Kronossauro
Kronosaurus
Nome científico: Kronosaurus queenslandicus e K. boyacensis.Significado do Nome: Lagarto de Kronus.
Tamanho: aproximadamente 10 metros de comprimento.
Peso: cerca de 7 Toneladas.
Alimentação: Carnívora.
Período: Cretáceo Inferior.
Local: Austrália e Colômbia.
Mapa modificado por Patrick Król Padilha
O Kronosaurus foi
um dos maiores predadores da Era mesozóica, deve ter dominado a
Austrália, que naquela época estava parcialmente coberta pelo oceano,
principalmente na área de Queensland, por isso tantos fósseis marinhos
foram achados neste lugar. O nome Kronosaurus, Lagarto de Kronus, faz referência ao Titã da mitologia grega Kronus,
um ser mitológico gigante que comeu os próprios filhos. O segundo nome
foi escolhido em homenagem ao estado de Queensland, onde foi encontrado.
No entanto há outra espécie de Kronossauro, a K. boyacensis, achado na Colômbia, também nomeado devido ao local achado, Boiyaca, região nordeste do país.
O
Holótipo encontrado na Austrália é composto somente de uma mandíbula
inferior fragmentada, com somente 6 dentes, encontrada em 1899 por
Andrew Crombie de Hughendon.
Outros ossos, incluindo partes dos membros dianteiros, foram detectados na área em 1929, mas eram muito fragmentados.
Ralph
William Haslam Thomas, um morador local, encontrou novos fósseis e
informou o achado à Universidade de Harvard, que mandou uma equipe em
uma expedição ao local em 1931, que se seguiu pelo ano de 1932. O líder
da equipe foi W. E. Schevill, e seu grupo foram levado ao local do
achado, onde jazia um esqueleto quase completo do Kronossauro, em Army Downs, uma propriedade de 20 mil acres de extensão, de posse de Ralph W. H. Thomas.
A rocha onde estavam os ossos foi dinamitada por um assistente de Schevill, apelidado de " O Maníaco", por seu fanatismo e habilidade em usar explosivos. As rochas retiradas somavam 5 toneladas, que foram embrulhadas em pele de ovelha, armazenadas e enviadas aos Estados Unidos por volta de 1º de Dezembro de 1932.
A preparação, estudo e reconstrução do animal durou 27 anos, até que o esqueleto completo com 12.8 metros de comprimento, fosse montado e exposto no Museu de Zoologia Comparativa de Harvard.
A rocha onde estavam os ossos foi dinamitada por um assistente de Schevill, apelidado de " O Maníaco", por seu fanatismo e habilidade em usar explosivos. As rochas retiradas somavam 5 toneladas, que foram embrulhadas em pele de ovelha, armazenadas e enviadas aos Estados Unidos por volta de 1º de Dezembro de 1932.
A preparação, estudo e reconstrução do animal durou 27 anos, até que o esqueleto completo com 12.8 metros de comprimento, fosse montado e exposto no Museu de Zoologia Comparativa de Harvard.
Apesar de ter levado tanto tempo para ser montado, o esqueleto não foi detalhadamente e completamente descrito e por isso alguns ainda tem dúvidas se o espécime de Harvard é a mesma espécie do fragmento de mandíbula original.
O esqueleto de Harvard ficou muito bom, mas contém alguns erros, pois devido aos ossos estarem faltando, Alfred Romer, o pesquisador que ajudou a montar o esqueleto, tomou a liberdade de imaginar e criar ossos que faltavam com base em outros fósseis. Porém o paleontólogo chefe neste trabalho foi James A. Jensen, tão famoso no ramo que recebeu o apelido de "Dinosaur Jim" (Jim Dinossauro). Um dos erros está no tamanho, pois ele inseriu muitas vértebras dorsais, aumentando o tamanho do réptil em cerca de 3 metros, o que levou o animal a medir 12.8 metros no total. Hoje acredita-se que raramente passava de 10 metros, tamanho baseado em parentes próximos do Kronossauro.
Long, num estudo feito em 1998, afirmou que o exemplar de Harvard tem 12,8 metros, totalmente reconstruído e seu crânio mede 2 metros de comprimento, com alguns dentes chegando a 30 centímetros se medidos até a raíz. Colin Machenry examinou a mesma reconstrução e percebeu, em 2008, que a mandíbula (parte de baixo da boca) é mostrada com 2,6 metros, e o comprimento do crânio (parte de cima), medindo pela sua base, é de 2,2 metros. Tendo em mente o fato de que o crânio original estava incompleto, a versão em exposição, provavelmente uma réplica, não deve estar com o tamanho adequado ao comprimento do fóssil real, pois as contradições entre tamanhos e a divergência entre o comprimento da parte superior com a inferior em vários centímetros, demonstram que a reconstrução não foi exata.
Em 1992 outro espécime deste réptil aquático foi encontrado, porém em outro continente, na América do Sul. O fóssil estava bem fragmentado e foi desenterrado na localidade chamada Boyaca, área nordeste da Colômbia. O animal foi descrito por Oliver Hampe, do Museu de Frankfurt e recebeu o nome Kronosaurus boyacensis, também em homenagem ao local de descobrimento. Estimado em 9 metros, o pliossauro sul-americano deve ter vivido no Cretáceo Inferior, no Aptiano. Obviamente que só o fato deste outro animal ser um pliossauro torna-o relacionado ao indivíduo australiano, mas seu parentesco exato é incerto, assim como sua situação dentro do gênero. De qualquer forma, o Kronosaurus está com a seguinte classificação atualmente: Sauropterygia > Eosauropterygia > Eusauropterygia > Pistosauroidea > Plesiosauria > Pliosauroidea > Pliosauridae ou Brachaucheniidae.
Os paleontólogos acreditam que este bicho era bem mais veloz que os plesiossauros de pescoço longo, pois seu corpo era mais hidrodinâmico. Sendo assim, em vez de ficar de tocaia, esperando a presa distraída aparecer, ele deve ter surpreendido animais desavisados com um ataque rápido, impulsionado por uma explosão de velocidade.
Seus dentes tinham um formato diferente do normal para um pliossauro, pois os outros, como o Liopleurodon, tem dentes facetados, ou seja, com vários lados (faces) e com as bordas cortantes. Já os do Kronossauro eram cônicos e lisos, fáceis de se reconhecer quando encontrados, mas devem ter sido eficientes para segurar animais, como peixes e quebrar conchas de Amonites.
Além de animais pequenos, deve ter atacado outros Plesiossauros, como o Woolungasaurus e o Tuarangisaurus, que viviam no mesmo local que ele, e tartarugas, afinal diversos restos de animais foram encontrados em cavidades estomacais dos fósseis deste enorme caçador.
Tanto o crânio de um Tuarangisaurus, quanto o de um um Woolungasaurus continham marcas de dentes de Kronossauro, o que reforça a ideia de que o grandalhão os predava.
Kronosaurus atacando um WoolungasaurusDmitry BogdanovDupla de Kronosaurus disputando um peixeAutor desconhecido: favor informar caso saiba
Na mídia o Kronossauro tem mais destaque do que muitos dinossauros, pois seu tamanho fez dele por muito tempo o maior dos répteis marinhos. Já apareceu no documentário "Sea Monsters: A Prehistoric Adventure", da National Geographic em parceria com IMAX, além de diversos livros e em forma de brinquedos, como o modelo da Coleção Carnegie.
Kronossauro de Sea Monsters
National Geographic Society/IMAX
National Geographic Society/IMAX
Fontes
- Ocean of Kansas - Kronosaurus queenslandicus
- Kronosaurus queenslandicus
- The Plesiosaur Directory
- Wikipedia - The Free Enciclopedia
- Sea Monsters - National Geographic
- Dinosaurs About
- Vertebrate fossils and the evolution of scientific concepts - William Antony S. Sarjeant, L. B. Halstead (p. 509)
- Tuarangisaurus australis sp. nov. ( Plesiosauria: Elasmosauridae from the lower Cretaceous of northeastern Queensland, with additional notes on the phylogeny of the Elasmosauridae