quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Kronossauro

Kronosaurus
© Rafael AlboEsqueleto de Kronosaurus
© Daniel Banchero
Nome científico: Kronosaurus queenslandicus e K. boyacensis.
Significado do Nome: Lagarto de Kronus.
Tamanho: aproximadamente 10 metros de comprimento.
Peso: cerca de 7 Toneladas.
Alimentação: Carnívora.
Período: Cretáceo Inferior.
Local: Austrália e Colômbia.

Veja onde foi encontrado o Kronossauro
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Mapa modificado por Patrick Król PadilhaVeja quando viveu o Kronossauro
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Patrick Król Padilha

O Kronosaurus foi um dos maiores predadores da Era mesozóica, deve ter dominado a Austrália, que naquela época estava parcialmente coberta pelo oceano, principalmente na área de Queensland, por isso tantos fósseis marinhos foram achados neste lugar. O nome Kronosaurus, Lagarto de Kronus, faz referência ao Titã da mitologia grega Kronus, um ser mitológico gigante que comeu os próprios filhos. O segundo nome foi escolhido em homenagem ao estado de Queensland, onde foi encontrado. No entanto há outra espécie de Kronossauro, a K. boyacensis, achado na Colômbia, também nomeado devido ao local achado, Boiyaca, região nordeste do país.
O Holótipo encontrado na Austrália é composto somente de uma mandíbula inferior fragmentada, com somente 6 dentes, encontrada em 1899 por Andrew Crombie de Hughendon.
Outros ossos, incluindo partes dos membros dianteiros, foram detectados na área em 1929, mas eram muito fragmentados.
Ralph William Haslam Thomas, um morador local, encontrou novos fósseis e informou o achado à Universidade de Harvard, que mandou uma equipe em uma expedição ao local em 1931, que se seguiu pelo ano de 1932. O líder da equipe foi W. E. Schevill, e seu grupo foram levado ao local do achado, onde jazia um esqueleto quase completo do Kronossauro, em Army Downs, uma propriedade de 20 mil acres de extensão, de posse de Ralph W. H. Thomas.
A rocha onde estavam os ossos foi dinamitada por um assistente de Schevill, apelidado de " O Maníaco", por seu fanatismo e habilidade em usar explosivos. As rochas retiradas somavam 5 toneladas, que foram embrulhadas em pele de ovelha, armazenadas e enviadas aos Estados Unidos por volta de 1º de Dezembro de 1932.
A preparação, estudo e reconstrução do animal durou 27 anos, até que o esqueleto completo com 12.8 metros de comprimento, fosse montado e exposto no Museu de Zoologia Comparativa de Harvard.
Kronossauro no Museu de Zoologia Comparativa de Harvard
©
H. E. Rivera

Apesar de ter levado tanto tempo para ser montado, o esqueleto não foi detalhadamente e completamente descrito e por isso alguns ainda tem dúvidas se o espécime de Harvard é a mesma espécie do fragmento de mandíbula original.
O esqueleto de Harvard ficou muito bom, mas contém alguns erros, pois devido aos ossos estarem faltando, Alfred Romer, o pesquisador que ajudou a montar o esqueleto, tomou a liberdade de imaginar e criar ossos que faltavam com base em outros fósseis. Porém o paleontólogo chefe neste trabalho foi James A. Jensen, tão famoso no ramo que recebeu o apelido de "Dinosaur Jim" (Jim Dinossauro). Um dos erros está no tamanho, pois ele inseriu muitas vértebras dorsais, aumentando o tamanho do réptil em cerca de 3 metros, o que levou o animal a medir 12.8 metros no total. Hoje acredita-se que raramente passava de 10 metros, tamanho baseado em parentes próximos do Kronossauro.
Long, num estudo feito em 1998, afirmou que o exemplar de Harvard tem 12,8 metros, totalmente reconstruído e seu crânio mede 2 metros de comprimento, com alguns dentes chegando a 30 centímetros se medidos até a raíz. Colin Machenry examinou a mesma reconstrução e percebeu, em 2008, que a mandíbula (parte de baixo da boca) é mostrada com 2,6 metros, e o comprimento do crânio (parte de cima), medindo pela sua base, é de 2,2 metros. Tendo em mente o fato de que o crânio original estava incompleto, a versão em exposição, provavelmente uma réplica, não deve estar com o tamanho adequado ao comprimento do fóssil real, pois as contradições entre tamanhos e a divergência entre o comprimento da parte superior com a inferior em vários centímetros, demonstram que a reconstrução não foi exata.

Em 1992 outro espécime deste réptil aquático foi encontrado, porém em outro continente, na América do Sul. O fóssil estava bem fragmentado e foi desenterrado na localidade chamada Boyaca, área nordeste da Colômbia. O animal foi descrito por Oliver Hampe, do Museu de Frankfurt e recebeu o nome Kronosaurus boyacensis, também em homenagem ao local de descobrimento. Estimado em 9 metros, o pliossauro sul-americano deve ter vivido no Cretáceo Inferior, no Aptiano. Obviamente que só o fato deste outro animal ser um pliossauro torna-o relacionado ao indivíduo australiano, mas seu parentesco exato é incerto, assim como sua situação dentro do gênero. De qualquer forma, o Kronosaurus está com a seguinte classificação atualmente: Sauropterygia > Eosauropterygia > Eusauropterygia > Pistosauroidea > Plesiosauria > Pliosauroidea > Pliosauridae ou Brachaucheniidae.

Os paleontólogos acreditam que este bicho era bem mais veloz que os plesiossauros de pescoço longo, pois seu corpo era mais hidrodinâmico. Sendo assim, em vez de ficar de tocaia, esperando a presa distraída aparecer, ele deve ter surpreendido animais desavisados com um ataque rápido, impulsionado por uma explosão de velocidade.
Seus dentes tinham um formato diferente do normal para um pliossauro, pois os outros, como o Liopleurodon, tem dentes facetados, ou seja, com vários lados (faces) e com as bordas cortantes. Já os do Kronossauro eram cônicos e lisos, fáceis de se reconhecer quando encontrados, mas devem ter sido eficientes para segurar animais, como peixes e quebrar conchas de Amonites.
Além de animais pequenos, deve ter atacado outros Plesiossauros, como o Woolungasaurus e o Tuarangisaurus, que viviam no mesmo local que ele, e tartarugas, afinal diversos restos de animais foram encontrados em cavidades estomacais dos fósseis deste enorme caçador.
Tanto o crânio de um Tuarangisaurus, quanto o de um um Woolungasaurus continham marcas de dentes de Kronossauro, o que reforça a ideia de que o grandalhão os predava.
Kronosaurus atacando um Woolungasaurus© Dmitry BogdanovDupla de Kronosaurus disputando um peixe© Autor desconhecido: favor informar caso saiba

Na mídia o Kronossauro tem mais destaque do que muitos dinossauros, pois seu tamanho fez dele por muito tempo o maior dos répteis marinhos. Já apareceu no documentário "Sea Monsters: A Prehistoric Adventure", da National Geographic em parceria com IMAX, além de diversos livros e em forma de brinquedos, como o modelo da Coleção Carnegie.
Kronossauro de Sea Monsters
© National Geographic Society/IMAX



Fontes

sábado, 24 de novembro de 2012

 DOCUMENTÁRIOS

Ataque Animal - Natgeo Wild

Aproveitem---será removido em 3 dias!!!!


A série é uma viagem evolucionária dos maiores predadores da Terra, com destaque especial para suas habilidades e potencialidades para caçar



Ataque Animal - Ep 01



Natgeo Wild HD - Ataque Animal - Ep 01 - O grande tubarão branco

Seus ancestrais dominaram os oceanos muito antes dos dinossauros caminharem pela Terra. Agora, o predador mais feroz do planeta, o grande tubarão branco está preso em uma batalha pela sobrevivência com o leão-marinho-do-cabo.


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Ataque Animal - Ep 02



Natgeo Wild HD - Ataque Animal - Episódio 02 - Urso Polar

O urso polar é o maior predador terrestre do planeta, uma máquina quase perfeita de matar que há milhares de anos trava uma batalha extrema pela sobrevivência com a esquiva foca-anelada.

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Parte Única

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Ataque Animal - Ep 03



Natgeo Wild HD - Ataque Animal - Episódio 03 - Guepardo
Há milhões de anos, o guepardo, o animal mais rápido do planeta, tem o antílope como presa. Mas para apanhá-lo, um animal quase impossível de surpreender, o guepardo precisou desenvolver mais armas do que apenas a velocidade.

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Ataque Animal - Ep 04



Natgeo Wild HD - Ataque Animal - Episódio 04 - Crocodilo -
Um cara que não gosta de conversa, é bruto e não sabe mastigar, engole suas presas inteiras depois de retorcê-las girando o próprio corpo

Durante 70 milhões de anos, o crocodilo do Nilo não sofreu muitas mudanças. Com uma estrutura avançada desde o começo e adaptações tão sofisticadas, eles sobreviveram à extinção de seus parentes próximos, os dinossauros.

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Ataque Animal - Ep 05



Natgeo Wild HD - Ataque Animal - Episódio 05 - Leão
Os leões africanos estão entre as criaturas mais ameaçadoras do planeta e há milhares 
de anos têm dominado a savana.

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Ataque Animal - Ep 06



Natgeo Wild HD - Ataque Animal - Episódio 06 - Orcas
Predadores fantasticos, as orcas reinam nos oceanos do planeta. Esta máquina 
quase perfeito é mais forte e inteligente o que quase qualquer outro animal aquático.

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012


13/11/2012 17h11 - Atualizado em 23/11/2012 17h31

Espécie de tigre pode ser 1º predador a ser extinto no século 21, diz WWF

Restam apenas 250 tigres-de-Sumatra na natureza, segundo organização.
Espécie é natural de ilha de Sumatra, na Indonésia.

Do Globo Natureza, com agências internacionais
1 comentário
 
Animal considerado criticamente em risco pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), o tigre-de-Sumatra pode se tornar o primeiro grande predador a desaparecer no século 21, informou a organização ambiental WWF para agências internacionais.
Tigre-de-Sumatra sobe em árvore em zoológico na Indonésia; espécie pode desaparecer (Foto: Binsar Bakkara/AP)Tigre-de-Sumatra sobe em árvore em zoológico na Indonésia; espécie pode sumir (Foto: Binsar Bakkara/AP)
Há somente 250 exemplares selvagens do tigre, da espécie Panthera tigris sumatrae, de acordo com a WWF.

Na década de 1970, mais de mil felinos deste gênero eram encontrados na natureza, informou a organização para agências internacionais. A espécie é natural da Ilha de Sumatra, na Indonésia, e é encontrada em uma área de 88,3 mil km², segundo a IUCN.
Para ler mais notícias do Globo Natureza, clique em g1.globo.com/natureza. Siga também o Globo Natureza no Twitter.
Felino em zoológico na Indonésia. Restam apenas 250 exemplares deste tipo de tigre na natureza, segundo a WWF (Foto: Binsar Bakkara/AP)Felino em zoológico na Indonésia. Restam apenas 250 exemplares deste tipo de tigre na natureza, de acordo com a organização ambiental a WWF (Foto: Binsar Bakkara/AP)
27/06/2011 09h52 - Atualizado em 27/06/2011 14h31

Em 10 anos, mais de mil espécies foram descobertas em Nova Guiné

Relatório da WWF ressalta rica biodiversidade e chance de novos achados.
ONG adverte para ação humana no local e risco de extinção de espécies.

Do Globo Natureza, com informações da AFP

Mais de mil espécies de animais, insetos e plantas foram descobertos entre 1998 e 2008 na ilha  Nova Guiné, aponta relatório publicado nesta segunda-feira (27) pela ONG (organização não-governamental) WWF.
Ratos de um metro, rãs com caninos, cobras cegas e um golfinho de cabeça redonda foram catalogados por cientistas, além de dezenas de borboletas e invertebrados apontadas no documento sobre a biodiversidade da ilha, compartilhada pela Indonésia e Papua Nova Guiné.

"Este estudo mostra que as selvas e os rios da Nova Guiné se encontram entre os mais ricos, em termos de biodiversidade, no mundo", resumiu Neil Stronach, chefe para a Melanésia Ocidental da instituição.
A Nova Guiné, que se estende da Ásia à Oceania, só cobre 0,5% da superfície da Terra, mas possui até 8% das espécies catalogadas no mundo. O relatório afirma também que a biodiversidade do local é tanta, que ainda é possível fazer novas descobertas.

Um único quilômetro quadrado de floresta tropical pode abrigar mais de 150 espécies de pássaros, de plumagens muito coloridas. Os cientistas viram igualmente a maior borboleta existente, com uma envergadura de 30 cm, e ratos gigantes de cerca de um metro de comprimento.

Golfinho

Entre as 1.060 espécies descobertas em 10 anos, uma das mais notáveis é a do golfinho de cabeça redonda e nadadeiras levantadas, que vive em águas pouco profundas das desembocaduras dos rios. Esta descoberta, feita em 2005 na Papua-Nova Guiné, foi a primeira de uma nova espécie de golfinhos em três décadas, segundo o WWF.
Espécie de golfinho com  (Foto: Guido J. Parra/WWF)Espécie de golfinho de cabeça redonda (Orcaella heinsohni) descoberta durante exploração à ilha Nova Guiné (Foto: Guido J. Parra/WWF)
 
Também foram registradas 580 novas espécies de invertebrados, entre elas um caracol amarelo fluorescente, e 71 peixes. Entre as 43 espécies de répteis figura uma das tranquilas serpentes do mundo: ela mede apenas de 12 a 14 cm, não vê nada, não morde e carece de veneno.
"Litoria sauroni" é o nome que os cientistas deram a uma rã cujos olhos com manches rubro-negras recordam Sauron, o personagem maléfico da saga "O senhor dos anéis". Uma rã mede apenas um centímetro de comprimento, enquanto que outra possui patas aladas.
Apesar da empolgação dos cientistas por estas descobertas, o WWF adverte que a intensificação das atividades humanas ameaça seriamente o ecossistema de Nova Guiné.
Muito rica em matérias-primas, a Nova Guiné é, de fato, vítima do desmatamento, legal ou não, para o desenvolvimento de minas, plantações e a construção de estradas. "A estas ameaças ambientais se soma a mudança climática, que aumenta a quantidade de incêndios florestais, a erosão e a afluência da água do mar nas áreas costeiras habitadas pelas espécies animais", enfatiza a WWF.

Programa tenta evitar extinção de espécies 'feias' ameaçadas

Um projeto da Sociedade Zoológica de Londres pretende focar na preservação de animais não tão 'adoráveis' como o urso panda, os elefantes e os tigres.

Da BBC
Comente agora
Animais que costumam alcançar fama mundial por estar sob ameaça, como pandas, gorilas, tigres e elefantes, tendem a ser esteticamente agradáveis, e até mesmo provocar suspiros. Eles acabam sendo privilegiados na alocação de verbas de programas para garantir a manutenção de suas espécies evitando a extinção.

Mas os cientistas que estudam os animais mais raros do planeta dizem que muitas das criaturas preciosas e ameaçadas têm características físicas que, embora talvez não sejam tão adoráveis, os fazem ser únicos.
Pesquisadores do programa de Espécies de Evolução Distinta e Globalmente Ameaçadas (Edge, na sigla em inglês) da Sociedade Zoológica de Londres pretendem aumentar a conscientização sobre esses animais que também correm risco de extinção.
Sunda pangolin (Foto: ZSL/BBC)Sunda pangolin (Foto: ZSL/BBC)
Pangolin (Foto: BBC)Pangolin (Foto: BBC)
Equidna (Foto: Stephen Richards/Conservation International/BBC)Equidna (Foto: Stephen Richards/Conservation International/BBC)
Golfinho do rio Ganges (Foto: ZSL/BBC)Golfinho do rio Ganges (Foto: ZSL/BBC)
Salamandra gigante (Foto: ZSL/BBC)Salamandra gigante (Foto: ZSL/BBC)
Sapo parteiro de Maiorca (Foto: Jaime Bosch/BBC) 
Sapo parteiro de Maiorca (Foto: Jaime Bosch/BBC)

21/11/2012 19h37 - Atualizado em 23/11/2012 17h31

Pesquisadores registram 39 espécies de aves-do-paraíso na Oceania

Pássaros de diferentes tamanhos foram vistos em Papua-Nova Guiné.
Fotógrafo e ornitólogo coletaram material em expedições feitas em 8 anos.

Do Globo Natureza, em São Paulo
3 comentários
Exemplar da espécie ave-do-paraíso de Alberto (Pteridophora alberti) encontrado na Papua Nova Guiné (Foto: Tim Laman, National Geographic/AP) 
Exemplar da espécie ave-do-paraíso de Alberto
(Pteridophora alberti) encontrado na Papua-Nova
Guiné (Foto: Tim Laman, National Geographic/AP)
 
Durante oito anos, o estudioso de aves (ornitólogo) Ed Scholes e o fotógrafo Tim Laman realizaram 18 expedições para florestas remotas da Papua-Nova Guiné, pequena ilha da Oceania, onde conseguiram documentar 39 espécies de aves-do-paraíso que vivem na região.

Coloridas e com diversos tamanhos (podem medir entre 15 centímetros e 1,20 metro), esse gênero de aves habita zonas de floresta tropical e manguezais. Atualmente, já foram descobertas mais de 40 espécies diferentes.

Os pesquisadores conseguiram estudar os pássaros de diversas formas: gravando áudios dos diferentes sons cantos e registrando imagens do cotidiano das aves na vida selvagem.
Existem espécies desse gênero que já são consideradas ameaçadas de extinção, segundo a lista vermelha da União Internacional pela Conservação dos Animais (IUCN, na sigla em inglês).

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Exemplar de ave-do-paraíso de Wilson (Cicinnurus respublica) (Foto: Tim Laman, National Geographic/AP)Exemplar da espécie ave-do-paraíso de Wilson (Cicinnurus respublica) (Foto: Tim Laman, National Geographic/AP)
Exemplar da espécie ave-azul-do-paraíso (Paradisaea rudolphi) (Foto: Tim Laman, National Geographic/AP)Exemplar da espécie ave-azul-do-paraíso (Paradisaea rudolphi) (Foto: Tim Laman, National Geographic/AP)

Estudo diz que espécie de tartaruga de Galápagos não está extinta

Tartaruga centenário morta em junho era considerada último espécime vivo.
Cientistas encontraram genes da espécie em 17 outros animais da reserva.

Do Globo Natureza, com agências internacionais*
Comente agora
A morte da tartaruga-gigante das Ilhas Galápagos, apelidada de George Solitário, não representou a extinção de sua espécie, revelou um estudo divulgado nesta quarta-feira (21).
Cientistas descobriram genes deste exemplar em 17 indivíduos, que vivem no Parque Nacional de Galápagos, no Equador.

A morte do quelônio, em 24 de junho, "não representa o fim da espécie de tartarugas-gigantes da ilha pinta, da espécie Chelonoidis abingdonii", de onde era originário Gerorge, destacou a direção da reserva natural em um comunicado.

Segundo o documento, a pesquisa realizada em conjunto com a Universidade de Yale, dos Estados Unidos, demonstrou a existência de 17 tartarugas com ascendência da ilha Pinta, que habitam o vulcão Wolf, da ilha Isabela.

"O estudo identificou nove fêmeas, três machos e cinco jovens com genes da espécie de tartarugas gigantes da ilha Pinta, depois de analisar mais de 1.600 amostras coletadas em 2008, no vulcão Wolf", destacou o comunicado.
O exemplar de tartaruga-gigante de Galápagos chamado George Solitário morreu em junho deste ano (Foto: Rodrigo Buendia/AFP)O exemplar de tartaruga-gigante de Galápagos chamado George Solitário morreu em junho deste ano (Foto: Rodrigo Buendia/AFP)
 
De acordo com os cientistas, a descoberta marca o primeiro passo rumo à recuperação da espécie Chelonidis abingdonii, por meio de um programa de reprodução e criação em cativeiro.

George morreu de causas naturais após décadas de esforços científicos para conseguir a sua reprodução. Os cientistas lutaram para evitar a extinção da subespécie e tentaram, por diversas vezes, cruzar o exemplar macho com fêmeas de características genéticas semelhantes. O sonho estava a ponto de ser concretizado 15 anos depois, quando uma fêmea com que a tartaruga acasalou, finalmente, pôs ovos. Mas eles não eram férteis.

Embora tenha morrido sem produzir descendentes, George deixou um legado pela luta da conservação das espécies de tartarugas.

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Conheça o berço do homem americano nas américas

26/03/2011 12:00 - Fonte: edição Edgar Rocha - Edição Edgar Rocha
 Serra da Capivara / São Raimundo Nonato/ Piauí

O Parque Nacional Serra da Capivara está localizado no sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. A superfície do Parque l é de 129.140 ha e seu perímetro é de 214 Km. A cidade mais próxima do Parque Nacional é Cel. José Dias, sendo a cidade de São Raimundo Nonato o maior centro urbano. A distância que o separa da capital do Estado, Teresina, é de 530 Km.
A maneira mais rápida de chegar ao Parque é através de Petrolina, cidade do Estado de Pernambuco, da qual dista 300 Km. A cidade de Petrolina dispõe de um aeroporto onde opera atualmente a Gol, e a BRA, ligando a região com Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
A criação do Parque Nacional Serra Capivara teve múltiplas motivações ligadas à preservação de um meio ambiente específico e de um dos mais importantes patrimônios culturais pré-históricos. As características que mais pesaram na decisão da criação do Parque Nacional são de natureza diversa:
- culturais - na unidade acha-se uma densa concentração de sítios arqueológicos, a maioria com pinturas e gravuras rupestres, nos quais se encontram vestígios extremamente antigos da presença do homem (100.000 anos antes do presente). Atualmente estão cadastrados 912 sítios, entre os quais, 657 apresentam pinturas rupestres, sendo os outros sítios ao ar livre (acampamentos ou aldeias) de caçadores-coletores, são aldeias de ceramistas-agricultores, são ocupações em grutas ou abrigos, sítios funerários e, sítios arqueo-paleontológicos;

- ambientais - área semi-árida, fronteiriça entre duas grandes formações geológicas - a bacia sedimentar Maranhão-Piauí e a depressão periférica do rio São Francisco - com paisagens variadas nas serras, vales e planície, com vegetação de caatinga ( o Parque Nacional Serra da Capivara é o único Parque Nacional situado no domínio morfoclimático das caatingas), a unidade abriga fauna e flora específicas e pouco estudadas. Trata-se, pois, de uma das últimas áreas do semi-árido possuidoras de importante diversidade biológica;
- turísticas - com paisagens de uma beleza natural surpreendente, com pontos de observação privilegiados. Esta área possui importante potencial para o desenvolvimento de um turismo cultural e ecológico, constituindo uma alternativa de desenvolvimento para a região.
fonte:fumdham.org.br
Em 1991 a UNESCO, pelo seu valor cultural, inscreveu o Parque Nacional na lista do Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 2002 foi oficializado o pedido para que o mesmo seja declarado Patrimônio Natural da Humanidade.
foto: site passagem.barata.com.br
O Parque Nacional Serra da Capivara é subordinado à Diretoria de Ecossistemas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), tendo sido concluída a sua demarcação em 1990. Em torno do Parque foi criada uma Área de Preservação Permanente de dez quilômetros que constitui um cinto de proteção suplementar e na qual seria necessário desenvolver uma ação de extensão. Em 1994 a FUMDHAM assinou um convênio de co-gestão com o IBAMA em 2002 um contrato de parceria com a mesma instituição.
Depois de criado, o Parque Nacional esteve abandonado durante dez anos por falta de recursos federais. Análises comparativas das fotos de satélite evidenciaram esse fato. Durante este período a Unidade de Conservação foi considerada “terra de ninguém” e como tal, objeto de depredações sistemáticas. A destruição da flora tomou dimensões incalculáveis; caminhões vindos do sul do país desmatavam e levavam, de maneira descontrolada, as espécies nobres. O desmatamento dessas espécies, próprias da caatinga, aumentou depois da criação do Parque, em decorrência da falta de vigilância.
flickr.com
A caça comercial se transformou numa prática popular com conseqüências nefastas para as populações animais que começaram a diminuir de forma alarmante. Algumas espécies, como os veados, emas e tamanduás praticamente desapareceram. Estes fatos tiveram conseqüências negativas na preservação do patrimônio cultural. A falta de predadores naturais provocou um crescimento descontrolado de algumas espécies, como cupim ou vespas cujos ninhos e galerias destroem as pinturas.

As causas desta situação são em parte externas à região, mas também decorrem da participação da população que vive em torno do Parque. São comunidades muito pobres, algumas das quais exploravam roças no interior dos limites atuais do Parque. Estas populações dificilmente compreendem a necessidade de proteger espécies animais e vegetais uma vez que os seres humanos apenas logram sobreviver. Assim, a população local depredava as comunidades biológicas e o patrimônio cultural do Parque Nacional e áreas circunvizinhas, pela caça, desmatamento, destruição de colméias silvestres e a exploração do calcário de afloramentos, ricos em sítios arqueológicos e paleontológicos.
 

PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA
flickr.com/Pedro Léo
O Parque Nacional Serra da Capivara é um parque brasileiro que está localizado no sudeste do estado do Piauí, entre as coordenadas 8º 26' 50" e 8º 54' 23" de latitude sul e 42º 19' 47" e 42º 45' 51" de longitude oeste. Ocupa áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Coronel José Dias e Canto do Buriti. Tem 129.140 hectares e seu perímetro é de 214 quilômetros. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Foi criado para proteger uma área na qual se encontra o mais importante patrimônio pré-histórico do Brasil. Trata-se de um parque arqueológico com uma riqueza de vestígios que se conservaram durante milênios, devido à existência de um equilíbrio ecológico, hoje extremamente alterado. O patrimônio cultural e os ecossistemas locais estão, portanto, intimamente ligados, pois a conservação do primeiro depende do equilíbrio desses ecossistemas. O equilíbrio entre os recursos naturais é o condicionante na conservação dos recursos culturais e foi o que orientou o zoneamento, a gestão e o uso do Parque pelo poder público.
É um local com vários atrativos, monumental museu a céu aberto, entre belíssimas formações rochosas, onde encontram sítios arqueológicos e paleontológicos espetaculares, que testemunham a presença de homens e animais pré-históricos.
O parque nacional foi fundado graças em grande parte ao trabalho da arqueóloga Niède Guidon, que hoje dirige a Fundação Museu do Homem Americano, instituição responsável pelo manejo do parque.
MANEJO DO PARQUE
Área de maior concentração de sítios pré-históricos do continente americano e Patrimônio Cultural da Humanidade - UNESCO. Contém a maior quantidade de pinturas primitivas sobre rocha do mundo. Estudos científicos confirmam que a Serra da Capivara foi densamente povoada em períodos pré–históricos. Os artefatos encontrados apresentam o registro do homem há 50.000 anos.
O Parque Nacional Serra da Capivara se localiza nas Unidades federativas do Brasil Estado do Piauí, ao Sul. Possui vários sítios arqueológicos e o Museu do Homem Americano.
Existem atualmente 737 sítios arqueológicos catalogados onde foram encontrados esqueletos humanos, pinturas rupestres com aproximadamente 30.000 figuras coloridas, que representam cenas de sexo, de dança, de parto, entre outras.
Um exemplo das pinturas que podem ser encontradas no parque. A esquerda é representado provavelmente uma cena de parto.




reprodução: site br.olhares.com
Ao longo de 14 trilhas e 64 sítios arqueológicos abertos à visitação, encontramos tesouros, como os pedaços de cerâmicas mais antigos das Américas, de 8.960 anos. No circuito dos Veadinhos Azuis, podemos encontrar quatro sítios com pinturas azuis, a primeira desta cor descoberta no mundo.
Situado em uma região de clima semi-árido, fronteira entre duas grandes formações geológicas - a bacia sedimentar Maranhão-Piauí e a depressão periférica do rio São Francisco -, seu relevo é formado por serras, vales e planícies. É o único Parque Nacional do domínio morfoclimático das caatingas, o que ressalta a necessidade de conservação e restauração da flora. O Parque abriga fauna e flora específicas.
Desde a colonização, o Parque Nacional Serra da Capivara foi utilizado pelas populações vizinhas que neles caçavam, plantavam e retiravam a madeira. Essa população, extremamente pobre e sem nenhuma fonte de trabalho, além da exploração dos recursos naturais, vive na Área de Preservação Permanente, uma faixa limítrofe com dez quilômetros de largura.
[editar] Manejo do parque
A Fundação Museu do Homem Americano, ao elaborar o Plano de Manejo do Parque, estabeleceu uma política de proteção que inclui a integração da população circunvizinha do parque às ações de preservação. Implantou um projeto de desenvolvimento econômico e social que visa educar e preparar as comunidades para que possam participar do mercado de trabalho que o parque está criando na região: obras de infra-estrutura, manejo e turismo ecológico e cultural.

As condições essenciais para a proteção do parque são a erradicação da miséria e da fome e a criação de novas formas de trabalho alternativo. O Plano de Manejo considera a população atual como um dos elementos dos ecossistemas a serem preservados e propõe que o Parque Nacional seja o motor de criação de recursos econômicos, em uma área onde a seca impiedosa limita ao extremo a agricultura e a criação.
[editar] Patrimônio Cultural
reprodução site Cabeça de Cuia
As pinturas rupestres são a manifestação mais abundante, conspícua e espetacular deixada pelas populações pré-históricas que viveram na área do Parque Nacional, desde épocas muito recuadas. Os três sítios que apresentaram as mais antigas datações obtidas na área do Parque Nacional são abrigos-sob-rocha. Um abrigo-sob-rocha forma-se pela ação da erosão que agindo na base dos paredões rochosos vai desagregando a parte baixa das paredes fazendo com que se forme, no alto, uma saliência. Esta funciona como um teto que protege do sol e da chuva o solo que fica sob o mesmo. Com o progresso da erosão, a saliência torna-se cada vez mais pronunciada até que, sob a ação da gravidade, fratura-se e desmorona.
Os homens utilizaram a parte protegida dos abrigos como casa, acampamento, local de enterramentos e suporte para a representação gráfica da sua tradição oral.
reprodução: www.alexandreuchoa.com.br
Sobre os vestígios deixados por um grupo humano, a natureza depositava sedimentos que os cobriam. Novos grupos, novos vestígios, nova sedimentação. A repetição desse ciclo durante milênios forma as camadas arqueológicas, nas quais os arqueólogos encontram todos os elementos que permitem a reconstituição da vida dos povos pré-históricos.

Como Classificar os Organismos

Os humanos sempre sentiram necessidade de agrupar os organismos na natureza, a fim de compreender a diversidade biológica e facilitar seu estudo.

O mais conhecido Sistema de Classificação dos seres vivos foi proposto por Carolus Linnaeus em meados do século 18. Ele criou o que chamamos de Sistemática Clássica, que utiliza de todas as características observadas num determinado organismo para classificá-lo dentro de categorias taxonômicas organizadas numa hierarquia. A Sistemática Clássica é responsáevel pela criação de Reinos, Classes, Ordens, e fundamentalmente, Gêneros e Espécies.

A Sistemática Clássica exigia muita experiência do cientista para avaliar quais as características dos organismos que deveriam ser utilizadas para sua identificação. Esta escolha era um tanto subjetiva e não poderia ser repetida através de uma metodologia específica, já que não possuía métodos matemáticos objetivos para a obtenção das relações filogenéticas entre os organismos, ficando a intuição do cientista encarregada de classificar os organismos estudados dentro desta ou daquela categoria taxonômica.
Por volta de 1959, um entomólogo alemão chamado Willi Hennig criou a Sistemática Filogenética, que começou a ser utilizada depois da publicação dos seus princípios, em inglês, em 1966.
No início da década de 1970, esta passou a competir diretamente com a Sistemática Clássica, gerando acaloradas discussões em quase todos os congressos de Ciências Biológicas da época. Já na década de 1980, a Sistemática Filogenética e sua respectiva metodologia atingiram o status de paradigma, ou seja, o sistema mais aceito para classificar os organismos.

Mas como pode ser usada a Sistemática Filogenética? 

Ela difere da Sistemática Clássica em alguns princípios básicos. Por exemplo, só devem ser utilizadas características exclusivas do grupo em questão, eliminando as características compartilhadas com outros grupos, surgindo assim a idéia de caráter derivado.
A utilização apenas dos caracteres derivados privilegia a novidade evolutiva (apomorfia) que cada grupo apresenta e elimina muitos aspectos compartilhados com outros grupos.
Por exemplo, dizer que um artrópode se caracteriza por possuir um cordão nervoso ventral, não o distingue de todos os outros organismos protostômios, pois os anelídeos também apresentam esta característica. Assim, o cordão nervoso ventral é uma simplesiomorfia em artrópodes, ou seja, um caráter primitivo compartilado. Já a presença de apêndices articulados revestidos por um exoesqueleto é uma característica exclusiva dos artrópodes e, portanto, uma sinapomorfia ou caráter derivado compartilhado.

A Sistemática Filogenética identifica e reúne os caracteres derivados em uma matriz de dados. Nesta matriz, as características precisam ser polarizadas, ou seja, aquelas que mais se parecem com o ancestral recebem o número 0 e as mais derivadas recebem números subseqüentes (1, 2, 3, etc.). Esse processo é feito comparando os grupos da análise com um ou mais grupos externos. A escolha do grupo externo também segue alguns princípios previstos na metodologia, embora, em síntese, possa ser qualquer outro organismo vivo. Abaixo, estã representados três táxons (A, B, C) de um grupo hipotético de animais comparados ao táxon que representa o grupo-externo.

Característica "dedos nas patas": 0 = ausentes; 1 = presentes.
Característica "antenas": 0 = ausentes; 1 = presentes.

A matriz de dados ilustra a transformação dos estados desses dois caracteres nos três táxons (A, B e C). Os caracteres listados correspondem a ausência ou presença de dedos nas patas e de antenas nesses animais.

Matriz de Dados e polarização dos caracteres:


Através de procedimentos matemáticos (algoritmo), com o uso de programas para computador (Hennig 86, PAUP, TNT), produz-se árvores filogenéticas ou cladogramas, que representam as relações de parentesco dos organismos analisados, ou seja, as relações filogenéticas.

Exemplo de árvore filogenética (cladograma) gerada a partir da análise da matriz de dados.

O cladograma acima apresenta dois passos (L), ou seja, cada caráter mudou de estado apenas uma vez . O caráter 1 mudou do estado zero para o estado 1, o que significa um passo, e o caráter dois mudou de zero para um, mais um passo no cladograma (caráter 1: 0 → 1 e carter 2: 0 → 1 / L= 2).

Se o número de características e de grupos analisados for pequeno, esse procedimento pode ser feito manualmente, sem a ajuda de um programa de computador. No entanto, quando o número de táxons (grupos) e caracteres é grande, os programas auxiliam o pesquisador a encontrar as árvores com o menor número de passos evolutivos, seguindo o Princípio da Parcimônia. Isto significa escolher a árvore que apresenta melhor resolução.

A Sistemática Filogenética nunca parte do princípio de que o exemplar em mãos é o ancestral e sim apenas um táxon relacionado (com certo grau de parentesco) aos demais estudados.

Conceitos da Sistemática Filogenética

Grupo monofilético:

Grupo que inclui o ancestral e todos os seus descendentes.

Exemplo de grupo monofilético.

Clado:

É a denominação destes grupos, daí o nome Cladismo também aplicado a esta escola.

Cladograma ou Árvore Filogenética:

É o diagrama que representa as relações filogenéticas entre os clados.

Grupo parafilético:

Grupo que possui um ancestral comum, mas não inclui todos os seus descendentes.

Grupo-irmão:

É o grupo monofilético mais próximo daquele em foco no momento.

Exemplo de grupos-irmãos.

A forma de classificação dos organismos sofreu uma profunda modificação nas últimas quatro décadas, em função do advento da Sistemática Filogenética.
Entretanto, o método possui várias limitações, que no momento não podem ser contornadas. Uma dessas limitações, principalmente em paleontologia, refere-se às características utilizadas na análise. Para classificar organismos atuais, caracteres como cor, por exemplo, podem ser utilizados. No entanto, nos fósseis, essas características não ficam preservadas, inviabilizando o uso das mesmas.

Mesmo assim, o uso deste método se tornou generalizado, uma vez que preenche todos os requisitos necessários para ser considerado científico, não sendo mais aceitável hoje em dia apresentar filogenias idealizadas, como faziam os sistematas clássicos.

Fonte: http://www.ufrgs.br/
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aquífero Alter do Chão

O Brasil desfruta de uma densa rede hídrica
Quando o assunto é água subterrânea, logo nos lembramos do aquífero Guarani, que até então era a maior reserva de água doce do planeta. Ao que tange a sua localização, encontra-se na América do Sul, abrange partes dos seguintes países: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Com finalidades diversas, como por exemplo, o abastecimento público, da agropecuária e indústria.

Atualmente surge no cenário hídrico o aquífero Alter do Chão, localiza-se inteiramente no Brasil, na Região Norte, especificadamente nos estados do Amazonas, Pará, Amapá. Segundo alguns pesquisadores é o maior aquífero em volume de água do mundo.

Segundo o geólogo Milton Matta da UFPA, o nome deverá mudar, por duas questões principais, a primeira por ser parecido como o nome da cidade (Alter do Chão) principal ponto turístico do Pará, a segunda por questões comerciais. A sugestão é Aquífero Grande do Amazonas.

Qual é a sua capacidade hídrica e sua extensão? Menciona Milton Matta, geólogo da UFPA, existem pesquisas, não se pode comprovar exatamente. Mas temos dados preliminares indicando que o aquífero possui uma área de 437,5 mil quilômetros quadrados e espessura média de 545 metros. “É menor em extensão, mas maior em espessura do que o Guarani.” Segundo alguns pesquisadores o Aquífero Alter do Chão, tem a capacidade de abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes.

Finalizando, segundo alguns pesquisadores no futuro (próximo) poderemos ter conflitos/guerras por causa da água potável. Certeza que conflitos já acontecem. O Brasil desfruta de uma densa rede hídrica, de aquíferos e de uma biodiversidade inigualável. Basta ter consciência para utilizar esses recursos, explorar sem degradar, para que as próximas gerações possam aproveitar.

REFERÊNCIAS


Disponível em: . Acesso Nov. 2012.

Disponível em: . Acesso Nov. 2012.

Disponível em: . Acesso Nov.2012.


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 900 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/21181/aquifero-alter-do-chao#ixzz2D18Bwo4c

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O ninho do “flaminlhão”

Fósseis de ovos e ossos de ave de 18 milhões de anos reforçam paren-tesco entre flamingos e mergulhões
MARCOS PIVETTA | Edição 201 - Novembro de 2012

Ela tinha a estrutura óssea e provavelmente a aparência similares às de um grande flamingo atual, com pernas longas, pescoço comprido, bico curvo e talvez a plumagem já apresentasse o característico tom  róseo. A altura atingia por volta de 1,5 metro. Mas seus hábitos reprodutivos – botar vários ovos em um ninho com estrutura de gravetos erigida em ambiente lacustre – lembravam os de um mergulhão moderno, ave de pequeno ou médio porte que, aos olhos de um leigo em ornitologia, parece um tipo de pato acinzentado. Assim, com pinta de flamingo e comportamento de mergulhão, devia ser a extinta ave que, há cerca de 18 milhões de anos, depositou em território espanhol cinco pequenos ovos num abrigo flutuante revestido por uma frágil moldura lenhosa.

Esse longínquo ser alado construiu o mais antigo ninho fóssil de ave registrado na literatura científica, cujos vestígios praticamente intactos foram encontrados no que um dia foi um raso lago de água salina, hoje soterrado por camadas e mais camadas de sedimentos, na bacia calcária do rio Ebro, norte da Espanha. “É o primeiro ninho flutuante conhecido e a primeira evidência de uma estrutura para abrigar ovos de ave”, diz o biólogo Luís Fábio Silveira, curador das coleções ornitológicas do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), um dos autores de um estudo sobre o material fóssil espanhol publicado em 17 de outubro na revista Plos One.



Ao lado do ninho, que protegia ovos semialongados com dimensões máximas de 4,5 por 3 centímetros, foram resgatados uns poucos fragmentos de ossos do pé (tarso e metatarso) e um bem preservado tibiotarso esquerdo, a popular coxa da ave. “Analisamos, em separado, o tibiotarso e o ninho com os ovos e chegamos à mesma conclusão”, afirma Silveira. “Trata-se de um paleoflamingo, um gênero e espécie novos e extintos dessa família de aves.” Especialista em ovos de répteis e aves, o paleontólogo suíço Gerald Grellet-Tinner, do Centro Regional de Investigaciones Científicas y Transferencia Tecnológica (Crilar), da Argentina, e do Field Museum de Chicago, também não tem dúvidas de que o ninho foi feito por um flamingo primitivo. “Os ovos são tecidos biomineralizados que apresentam morfologia funcional e valor filogenético igual ao dos ossos de um esqueleto”, afirma Grellet-Tinner, que também assina o estudo no periódico científico. “Desse ponto de vista, a casca de um ovo é uma impressão digital e fornece informações específicas sobre uma espécie.” A microestrutura dos ovos foi analisada com o emprego de cinco diferentes técnicas de microscopia eletrônica a fim de aumentar a confiabilidade dos resultados obtidos.

Águas salinas



Os gravetos e o restante do material vegetal utilizados para fazer o ninho também foram determinados, embora nesse caso de forma mais genérica. Os gravetos eram de uma planta da vasta família das Fabaceae, as populares leguminosas, que englobam desde alimentos como a soja e o feijão até árvores como a cerejeira e o pau-brasil. O ambiente em que os fósseis foram resgatados, de água com alto teor de salinidade, também é associado a flamingos, que vivem na beira de mares ou em estuários de rios. Os mergulhões, que submergem para pegar peixes, preferem, por sua vez, água doce, embora também possam ser vistos em cursos d’água salobra.
O ninho com os ovos e o tibiotarso foram descobertos por paleontólogos espanhóis em 2003 quando desenvolviam trabalhos de campo na chamada formação Tudela que precederam a construção de uma barragem destinada a evitar cheias do rio Ebro.

Nessa região de clima semiárido já haviam sido encontrados fósseis de crocodilos, tartarugas, cobras e ostracodos, um tipo de crustáceo de uns poucos milímetros. Por não serem especialistas em aves, os pesquisadores ibéricos procuraram se cercar de estudiosos desses animais, aos quais repassaram o material obtido na escavação. Recorreram a Silveira, que fez toda a análise da parte óssea, comparando os ossos encontrados no Ebro com material osteológico das coleções de aves do MZ-USP e do Museu de História Natural de Taubaté (MHNT). Contataram também Grellet-Tinner, que ficou responsável por estudar o ninho e os ovos.

Entre 12 e 29 milhões de anos atrás existiu um gênero extinto de ave, o Palaelodus, que às vezes é apresentado como dono de uma anatomia e estilo de vida intermediário entre a morfologia e o comportamento de flamingos e mergulhões. Segundo os pesquisadores, o novo fóssil não pertence a esse gênero desaparecido. No máximo, é um parente que pode ter sido contemporâneo do Palaelodus. Isso não quer dizer que o paleoninho do Ebro seja pouco importante do ponto de vista evolutivo. Ao contrário. Os cientistas o classificam como mais um aliado de uma teoria que ganhou força nos últimos anos: a de que flamingos e mergulhões, embora hoje exibam morfologia e comportamento muito diferentes, são realmente grupos irmãos.

Estudos da anatomia e da genética dessas aves sugerem que, num passado remoto, antes de divergirem e darem origem a duas famílias distintas de animais alados, elas tiveram um ancestral comum há mais de 20 milhões de anos, durante a época geológica denominada Mioceno. Os novos fósseis recém-descritos nas páginas da Plos One reforçam ainda mais essa ideia. “Esse artigo abre portas para muitas especulações evolutivas sobre esses grupos de aves”, afirma o paleontólogo Herculano Alvarenga, diretor do Museu de História Natural de Taubaté, especialista em aves fósseis.

Ancestral comum

Ainda não batizada com um nome científico, a nova espécie de paleoflamingo parece indicar que os primeiros exemplares dessa família de aves tinham hábitos reprodutivos e de construção de ninhos semelhantes aos dos mergulhões do passado. É possível que tais práticas remontem ao hipotético ancestral comum das duas famílias de aves. Esse comportamento consistia, grosso modo, em botar vários ovos pequenos em um ninho revestido por gravetos, procedimento que se manteve até os dias de hoje entre as 22 espécies de mergulhões vivas, mas que desapareceu entre as seis espécies atuais de flamingos.
Sob esse ponto de vista, o fóssil espanhol seria um resquício de um tempo remoto em que os ninhos de mergulhões e flamingos exibiam estrutura parecida. As espécies vivas de flamingos constroem abrigos de barro para seus futuros filhotes e não usam nenhum revestimento de ramos no entorno dessa estrutura. Em cada ninho põem geralmente apenas um único e grande ovo, bem maior do que os presentes no fóssil na bacia do Ebro (ver ilustração no início desta reportagem).

Um dos primeiros desafios da dupla Silveira e Grellet-Tinner foi determinar se os cinco ovos protegidos por uma estrutura circular de graveto, que aparentemente flutuava na beira do antigo lago, formavam mesmo um ninho construído que se manteve milagrosamente preservado por milhões de anos. Havia a possibilidade remota de que cada ovo tivesse uma origem distinta e sua junção, um ao lado do outro, no interior do abrigo de madeira, fosse obra do acaso. Mas todas as evidências levantadas pelos pesquisadores derrubaram essa hipótese: os cinco ovos eram iguais, do mesmo tipo, e o contexto em que o ninho fora encontrado sinalizava que a estrutura de gravetos não era fruto de movimento fortuito da natureza. A descoberta, ao lado do ninho, de ossos de uma ave reforçou ainda mais essa teoria.

“Encontrar ovos (fossilizados) é raro. Encontrar ninhos é ainda mais raro. Mas encontrar ovos em um ninho e conseguir estabelecer a que grupo eles pertencem é algo muito raro e interessante”, comenta o paleontólogo Alexander Kellner, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Não é possível saber com certeza se os ossos vieram da ave que fez o ninho, mas essa hipótese é plausível. Afinal, as análises do brasileiro e do suíço foram conduzidas de forma independente – um só soube do veredicto do outro ao final do trabalho – e ambos concluíram que o tibiotarso e os ovos eram de alguma forma primordial de flamingo hoje não mais presente na Terra. “Aparentemente, os ossos encontrados pertenceram a um único exemplar de ave”, diz Silveira. Por um motivo que nunca será conhecido, o animal possivelmente morreu ao lado do ninho. Não dá para afirmar nem mesmo se o osso pertenceu a uma fêmea ou a um macho. Flamingos do sexo masculino não botam ovos, mas podem chocá-los no ninho de sua fêmea.

Infelizmente, não há outros ninhos fósseis parecidos com o resgatado na bacia do rio Ebro. Qualquer comparação desse tipo dependerá de uma eventual descoberta de uma segunda estrutura de gravetos com ovos de aves, um tipo de achado bastante improvável dada a fragilidade desse tipo de construção, de acordo com os especialistas. Mas quem sabe a história ocorrida em terras espanholas se repita algum dia em outro canto do globo.

Artigo

GRELLET-TINNER, G. et al. The first occurrence in the fossil record of an aquatic avian twig-nest with phoenicopteriformes eggs: evolutionary implications. Plos One. Publicado on-line.