SOBRE OS IPÊS

Estações do Ano no Brasil

As quatro estações do ano no Brasil - na ordem outono, inverno, primavera e verão - começam nas seguintes datas e horários:

    Outono: 20 de março de 2020, às 00h50;

    Inverno: 20 de junho de 2020, às 18h44;

    Primavera: 22 de setembro de 2020, às 10h31;

    Verão: 21 de dezembro de 2020, às 07h02.

O Dia da Árvore é comemorado no Brasil em 21 de setembro e tem como objetivo principal, a conscientização a respeito da preservação desse bem tão valioso. A data, que é diferente em outras partes do mundo, foi escolhida em razão do início da primavera, que começa no dia 22 de setembro. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo, da espécie Tabebuia vellosoi, como a Flor Nacional. Desde então o ipê-amarelo é a flor símbolo de nosso país.

Conhecidos pela sua resistência e durabilidade de sua madeira, os ipês foram muito usados na construção de telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII, que, se não fosse pelos ipês, muitas dessas construções teriam se perdido com o tempo.

Sendo uma espécie caducifólia (significa folhas que caducam, ou seja, folhas que caem. Esse processo ocorre na estação do inverno e volta a brotar somente na primavera), o período da queda das folhas coincide com a floração que se inicia no final do inverno.

 

OS IPÊS MARCAM A DESPEDIDA DO INVERNO E CHEGADA DA

QUAL A ORIGEM DO NOME?

Origina-se da língua indígena tupi e significa casca dura, árvore cascuda. O mesmo também é conhecido como pau d’arco, porque antigamente os índios utilizavam a madeira dessas árvores para fazerem os seus arcos de caça e defesa.

NATIVO DE ONDE?

Das Américas. Está adaptado às diferentes regiões do Brasil.

ONDE OCORREM NO BRASIL?

De forma espontânea em quase todas as regiões do Brasil, com exceção das regiões mais frias do Sul do País e em 3 Biomas: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.

QUANTAS CORES DE IPÊ EXISTEM?

O ipê tem flores na cor branca, amarela, rosa, roxo, e temos inclusive o ipê verde, que tem uma flor esverdeada em que suas folhas e flores se misturam e formam um belo espetáculo monocromático

 

QUANTAS ESPÉCIES EXISTEM?

Ao todo são 100 espécies espalhadas pelas Américas.

QUANDO FLORESCEM?

Floresce entre junho e novembro, começando pela cor roxa e rosa, depois o amarelo e por último o branco. Elas caem no decorrer de uma semana. A floração do ipê-roxo chegou mais cedo este ano. A antecipação é ocasionada pelas condições climáticas atípicas de 2020

QUANTO DURA A FLORAÇÃO?

Enquanto as demais duram entre 7 a 10 dias, o ipê-branco dura em média 4 dias e ocorre em Minas, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.

É SÍMBOLO DO BRASIL?

O ipê é considerado flor símbolo nacional em El Salvador, Equador, Venezuela e Paraguai. Ele tinge a paisagem do México até a Patagônia.

OUTRAS ESPÉCIES

Ipê-mirim, Ipê-tabaco, Ipê-do-Cerrado, Ipê-sete-folhas, ipê-do-brejo, entre outras.

OUTROS NOMES POPULARES

Caraíba, caraúba, caxeta, corticeira, para tudo, pau-d’arco, pau-d’arco-amarelo ou ipê-cascudo, peúca, entre outros.  

QUAL ALTURA DOS IPÊS?

Rosa e Amarelo da Serra: de 20 a 30 metros. Os demais entre 8 a 20 metros.

QUAL O USO DA MADEIRA?

Por suportar bem a umidade a sua madeira é utilizada em construções civis e navais (produção de quilhas), em edificação de pontes, postes e dormentes, de tacos de assoalho, vigamentos.

VULNERABILIDADE DO IPÊ

Apesar de resistente, o problema está no curto período de vitalidade das sementes, ou seja, após 30 dias elas ficam chochas e, com o atraso das chuvas, não há continuidade de brotação.

RISCO DE EXTINÇÃO

Quatro espécies estão em risco: caxeta, roxo cascudo, pau d’arco-flor-de-algodão e o endêmico do Vale do Rio Doce. Motivo: madeireiros ilegais.

SUGESTÃO DE PLANTIO

O ipê-de-jardim (Tecoma) de porte pequeno (4 a 6 metros) sua floração é muito parecida com as dos ipês. As variedades de pequeno e médio porte (8 a 10 metros) são ideais para o paisagismo e a arborização urbana.

Ipê-mirim para calçadas: até 7 metros de altura, floração entre janeiro e maio (recomendado pela Elektro): A Elektro é uma empresa brasileira de distribuição de energia elétrica que opera nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

 

ESTRESSE HÍDRICO / DÉFICT HÍDRICO

 

Existe um conflito entre a conservação da água pela planta e a taxa de assimilação de CO₂ para produção de carboidratos. A necessidade em se resolver este conflito leva a planta a desenvolver mecanismos morfofisiológicos, que as conduzem a economizar água para uso em períodos posteriores. A deficiência hídrica provoca alterações no comportamento vegetal cuja irreversibilidade vai depender do genótipo, da duração, severidade e do estádio de desenvolvimento da planta. A redução no conteúdo de água no solo causa significativa variação na distribuição e desenvolvimento radicular, podendo mudar o período de disponibilidade e a quantidade de água disponível para as plantas. Desta forma, nem toda a água que o solo armazena é disponível às plantas.

O movimento da água do solo para a atmosfera através da planta depende das características físicas do solo. Em um extremo, encontram-se os solos arenosos, que possuem menor área superficial e apresentam grandes espaços porosos ou canais entre as partículas; em outro extremo, solos argilosos, com partículas e poros menores, que dificultam a drenagem e retêm a água mais firmemente. Essas características interferem na capacidade de retenção da água no solo e, assim, com exceção aos solos do cerrado, a capacidade de retenção de água é maior em solos de textura argilosa e com alto teor de matéria orgânica e menor em solos de textura arenosa.

Neste ano, a florada dos ipês-rosas está mais exuberante devido àquilo que os botânicos chamam de "estresse hídrico"