Cientistas encontram diamantes em lava de vulcão
Pedras precisosas podem ter se
originado da quebra de gases por relâmpagos. Foto: shutterstock
A erupção que resultou na descoberta foi considerada incomum, e foi caracterizada como intersticial. Esse tipo de evento distingue-se pelo fato de lava sair não pela cratera do vulcão, mas por fissuras nas encostas.
Os cientistas ressaltam que, em toda a história, só ocorreram seis grandes erupções desse tipo: duas vezes na Islândia, nos séculos 10 e 18, duas no México, nos séculos 18 e 20, uma nas Ilhas Canárias, no século 18, e duas no Tolbatchik, na península russa do Kamtchatka, a primeira entre 1975 e 1976 e a segunda, entre 2012 e 2013.
O documento divulgado pelo ministério destaca que uma pequena mostra da lava expelida pelo vulcão foram extraídas algumas centenas de diamantes, e de grandes dimensões.
Ainda segundo os cientistas responsáveis pela descoberta, as pedras vulcânicas não se parecem em nada com as sintéticas.
Além disso, não se deve duvidar de sua origem natural, apesar de elas se diferenciarem de todas as variedades conhecidas da pedra preciosa em muitas características mineral-geológicas - da temperatura de combustão à composição.
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Ainda em 1964 a França patenteou um modo obter diamantes por meio de gases com o uso de cargas elétricas fortes. Assim, acredita-se que a natureza possa ter seus próprios métodos para criar, como os franceses, diamantes vulcânicos a partir de relâmpagos.
Os pesquisadores também consideram que, no futuro, tais diamantes podem concorrer com os kimberlitos tradicionais.
Versão reduzida de matéria publicada originalmente pelo jornal Rossiyskaya Gazeta.
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