quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Metamorfismo de combustão

combustão 
O Metamorfismo é o processo que envolve mudanças no conteúdo/ composição mineral e/ou na microestrutura de uma rocha, predominantemente no estado sólido. Esse processo ocorre principalmente devido à adaptação da rocha a condições físicas diferentes daquelas em que se formou e que também diferem das condições físicas que ocorrem normalmente na superfície da Terra e na zona da diagênese.

O processo pode coexistir com fusão parcial e também envolver alterações na composição química da rocha. A principal classificação de metamorfismo do ponto de vista da extensão, das características geológicas e da causa é mostrada abaixo:
metamorfismo
Principais tipos de metamorfismo. Essa gráfico não inclui todos os termos conhecidos da literatura. Fonte: “Rochas Metamórficas: classificação e glossário” Ed. Oficina de Textos 2014
O uso de alguns nomes em petrologia metamórfica evoluiu de forma distinta em diferentes países e uma gama especializada de termos de rochas tem sido aplicada regionalmente.

A Subcomissão de Sistematização das Rochas Metamórficas (SSRM) da IUGS tem como objetivo prover uma sistematização das definições e da nomenclatura de rochas metamórficas, para ser amplamente adequada e aceita internacionalmente.  Os resultados finais deste trabalho foram consolidados  no livro Metamorphic Rocks: A Classification and Glossary of Terms, que agora chega ao Brasil pela Editora Oficina de Textos com o título Rochas Metamórficas: classificação e glossário.

Metamorfismo de combustão
Segundo a SSRM a definição de metamorfismo de combustão é: um tipo de metamorfismo de âmbito local produzido pela combustão espontânea de substâncias naturais, como rochas betuminosas, carvão ou óleo. Na literatura, o processo tem sido considerado há muito tempo um tipo distinto de metamorfismo.

A SSRM prefere o termo metamorfismo de combustão para o processo de combustão (queima) de rochas, como um nome coletivo para os diversos tipos de rochas (porcelanitos, buchitos, paralavas), formadas próximas a leitos incinerados de carvão, petróleo, fontes de gás ou folhelhos betuminosos. Auréolas de metamorfismo produzidas por combustão geralmente não ultrapassam alguns metros de espessura, a título excepcional, podem chegar a algumas dezenas de metros. Em alguns casos, o metamorfismo de combustão tem sido descrito impropriamente como pirometamorfismo.

Tudo a ver
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Retirado do livro “Rochas Metamórficas: classificação e glossário” organizado por Douglas Fattes e Jacqueline Desmnos e traduzido pelo grande geólogo José Manoel dos Reis.

Finalmente trazido para o Brasil, esta importante obra apresenta o fluxograma sobre “como denominar uma rocha metamórfica”, permitindo a qualquer profissional da área atribuir nome a uma rocha metamórfica utilizando essa nomenclatura, além do mais apresenta uma nomenclatura abrangente e padronizada, incluindo mais de 1.100 termos.

Doze capítulos definem como determinar os nomes corretos para rochas e processos metamórficos, além de discutir a lógica para a definição de terminologias importantes, incluindo anfibolitos, granulitos, rochas de alta pressão e temperatura, terminologia estrutural, migmatitos, metassomatismo, metamorfismo de contato, rochas metacarbonáticas e impactitos, além de uma lista de abreviaturas de minerais.
Uma obra de referência a professores e pesquisadores, e indispensável nas bibliotecas.

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