Os efeitos da extinção da megafauna
Pesquisa da Unesp de Rio Claro chama a atenção para o tema
Assessoria de Comunicação e Imprensa
10/10/2017
Docente
do Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro, Mauro Galetti lidera
um grupo de pesquisadores do Brasil, Dinamarca, Espanha, Suíca, Estados
Unidos, África do Sul e Austrália, que aponta os impactos da extinção
da megafauna em todos o planeta. A publicação acaba de sair da revista
Biological Reviews. Os autores compilaram informações sobre quais as
consequências da extinção extinção de mamutes, preguiças-gigantes,
tigres-dente-de-sabres entre outros nas interações ecológicas.
Megafauna do Pleistoceno
Interações tróficas e indiretas entre a megafauna e seu ambiente, aqui exemplificado pelo elefante (Loxodonta africana) africano, e outros dois animais de megafauna já extintos: a preguiça gigante (Megatherium americanum) da América do Sul e o marsupial gigante Diprotodon optatum da Austrália.
Todos os anos diversos grupos de pesquisa tentam solucionar quais fatores levaram a megafauna a extinção? – Bom, achamos que seria mais interessante perguntar, “Quais as consequências da extinção da megafauna?” comenta Galetti.
Interações tróficas e indiretas entre a megafauna e seu ambiente, aqui exemplificado pelo elefante (Loxodonta africana) africano, e outros dois animais de megafauna já extintos: a preguiça gigante (Megatherium americanum) da América do Sul e o marsupial gigante Diprotodon optatum da Austrália.
Todos os anos diversos grupos de pesquisa tentam solucionar quais fatores levaram a megafauna a extinção? – Bom, achamos que seria mais interessante perguntar, “Quais as consequências da extinção da megafauna?” comenta Galetti.
Neste trabalho os pesquisadores focaram
como a extinção da megafauna afetou parasitas, predadores, ecossistemas e
outros processos ecológicos. – Se você fosse um parasita dentro de uma
preguiça-gigante, você teve duas alterantivas antes da extinção da
preguiça, ou você buscou outro hospedeiro, e muitas vezes foi o próprio
homem, ou você se extinguiu junto com a preguiça, complementa Galetti.
Com a extinção de mais de 177 espécies de
megafauna da América do Sul, muitas interações e espécies associadas a
megafauna foram extintas. Um exemplo é uma espécies de
morcegos-vampiro-gigante que provavelmente foram extintas depois da
extinção da megafauna. – Sem esses gigantes para chupar o sangue, o
vampiro-gigante deve ter morrido de fome, diz Galetti. O trabalho aponta
que muitos parasitas que tem o homem, cachorro e gado como hospedeiro
provavelmente evoluíram em grandes mamíferos. A berne e a bicheira por
exemplo, devem ter “saltado” da megafauna para os homens e seus animais
domésticos.
O trabalho de Galetti e colaboradores tem
grandes implicações para a atual onda de extinção que nosso planeta
passa, a chamada Sexta Extinção.
Este estudo também incluiu: Marcos Moléon,
Pedro Jordano, Mathias M. Pires, Paulo R. Guimarães Jr., Thomas Pape,
Elizabeth Nichols, Dennis Hansen, Jens M. Olesen, Michael Munk,
Jacqueline S. de Mattos, Andreas H. Schweiger, Norman Owen-Smith,
Christopher N. Johnson, Robert J. Marquis and Jens-Christian Svenning.
Contato:
Mauro Galetti
mgaletti@rc.unesp.br
Departamento de Ecologia
Instituto de Biociências
Unesp de Rio Claro
Link para o artigo: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/brv.12374/full
Contato:
Mauro Galetti
mgaletti@rc.unesp.br
Departamento de Ecologia
Instituto de Biociências
Unesp de Rio Claro
Link para o artigo: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/brv.12374/full
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