pragas em
palmeiras em alguns anos de acordo com as condições climáticas, outras
espécies de brassolídeos também são consideradas pragas de palmeiras.
Brassolis sophorae
Família: Ninfalídeos/Brassolinae
Plantas Hospedeiras: Palmáceas e exóticas
Particularidades:
Adaptada ao ambiente urbano, raramente na floresta, é rara no Rio Grande
do Sul, sendo encontrada normalmente no norte do estado. Tem probóscide
não-funcional, coloração geral marrom-escuro, asas anteriores e
posteriores na parte dorsal mostram uma faixa amarelo-alaranjada de
contorno irregular cruzando transversalmente, na parte ventral é um
pouco mais clara, apresenta a mesma faixa alaranjada nas asas anteriores
e possui uma mancha ocelar perto do ápice, nas asas posteriores duas
manchas nítidas
Caligo illioneus
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Musa spp
Particularidades: Tem
esse nome, pois a faca externa das asas tem um desenho semelhante ao
rosto de uma coruja, ou serpente com destaque para os olhos enormes e
abertos. É possível que esta estampa sirva de maneira eficiente para
driblar seus predadores. Já pelo lado de dentro, é azul com detalhes em
preto. De hábitos crepusculares quando adulta (voa lentamente ao
amanhecer e ao anoitecer), ela é um dos maiores exemplares de borboletas
que se tem notícia (chega a medir até 18 centímetros de envergadura).
Vive de 3 a 4 meses. Metamorfose leva cerca de 105 dias. Em geral as
fêmeas são maiores e menos coloridas que os machos. Nenhum exemplar é
igual ao outro, é como uma impressão digital. Um de seus principais
inimigos é a vespa, que coloca seus ovos na lagarta da borboleta-coruja
de qualquer sexo. Inseticidas usados nas plantações de banana também
costumam causar sua morte. Soma-se a isso, está ameaçada por captura
criminosa e pela destruição de seu habitat.
Caligo beltrao
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Marantáceas, Musa paradisíaca, cyperaceae, marantaceae, heliconiaceae e outras monocotiledôneas.
Particularidades: É
uma das maiores Borboletas do Brasil, caracterizada pelo desenho de
olhos na face inferior das asas posteriores, dando origem ao nome de
“corujão” e faz com que os pássaros predadores não se aproximem. Pode
ser encontrada de março a abril, voa próximo ao solo no crepúsculo e ao
amanhecer sobre o leito dos rios e na borda das matas à procura de
frutos caídos no chão ou líquidos que escorrem dos troncos de certas
árvores atacadas por moscas comum em ambientes antrópicos. É raro em
florestas nativas. Esta espécie é comum, mas não é abundante, passa o
dia pousada no tronco de árvores em locais sombrios e úmidos, à noite se
fixa sob alguma folha, o ciclo completo de ovo a adulto dura três meses
e meio, sendo a média de vida do adulto de três meses, os ovos
ovipositados isolados ou em pequenos grupos, são depositados na face
superior e inferior das folhas de diversas marantáceas.
Blepolenis batea
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: capim amargoso, Panicum lanatum Sw., Poaceae e o jerivá, Arecastrum romanzoffianum (Arecaceae)
Particularidades: Há
poucos dados a respeito deste animal. Tais particularidades sobre esta
espécie estão relacionadas as suas espécies próximas, Opsiphanes. É uma
borboleta incomum que voa em locais sombreados (umbrófilos), raramente
avistada fora da mata fechada. Presente tanto na mata secundária (menos
freqüente) quanto nas primárias (mais freqüentes). Prefere o nível mais
próximo do solo onde visita frutos maduros caídos ao chão. Tem voo lento
e com suaves guinadas nos sentidos vertical e horizontal. Como muitos
indivíduos da tribo Brassolini, esta espécie possui nas cores das faces
inferiores das asas, um excelente disfarce. Exibe assim ocelos e cores
crípticas, que podem, ora funcionar como camuflagem (quando oculta o
inseto nas mata) e ora como mimetismo (quando seus ocelos são tomados
pelos predadores como olhos de animais) afugentando ou desviando o
ataque das partes mais vitais do corpo. As lagartas provavelmente, assim
com as do gênero Opsiphanes, têm o corpo em tons verde ou castanho com
listras longitudinais. A cabeça é muito típica com pares (dois ou mais)
de cornos. A extremidade oposta do corpo também pode exibir dois
apêndices espiniformes. Os hábitos devem ser gregários (em pequenos
grupos) e noturnos.
Doxocopa kallina
Família: Ninfalídeos/Apaturinae
Plantas Hospedeiras: Celtis (Ulmaceae)
Particularidades: O
Doxocopa é um gênero que compreende cerca de 15 espécies de borboletas
neotropicais que tem a cor azul ou levemente roxas. Os machos de muitas
espécies Doxocopa tem uma faixa branca larga mediana na asa. D. kallina é
azulada e contem machas brancas no primeiro par de asas. A tonalidade
varia consideravelmente, dependendo do ângulo em que a luz solar reflete
nas asas, por vezes apresenta um azul prateado profundo quando vista de
lado.
Doxocopa laurentia
Família: Ninfalídeos/Apaturinae
Plantas Hospedeiras: Ulmaceae
Particularidades: Há
controvérsias entre os taxonomistas referente ás subespécies de D.
laurenti. Alguns machos de D. laurentia tem um traço de escalonamento de
laranja na zona apical das asas anteriores, embora não tão pronunciada
ou ampla como em lavinia. Doxocopa laurentia é um dos membros maiores e
mais belos do grupo, e é encontrada em grande parte da região amazônica e
andina. Este é um taxon encontrado em florestas úmidas, entre cerca de
300-1600 metros acima do nível do mar. No Peru se limita às encostas
orientais e é provavelmente semelhante a das Apaturinas, que normalmente
são achatados lateralmente, arqueadas dorsalmente e camufladas como
folhagem morta. Os machos são muito territoriais. Eles pousam na
folhagem alta, mas periodicamente descem e voam com grande velocidade e
agilidade para se alimentar de frutas apodrecidas no chão. Eles também
visitar fontes de umidade se alimentam de minerais de pedras úmidas,
urina, bordas de riachos e estradas de terra. Eles são solitário,s mas
aceitam a presença humana. Avistamentos de fêmeas são muito raros. Elas
gastam seu tempo no alto do dossel da floresta.
Eryphanis reevesii
Família: Ninfalídeos/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Folhas de bambus ou gramíneas bambusiformes, como a Olyra.
Particularidades:
Conhecida popularmente como Borboleta Olho-de-boi, os adultos se
alimentam de frutos maduros, seiva, e líquidos que escorrem de certas
plantas. Tem hábitos crepusculares, é distribuída pelo sudeste
brasileiro, geralmente em regiões montanhosas até 1800 metros de
altitude, durante o dia repousa no tronco das árvores, sendo difícil ser
localizada devido ao padrão da face inferior das asas, voa ao
crepúsculo e ao amanhecer, é atraída pela luz artificial (fototaxia).
Depositam os ovos isoladamente ou em pequenos grupos e sua pupa tem cor e
formato de folha seca. A lagarta se parece com a da Opsiphanes, é
marrom claro e possui cauda bífida e projeções na cabeça. Habita
estratos arbóreos e arbustivos ou touceiras de bambus. Tanto as lagartas
quanto as crisálidas são semelhantes a uma folha seca de bambu. Os
pássaros são seus predadores naturais. Está ameaçada pela poluição e
destruição do habitat.
Prepona laertes
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Inga vera, Inga ruiziana e Andira inermis.
Particularidades:
encontrada em grande parte da América Central e América do Sul. A
envergadura é cerca de 8,8cm. É uma espécie muito variável, com um
grande número de subespécies e formas foram descritas.
Prepona pheridamas
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Ingá sp
Particularidades: Ovo
é esférico, liso, de coloração pérola clara, são postos isolados na
face inferior das folhas da planta hospedeira. Período embrionário, sete
dias. O adulto voa durante os meses de janeiro-março, julho-setembro e
dezembro. Seus caracteres cromáticos ventrais são inconfundíveis em
ambos os sexos e o seu comportamento é o típico do gênero. Voa nas horas
mais ensolaradas do dia nas clareiras e bordas das matas. Seus
alimentos preferidos são os excrementos, preferentemente de animais
carnívoros, frutos fermentados, e excreções de certas plantas, oriundas
de lesões em seus troncos.
Prepona pylene
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Andira (Fabaceae) e Inga (Mimosaceae )
Particularidades: é
encontrado em toda a região amazônica, de Honduras ao Paraguai,
Colômbia, Peru, Equador e Brasil. Esta espécie é encontrada em florestas
tropicais de altitudes entre cerca de 400-1000m. Têm um vôo ágil e
muito poderoso, e só operam em condições quentes de sol. Ambos os sexos
geralmente se alimentam de seiva e frutas podres. Os machos também
absorvem a umidade do solo ou areia e às vezes visitam carniça e esterco
no chão da floresta. Os machos muitas vezes se sentam de cabeça-para
baixo com as asas semi-abertas em troncos de árvores estreitas em
alturas entre cerca de 2-4 metros. As fêmeas tendem a gastar a maior
parte do tempo na copa.
Archaeoprepona demophoon
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Persea, Nectandra or Ocotea (Lauraceae)
Particularidades:
caracterizados por possuírem um voo rápido e poderoso, corpos robustos e
por se alimentar no esterco ou carniça. Também se alimentam de seiva,
frutas podres e urina ou carniça. Eles têm representantes na África;
como a A demophoon, Charaxes, Palla e Euxanthe e nas regiões orientais e
australianas por Charaxes e Polyura. Na Região Neotropical por gêneros
como o Consul, Memphis, Fountainea, Agrias, Prepona, e Archaeoprepona.
Há sete espécies em Prepona e 8 em Archaeoprepona. Archaeoprepona e
Prepona são muito semelhantes, sendo marrom escuro com bandas turquesa
ou azul. Eles podem ser distinguidas através da análise das asas
posteriores inferior. Em Archaeoprepona existe um ocelo submarginal
pequeno em cada célula. Em Prepona, o ocelo é perto da ponta, e ambos
muito ampliados. Outra diferença é que os machos de Prepona tem tufos de
escamas amarelas androconiais nas asas traseiras enquanto na
Archaeoprepona estes são preto. Archaeoprepona demophoon é encontrada
desde o México até o Paraguai bem como em Cuba e Hispaniola. Vive em
florestas tropicais e subtropicais, em altitudes entre 0-1500m. As
lagartas têm uma corcunda torácica, são castanho escuro sobre o tórax e
abaixo dos espiráculos. O restante é castanho pálido. A cabeça tem um
par de “chifres” recurvados. A crisálida é verde azulado com manchas
brancas irregulares parecidas com líquen e é ovóide em forma com uma
protuberância proeminente torácica. As borboletas têm um vôo ágil e
muito poderoso, e só voam em condições quentes de sol. Podem viver até 8
semanas, e manter-se na mesma área por períodos longos. Os machos
pousam em troncos de árvores ou na folhagem de cabeça-para-baixo e com
as asas entreabertas. Fazem incursões aéreas, perseguindo um ao outro em
círculos amplos em torno das copas das árvores. Descem das copas das
árvores em uma série de etapas, parando por alguns minutos em vários
pontos do tronco da árvore ou na folhagem. Uma vez que chegam ao nível
do solo ignoram qualquer perturbação humana, mas se alarmados voam
rapidamente.
Archaeoprepona demophon
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Annona (Annonaceae) e Malpighia glabra (Malpighiaceae)
Particularidades: A
envergadura atinge cerca de 5,8cm. A face superior das asas é preta, com
brilhantes faixas transversais azuis pálidas. A face inferiores é
castanha com uma clara banda no meio das asas posteriores e vários
pequenos pontos escuros nas margens. Adultos visitam frutas podres ou
esterco. Esta espécie pode ser encontrada no México, América Central,
Antilhas e partes do norte da América do Sul.
Archaeoprepona meander
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Annona (Annonaceae) e Malpighia glabra (Malpighiaceae)
Particularidades: É encontrado desde o México até a Bacia Amazônica.
Opsiphanes invirae
Família: Ninfalídeos/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Palmáceas, gerivá (Syagrus romanzoffianum)
Particularidades: Os
adultos são ávidos por frutas em fermentação, secreção de tronco das
árvores e fezes de animais, podendo detectá-los a mais de um quilômetro
de distância. asa anterior é atravessada por uma faixa alaranjada e
apresenta perto do ápice duas pequenas manchas brancas, a asa posterior
também possui uma faixa alaranjada acompanhando a borda externa
Opsiphanes quiteria
Família: Ninfalídeos/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Palmáceas
Particularidades:
gênero compreende de 11 espécies distribuídas diversas do México ao
Paraguai e Argentina. As borboletas são caracterizadas por terem um
forte tórax e abdômen, olhos grandes e antenas resistente. Em todas as
espécies a face superior das asas são de cor marrom escuro com uma faixa
diagonal laranja ou amarelada nas asas dianteiras. A face inferior é de
tonalidade marrom terra. Há estrias escuras na metade exterior das
asas, e marmoreio pesado na base. Nas asas anteriores existe um ocelo
proeminente dentro do qual existe um crescente branco..
Dasyophthalma creusa
Família: Ninfalídeos/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Bactris, Geonoma schottlana, Astrocaryum aculeatum ou Astrocaryum vulgare.
Particularidades:
são membros notáveis da fauna da Mata Atlântico. São normalmente ativos
ao amanhecer e entardecer, voando ocasionalmente durante o dia. As
espécies deste gênero têm manchas azuis nas asas. Uma análise
filogenética feita por Penz em 2007 analisou duas espécies de
Dasyophthalma e apoiou o monofiletismo do gênero. Esse estudo sugeriu
que a Dasyophthalma pode estar estreitamente relacionadas com Opoptera
Aurivillius. As bordas distais segmentos das pernas traseiras,
tarsômeros de cor clara formando anéis com contraste de cor sugerem este
relacionamento. Entre todos amostrados, este personagem estava presente
apenas em Dasyophthalma e Opoptera.
Morpho achilles
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Leguminosas papilionáceas.
Particularidades: Vulgarmente chamada de “capitão-do-mato”, é atraída por frutos maduros, como a manga e a jaca.
Morpho aega
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras:
Folhas de taquaras, bambus, ingás (Inga uruguensis), leguminosas,
tambuatá (Cupania vernalis), sapindáceas Gramineae (Arundo mitis,
Bambusa, Bambusa trinii, Chusquea, Chusquea meyeriana, Merostachys
claussenii
Particularidades: Os
machos dessa espécie apresentam na face superior das asas uma coloração
azul metálica. São popularmente chamadas de seda-azul ou
telão-de-seda-azul. possui duas manchas brancas pequenas, na margem
anterior na frente da célula discal, a face inferior das asas é marrom
com cinco manchas ocelares, duas nas asas anteriores e três nas
posteriores. As fêmeas podem ser além de azuis, amarelas ou
amarelo-azuladas. Alcança 10 centímetros e normalmente são encontradas
em locais onde existe concentração de bambus. O azul da asa das fêmeas é
menos brilhante e elas também podem ser da cor amarela ou
amarelo-azulado. Os machos voam mais ao amanhecer; as fêmeas pela tarde.
É a menor das borboletas de asas metálicas, alcançando cerca de 10cm de
envergadura.
Morpho anaxibia
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Grumixama, arco-de-pipa e caneleira.
Particularidades: É uma das mais conhecidas Borboletas Brasileiras, chamada vulgarmente de “azul-seda”.
Morpho menelaus
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Arco-de-pipa e aldrago.
Particularidades: Conhecida no Rio de Janeiro como “praia-grande”. Costuma se alimentar do suco de frutos maduros caídos no chão.
Morpho deidamia
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Macharium, Pterocarpus, Lonchocarpus, Swartzia e Dalbergia (Fabaceae)
Particularidades: Há
pelo menos 29 espécies descritas de morpho. O lado superior azul
brilhante aparece a piscar como um faro quando se altera com a
superfície inferior escuro. Isso torna difícil para um pássaro para
acompanhar o vôo. Se atacada, o padrão de vôo lento muda em uma manobra
evasiva. A Morpho fecha suas asas mostrando o lado escuro marrom esse
esconde. O azul intenso de borboletas Morpho é impossível de transmitir
em uma fotografia pela refração. Morpho deidamia é uma espécie
difundida, encontradas com pouco frequencia em toda a região neotropical
da Nicarágua à Bolívia. Esta espécie está adaptada a viver em uma
grande variedade de habitats florestais, ocorrendo por exemplo, nas
florestas caducifólias secas da Nicarágua, embora mais frequentemente
encontradas em floresta primária. Ela é encontrado em altitudes entre
0-1400m. Os machos voam de ponta a ponta os cursos de córregos de rios.
Nas tardes ensolaradas e quentes às vezes eles podem ser encontrados
absorvendo umidade e minerais da areia úmida, ou a partir da urina no
solo. Se perturbados, tendem a voar a uma curta distância e se
estabelecer entre a folhagem de uma árvore próxima ou arbusto. Muitas
vezes voltam a se alimentar depois de sentir que o perigo já passou. As
fêmeas são vistas com muito menos freqüência. Ambos os sexos fecham suas
asas imediatamente após o pouso. Este comportamento é mais pronunciado
no comportamento gregário de machos, que repetidamente suas asas
cintilam como saltitar no chão buscando minerais dissolvidos.
Morpho epistrophus
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Ingá, Acacia longifólia (Fabaceae)
Particularidades: é
uma espécie bem comum e que intercala seu vôo entre as áreas abertas e
bem iluminadas (heliófila) e as fechadas. Podem ser avistadas em trilhas
e nas bordas da floresta. Seu voo é lento e majestoso como a grande
maioria das borboletas deste gênero. Habita as áreas de fronteiras entre
as cidades e as florestas (semiurbana), e também as silvestres, onde se
faz notar tanto nas matas secundárias quanto nas primárias. Suas
lagartas são muito chamativas e exibem colorido com tons de vermelho,
branco e negro. O corpo é recoberto por pilosidades nas cores vermelha e
branca. Há uma espécie próxima Morpho atena que apenas se difere pela
lagarta. Não há os ocelos sobre a linha branca que está no dorso
da lagarta. São noturnas e gregárias podendo ser facilmente avistadas,
pois ao se concentrarem sobre uma única folha formam uma massa colorida
no meio da folhagem.
Morpho helenor
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Macharium, Swartzia, Lonchocarpus, Pterocarpus, Dalbergia (Fabaceae)
Particularidades: é
parente próximo de Morpho aquiles são reconhecidos pelas bandas largas
verticais de azul brilhante em suas asas e pelos distintos anéis em
branco, preto, amarelo e vermelho concêntricos que formam ocelos em suas
asas posteriores marrom-oliva inferior. O tamanho destes ocelos, e a
largura das bandas azuis no lado superior pode variar consideravelmente.
Em helenor a banda submarginal esbranquiçada na asa posterior inferior
se alarga em direção ao ápice e é o mais largo. As asas de borboletas
azuis Morpho são relativamente grandes para o tamanho do corpo,
resultando em um voo lento e saltitante. O efeito é que o lado superior
azul brilhante parece a piscar como um farol quando se alterna em vôo
com a superfície inferior escuro. Isso torna difícil para um pássaro
para acompanhar o vôo. Morpho helenor é uma espécie difundida e comum
encontrada em toda a região neotropical, do México à Bolívia. Nas tardes
ensolaradas e quentes às vezes eles podem ser encontrados absorvendo
umidade e minerais da areia úmida, ou a partir da urina no solo. Se
perturbados, tendem a voar a uma curta distância e se estabelecer entre a
folhagem de uma árvore próxima ou arbusto. Muitas vezes voltam a se
alimentar depois de sentir que o perigo já passou. As fêmeas são vistas
com muito menos freqüência. Ambos os sexos fecham suas asas
imediatamente após o pouso. Este comportamento é mais pronunciado no
comportamento gregário de machos, que repetidamente suas asas cintilam
como saltitar no chão buscando minerais dissolvidos.
Morpho portis
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Bambusa e Chusquea meyeriana
Particularidades:
muito coletada para coleções particulares, por isso estão ameaçadas de
extinção.Portis pode ser considerado um pequeno grupo que abrange as
espécies com os sexos semelhantes, em contraste com as formas do grupo
com adonis que é altamente diferenciado. É encontrada no Brasil,
Uruguai, Venezuela, Colômbia, Peru e Paraguai. Várias subespécies e
muitas formas têm sido descritas.
Morpho rhetenor
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Inga (Mimosaceae)
Particularidades:
impossível transmitir em uma fotografia. É relacionada com a espécie
Cypris. M. rhetenor é bem difundida e bastante comum encontrados da
Colômbia e Venezuela ao Peru, Brasil e Bolívia. Há seis subespécies
descritas, são encontradas em floresta de várzea e no sopé da
Cordilheira dos Andes oriental, em altitudes entre 0-1000m. Tal como
acontece com a maioria das espécies de Morpho, os machos passam as
manhãs em patrulhamento e ao longo de cursos de córregos e rios. Nas
tardes quentes e ensolaradas podem ser encontradas absorvendo minerais
da areia úmida, sugando seiva ou frutas podres. Ao alimentar ou
descansar as asas são mantidas fechadas, mas de forma irregular em
resposta à perturbação por formigas e vespas. Esta é uma espécie que é
altamente valorizada por colecionadores. No Peru e em outros lugares
esses animais são mortos em números consideráveis para o comércio de
souvenirs. Espécimes de boa qualidade vão parar em caixas de exibição
que são vendidas em grandes cidades e aeroportos. Espécimes danificados
são utilizados pelo comércio de joias, para fazer brincos.
Opoptera syme
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
compreende de seis espécies conhecidas e uma recém descoberta no Peru.
Esta espécie é encontrada em floresta primária e secundária em altitudes
de até pelo menos 1800 metros.
Myscelia orsis
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Dalechampia spp e eventualmente Tragia sp (ambas plantas da família Euphorbiaceae)
Particularidades: é
uma espécie que se alimenta de frutas maduras caídas no chão da
floresta. É um preferencialmente silvestre. Ocorre tanto nas florestas
primárias quanto nas secundárias, mais comum nas últimas. Comumente é
avistada voando em topos de pequenos morros, em locais onde existam
clareiras, pois são heliófilos. Também é possível vê-las em áreas
sombreadas da floresta onde busca seu alimento ao longo de trilhas
úmidas. O voo rápido é feito em altura de mediana a baixa em relação ao
solo. As lagartas têm um corpo com a cor predominantemente verde e
máculas amareladas dorsais e laterais. É recoberto de espinhos
ramificados. Já a cabeça tem um par de longos cornos. Possivelmente têm
hábito diurno e solitário.
Napeocles jucunda
Família: Ninfalídeos/Nymphalinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: O
Napeocles gênero contém apenas uma única espécie, a jucunda. Não há
disputa entre taxonomistas como a que tribo ele deve ser colocada em.
Geralmente é colocada ao lado de Anartia, Junonia, Hypolimnas e Siproeta
na tribo Kallimini. A revisão mais recente dos Nymphalidae feita por
Wahlberg em 2008 tem Napeocles classificadas na tribo Victoriniini tribo
e lista Kallima, Doleschallia, Catacroptera e Mallika em Kallimini.
Napeocles jucunda como espécies encontradas no Peru, Bolívia e Brasil.
Esta espécie habita florestas no sopé dos Andes orientais, em altitudes
entre cerca de 400-800m. Esta borboleta grande passa a maior parte de
seu alto tempo na copa, mas às vezes desce para o menor extrato das
árvores. Para ver esta espécie é geralmente necessário encontrar um
ponto de vista alto. Quando pousa, as asas são ficam geralmente retas,
semelhante a uma folha morta. No final da tarde, quando as temperaturas
caem, a borboleta, às vezes, pousa de asas abertas para se aquecer.
Zaretis itys
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
Existem 88 espécies na tribo Anaeini, todos os quais estão confinados à
região neotropical. Todos imitam folhas mortas com o padrão de cor da
face inferior das asas. Os gêneros Coenophlebia e Zaretis estão entre as
mais convincentes imitadoras de folhas mortas no mundo dos insetos.
Algumas espécies como Coenophlebia archidona, e as formas da estação
seca de Zaretis itys ainda tem manchas translúcidas semelhante a folhas
atacadas por larvas de besouros. Zaretis compreende um gênero com seis
espécies diversamente distribuídas do México à Bolívia. Este grupo é
bastante variável na região neotropical.
Pierella nereis
Família: Ninfalídeos/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Heliconia e Calathea
Particularidades:
encontradas do México até a América do Sul. A espécie possui asas
posteriores maiores, única entre as borboletas. Olhando rapidamente pode
parecer esverdeada devido á difração.
Pierella lena
Família: Ninfalídeos/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Heliconia e Calathea.
Particularidades: se
limita exclusivamente para a região neotropical. Todos os membros desta
tribo são crepusculares, que passam a vida se escondendo no fundo da
vegetação rasteira. Há cinco gêneros – Pierella, Pseudohaetera, Haetera,
Dulcedo e Cithaerias. O Pierella gênero inclui 11 espécies, todos
confinados à região neotropical. As borboletas podem ser
instantaneamente reconhecidas por sua característica forma de asa,
padrão inferior enigmático e sua fuga se escondendo pouco acima da
superfície da terra, na escuridão sob o bosque. Todos os membros do
gênero têm AA face superior das asas de cor marrom, marcados nas asas
dianteiras com finas linhas e marrons nas asas posteriores com escuro
pós-médio ocelos ou manchas. Muitas das espécies tem um derrame azul
sobre as asas posteriores, enquanto outras estão marcadas diversas com o
branco, avermelhada ou alaranjada.
Pierella lamia
Família: Ninfalídeos/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Heliconia e Calathea.
Particularidades:
ocorre em floresta de altitudes entre 200-1400m. As borboletas são
normalmente encontradas em grupos de dois ou três ao longo estreitas
trilhas escuras da floresta ou entre moitas de bambu. Eles voam
principalmente na escuridão da madrugada, mas também pode ser
perturbadas quando se faz passeio por trilhas. Como todas as espécies, a
Pierella tem o vôo baixo e vive se escondendo, mas é surpreendentemente
rápida, e tem sido comparado com os movimentos dos pés de um dançarino
de salão, podendo ser chamada de “Lady Slipper”. Borboletas Pierella
evitam o sol e no final da manhã se afastada da profunda vegetação
rasteira. Elas muitas vezes optam por se esconder entre o emaranhados de
radículas que se encontram na base de certas palmeiras. Tal como
acontece com outras espécies Pierella eles tendem manter suas asas
abertas apenas momentaneamente depois de se instalar, mas logo em
seguida fechá-las. Em raras ocasiões, logo após o amanhecer eles vão se
aquecer com as asas abertas por alguns segundos, mas isso raramente é
observado. Ambos os sexos se alimentam da decomposição de fungos e
frutas apodrecidos no chão da floresta.
Pseudoscada erruca
Família: Ninfalídeos/Ithomiinae
Plantas Hospedeiras: Cestrum
Particularidades:
Borboleta cristalina com envergadura de 2,5cm, a face dorsal
submarginais tem manchas brancas de aspecto azulado que só são vistos em
determinada posição em relação à luz. Vôo fraco em baixa altitude de
locais sombreados.
Hypoleria lavinia
Família: Ninfalídeos/Danainae
Plantas Hospedeiras: Heliotropium, Tournefourtia, Myosotis (Boraginaceae), Eupatorium, Neomiranda e Senecio (Asteraceae)
Particularidades: o
gênero contém oito espécies de Hypoleria. São pequenas em tamanho, e
pode ser reconhecida por sua venação de cor laranja e as bordas
recortadas nas asas anteriores. Tem também antenas escuras. Hypoleria
Lavínia tem cerca de 22 subespécies nomeadas diversamente distribuídas
desde a Guatemala ao sul do Peru e do Brasil para o leste, até o
Espírito Santo. É encontrada em floresta primária com altitudes entre
100-1000m O ovo é branco, depositados individualmente na face inferior
das folhas. A lagarta completamente crescida é verde translúcida e tem
uma textura enrugada. Ele vive dentro de um abrigo de folhas
entrelaçadas com seda. A pupa é verde claro com prata ou dourada.
Normalmente são encontras sozinhas ou ainda agregadas. Eles são
geralmente vistas empoleirando-se na folhagens, clareiras com luz ou em
bosque. Os machos seqüestram alcalóides pirrolizidínicos, produtos
químicos tóxicos que lhes confere a capacidade de ser impalatáveis. Os
produtos químicos também são utilizados na produção de ferormônios.
Muitas vezes os machos de ithomiine se reunirem e liberam feromônios nos
pêlos androconiais. Podem obter seu sustento a partir do néctar,
excrementos de pássaros e também visitar que lhes fornecem uma fonte de
nitrogênio que auxilia o desenvolvimento de seus ovos.
Ithomia agnosia zikani
Família: Ninfalídeos/Danainae
Plantas Hospedeiras: Asteraceae
Particularidades: costumam habitar locais de mata bastante sombreados e se alimentam de néctar de plantas de sub-bosque
Heterosais edessa
Família: Ninfalídeos/Ithominae
Plantas Hospedeiras: Cestrum laevigatum [a dama-da-noite] da família Solanaceae.
Particularidades: espécie
comum que gosta de voar em locais sombreados (umbrófila), mas pode ser
vista em zona semi-sombreada. Geralmente é vista em matas secundárias
embora ocorra também em primárias. Visita flores ou inflorescências nas
bordas de trilhas e estradas. Seu voo é bem lento. O adulto se alimenta
de diversas espécies de eupatório, mesmo quando as flores já estão quase
secas. As lagartas têm o corpo verde com listra lateral amarela. Os
adultos são solitários, de hábitos diurnos e são sensíveis à mudança da
umidade ambiental. Morrem se expostas a ambientes mais secos. O gênero
Heterosais inclui apenas duas espécies, H. edessa e H. giulia. Ambos são
borboletas de vidro. As duas espécies podem ser separadas umas das
outras somente analisando as margens exteriores de laranja. Em H.
edessa, estes são bastante uniformes na largura, mas em H. giulia suas
bordas internas são distintamente recortada, remanescente do grupo
Greta. Heterosais edessa é distribuído na América do Sul, ocorre em
áreas alagadas em altitudes entre cerca de 200-900m. Como outras
Ithomiines, passam longos períodos em repouso sobre a folhagem de
arbustos pequenos na escuridão da floresta. Voam imediatamente se
perturbadas, e sentam em outra folha das proximidades. Os machos
seqüestram alcalóides pirrolizidínicos de Heliotropium, Tournefourtia,
Myosotis (Boraginaceae), Eupatorium, Neomiranda e Senecio (Asteraceae).
Estes produtos químicos conferem qualidades tóxicas para as borboletas
que impede ataques de aves. Os produtos químicos são também usados na
produção de feromônios. Vários machos podem se reunir para liberar esses
feromônios. As fêmeas são atraídas pelas fragrâncias complexas e
estimula os machos a abrir suas asas e liberar mais feromônios para
seduzi-las para a cópula. Fêmeas obtém sustento a partir do néctar
embora possam visitar excrementos de pássaros que lhes fornecem uma
fonte de nitrogênio, que auxilia no desenvolvimento de seus ovos.
Dynamine tithia
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Euphorbiaceae como Tragia e Dalechampia
Particularidades: ocorre
na Colômbia, Equador, Peru e Brasil, em florestas primárias e
perturbadas, em altitudes entre cerca de 200-1000m. Os ovos da maioria
das espécies deste grupo são brancos. As lagartas tem minúsculos
espinhos na parte posterior do corpo. As pupas são esverdeadas,
alongadas com uma cabeça ligeiramente bífida formando uma quilha dorsal.
Ficam suspensas pelo cremaster nos caules ou folhas. São heliófilas e
podem ser vistas voando rapidamente em zig-zag ao longo das trilhas de
sol no período da manhã. Durante a tarde, os machos visitam leitos de
rios secos, terras úmidas ao longo de caminhos florestais iluminadas e
estradas. As asas ficam normalmente fechadas, mas eles periodicamente
abanam voando pequenas distâncias.
Cremna thasus
Família: Riodiniídeo/Riodininae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: é
a mais comum das espécies de seu gênero e mais amplamente distribuída. É
encontrada desde o sul-leste do México à Bolívia e Paraguai. Esta
espécie é encontrada em floresta não perturbada, em altitudes entre
cerca de 100-800m. Os machos pousam de asas abertas debaixo de folhas e
lançando-se rapidamente para interceptar uma fêmea de sua espécie.
Memphis appias
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: O
gênero Neotropical que inclui 112 subespécies em 61 espécies, sendo o
mais numeroso em espécies e em número de indivíduos coletados e
depositados em coleções, além de ser também o de maior amplitude
geográfica. Amplamente distribuído desde o centro do México ao norte da
Argentina.
Haematera pyrame
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Urvillea ulmacea (Sapindaceae)
Particularidades: A face superior das asas do
macho é negra, com a área basal das asas anteriores e posteriores em
cor-de-rosa. As asas dianteiras da fêmea são semelhantes as do sexo
masculino, mas são inteiramente castanho escuro. Há variações
geográficas, por exemplo, em ambos os sexos da Colômbia e Venezuela a
cor rosa é substituída por um tom mais alaranjado. Haematera pyrame é
distribuída desde a Nicarágua até a Argentina, e tem seis sub-especies.
São encontradas em habitats perturbados e dentro de floresta estacional
decidual, floresta tropical e equatorial geralmente em altitudes entre
200-1200m. Os machos são muitas vezes vistos em empoçamentos de lama em
beira de rios, praias, estradas de terra e trilhas de floresta.
Eles são geralmente vistos
isoladamente, mas em alguns anos há grandes explosões populacionais e em
tais ocasiões grandes agregações podem ser encontradas em ao longo de
leitos de rios secos. Eles são heliófilos, voando constantemente
pousando em locais ricos em umidade e minerais.
Eurema arbela
Família: Pierídeo/Coliadinae
Plantas Hospedeiras: Fabaceae
Particularidades: Estas
borboletas são bem pequenas e caracterizadas por terem a face superior
das asas amareladas ou brancas, com marcações apicais escuras. As asas
dianteiras têm é fortemente curvado e um ápice meio quadrado.As
várias espécies podem ser diferenciados pelo padrão de manchas escuras
nas asas posteriores e pelas bordas pretas nas asas dianteiras. Eurema
Arbela é encontrada do México à Bolívia. Os machos são geralmente
encontrados isoladamente ou, ocasionalmente, em dois ou de três,
absorvendo minerais dissolvidos do solo úmido na borda valas ou bancos
de areia a beira de estradas ou áreas florestais. As fêmeas são mais
freqüentemente vistas se alimentando em flores ao longo das estradas e
margens de rios, ou explorando locais ensolarados em borda de mata em
busca de sítios de postura. O vôo é oscilante, mas bastante rápido, e
sempre perto do chão. Esta é uma espécie de áreas pré-montanhosas,
ocorrendo ao longo das estradas, margens de rios e habitats de borda de
floresta em altitudes entre cerca de 400-2000m.
Consul fabius
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Piperaceae (Piper tuberculatum, Piper auritum, Piper umbellatum)
Particularidades: Existem
quatro espécies do gênero Consul, a C. fabius é a mais comum e
conhecida. Seu primeiro par de asas é angular, o segundo par de asas tem
uma cauda sendo a espécie dotada de um padrão laranja e preto brilhante
que o torna instantaneamente reconhecível. Esta espécie têm padrões que
simulam as folhas mortas. No caso da Consul fabius essa camuflagem é
reforçada pelo padrão de mármore e forma da asa irregular. Ocorre desde o
México até a Bolívia. Os habitats da espécie são diversos, e incluem
floresta estacional decidual, floresta tropical, altitudes entre o nível
do mar e cerca de 1200m. Ela pode ser encontrada ao longo das bordas da
floresta e grandes faixas de floresta ensolaradas, ao longo das margens
de rios e lagoas. Os machos passam grande parte do seu tempo no dossel
da floresta e pode ser mais facilmente observado a partir de uma copa ou
plataforma de observação. No período da manhã passam muito tempo com
suas asas semi-abertas a alturas entre nível do solo 5-15m. Os machos
visitam esterco e urina para seqüestrar minerais que eles passam para as
fêmeas no espermatóforo durante a cópula. Ambos os sexos também se
alimentam de frutas fermentadas no chão da floresta. Fêmeas descer ao
sub-bosque em cerca de meio-dia para fazer a ovoposição. Ás vezes pode
ser visto em baixo da folha com as asas fechadas. Voam periodicamente em
círculo e por entre a vegetação baixa em lacunas de luz buscando para
sítios de oviposição. Ambos os sexos têm um vôo lento, mas são capazes
de voar muito rapidamente se alarmados.
Rekoa meton
Família: Licenídeos/Theclinae
Plantas Hospedeiras: Asteraceae
Particularidades: Pouco se sabe a respeito desta espécie. Provavelmente se alimenta de néctar das flores e espécies de Senecio e Eupatorium.
Heliconius wallacei
Família: Ninfalídeos/Heliconinae
Plantas Hospedeiras: Passiflora
Particularidades: Heliconius
wallacei pode ser facilmente confundido com H. sara. Nesta última, há
uma série de manchas vermelhas perto da base da asa posterior na face
inferior, enquanto que na H. wallacei estes são substituídos por uma
faixa vermelha que corre ao longo da base, e outra que funcionam ao
longo da base do dorso. Heliconius wallacei é encontrado a partir de
Venezuela e Trinidad para o sul do Brasil e Peru. Essa borboleta é uma
espécie de floresta de várzea, encontrados em altitudes abaixo de cerca
de 800m.
Mimoniades versicolor
Família: Hesperídeos/Pyrrhopyginae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Ecuador,
Peru, Bolivia. Asa anterior cerca de 25 mm. Faz celestes linhas
submarginais dorsais. Dorsal da asa anterior listra azul na área basal,
tarja vermelha sobre as manchas laranja medial e dois no ápice da asa
anterior. Quatro faixas cor de laranja na face dorsal do tórax, da
cabeça para o abdômen, o abdômen com linhas azuis repuntos. Posa com
asas estendidas, superfícies enriquecidas libaneses
Rhetus arcius
Família: Riodinídeos/Riodininae
Plantas Hospedeiras: Terminalia amazonica (Combretaceae) e Mabea occidentalis (Euphorbiaceae )
Particularidades: Borboletas
do gênero Rhetus são conhecidas por ter um belo brilho azul em toda a
superfície superior das asas. Rhetus está intimamente ligada à Ancyluris
e tem até uma forma de asa similar. No entanto, Ancyluris existe tem
irridescência azul na parte inferior das asas que não há no lado
superior. Existem três espécies de Rhetus, dos quais a Periander é a
mais comum e mais difundida. As outras são dysonii, com marcações rosa
nas posteriores, e arcius, cuja cauda irridescência azul sobre as asas
dianteiras é reduzida. Rhetus arcius é encontrado desde o México até o
Peru. Há oito subespécies identificadas. Rhetus arcius é geralmente
encontrada isoladamente nas proximidades de córregos ou valas. Ela
ocorre em habitats de floresta úmida em altitudes entre 0-1200m, mas é
mais comum entre cerca de 400-800m. A borboleta pode ser vista ao longo
de todo ano. Possui um vôo muito rápido e irregular. Os machos
empoleiram-se sob as folhas a cerca de 3-8m acima do solo e voam
comumente no início da manhã. Após o acasalamento elas descem ao nível
do solo para absorver a lama molhada. Ambos os sexos são atraídos por
flores de Eupatorium.
Rhetus periander
Família: Riodinídeos/Riodininae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Rhetus
Periander é geralmente encontrada isoladamente ou em pequenos grupos na
beira de rios, trilhas através da floresta tropical primária ou
perturbada. Ocorre em altitudes entre 0-1800m e ocorre ao longo de todo
ano. Os machos podem ser vistos empoleirando-se sob as folhas a uma
altura de cerca de 3-8m de altura do solo. Após o acasalamento, muitas
vezes eles descem ao nível do solo para absorver a lama molhada. Os
machos são atraídos principalmente por sais minerais, mas também podem
visitar carniça. Ambos os sexos são atraídos por flores de Eupatorium, e
também néctar de Inga, Croton e Cordia.
Nessaea obrinus
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Nessaea
é um gênero pequeno formado por borboletas bastante coloridas. Os
adultos masculinos e femininos têm um azul turquesa, uma banda diagonal
brilhante na porção dorsal da asa anterior e uma coloração verde-maçã na
superfície ventral das asas. Os machos são negros por cima e tem um tom
laranja nas asas posteriores dorsais. As fêmeas são acastanhadas acima
com uma banda azul. Esse padrão reflete um registro filogenético em
diversas espécies e subespécies. Nessaea e Catonephele já foram
previamente combinados no mesmo gênero, gêreno Epicalia e uma revisão
taxonomica feita por Stichel em 1899 incluiu Nessaea e Myscelia no
gênero Catonephele. Rober e Seitz reconheceram Nessaea como um gênero
separado em 1915.
Ithomia drymo
Família: Ninfalídeos/Danainae
Plantas Hospedeiras: Solanaceae
Particularidades: Pouco
se sabe a respeito desta espécie. Muito semelhante as borboletas de
vidro das subfamílias danainae e ithomiinae, exceto pela mancha branca
estendida no ápice do primeiro par de asas. Pode ter as margens internas
destas asas com uma tonalidade amareladas semelhante Ithomia agnosia.
Episcada carcinia
Família: Ninfalídeo/DanainaePlantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Período de atividade geralmente em narço e agosto. É mais comum em mata primária.
Episcada hymenaea hymenaea
Família: Ninfalídeo/Danainae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Pouco se sabe a respeito desta espécie. Seu período de atividade ocorre em fevereiro, março, maio, agosto e outubro. É mais comum em mata primária.
Pteronymia carlia
Família: Ninfalídeo/Danainae
Plantas Hospedeiras:Não identificada
Particularidades: Pouco se sabe sobre esta espécie. Ocorre em Agosto e pode ocorre agregações. É bastante rara vive em mata primária
Mcclungia cymo salonina
Família: Ninfalídeo/Danainae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
Borboleta semelhante as borboletas de vidro, porém sua translucidez é
amarelada e as bordas são avermelhadas, a;em de pouir uma mancha branca
no apica o primeiro par de asas.
Pyrrhogyra neaerea
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Possui
na face superior das uma grossa listra branca que se estende por toda a
asa inferior e metade da posterior criando uma mancha branca sozinha na
porção marginal da asa. Na face inferior da asa posterior há uma mancha
branca que toma quase toda a área da asa e que é separada do resto da
área marrom por uma linha divisória avermelhada. O mesmo padrão se
repete no primeiro par de asas, porém com duas manchas brancas.
Emesis russula
Família: Riodinídeos/Riodininae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
Borboleta toda amarelada ou de tom caramelado com pequenas ondulações
amarronzadas. As bordas das asas são repletas de penas pintas, uma em
cada área intravenal. Cerca de 5 pontos na asa anterior e 6 na asa
posterior. A porção dorsal do tórax do animal possui uma listra em “V”
Caligo arisbe
Família: Ninfalídeos/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Musa psp
Particularidades: É uma
das maiores Borboletas do Brasil, caracterizada pelo desenho de olhos na
face inferior das asas posteriores, dando origem ao nome de “corujão” e
faz com que os pássaros predadores não se aproximem. No caso de arisbe o
que é mais evidente é um padrão de coloração mais escuro que forma uma
faixa que começa na asa posterior e chega a asa anterior. A faixa é
grossa e engloba até a mancha ocelar que se assemelha ao olho da coruja.
Na face ventral das asas há um tom de marron escuro nas bordas e no
centro um padrão amadeirado com um leve tom azul nas asas posteriores
Tem hábitos crepusculares e voam ao amanhecer sobre o leito dos rios e
na borda das matas à procura de frutos caídos no chão ou líquidos que
escorrem dos troncos de certas árvores atacadas por moscas, comum em
ambientes antrópicos.
Enantia lina
Família: Pierídeo/Dismorphiinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Dismorphiinae
sé uma pequena subfamília de borboletas brancas que incluem cerca de 50
espécies neotropicais. Características comuns a todos os gêneros
Dismorphiine incluem as antenas cônicas e asas anteriores alongadas. Em
alguns gêneros de Dismorphiine (como o Dismorphia) há dimorfismo sexual
muito pronunciado, com as fêmeas parecendo Pierídeos típicos enquanto os
machos são geralmente estampados em laranja e preto. Em Enantia, o
dimorfismo sexual é menos pronunciado, as fêmeas são mais pálidas e não
são tão bem marcadas quanto os machos, de forma bastante similar.
Enantia é composta por nove espécies, das quais 4 (Mazai, lina, jethys e
Albânia) atingem o norte até o México, enquanto o restante são
restritos a várias partes da América do Sul. A cor de fundo sobre o lado
superior varia em função da espécie, do branco puro ao amarelo ou
laranja. As margens do vértice e exterior são pretas, mas as marcações
podem variar em largura e forma de espécie para espécie. A cor da face
inferior de todas as espécies é bastante variável. Distinguir as
espécies requer o exame das marcações apicais e do padrão inferior.
Enantia lina ocorre do México à Bolívia e Uruguai. Há 11 subespécies
nomeadas e são encontradas em florestas de altitudes entre cerca de
400-1500m. Geralmente é vista em áreas levemente perturbadas, como
estradas e margens de rios. Os machos são encontrados entre agregações
de borboletas em poças de lama e são fortemente atraídos por urina na
areia contaminada. Eles sempre mantém suas asas fechadas durante a
alimentação, e muitas vezes adotam uma posição inclinada para a frente.
Fountainea ryphea
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Croton e Euphorbiaceae
Particularidades: Essa borboleta faz parte da tribo
Anaeini que compreende mais de 87 espécies neotropicais dos gêneros
Coenophlebia, Consul, Anaea, Polygrapha, Memphis, Siderone, Fountainea e
Zaretis. Essas borboletas são caracterizadas por terem um voo muito
rápido. Eles têm corpos robustos, asas falcadas e na superfície superior
são geralmente pretas, marcadas com bandas de laranja, vermelho ou azul
brilhante de acordo com a espécie. A parte inferior de todas as
espécies do Anaeini tem uma estampa semelhante a de folhas secas, cascas
de árvores ou pedras. O gênero Fountainea é composto por oito espécies,
a maioria dos quais são amplamente distribuídas em toda a região
neotropical. As asas da maioria das espécies têm caudas curtas em ambos
os sexos, embora os machos de F. ryphea e F. sosippus tenham uma
pequena cauda vestigial ou ausente.Em
algumas variedades de Fountainea ryphea os machos têm um brilho roxo
através das asas, mas isso só pode ser visto de certos ângulos. Esta
espécie ocorre no México, Guatemala, Belize, Costa Rica, Panamá,
Venezuela, Trinidad, Colômbia, Guiana, Suriname, Equador, Brasil, Peru e
Bolivia. É geralmente encontrada em mata secundária, ao longo de
trilhas largas, margens de rios e perto de habitações. Pode ser
encontrada também em florestas decíduas e perenes em altitudes entre o
nível do mar e cerca de 1000m. Os ovos são brancos e depositados
individualmente sobre a folhagem. A larva é verde, com linhas
longitudinais mais claras ao longo das costas, e de cor levemente
semelhante ao mármore com marrom avermelhado e branco dos lados. Tem uma
grande cabeça que é adornada com um par de chifres curtos. A larva vive
dentro de uma célula feita de folha enrolada, prendendo-o com seda
fina. A crisálida é suspensa pela cremaster em um caule ou folha. A
cabeça e o tórax criam uma secção em forma de barril, além dos segmentos
abdominais que são fortemente comprimidos, formando um pequeno cone. As
borboletas são geralmente vistas isoladamente, muitas vezes as espécies
Fountainea podem ser vistas no meio de um grupo misto de Memphis,
Doxocopa e Taygetis, espécies que têm agregados para se alimentar no
esterco ou frutas podres no chão da floresta. Os machos também podem
visitar infiltrações de esgoto e praias fluviais para absorver minerais
da água. O comportamento de voo e em geral é semelhante à de outros
gêneros Charaxine. Eles tendem a ficar repousando na folha ou no chão
por longos períodos. Se perturbado eles voam para cima, em círculo e
rapidamente, em seguida pousam sobre a folhagem de uma árvore próxima.
Depois de algum tempo, eles descem cautelosamente durante um período de
vários minutos, numa série de passos, frequentemente em folhas que estão
na luz do sol. Nessas ocasiões, usam o sol para se aquecer com asas
semi-abertas. Eventualmente, elas retornam ao nível do solo abanando
suas asas por alguns momentos, antes de fechá-los. Uma vez instalada com
as asas fechadas elas usam o mimetismo com folhas secas.
Stalachtis phlegia
Família: Riodinídeos/Riodininae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Há
seis espécies conhecidas no gênero Stalachtis, distribuídas
diferentemente do Panamá para a Venezuela, Brasil, Equador e Peru. Todas
as espécies de Stalachtis são marcadas com laranja, preto e branco, mas
os padrões diferem muito de espécie para espécie. Algumas, como S.
caliope e S. magdalenae têm marcas semelhantes às de ithomiines
‘complexo do tigre’, enquanto outros têm sido comparada às traças Tiger
(Pericopinae). Ithomiines e traças tigre são ambos conhecidos por serem
implataveis para aves, e tem-se sugerido que caliope e magdalenae são
mímicas Batesian palatáveis. Duas das outras espécies Stalachtis
(phaedusa e lineata) são transparentes, exceto pelas as bandas
brilhantes laranja na parte externa das asas, e as veias que são
fortemente delineadas em preto. Stalachtis Euterpe e Phlegia tem asas
negras estampadas com manchas brancas ou semi-transparente e partes em
laranja. Stalachtis phlegia é conhecido a partir de Venezuela, Suriname e
Brasil, e provavelmente também ocorre na Guiana e Equador. Há cinco
subespécies nomeadas Esta espécie é encontrada em florestas tropicais
em altitudes de até cerca de 500m. Os adultos são geralmente encontrados
solitários, pousam sobre as folhas com as asas totalmente estendidas.
Cissia penelope
Família: Ninfalídeos/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: gramíneas (Poaceae), palmeiras (Arecaceae) ou membros de Marantaceae
Particularidades: As
espécies de Cissia são menores do que a maioria dos outros membros da
Euptychiina. Eles são geralmente uma cor marrom terra na superficie
ventral das asas. Na parte inferior são marrom pálido com faixas marrons
escuros largas e uma faixa exterior cremosa. As asas posteriores tem 2
grandes ocelos pretos dentro de cada há ornamentos prateados. Cissia
penelope é um dos membros mais comuns e mais generalizada dos
Euptychiina, sendo encontrada em quase toda a América do Sul e habitats.
Os habitats desta borboleta são diversos, e incluem mata de várzea,
floresta secundária até cerca de 1200m, sendo mata primaria ou
perturbada ou ainda habitats semi-abertos dentro de áreas florestais. As
larvas, ao contrário do que a maioria dos outros Satyrines só tem
quatro estádios. Quando totalmente crescido eles são de cor acastanhada,
com numerosas linhas finas mais escuras e mais pálidas ao longo das
costas e dos lados. Como a maioria das larvas de Satyrine, são
crepusculares ou noturnos, e se escondem na base das plantas durante o
dia. A pupa de acordo com a espécie pode ser verde pálido, marrom ou
preta com manchas mais escuras. Ele se fixa nos galhos pela cremaster.
Tal como acontece com outras espécies de Cissia, as borboletas desta
espécie são solitárias, mas podem ser encontrados dentro de uma mesma
vizinhança. Elas voam em condições de nebulosidade ou de sol, e podem
ser encontrado nas profundezas da floresta, ou em áreas abertas, como
bordas da floresta ou ao longo de caminhos florestais iluminadas pelo
sol.
Mesosemia marisa
Família: Riodinídeos/Riodininae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Esta
espécie possui um padrão de marrom e cinza intercalado nas asas, quendo
que o primeiro par de asas possui um ocelo maior que a asa posterior.
Lasaia agesilas
Família: Riodinídeos/Riodininae
Plantas Hospedeiras: Fabaceae
Particularidades: O
gênero Lasaia contém 14 espécies, as quais são encontradas
exclusivamente na região neotropical. São pequenas, com cerca de 30
milímetros de envergadura. Os machos tem coloração reflexiva, brilhando
em turquesa metálico, cinza ou azul. As fêmeas são raramente vistas.
Elas são geralmente de uma cor marrom terra maçante. Ambos os sexos têm
um padrão semelhante de manchas pretas. Nenhuma fotografia representa
exatamente o intenso azul de L. agesilas que é brilhante como a de
qualquer borboleta Morpho. As manchas pretas podem variar em tamanho, e,
em alguns exemplos são muito reduzidos. Lasaia agesilas ocorre desde o
México até o Paraguai. Os machos são geralmente encontrados juntos
absorvendo minerais em locais ricos, como em bancos de areia ou caminhos
florestais iluminadas pelo sol. Eles só são ativos no tempo quente e
ensolarado. O vôo de todas as espécies Lasaia são irregulares, muito
rápido e perto do chão, com uma tendência de voar constantemente de
local para local. As borboletas são fortemente atraídas pelo suor
humano.
Temenis pulchra
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Serjania, Paullinia, Cardiospermum, Urvillea, Sapindaceae em geral
Particularidades: O
gênero Temenis está intimamente ligado ao gênero Epiphile e Nica, em
que os adultos são estruturalmente muito semelhantes. Os três gêneros
são biologicamente distinguidos por diferenças de morphologicas. Em T.
pulchra as asas são vermelhas e pretas sobrepostos no sexo masculino com
um brilho cintilante iridescente azul-violeta que é visto quando a
borboleta está em movimento. Este tipo de cor de fundo é comum entre as
borboletas neotropicais, o que sugere a probabilidade de evolução
convergente produzir um anel de mimetismo Batesian e/ou Mullerian
envolvendo Temenis pulchra e várias espécies dos gêneros Agrias,
Callicore e Altinote. A fêmea de pulchra é raramente vista, e ocorre em
várias formas e em alguns deles podem ser uma estrutura semelhante a do
macho, mas com uma faixa laranja em vez de vermelho, mas em outros, pode
ter uma única banda larga de laranja, em combinação com uma grande
mancha azul rodada nasasas posteriores. Temenis pulchra é conhecida do
Panamá, Colômbia, Equador, Peru, sul do Brasil e provavelmente também
ocorre na Bolívia. Esta espécie é encontrada principalmente na floresta
primária e floresta, habitats de transição em altitudes entre cerca de
100-1400m. As borboletas passam a maior parte do seu tempo no alto do
dossel da floresta, embora o macho ocasionalmente desça ao nível do solo
para absorver a umidade da areia úmida, ou de cantos de troncos de
árvores caídas. Em condições quentes mantêm suas asas fechadas,
enquantose alimenta, mas é mais usual para que eles adotem uma posição
semi-aberto, ou a abanar lentamente suas asas quando andam sobre um
substrato.
Perrhybris pamela
Família: Pierídeo/Pierinae
Plantas Hospedeiras: Capparis (Capparidaceae)
Particularidades: O
gênero Perrhybris é exclusivamente neotropical. Existem três espécies
conhecidas de Perrhybris (lorena, lypera e pamela). Perrhybris pamela
tem 18 subespécies reconhecidas, encontrados variadamente no México,
Honduras, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana
Francesa, Brasil, Equador, Peru e Bolívia. Esta espécie produz em
floresta de várzea em altitudes entre o nível do mar e cerca de 900m. Os
machos são geralmente encontrados em pequenos grupos de até meia dúzia
ao redor de empoçamentos de lama ou entre agregações de outras
borboletas brancas, incluindo os papolionideos Protesilaus. As fêmeas
são geralmente vistas isoladamente, visitando as flores de plantas
herbáceas, ou voando ao longo de trilhas florestais à procura de sítios
de oviposição. Ambos os sexos se empoleiram durante a noite.
Hamadryas fornax
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Delachampia spp
Particularidades: Há
pelo menos 20 membros no gênero Hamadryas. A maioria é encontrado na
América Central e do Sul, embora oito foram registradas esporadicamente
no sul dos EUA. O som das estaladeiras são produzidos por um par de
hastes espinhosas na ponta do abdómen que bate contra as cerdas dos
clasperes anais. Apenas os machos podem produzir o som, mas ambos os
sexos podem detectá-lo – suas asas têm pequenas células ocas cobertas
por membranas que vibram em resposta ao som e estimulam as terminações
nervosas. A finalidade do som não é conhecida. Pode eventualmente
impedir os machos concorrentes de ocupar o mesmo território, ou poderia
atuar como um gatilho para iniciar a primeira resposta de uma fêmea
durante o cortejo. Em muitos casos, há uma série de ocelos submarginais
nas asas posteriores, estigmas em forma de rim nas células discais de
asas anteriores e posteriores. Hamadryas fornax é facilmente confundida
com H. feronia, mas podem ser distinguidas pelo seu lado de baixo de
laranja-amarela brilhante. Esta espécie é distribuída desde o leste do
México ao Peru. Geralmente repousam em troncos com uma certa altura, por
exemplo, de 2-4m. Essas borboletas são ativas do nascer ao pôr do solo e
raramente são vistas longe de troncos de árvores, mas também, por
vezes, podem se aquecer em paredes rochosas ou folhagem da árvore.
Hamadryas arete
Família: Ninfalídeos/Biblidinae
Plantas Hospedeiras: Delachampia spp
Particularidades: São muitas vezes confundidas com Hamadryas velutina uma vez que ambas são azuis. Espécie
incomum está presente mais frequentemente na zona sombreada das matas
(umbrófilas), mas pode ser também avistada cruzando de passagem pelas
áreas ensolaradas (hefiólias). É encontrada em matas com florestas
secundárias ou primárias. Seu voo é normalmente rápido e irregular, mas
ao sobrevoar o alimento voam em círculos e de forma mais lenta.
Alimenta-se do sumo das frutas maduras caídas no chão das florestas.
Apesar de pertencer ao grupo das borboletas-estalo (que fazem ruídos de
estalidos enquanto voam) os indivíduos dessa espécie não produzem som ao
se deslocar. As lagartas têm o corpo negro com listras verdes e
laranjas que se alternam. O corpo é coberto de espinhos negros e a
cabeça apresenta cornos ramificados. Apresentam hábitos diurnos.
Fountainea halice
Família: Ninfalídeos/Charaxinae
Plantas Hospedeiras: Cróton (Euphorbiaceae)
Particularidades: Ocorrem geralmente em fevereiro, março e agosto. Geralmente encontrada em mata primária, bastante rara. O
upperside de Fountainea halice é brilhante vermelho-alaranjado, com
manchas escuras no ápice. Esta espécie é encontrada em todas as áreas de
várzea do México à Bolívia. Esta espécie produz em várzea floresta
primária e secundária, e em florestas húmidas de folha caduca em
altitudes entre o nível do mar e cerca de 800m.
Narope cyllarus
Família: Ninfalídeos/Brassolinae
Plantas Hospedeiras:Não identificada
Particularidades:
Pouco se sabe a respeito desta espécie. Ocorre geralmente em fevereiro,
vive em mata primária e é atraída por frutas fermentadas em
decomposição. É ameaçada da extinção especiamenteno Paraná.
Dasyophthalma rusina
Família: Ninfalídeos/Brassolinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Ocorre
somente no sul e sudeste do Brasil em florstas de 800 a 1600m de
altitude. É semelhante a Dasyophthalma Creusa, porém mais clara e tem 3
ocelos enquanto D. rusina tem apenas dois e onde deveria estar o
terceiro há uma faixa branca que se estende longitudinalmente nas asas. A
face inferior das asas tem detalhes laranjas, azuis ou somente marrons,
cada cor representa uma subespécie diferente de D. rusina.
Opsiphanes cassiae
Família: Ninfalídeo/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Palmáceas
Particularidades: Pouco se sabe sobre esta espécie, exceto que ocupa florestas primárias preferencialmente.
Opoptera sulcius
Família: Ninfalídeo/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Encontrada em floresta primária e secundária em altitudes de até pelo menos 1800 metros
Opoptera fruhstorferi
Família: Ninfalídeo/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Pouco se sabe a respeito desta espécie
Opoptera aorsa
Família: Ninfalídeo/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Chusquea ou Bambu
Particularidades:Ocorre
também na Colômbia e Peru. Só são vistas ao amanhecer ou a partir das
19:00da tarde. Visitam frutos podres ou esterco caídos no chão da
floresta. Geralmente vivem em uma altitude de até 1800m.
Neographium asius
Família: Papilionídeo/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades:
Borboleta de cor preta com uma faixa amarelada longitudinal e com
detalhes em vermelho ao redor desta linha longitudinal na asa posterior.
Essa inha engrossa nas asas posterior. Apresenta também cauda alongada.
Neographium agesilaus autosilaus
Família: Papilionídeo/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Annonaceae
Particularidades:
Existem13 espécies no gênero Neographium que são caracterizadas por
terem asas brancas ou amareladas translúcidas, marcadas com listras
pretas ou marrom escuro. As asas anteriores são decididamente de forma
triangular, e as posteriores adornadas com uma cauda longa espada-like.
Os corpos são relativamente curtos, e as pontas antenais fortemente
recurvadas. Neographium agesilaus pode ser facilmente confundida com
outros papilionideos, pode ser identificado a partir das asas
posteriores em que a mancha vermelha está no lado basal da raia preta em
Agesilaus, e no lado exterior da raia preta nos gêneros Protographium e
Protesilau. A borboleta N. agesilau ocorre desde o México até a
Bolívia. A lagarta, se semelhante a de outras espécies, com uma
tonalidade de verde, mármore com marrom ou cor de rosa, e com os
segmentos torácicos ampliados. Neographium agesilau são de comportamento
migratório, seguindo cursos de rios. Os machos podem frequentemente ser
vistos reunidos em bancos de areia, filtrando minerais dissolvidos em
água. Esta espécie, invariavelmente, reúne em pequenos grupos de até
cerca de 15 membros, seja membros da própria espécie ou mais
freqüentemente com outros Leptocircini como Eurytides dolicaon e
Protesilaus e por vezes junto com pierideos e ninfalídeos.
Protesilaus stenodesmus
Família: Papilionídeo/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Pouco se sabe sobre esta espécie. Semelhante a Neographium.
Mimoides protodamas
Família: Papilionídeo/Papilioninae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Mimoides
protodamas é uma borboleta preta com o ápice da asa anterior
arredondado e borda externa côncava, recortadas na ponta das asas
traseiras. Há um dicromatismo sexual como visto na imagem acima.
Glutophrissa drusilla
Família: Pierídeo/Pierinae
Plantas Hospedeiras: Cleome (Capparidaceae)
Particularidades:
espécie comum mais não é tão comum quanto outros membros da família.
Costumam voar em pequenos panapanas e visitar flores de áreas abertas e
ensolaradas (heliófilas). É resistente as mudanças do ambiente, por
isso, pode-se vê-la até nos centros urbanos das maiores cidades. Esta
presente também em ambientes semiurbanos e florestas secundárias. É
migratória. Os machos podem formar um bando e frequentar empoçamentos.
Suas lagartas têm o corpo quase liso com suaves anéis segmentares. A
coloração é verde com pequenos pontos amarelos sobre a areados anéis. A
lagarta tem hábitos noturnos ou diurnos.
Pieriballia viardi mandela
Família: Pierídeo/Pierinae
Plantas Hospedeiras: Capparis pseudocacao
Particularidades: gênero
com uma única espécie que esta distribuído desde o México até a
Bolívia, Brasil e Paraguai. Pode ser encontrada também no sul Texas. Tem
preferência por florestas tropicais e de transição. Tem uma envergadura
de cerca de 57 mm de comprimento.
Eurema agave
Família: Pierídeo/Colidinae
Plantas Hospedeiras: Fabaceae
Particularidades: Gênero com 70 espécies e mais de 300 sinonimos. Pouco se sabe sobre Eurema deva
Pyrisitia leuce
Família: Pierídeo/Colidinae
Plantas Hospedeiras: Fabaceae
Particularidades: espécie heliófila que vista bordas entre cidades e as áreas de matas (semiurbana). Muito mais observada em matas primarias.
Pseudopieris nehemia
Família: Pierídeo/Dismorphiinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: este
gênero dispõe de duas espécies – P. viridula e P. nehemias, ambas
inteiramente neotropicais. São uma remanescente do gênero Pieris e do
gênero Melete neotropical, mas podem ser distinguidos dos Pierinae por
ter sua venação distinta e antenas pretas caídas. Pierinae têm antenas
retas, com nós claros nas pontas. Pseudopieris nehemias é encontrada do
México à Argentina e no Brasil. Há 11 subespécies, cinco das quais
ocorrem no Peru. Esta espécie vive em florestas tropicais e de
transição, entre habitats em altitudes de 100-1200m. Os sexos são
geralmente visto isoladamente, voando ao longo de trilhas na mata, ou em
repouso de baixo de folhagem.
Zonia zonia diabo
Família: Hesperídeo/Pyrginae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Pouco
se sabe sobre este animal, exceto o fato de estar extremamemente
ameaçado d extinção. Ocorre na mata Atlântica e vem sofrendo grandes
perdas de área original para a agricultura mecanizada e pecuária
extensiva.
Lycorea halia
Família: Ninfalídeo/Danainae
Plantas Hospedeiras: Carica, Jacaratia (Caricaceae), Ficus (Moraceae) e Asclepias (Asclepiadaceae)
Particularidades: Borboleta
laranja com listras horizontais pretas, listras na asa posterior que se
juntam para formar um loop. Os machos são mais ativos durante a parte
da manhã para esperar fêmeas receptivas. Ao meio-dia, as fêmeas põem
ovos isoladamente na parte inferior das folhas hospedeiras, geralmente
depositar vários ovos na mesma planta. Voam em abril, julho e outubro no
sul do Texas e durante todo o ano nos trópicos. Existem três espécies
de Lycorea; halia, ilione e pasinuntia. Todos são fortemente marcadas
pelas asas arredondadas e antenas cor de creme na ponta. Em comum
com outros Danainae, os corpos de larvas e adultos Lycorea contêm
toxinas que causam vômitos e náuseas em qualquer pássaro que tentar
comê-las. Estudos têm mostrado que as aves são capazes de se lembrar do
padrão de tigre laranja e preto da borboleta, e associá-lo com
desconforto ou dor. O resultado é que a qualquer ave que tenha
experimentado uma espécie Lycorea aprende rapidamente para evitar a
ingestão de qualquer outro borboleta da mesma espécie, ou quaisquer
espécies coloridas de forma semelhante. Lycorea halia
(anteriormente conhecida como Cleobaea) é uma espécie difundida no
México até Peru, e na maioria das maiores ilhas do Caribe. Esta espécie é
encontrada em floresta estacional decidual, floresta tropical em
altitudes entre 0-1400m. Os imaturos vivem se alimentando do tecido
foliar e das toxinas defensivas. As lagartas se alimentam especialmente
das veias das folhas. São brancas, com anéis pretos estreitos em torno
de cada segmento. Eles têm um par de filamentos negros e motilidade
atrás da cabeça, o que provavelmente servem para afastar parasitóides. A
crisálida é verde pálida e em forma de barril. É formada quando
pendurada em uma folha ou caule da planta hospedeira. Ambos os sexos
passam a maior parte de suas vidas no sub-dossel, mas pode também,
ocasionalmente, ser encontrados em repouso sobre a folha de mudas em
clareiras de luz. Eles também são vistos às vezes se alimentando em
agregações com seus correspondentes miméticos ithomiine em plantas de
Heliotropium ou Eupatorium flores.
Tithorea harmonia caissara
Família: Ninfalídeo/Danainae
Plantas Hospedeiras: Prestonia coalita e P. acutifolia (Apocynaceae)
Particularidades: É
conhecida de altitudes médias (600 a 900 m) na região do Planalto
Paulista e na serra da Mantiqueira, bem como em suas transições, nos
Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espiríto Santo. A
espécie vive em lugares mais frios e altos. Voa em ambientes
semi-abertos em florestas preservadas, geralmente próximas a vales
úmidos de pequenos rios de serra. Visita flores brancas e vermelhas de
diversas espécies, especialmente da familia Rubiaceae.
Sais rosalia
Família: Ninfalídeos/Danainae (Ithomiinae)
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Pouco se sabe a respeito desta espécie. Ocorre na Venezuela, Bolívia, Peru, Brasil, Suriname e Guiana.
Hypothyris ninonia
Família: Ninfalídeo/Danainae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Pouco se sabe sobre esta espécie.
Catoblepia berecynthia unditaenia
Família: Ninfalídeo/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Palmeiras (Arecaceae)
Particularidades: Existem
8 espécies do gênero Catoblepia, distribuídas diferentemente de Belize
até a Bolívia. Existem diferenças consideráveis na padronização destas
oito espécies. Algumas, como a C. berecynthia e a C. generosa são
bastante simples, com pequenos ocelos discretos que são aproximadamente
iguais em tamanho. Algumas outras espécies, como amphirhoe e orgetorix
(= sticheli) são muito mais marcadas, e tem apenas dois ocelos, mas
estes são muito maiores em tamanho e dão as borboletas dar aparência
semelhantes a Caligo. A face superior das asas de todas as espécies de
Catoblepia é marrom escuro com um brilho azul. Há uma laranja banda
subapical diagonal maçante nas asas anteriores. Algumas espécies também
têm uma banda submarginal cor semelhante nas asas posteriores.
Catoblepia berecynthia é o membro mais comum e mais difundida do gênero,
sendo encontrado da Nicarágua para Bolivia. Essas borboletas são ativas
principalmente no período da manhã e em menor grau, ao anoitecer. Nos
dias maçantes eles também podem ser encontradas alimentação em
decomposição de frutas no chão da floresta. Esta espécie é encontrada em
floresta primária em altitudes entre 0-900m.
Eryphanis automedon
Família: Ninfalídeo/Morphinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: O
gênero Eryphanis é composto por sete espécies conhecidas distribuídas
desde o México até a Bolívia e o Paraguai. Algumas espécies como a E.
aesacus e E. bubocula assemelham-se aos membros da espécies Caligo, mas a
maioria são semelhantes aos automedon, tendo asas angulares com
pequenos ocelos. Eryphanis automedon é distribuído na Nicarágua,
Guatemala, Bolívia e no Brasil. Esta espécie é encontrada em florestas
tropicais e estacional decidual úmida, em altitudes entre o nível do mar
e cerca de 500m. Durante o dia, elas repousam entre as folhas mortas ou
em troncos de árvores. Eles são normalmente apenas visto de madrugada,
quando eles visitam frutas apodrecendo no chão da floresta.
Selenophanes cassiope
Família: Ninfalídeo/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Pouco se sabe sobre esta espécie, embora apresente um padrão de coloração característicos do grupo satiríneo.
Narope panniculus
Família: Ninfalídeo/Brassolinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Face dorsal da asa anterior castanho escuro. Asa posterior, com androcônia oval, de tamanho médio, creme. Na
face ventral de ambas as asas ocorre um reflexo metálico prata. Na asa
anterior quatro faixas mais escuras. Na asa posterior a metade proximal
mais clara e a distaI mais escura, e com efeito metalizado prata mais
intenso. Em alguns exemplares, pode estar presente uma linha de pontos
submarginais, formados por escamas brancas, acompanhando o contorno
arredondado da asa.
Hermeuptychia hermes
Família: Ninfalídeo/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Há
cerca de 400 espécies conhecidas na subtribo Euptychiina, que inclui
todas as borboletas neotropicais “anelzinho”. Até muito recentemente,
quase todos foram incluídos no género Euptychia, mas as revisões feitas
por Forster em 1964 e Lamas em 2004 divide ente grupo em diversos
gêneros menores, incluindo Caeruleuptychia, Cissia, Magneuptychia,
Cepheuptychia, Chloreuptychia, Hermeuptychia e Euptychioides. O gênero
Hermeuptychia dispõe de 13 espécies conhecidas distribuídas
diferentemente do sul do Texas à Bolívia, com a maior diversidade de
espécies no Peru. Hermeuptychia hermes é a espécie mais comum e mais
difundida do gênero, e também um dos mais difundidos de todos os
Satyrines neotropicais. É encontrado desde Texas à Bolívia, Brasil e
espécies Argentina. Geralmente ocorre em mata secundária aberta, e
habitats florestais de ponta, em altitudes entre o nível do mar e cerca
de 1200m. As borboletas são muitas vezes abundante ao longo de estradas e
em floresta abertas perturbadas, onde eles podem ser encontrados
descansando em baixo folhagem ou absorver a umidade do solo úmido.
Moneuptychia umuarama
Família: Ninfalídeo/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: Não identificada
Particularidades: Pouco
se sabe sobre esta espécie. A face superior deste animal é marron com
pequenos recortes nas margens das asas, especilamente nas posteriores.
Na face inferior das asas posteriores há detalhes em preto e branco com 4
ocelos nas extremidade das asas, mas somente nas asas posteriores. As
anteriores tem alguns detalhes em preto.
Pareuptychia ocirrhoe interjecta
Família: Ninfalídeo/Satyrinae
Plantas Hospedeiras: grama Eleusine
Particularidades: anteriormente
conhecido como Cissia Hesione, é uma das mais difundidas espécies. Pode
ser encontrada desde o México até o norte da Argentina. Os habitats da
espécie são diversos, e incluem florestas de várzea, secundária, borda
da floresta a uma altitude de 1500m. Também em áreas abertas, como
bordas da floresta ou ao longo de caminhos florestais iluminadas pelo
sol. As borboletas tendem a ser mais abundantes durante a estação
chuvosa, e são mais ativos quando o sol reaparece após chuvas fortes.
A larva é solitária e se alimenta de
noite. Lagarta é verde brilhante, com um par de dentes caudais curtos.
Ele tem uma cabeça verde que tem um par de “chifres” vermelhos curtos.
Se perturbado torna-se rígido e cai no chão, comportando-se como um
pedaço de tronco quebrado. As lagartas são normalmente parasitadas por
vespas Braconidae. A crisálida é lisa, verde pálida, fica suspensa pelo
cremaster.
As borboletas são solitárias, mas
geralmente vários podem ser encontrados dentro de uma mesma vizinhança.
Fazem um anel mimético comum com borboletas neotropicais, se alimentam
de frutos em decomposição.
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Referências Bibliográficas
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