Dinossauro de 75 milhões de anos ainda tem DNA preservado
Estudos anteriores nos deram a entender que o DNA só pode permanecer estável por cerca de um milhão de anos. No entanto, este último estudo parece explodir essa teoria, anunciando a descoberta de DNA em um dinossauro chamado hipacrosauro.
Os Hypacrossauros também chamados de “Lagartos de crista baixa”)
viveram durante o período Cretáceo nas regiões de Alberta (Canadá) e
Montana (EUA), eles podiam medir até 9 metros de comprimento e chegavam a
pesar 4 toneladas. Acredita-se que estes répteis deveriam andar em
enormes manadas, pastando em campos e florestas.
Essa descoberta fantástica certamente desencadeará um enorme debate
na comunidade científica, pois contradiz todas as evidências anteriores
sobre a longevidade do material genético. Se for verdade, porém, poderia
abrir novas possibilidades para o estudo da biologia de organismos
pré-históricos. Mas certamente não devemos esperar algo como o que é
visto no filme Jurassic Park.
O espécime que está alojado no Museu das Montanhas Rochosas revelou a
presença de algumas células notavelmente preservadas dentro de uma
seção de tecido cartilaginoso fossilizado após algumas analises
detalhadas.
Após isolar as células, os pesquisadores aplicaram duas manchas de
DNA, que se ligam a fragmentos de DNA, a fim de mostrar todas as áreas
em que o material genético está presente. Ambas as manchas interagiram
com o tecido hipacrosauro em um padrão consistente com as células
modernas, indicando que parte do DNA do dinossauro está de fato
preservado na amostra.
Embora essa descoberta indique com certeza a possibilidade de o DNA
sobreviver por períodos extremamente longos, os autores do estudo também
explicam que é provável que isso ocorra apenas sob certas
condições. Por exemplo, o fato de todos os ossos dessa amostra terem se
desconectado sugere que esse organismo não foi enterrado por algum tempo
após a morte, o que, segundo os pesquisadores, provavelmente ajudou na
preservação de seu DNA.
Além disso, eles relatam que esse material genético antigo
provavelmente só é encontrado em células da cartilagem bem preservadas,
mas não nos ossos. Isso ocorre porque a cartilagem é menos porosa que o
osso e, portanto, deixa entrar menos água e micróbios que podem causar
biodegradação.
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Embora não possamos esperar que dinossauros que viveram há milhares
de anos sejam trazidos de volta á vida, esta descoberta certamente
reabre a discussão sobre por quanto tempo o material genético pode
persistir.
O estudo foi publicado na revista National Science Review, clique aqui para acessá-lo.
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