Entenda como são feitas as datações de fósseis
Fósseis
não vêm com certidão de nascimento, mas ainda assim eles trazem muitas
informações que podem nos ajudar a reconstruir sua trajetória. Muitas
pessoas ainda tem dúvidas sobre como são feitas as datações e se elas
são concisas, por isso é importante esclarecer como como os cientistas
determinam as idades destas estruturas petrificadas. Existem dois
métodos principais usados para fazer as datações de fósseis e rochas,
são eles a datação relativa e a datação absoluta.
Como são feitas as datação relativas de fósseis
A
datação relativa é usada há muito tempo, antes do surgimento dos
métodos mais precisos desenvolvidos há algumas décadas. Consiste em se
observar a posição das rochas sedimentares. Por exemplo; se uma camada
de sedimentos foi datada anteriormente para aproximadamente 200 milhões
de anos, então sabemos que o fóssil lá encontrado também tem cerca de
200 milhões de anos. Esse método não oferece uma data numérica, mas nos
ajuda a entender em qual período a criatura descoberta viveu.
Até os dias atuais
os métodos de datações relativas são usados como uma primeira abordagem
para datar fósseis antes de atribuir uma idade numérica ou absoluta.
A datação absoluta
A datação absoluta determina a idade precisa de uma rocha ou fóssil
através de métodos de datação radiométrica usando minerais radioativos
que são encontrados em rochas e fósseis, eles servem como um relógio
biológico. Muitas vezes, as camadas de rochas vulcânicas – rochas
vulcânicas normalmente contêm minerais naturalmente radioativos – acima e
abaixo das camadas que contêm os fósseis podem ser datadas para
fornecer um intervalo de datas para as rochas onde estão os fósseis.
Usando
técnicas baseadas no decaimento radioativo de isótopos podemos chegar a
idade de um fóssil. Medindo-se a razão entre a quantidade do isótopo
original (isótopo pai) e a quantidade dos isótopos em que que ele se
divide, (isótopos filhos) a idade do fóssil pode então ser determinada.
A
taxa desse decaimento radioativo é chamada meias-vidas. Se um isótopo
radioativo tem uma meia-vida de 5.000 anos, isso significa que, depois
de 5.000 anos, exatamente metade dele terá decaído do isótopo pai para
os isótopos filhos. Depois de outros 5.000 anos, metade do isótopo pai
restante terá decaído.
Carbono-14 e potássio-40
Embora as
pessoas estejam muito mais familiarizadas com a datação por carbono, ela
raramente é aplicável aos fósseis. Isso por que o isótopo radioativo do
carbono usado na datação por carbono, tem uma meia-vida de 5730 anos,
por isso decai muito rapidamente. Por isso a datação por carbono só pode
ser usada para datar fósseis com menos de 50.000 anos.
Já
o potássio-40, tem meia vida de 1,25 bilhão de anos e é comum em rochas
e minerais. Isso o torna ideal para datar rochas e fósseis muito mais
antigos. Como é o exemplo de um escorpião de 443 milhões de anos, que é considerado o animal terrestre mais antigo já descoberto.
Outros métodos de datações de fósseis
Atualmente
os cientistas já tem uma grande quantidade de ferramentas à sua
disposição, mas, ainda assim, algumas rochas e fósseis são difíceis de
serem datadas. As inovações nos métodos de datação existentes estão
eliminando essas barreiras. Por exemplo, as revisões de um método chamado ressonância de rotação eletrônica permitem que os cientistas datem fósseis raros, porque podem datar diretamente o fóssil sem danificar visivelmente a amostra.
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